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História Gatilho desenfreado.(Jinx X Lux, Vi X Caitlyn) - Eu tenho perguntas.


Escrita por: Punk_Star

Notas do Autor


Hey guys!
Tudo bem com vcs?
Demorei um pouco mais, mais chegay com cap novo.
Espero q gostem, boa leitura !

Capítulo 19 - Eu tenho perguntas.


Por que você me deixou aqui para queimar?

Eu sou muito jovem para estar tão machucada

Você se importa, você se importa?

Por que você não se importa?

Eu te dei tudo de mim

Meu sangue, meu suor, meu coração e minhas lágrimas

Por que você não se importa, por que não se importa?

Eu estava lá, eu estava lá, quando ninguém estava

Agora você se foi e eu estou aqui

Eu tenho perguntas para você

Número um, me diga quem você pensa que é?

Número dois, por que você tentaria me fazer de boba?

Eu nunca, jamais, deveria ter confiado em você (eu tenho perguntas)

Meu nome estava mais seguro em sua boca

E por que você teve que ir e cuspi-lo?

Oh, sua voz, era o som mais familiar

Mas soa tão perigoso para mim agora

Eu tenho perguntas para você

Como faço para consertar isso? Podemos conversar?

Podemos nos comunicar?

Podemos conversar? Eu quero consertar?

Eu tenho perguntas para você (tenho medo de você)

É minha culpa? É minha culpa? Você sente a minha falta?

Eu tenho perguntas

 

Passos suaves ecoam na noite de Zaun, seguindo a garota de cabelos azuis.São passos calculados e lentos, a pessoa está se esforçando para permanecer nas sombras. 

É em vão. 

Jinx já percebeu a presença alheia a seguindo, desde que deixou o prédio em que estava. Os olhos rosas brilham no escuro, o rosto ausente de emoções enquanto ela continua sua caminhada pelo beco escuro. 

Deu a chance de quem quer que seja, recuar. Ninguem poderia ser tao idiota de tentar a perseguir. Mais aparentemente havia alguém. 

Deslizando a mão para o coldre em sua cintura, Jinx puxou fishbones. Três passos para frente, ela gira nos calcanhares apontando a arma para cima e dispara. 

Um grito feminimo ecoa, passos desastrosos de cima do telhado e a garota cai no chão logo atrás de Jinx.

Soprando a fumaça de Fishbones, Jinx se aproximou da outra. Observou curiosa as roupas e o cabelo, não a conhecia. E Jinx conhece muita gente

O tiro foi apenas para assustar, e passou raspando as bochechas da outra. 

Estreitando os olhos, confusa, Jinx rodeou a mesma, analisando. Os cabelos verdes são um pouco brilhantes nas pontas, um verde limão quase neon. Estão presos em um rabo, com duas mechas longas caindo em seu rosto. Ela tem a pele morena clara, e os olhos são como chocolate , seu rosto tem traços delicados e ao mesmo tempo travessos. 

—Quem é você? - Jinx pergunta, apontando a arma para a outra. 

Levantando as mãos trêmulas e engolindo seco, a outra responde — Z-Zeri. Sou Zeri. 

Jinx arqueia uma sobrancelha. — E por que está me seguindo? 

— Você…parece precisar de ajuda. Eu só queria ver se estava bem. 

Uma risada seca deixa os lábios de Jinx. — Você é a única com problemas aqui, garota. 

Zeri imita o gesto anterior de Jinx, levantando uma sobrancelha. —Não parece . 

Jinx pressionou o gatilho, preparando a arma para outro tiro. 

— E-espera aí! Eu não sou uma ameaça para você-  Zeri começa a falar, os olhos elétricos percorrendo toda a forma de Jinx. 

Calculava quais movimentos teria que fazer para evitar a bala quando disparada. Quantas gramas teria a bala? Ela também precisa calcular a velocidade do disparo normalmente medido por metros em segundos. Por fim, a constante gravitacional. 

Porra. Estou fodida.

Se for uma bala comum de uma arma de 9mm de 115 gramas, o disparo ocorre em uma velocidade de 349 metros por segundos. Estão a menos de um metro de distância. 

Antes que o desespero nade por suas veias, a risada da outra a faz olhar para cima de novo. 

— É óbvio que não é uma ameaça para mim. - Orgulhosa, Jinx fala. 

Como se para provar sua falta de preocupação perante a outra, guardou sua arma. 

— Zeri…- Ela inicia, se curvando na frente da outra, até está na altura da mesma e a olhando com os olhos brilhantes. Tombou o pescoço para o lado, analisando. — Por que eu pareço precisar de ajuda? Me acha fraca? 

Recuando para trás, Zeri olhou para a outra temerosa. Se sentia diante de uma pantera, com garras afiadas prontas para a dilacerar. — Não, você é fisicamente forte! Mas parece mentalmente instável. Eu estava no galpão, e vi sua conversa consigo mesmo. Você também estava chorando, rindo e gritando. 

Se encolhendo ainda mais, Zeri pode ver a mistura de sentimentos nos olhos líquidos e rosas à sua frente. Raiva, dor, confusão e raiva. A indecisão também brilhou ali. 

— E você pode me ajudar com isso? 

Surpresa pela pergunta, Zeri concorda com a cabeça, assentindo. — Posso, me deixe te ajudar. 

— E oque vai ganhar com isso? - Jinx pergunta, desconfiada. 

— Uma amiga….? - Zeri oferece, um pouco incerta. 

Jinx bufou, se levantando. — Esquece. Eu já vi esse filme, e o final me machuca. 

Dito isso, começa a andar novamente. 

Estava de noite e ela já deveria estar na casa de Sevika a um bom tempo. Embora tenha se dado consideravelmente bem com Ekko, é nítido o medo dos fogolumes com sua presença na casa deles. Por isso, e para ter paz, ela passou a ficar na casa de Sevika. Como era o primeiro de seus planos.

— Uma aliada! - Zeri tenta de novo, se levantando e seguindo a mesma. — Eu te ajudo e você me ajuda, uma troca equivalente. Pode ser?

Jinx estalou a língua e olhando por cima do ombro, ela perguntou. — E o que eu posso oferecer para você? 

Um arrepio correu pela espinha de zeri, ela não sabe se foi intencional, mas Jinx soou muito sensual. Seus olhos se fixaram na forma desleixada com que Jinx virou o pescoço para trás, expondo a pele pálida e leitosa do mesmo. Os cabelos azuis escorreram por seu olho esquerdo, o tapando parcialmente, enquanto o outro continuou a brilhar forte, em contraste com o lugar escuro em que estava. 

Jinx é bonita. E Zeri nunca viu ninguém ficar tão quente, usando armas como se fossem joias espalhadas pelo corpo. 

Seu rosto esquentou quando Jinx a questionou. — O'Que foi? Perdeu a voz?

Zeri gaguejou uma resposta. — V-você é inteligente e forte, pode construir armas e equipamentos. 

— O'Que vai fazer com isso? - Ela pergunta, mas então dá de ombros. 

— Tanto faz, eu não ligo. Aceito a troca .

Zeri correu, para ficar ao lado da outra e cruzou os braços atrás de suas costas. Jinx a mirou, com olhos desconfiados. 

— Como vai me ajudar?

— Terapia. Um psicólogo. E remédios. Conheço um cara muito bom..

Jinx suspirou, um pouco incerta. Mas ela não tem nada, então nada a perder. Pode dar uma chance para Zeri. Ainda um pouco relutante, ela permitiu que a outra a acompanhasse, enquanto andava em direção a casa de Sevika.

(...)

— Isso é realmente mal. - Sevika diz, com um suspiro cansado.

Sentadas em seu sofá, estão Caitlyn e Violet. Ambas acabaram de explicar à mais velha sobre oque descobriram à tarde. 

Caitlyn concordou, não havia nada além disso a ser dito. — O'Que você ia contar?

Sevika se ajeitou no sofá, cruzando os braços. Jinx havia feito outro para ela, e ao contrário do antigo que necessitava de cintila, esse funciona a base da pedra azul. 

— Encontrei uma aliada…ela é como uma faísca. A faísca de Zaun. - Sevika começa a contar, os olhos se voltam a portas. 

— Ela está atrasada. 

— Quem é? - Vi question,tentando banir da mente a preocupação com a irmã. 

— Uma garota, ela já estava lutando contra Signed com outros caras. Quer o melhor para Zaun.  Ela é de confiança. 

Garantiu, depois de ver o olhar desconfiado em Caitlyn. Essa que apenas concordou, suspirando. Sentia os músculos tensos, doloridos. A pressão lhe doendo na carne.

Sevika se levanta, o rosto pensativo. 

— Onde está Ekko?

— Voltou para os fogolumes - Violet responde, observando a mais velha sair da sala. 

Seu desgosto pela outra passou, de um jeito ou de outro, Sevika é a melhor opção delas. 

Sozinhas na sala, Violet leva as mãos aos ombros de Caitlyn, sentindo a carne rígida ao toque. Lentamente iniciou uma mensagem , sorrindo ao ver Caitlyn fechar os olhos e suspirar, se inclinando para o toque. 

Devagar os músculos se derretem sob o toque cuidadoso e suave, a pressão deixando seu corpo. Um arrepio gostoso dançou pela espinha de Caitlyn, quando Violet beijou sua nuca. Sem malícia, seus lábios acariciam a pele de forma doce. 

Inclinando o pescoço para trás, Cait levou uma mão ao rosto de Vi e a puxou para um beijo calmo, um selar de lábios. 

Levando a mão em cima da de Caitlyn em seu rosto, Violet entrelaçou sua palma na da outra , intensificando o beijo ao deslizar a língua nos lábios de Caitlyn. 

No entanto, a porta se abriu de forma rude, fazendo ambas garotas saltar no sofá e se virarem para a frente. 

A expressão de desgosto no rosto de Jinx, fez com que Caitlyn e Violet se encolhessem. 

Logo atrás dela, uma garota pouco mais baixa e de cabelos verdes entrava, olhando tudo ao redor. 

— Jinx. - Caitlyn fala, um pouco desnorteada. 

Entortando o nariz, ainda desgostosa com oque viu, Jinx responde. — Sou eu. 

Caitlyn limpou a garganta, corando. 

— Temos problemas…quem é a garota com você?

— Olá, eu sou Zeri! - Zeri se apresenta, animada. Um sorriso gentil brinca em seus lábios. 

— Ela disse que ia me ajudar.- Jinx fala, se sentando no sofá. 

Caitlyn não deixou de notar como ela parecia distante, os olhos vermelhos e traços de lágrimas secas em suas bochechas. Isso a fez morder os lábios, como contar que havia um monstro atrás de Lux? 

—Como, exatamente?- Violet pergunta, observando Zeri. Os olhos ficaram aflitos, estava um pouco receosa.

Zeri sorriu, sem se deixar abalar. Ela ja estava de olho na Zaunita a um tempo, embora nas sombras. 

— Acredito que Jinx tenha transtorno de estresse pós traumático, e esquizofrenia. Mas é só um palpite, tenho um amigo que é especialista em casos assim. 

Franzindo as sobrancelhas, Jinx a olhou em descaso. —Eu tenho o'que?

— Isso tem cura? - Vi perguntou, igualmente confusa e um pouco alarmada. 

Caitlyn engoliu o bolo em sua garganta, ela que sempre tem uma solução, não sabia como começar a falar. 

— Tratamento, e remédios. Jinx pode vencer isso, com tempo e paciência. - Zeri explica brevemente.

— Você apareceu! - A voz de Sevika ecoa, a mulher estava voltando para a sala. A surpresa em seu rosto desapareceu rápido, a ausência de emoção voltando para seu semblante. — Já conhecem Zeri?

Os olhos de Violet brilham em reconhecimento. — É dela que estava falando?

— Dela mesmo. - Sevika responde. 

— Falaram de mim?

— Sevika disse que iria nos ajudar..- Violet começa, sendo interrompida por Caitlyn.

— Wolfwick está atrás de Luxanna, Victor é o traidor e eles estão planejando atacar Piltover!

Caitlyn dispara, em um só fôlego , fechando os olhos logo em seguida. 

Sevika suspira, Violet morde os lábios e Zeri encara todos confusos. 

Jinx lentamente soltou o ar dos pulmões, se levantando. Sua pele estava ainda mais pálida, os olhos rosas dilatados. 

— Vou atrás dela. 

Está louca?Ela te deixou! Luxanna não é problema seu!

Vozes explodiram na mente de Jinx, fazendo a mesma segurar o ar e tapar os ouvidos. Sentiu sua temporada doer, gritos fortes ecoando por seu crânio. 

Violet se apressou, se levantando e andando até a irmã. Levou as mãos ao ombro da menor, com cuidado.

— Está tudo bem, Jinx. Preste atenção em mim, consegue me olhar?- Em um sussurro, ela pediu gentilmente, iniciando um carinho lento nos ombros da outra. 

Com o tempo, estava começando a aprender a ajudar Jinx. Sabia que a visualização é o melhor caminho, em meio a tantas vozes e toques fantasmas, ver , é a melhor opção. 

As presença sempre sentida, poucas vezes é vista por jinx. 

Trêmula, Jinx abre os olhos, vendo o azul preocupado de sua irmã. Vi sorriu, tentando tranquilizar-me. 

— Eu estou aqui, você está bem. - Afirmou, com cuidado. 

Lentamente, as vozes se silenciaram. Jinx suspirou, sendo abraçada por Violet. O cheiro da mesma a acalmou, mesmo com o perfume adocicado de Caitlyn se misturando. 

— Você devia mesmo ir atrás dela. - Violet fala, tentando soar gentil. 

Jinx ficou tensa, apertando mais o abraço.

— Não posso deixar você.- Ela sussurrou. 

— Vou ficar bem. 

— Eu tenho um plano. - Caitlyn fala, atraindo a atenção de todas as mulheres na sala. 

— Tá na hora de acabar com isso, de uma vez por todas. 

Se separando de Vi para olhar a ex- defensora, o apoio imediato veio de quem Caitlyn menos esperou. Com um olhar determinado, que expressa a confiança que tem na outra, Jinx falou. 

— Estamos ouvindo, chapeuzuda. 

(...)

—Tem certeza que vai funcionar, Powder?

Ekko perguntou, olhando a prancha , que Jinx havia modificado. 

— Claro chefinho, vai dar super certo! Chegarei lá rapidinho!

— Acho que vai explodir, está parecendo um míssil…

— Com toda certeza! Vai explodir! É um míssil!

Ekko se encolheu, o sorriso largo da outra enviando sinais de perigo para ele. 

— Como isso deve funcionar!?

Jinx o olhou como se ele fosse idiota. — O modelo é o mesmo que você criou, para fazer as pranchas planarem. Eu apenas mudei a forma, acrescentar um explosivo aqui e um míssil ali, usei a pedra como núcleo de energia para evitar que descarregue e aumentei todo o sistema para aguentar a carga e ser bem mais rápido. 

Ekko suspirou, analisando o trabalho da menor. Está tudo conectado, os cálculos nas folhas de rascunho certos, e a engenharia parece perfeita. Um trabalho encantador e de aparência mortífera. 

— Você pretende chegar lá,em um míssil gigante?

— Sim, vai ser um lançamento perfeito! Um tiro certeiro. 

Ekko morde as bochechas, Jinx é uma garota estranha. 

— Vocês ficaram bem? - Ela perguntou, olhando ele. 

— Hm? Sim, não se preocupe com a gente. Vai dar tudo certo aqui. - Ele responde,lembrando do resto do plano de Caitlyn.

— Bom. Vou dar tchau para Vi e a defensora. E para aquela garota estranha. Zeri. Termina de arrumar aí.

Ekko riu, observando a outra saltar para longe. Girando uma chave de fenda nas mãos, ele brincou com os papéis anotados e conferiu se estava tudo certo. Não houve nenhum erro, Jinx é mesmo genial. 

(...)

Atualmente, Demacia

Garen tropeçou em seus próprios pés, caindo de joelhos. Ofegante, olhou para cima. O monstro estava quase na janela de Lux…

Então, ele ouviu , algo cortando o ar. 

Olhando para o céu, viu o rastro de um cometa brilhante e amarelo indo em disparada para o castelo. 

Se ergueu rápido, voltando a correr, o medo nadando em suas veias. Garen, o temido guerreiro, corria como um garotinho desesperado. 

Seus olhos captaram uma pequena figura saltar do que conhecendo melhor, não era um cometa, e sim um míssil. O monstro percebeu isso, e se jogando para longe das paredes por poucos segundos, escapou da morte. 

Assustado e confuso, Garen demorou a perceber a cena. Okay. Alguém montado em um míssil se lançou contra o monstro, mas ele se esquivou. 

A explosão no castelo tremeu toda a terra, Garen sentiu a mesma vibrando em seus pés. A destruição levou para parte do castelo, e chegando ao pátio ele se esquivou de destroços que caíram. 

Despencando como um castelo de cartas, o imenso buraco aberto esposa os corredores, quartos e salas de uma parte castelo. Por pouco, a explosão não pegou o quarto de Lux. 

Garen viu a forma negra e peluda se mexer, agarrado a pedras no castelo, ainda vivo, se jogar para dentro do mesmo e começar a correr. 

Uma risada alta e fina, maníaca , ecoou. Seus pelos se arrepiaram, um frio descendo por sua espinha. Ele reconheceria esse riso até mesmo no inferno. 

— É a Jinx!!!!

A voz insana cantou, em alto e bom som. A garota desceu de rapel pelas pedras, pouco acima da explosão, estava na janela de Luz,embora não soubesse. Pulando para baixo, parou no buraco que abriu, entrando por onde o monstro fugiu. 

O guerreiro mastigou sua raiva, aquela louca destruiu o castelo. E salvou sua irmã, ele está em uma dívida eterna. Garen voltou a correr. 

Luxanna sentiu que estava prestes a morrer. O castelo todo tremeu, e então tudo estava desmoronando. Seus livros foram para o chão, assim como boa parte de sua decoração. Sentindo o coração martelar no peito, a risada que escutou fez o mesmo vibrar eufórico. 

Jinx. Jinx está aqui. Mas a explosão…ela está atrás de Lux?

Com medo de ser odiada, ela tremeu. Não havia outro motivo para Jinx estar ali, certo?

Ainda sim, ela se levantou da cama, indo para sua sacada e olhando para baixo. Ela viu os danos da explosão, e engoliu seco. Sua sacada não foi junto por um milagre. Parece a única explicação, e lentamente, com medo de causar um desmoronamento, ela voltou para o quarto. 

Sua porta foi partida ao meio, garras negras a perfurando como papel. Rasgada e mandada ao chão com pedaços, Lux gritou ao ver uma besta semelhante a um lobo com humano, rosnar e avançar em sua direção. 

Uma risada surgiu atrás do rugido, e Lux congelou, sem reação. 

Olhos bestiais e amarelos avançavam em sua direção, o portador de tal olhar, com garras negras e dentes afiados, babando com antecedência. 

Atrás dele, olhos rosas brilhantes rasgam a luz, exibindo seu próprio brilho assassino. Dentes bonitos, expostos em um sorriso insano. 

Jinx parou na porta, Pow-Pow em mãos e atirou. Balas voavam, acertando a besta que rugiu, finalmente voltando seu olhar para Jinx. Agora, a Zaunita teve a atenção de Wolfwick. 

Isso fez o sorriso dela aumentar.

Por que no fundo, Jinx estava tremendo de medo. Medo de não chegar a tempo, de não ter a atenção dele. De perder Lux. 

Sangue negro escorreu, dos furos que as balas fizeram. Mas Lux reparou que o sangramento se estancou rápido e a besta saltou, garras passando a milímetros do corpo magro de Jinx. 

Ela se esquivou para trás, sumindo pelo corredor, o monstro a poucos metros de distância. 

Desperta de seu transe, Lux correu atras deles, seguindo o rastro de sangue negro deixado para tras. Encontrou seus pais correndo em sua direção, mas não se importou em parar sua corrida. 

— Lux! O que está acontecendo!?

— Eu não sei mãe! Mas acho que aquela coisa está atrás de mim! - Lux responde, ainda correndo .

Paredes arranhadas, pedaços de pedras arrancados por garras e buracos de tiros. Sangue vermelho manchou o chao, se misturando ao negro. Lux sentiu o peito doer. 

—O uivo. Merda, Garen estava certo! Alguma coisa realmente veio até aqui!

Lux para,ao ouvir a fala do pai. — Onde está Garen?

O medo palpita seu coração.

— Olha! Lá na frente! - Augatha grita, apontando. 

As escadarias, é oque está lá na frente. Infinitas escadas, descendo como num círculo. Todas elas levam para todos os cômodos do castelo, a imagem no fundo dela faz o peito de Lux doer. 

O braço de Jinx está sangrando, ela está em cima do corrimão da escada, ajoelhada e se segurando com o braço baixo. Se ela cair ...são dezenas de andares. 

A queda a mataria. 

Agarrado nos degraus abaixo, também a um passo de despencar, a besta rosnou, tentando se erguer. 

Lux gritou, e isso fez Jinx a olhar. Com um salto desumano, a Zaunita agarrou as barras da escada no andar que estavam Lux e seus pais, se agarrando à barra para olhar Luxanna. A poucos metros de distância. 

A escadaria redonda continua subindo para cima, porque elas são as escadarias principais. Cada andar no castelo tem um corredor que dá para elas. Então a pessoa decide se entra nesse andar, ou continua subindo ou descendo. E o meio, é uma queda. As escadas estão nas paredes, descendo e subindo, de forma redonda. 

Agatha e seu marido se assustaram, a terrorista Zayn estava na frente deles.

— Ele quer te matar, ou te sequestrar. Não sei ao certo. Então, eu vim te avisar que está correndo perigo. - Jinx fala, sem entender o mix de emoções em seu corpo. 

— J-Jinx..- Lux gagueje, sem saber o'que falar. 

— Eu tenho perguntas! Tenho perguntas para você! - Jinx exclama, respirando fundo. 

Fechou os olhos e buscou alguma paz. 

Agatha que ainda estava assimilando tudo, se pegou interessada na interação das outras garotas. 

—A-agora? - Lux perguntou, com medo. 

— Por que você me deixou lá para queimar? - Jinx pergunta, ignorando os rosnados abaixo de si. 

Sim,para queimar. Ela se sente queimando o tempo inteiro. Uma dor que não passa nem quando ela dorme, pois em seus sonhos lux a deixa. 

A pergunta acertou Luxanna como um soco forte, na boca do estômago.

— Eu sou muito jovem para estar tão machucada. - Jinx chorou, sem controlar as lágrimas. — Você se importa?

— Lux… o que está acontecendo?- Tobias perguntou, confuso . Nada ali estava fazendo sentido. 

Lux recuou para trás, se afastando um pouco de Jinx. Estava doendo. Ela não consegue falar. 

—Por que você não se importa?- Jinx pergunta, depois do silêncio da outra. 

Seu peito gritava, havia tantas dúvidas esmagando seu coração. Ela não via outra solução, senão sangrar elas em cima de Lux. 

—Eu te dei tudo de mim..Meu sangue, meu suor, meu coração e minhas lágrimas.. Não é o bastante? 

Agatha suspirou, surpresa. Havia lido sobre a terrorista, e o'que sabia da historia dela com sua filha, foi o'que garen havia contado. Não deu à Luz a chance de realmente explicar sua visão sobre as coisas. E ao ver sua filha chorando, a outra garota, sangrando e também chorando… Isso despertou algo além de repúdio em Agatha. 

— Você estava lá…estava lá quando ninguém estava Lux.- Jinx soluçou, se aproximando de Lux. — E aí você me deixou, sozinha. Se foi. Então me responda: Lux!

— E-eu …não..- Lux tentou fugir, mas Jinx a segurou, a puxando pela blusa. A trouxe para perto, sentindo raiva se mesclar a dor. Ela não poderia ao menos lhe dar uma resposta? Ela deve isso, caramba!

— Quem você pensa que é!? Por que me fez de boba? - Ela perguntou, a voz soando dura como aço. Estava machucada, e todos seus sentidos a mandavam machucar também. — Eu nunca, jamais, deveria ter confiado em você!

Luxanna sentiu o golpe físico, uma faca afundando em seu peito e rasgando seu coração. O sangue quente escorre por suas veias, e seus joelhos falharam. Ela não lutou, cedendo ao próprio peso e caindo no chão. 

Lux quis sumir. Se fundir as pedras frias do chão, ou se desintegrar com o ar. Talvez fluir como mana, se fundir com a natureza. Só deixar de existir. 

Ela merece todas as palavras amargas e cruéis que Jinx cuspir em sua cara. Ela merece todas as ofensas, por que elas não estão erradas. 

Um soluço sôfrego rasgou sua garganta, e então outro. 

Jinx se encolheu, a visão a machucando. Mas é culpa de Luxa não é? Seu nome estava mais seguro em sua boca, então por que você teve que ir e cuspi-lo? Lux quem a descartou. Ela a deixou. 

—Você deve ter razão, Jinx..- Lux sussurrou, sentindo um licor cruel se concentrar em sua boca. 

Com vergonha, não conseguiu ao menos se desculpar. Isso merece perdão?

Jinx respirou fundo, sua voz, era o som mais familiar , que Jinx não se importaria em ficar ouvindo por horas. A única voz que não lhe traria dor,em meio a tantos gritos. Mas soa tão perigoso agora. 

—Como faço para consertar isso? Podemos conversar? Podemos nos comunicar? Podemos conversar? Eu quero consertar isso?

Não dá para consertar. 

Você estragou tudo!

Você a fez chorar!

Como pode machucar ela!?

Ela concordou. Era melhor nunca ter te conhecido!

Você arruinou a vida dela!

Ela se quer esta conversando com você. 

Luxanna não quer te ouvir!

Você dá azar. 

Jinx cambaleou para trás, tampando os ouvidos. Tantas vozes, elas estão gritando! Sua respiração soou irregular, seus pulmões não conseguindo levar o ar para seu sangue. Ela tremeu, olhando para os lados. Onde eles estão? Por que agora?

Agatha se agachou ao lado de Lux. 

—Luxanna, ela não está bem..- Sussurrou, ficando ansiosa apenas por ver a figura ansiosa de Jinx. 

— Querida, quem é ela? Por que você a deixou? -Tobias perguntou, a voz suave. Mesmo sem entender nada, estava claro que sua filha havia machucado a outra garota. 

Era sobre isso que Garen queria falar?

Lux ergueu os olhos para cima, e seu peito se encheu de pavor. Jinx havia se afastado muito, e estava a um passo de cair. Porém, ela viu a pata negra agarrar a borda da escada, e a outra se estendendo para agarrar Jinx. 

Lux não pensou, seu corpo apenas se moveu , em segundos ela puxou Jinx para trás, mas a pata caiu como uma guilhotina, em cima de seu braço.

O sangue escorreu, enquanto ela se sentiu caída, sendo agarrada pela besta , lances e lances de escadas para o fim.

Em câmera lenta, ela ouviu o grito de sua mãe e o olhar desesperado de seu pai. Jinx ainda estava encolhida, tampando os ouvidos, mas os cabelos escorriam por seu rosto e tampam a visão de seus olhos. Mas ela viu que os mesmos se acenderam. 

Outra pata agarrou seu outro braço, aprendendo um rosnado gutural abaixo de si. Ela notou, no entanto, que o monstro estava sendo delicado. Como se tentasse não a ferir profundamente. Suas mãos formigam, e a magia explodiu das mesmas, um feixe de luz que brilhou e queimou, até a fera peluda a soltar. Caindo, pouco acima da besta, ela viu os olhos amarelos queimando. 

Moldou a luz, para a impulsionar para a frente e com um baque pela propulsão, foi mandada para o lance de escadas. Seu rosto atingiu o chão, seu corpo todo recebendo o impacto das pedras fria.

Sua mente nadou em águas negras, a visão escorrendo enquanto a dor explodiu de seu rosto para todos seus membros. Ofegou, sentindo o sangue quente escorrer de seu braço. 

Então, ela ouviu disparos, gritos e o som de espadas raspando na pedra. Jinx e Garen..

Lentamente, forçou o corpo a se levantar, usando a mão boa como apoio. Se pôs de pé, e respirando fundo, fez a magia escorrer de sua mão, começando a curar seu braço. 

Lux correu, descendo as escadas. Em certo lance, ela que os degraus estavam quebrados, e o sangue negro e vermelho manchava o chao, em direção ao corredor. Ela entrou pelo mesmo, e após longos passos se viu no salão de dança. 

Em uma dança mortal, Jinx e Garen enfrentavam o lobo monstruoso. O coração de Luz bateu rápido, soldados esmagados estavam espalhados pelo chão. 

Mastigados. Despedaçados. 

O grito de Garen a trouxe de volta a realidade, em um movimento bruto e rapido ele cortou uma das patas, fez o sangue negro esguinchar. 

Com um rosnado , a outra pata desceu contra Garen, a pressão o mandou para longe. Garen rolou no chão, a espada em suas mãos voando para longe. 

O lobo se apoiou nas duas patas traseiras, se erguendo como um homem, a monstruosidade tinha duas vezes a altura de Garen. Ele correu para Jinx, que atirou em sua direção. Mas não havia mais balas. 

O desespero pintou o rosto da menor, e Jinx correu. 

Ela sentiu o fantasma das garras flutuar até suas costas, enquanto ela correu, e usando a velocidade subiu pela parede. Conseguiu subir o suficiente para o lobo bater na mesma, os dentes afiados para rasgar, raspando seu corpo. 

Jinx pulou para trás, depois de usar a parede como apoio, o corpo deslizando no ar , em um giro certeiro, aproveitou o lobo ainda em pé na parede para montar em suas costas. 

Prendeu as pernas nas costelas, o pêlo fazendo cócegas. Áspero, ela agarrou as mãos se segurando forte. Como uma montaria selvagem, ele rugiu e se balançou , a pata boa agarrando Jinx pela panturrilha. 

Ela gritou, puxando o pelo e o puxando para cima, tentando passar o braço em seu pescoço.

Garen conseguiu se levantar, e correu até a irmã, depois de a ver congelada na entrada do salão.

— Lux! Prata, precisamos de prata. - Ele fala, ofegante. — Vá até a sala de armas, e pegue uma espada de prata. As outras coisas apenas o machucam, ele se regenera…menos o corte da prata. 

Lux olhou de volta para a cena, o monstro havia mordido o braço de Jinx, babá e sangue escorriam da bica que mantém o braço preso, mas Jinx estava fincando a unhas nos olhos da besta, as mãos negras e molhadas pelo sangue. 

— Eu vou ajudar ela, corra Lux! - Garen garantiu, e Lux concordou.

Receosa, deu as costas para eles e correu. Escutou os sons de passos firmes, mais soldados se aproximando. Ao longe, a voz de seu pai ecoou, dando ordens. 

A magia escorreu de seus pés, deslizando pelos corredores. Gritos vagaram , e o som de ossos se quebrando enviou arrepios por Lux. 

Jinx foi arremessada. Seu corpo bateu contra um pilar, sua cabeça ficou zonza. 

O sangue escorria de sua têmpora, e ela fechou os olhos. Estava doendo, a mordida, os rasgos e as pancadas. 

Lentamente abriu os olhos, o monstro estava com raiva. Cortava soldados ao meio como se fossem manteiga, a pata rasgando a carne , a mandíbula esmagando ossos. Um verdadeiro demônio. 

Jinx ofegou, tentando se levantar. Seu pulso doeu, quando tentou se levantar, o usando como apoio e ela caiu de novo. 

Aquela coisa a usou como bonequinho de pano, a sacudindo pelo braço e rasgando seus membros. Se Jinx fosse uma pessoa normal, estaria morta. 

O mesmo serve para Garen, ao contrário dos inúmeros soldados mortos ou desmaiados, ele se mantém erguido e forte como uma rocha, empunhando uma espada.

Uma mão se estendeu em frente a Jinx, ela ergueu os olhos, vendo um par de olhos castanhos gentis estendendo a mão para ela. 

— Consegue se levantar? - Ele perguntou, a voz calma e reconfortante. 

Jinx o olhou confuso, é o homem que estava junto a Lux e a outra mulher mais cedo. 

— Quem é você? - Ela perguntou, desconfiada. 

— Tobias, sou o pai de Lux. Eu não sei oque aconteceu entre você e minha filha, ou por que ela te deixou… Mais se arriscou por minha filha e a salvou, estou em eterna dívida com a senhorita.  

Jinx sentiu o rosto correr, é o pai da Lux. 

Envergonhada, aceitou a ajuda para se levantar. 

— Eu faria de novo. Não me deve nada. - Ela respondeu, baixo, olhando para o chão. 

Um sorriso carinhoso desenha o rosto do homem. — Ainda sim, tem minha gratidão. Consegue segurar uma espada senhorita? Temos um lobo para caçar. 

Jinx sorriu. — Estou ótima. Me de uma espada. 

— Esse é o espírito! Soldados! Recuar! Isolem a área! - Tobias brada as novas ordens, entregando a Jinx uma espada polida e brilhante. 

Infelizmente, assim como a arma deles, não era prata. 

Garen recuou, recebeu no peito uma feroz patada, mas entendeu oque o pai queria. 

Os soldados não eram nada além de petiscos para tal monstro. 

— Não o deixem fugir!- Gritou, concordando com o pai.

Logo os soldados restantes recuaram, comprindo a ordem e impedindo qualquer outro de entrar no enorme salão. 

Se afastando e rodeando a fera, Tobias, Jinx e Garen aguardaram o próximo ataque. Se encolhendo no centro, a besta rugiu baixo. 

Não estava mais atacando , sem a atitude irracional, pareceu ainda mais perigoso. 

— É no final da caçada, que devemos ter mais cuidado. - A voz calma e confiante de Tobias soou, um alerta.

A besta mirou os olhos nele. E em um disparo, saltou em sua direção, apenas para mudar de rota no último instante e se virar, agarrando o braço de Garen que empunhava a espada. 

Por que quando ele avançou contra Tobias, Garen foi por trás. E a besta previu isso. 

O guerreiro gritou, se curvando, sua carne se rasgando enquanto o monstro o sacudiu tentando separar o braço. Tobias desceu a espada no pescoço, o sangue manchou sua pele, mas a besta não largou. 

Ofegante, Tobias recuou quando a pata avançou em sua direção. A besta se pôs no chão, apoiado nas três patas, Garen preso em seus dentes. Ele sacudiu, a cabeça grande, e apertou a mandíbula. O grito de Garen ecoou, preenchendo todo o salão, quando seu braço partiu e ele foi lançado para trás.

Com um grito de fúria, Tobias avançou, mas o corte que fez perto no pescoço do lobo já havia se curado, e sua mobilidade fez com que ele superasse os esforços de Tobias. 

Sem um arranhão, desarmou o homem mais velho, e pressionou a pesada pata em seu peito o esmagando. 

Jinx puxou uma granada, puxando o pino da mesma com a boca. — Ei, cão. Gosta de peixe? 

Ela correu até ele, a bomba caracterizada como um tubarão apitando em sua mão, o lobo rosnou, abrindo a boca para a devorar, sem soltar tobias.

Enfiando uma mão na boca, ela empurrou os dentes para cima, obrigando o mesmo a permanecer com a boca aberta. Sua palma se feriu, os dentes penetrando sua carne e fazendo o sangue escorrer, ele tentou se afastar, mas Jinx não recuou o mantendo preso. Ela jogou a bomba lá dentro de sua boca, enfiando um braço inteiro para dentro, garantindo que ela fosse engolida. 

Quando ele forçou a boca a se fechar, por pouco não levou junto seu braço e sua outra mão. Ela abraçou o longo focinho, o obrigando a permanecer com a boca fechada. 

Se sacudindo, ele rodou , se afastando e liberando tobias. Esse que ofegou, buscando por ar, enquanto se sentia atordoado , observando atônito , a Zaunita abraçada ao focinho da besta, que tentava se livrar dela a todo custo. 

— O'Que ela está fazendo? - a voz de Lux soou confusa e temerosa,ao lado de Tobias.

Só então, o homem percebeu a filha ajoelhada ao seu lado. Mana branca estava nas mãos de Luz, que segurava uma espada brilhante e reluzente. Prata.

— Eu não vi o'que ela fez… mas ela me salvou. - Ele fala, tão confuso quanto Lux. 

Jinx ficou cara a cara com a besta de pelos. E olhando em seus olhos, amarelados e irracionais, ela sentiu algo em seu peito se partindo. Lá no fundo, perto das pupilas negras dilatadas, o castanho se mesclava ao amarelo e era do mesmo tom que ela já vira antes. Ela ofegou, vendo a si mesma nas íris bestiais. 

O monstro parou de se debater, e seus rosnados soaram como grunhidos humanos. Como se tentasse falar, e Jinx notou agora, como a figura se assemelhava a um humano. 

Tremendo ela soltou e recuou para trás. 

— P-powder…

O som do som, não passou de um doloroso gemido. Escapou dos lábios ensanguentados , a língua comprida embaralhando as letras, uma voz rouca. Jinx reconheceria esse timbro em qualquer corpo, como poderia esquecer? É como ouvir Silco. Ouvir um pai. É a voz de Wander. 

E explodiu. 

Órgãos e membros voaram , pintando todo o salão, uma mistura de peles e ossos colorindo o chão. 

Ela matou Vander. De novo. 

Memórias voltaram a sua mente, o flashback do pior dia de sua vida. Outra maldita explosão, de novo , Powder o matou. Powder, Powder, Powder, Powder. 

Ela nunca vai embora? Nunca vai deixar de existir?

Jinx é de Jinx. 

De novo você o matou. 

Garotinha tola, se esqueceu? Está amaldiçoada. O azar sempre vai te acompanhar, mudar de nome não muda isso. Afinal, Jinx, você é o azar. 

Ela cambaleou para trás, escorregando no sangue, e caindo de costas. Seus olhos miraram o teto, as vozes explodindo em sua mente. 

Ela não viu mais nada, sua audição tomando conta de todos seus sentidos. 

Mais Lux viu. Ela viu quando a besta começou a se levantar, faltando pedaços, a carne se grudando no corpo enquanto ele se erguia. Como um pedaço de carne amaldiçoado, obrigado a se levantar eternamente. 

Uma alma atormentada, que não encontra paz em vida. Consumindo misturado ao sangue negro, algo rosa escorreu dos ossos opostos pelo explosao. Lux reconheceu a cintila que brilha nos olhos de Jinx.

Uma garra deformada, se abriu e estava prestes a descer sobre Jinx. Mas Lux ergueu as mãos, uma bolinha branca e brilhante envolvendo o corpo de Jinx. Quando a pata tocou a superfície , ela se queimou e com um urro a besta se voltou para Lux. 

O cheiro da magia que protegia Jinx vinha de Luz, e quando a besta semimorta correu, Lux correu em sua direção, a espada em suas mãos. 

No primeiro golpe, o monstro desviou. Mas Lux dançou em sua volta, valsando pelo salão a sua cola. Girando a espada na mão, ela cortou, usando a mana em seus pés para a impulsionar para a frente e desferir um golpe certeiro , cortando a cabeça da besta. 

A massa negra, uma mistura de pelo e sangue, caiu no chão, com um som molhado. 

A cabeça monstruosa rolou, decepada. Olhos amarelos lentamente se coloriram para o castanho, enquanto a criatura fechou os olhos. 

Respirando fundo, ela olhou para a espada em suas mãos. Estava manchada de preto, o sangue escorrendo pela prata. 

Um nó embrulhou seu estômago, Lux não gosta de matar. Não importa oque seja. 

Olhando ao redor, sentiu vontade de vomitar. Havia tanto sangue..aquele é Garen?

— Garen! - Ela gritou, correndo até o guerreiro. 

Ele estava no chão, mergulhado na minha consciência. A dor dilacerante de ter o braço arrancado, o fez desmaiar. Tobias já estava ao seu encalço, avaliando os danos. 

Agora que o monstro estava morto, Agatha entrou em cena. Ela não é uma guerreira, e não tem vergonha em admitir isso. Em campo de batalha, seria mais um empecilho do que atraso. Seus serviços ocorrem depois do conflito, resultados bons ou ruins, é Agatha quem eles chamam quando os homens caem. 

Seu semblante demonstra a dor e preocupação, ao ver o filho inconsciente no chão. Ela correu até eles. 

Lux olhou para cima, Jinx havia se levantado e olhava para o corpo morto da besta. Dessa vez sem ressurreição. 

Lux sentiu seu peito se dividindo. Onde ir? Quem amparar?

— Vá até ela. Vou cuidar de seu irmão. - Agatha falou, atrás de si, homens vestidos de branco surgiram. 

Pranchetas em mãos, macias e o sangue frio necessário para lidar com a situação sem vomitar.

Lux ficou surpresa, o'que fez sua mãe agir assim?

— Luxanna..Aconteceu muita coisa hoje. Está liberada. Você e sua amiga. - Tobias falou, segurando a mão restante de Garen entre as suas. 

Lux olhou para os dois, confusa. Há muitas coisas para fazer, e relatar tudo ao rei é uma delas. Luxanna pode lidar com isso, logo ajudar a cuidar dos feridos. Fazer relatórios, explicar os danos, contar as perdas…

— Va com sua amiga , Lux. Nós vamos cuidar de tudo isso. - Tobias afirmou de novo, após ver a dúvida nos olhos azuis de Luz.

— Depressa Lux, ela está esperando respostas. - Agatha alfineta, dando permissão. 

Com um sorriso trêmulo, meio incerta, Lux concorda se levantando e correndo até Jinx.

Olhos rosa pálidos a fitam, molhados em lágrimas. 

— Eu te devo respostas. Podemos conversar?

Suspirando, Jinx concordou. 

—Vamos para meu quarto. - Lux fala,um pouco tímida. 

Sem se dar ao trabalho de responder verbalmente, Jinx acena que sim, a seguindo. No meio do caminho, quando a ansiedade estava devorando Lux, ela sentiu Jinx pegar sua mão. Suavemente, enrolou a mesma em sua própria palma e seguiram assim, de mãos dadas. Lux percebeu a cor vermelha que brilhou nas bochechas da outra, e sorriu encantada. 

— É minha culpa? - A voz de Jinx quebra o silêncio, frágil e quebrada. 

Lux sente seu peito batendo forte, doloroso. 

— Não, jinx, você não fez nada errado…eu não queria ir embora. Eu juro! Tudo que eu quero é estar com você. - Lux falou, apertando a mão de Jinx na sua. 

— Você sente minha falta?

A pergunta inocente, fez o rubor nas bochechas da menor aumentarem. 

— Tanto que doí. - Lux respondeu, sincera, olhando nos olhos rosas. 

Jinx desviou o olhar, por hora, essas são as únicas coisas que importam. Não é sua culpa, Lux sentiu sua falta. 

Antes de tudo, Lux deixou Jinx se banhar no banheiro de seu quarto e fez os devidos curativos na mesma. O braço dela está enfaixado, e alguns hematomas cobrem sua pele pálida. Mas Jinx está bem. Depois ela própria se banhou, seu braço também foi enfaixado e só precisou de alguns analgésicos para dor. 

Agora, vestidas em pijamas, que Lux emprestou de bom grado para Jinx, ambas se observam, sentadas na cama. 

— Podemos conversar, agora. - Lux fala, enrolando uma mexa loira de seus cabelos. 

Jinx a observa. 

— Sabe Lux… - Ela fala, a voz manhosa soando arrastada, à medida que se aproxima da outra, olhando ppaa os lábios da mesma. —...Eu não quero mais conversar.


Notas Finais


É oque temos para hj ksks
Eu não sei escrever cenas de luta/ação, muito bem, entao desculpa se estiver confuso.
Meu corretor troca o nome da Augatha para Agatha e eu fiquei com preguiça de trocar.. ele tbem erra o da Sevika e o da Zeri agora. Dor.

Vcs querem algo mais caliente no próximo? Estou pensando em dar um a Lux e Jinx um momento mais +18.
Enfim. Ksksjsjsj
Ate a próxima guys!


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