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História Gatilho desenfreado.(Jinx X Lux, Vi X Caitlyn) - Um bom perdedor.


Escrita por: Punk_Star

Notas do Autor


Hey guys!
Não demorei mt dessa vez, e para compensar o atraso anterior, esse cap tá grandinho..
Espero que gostem! Boa leitura ;)

Capítulo 24 - Um bom perdedor.


Pare as vozes agora

Pare as vozes agora

Estou cansado dessas vozes na minha cabeça (dia após dia)

Rasgue meu cérebro, cause meu colapso mental

Trauma em minha mente, agora minhas memórias piscando

Indo em direção à luz, enquanto a voz está rindo

Sem controle dos meus pensamentos, então continuo perguntando

Você pode parar essa loucura?

A voz disse não, comecei a implorar

Mas o barulho não vai!

Você para, você para elas?

(Não pode!)

Você é um bichano, é por isso que você está se escondendo

No fundo de mim, deixe-me ver seu rosto

Nas sombras é como a perseguição

Pensamentos intrusivos, saia da minha cabeça

Está me matando, quer me ver morto

Não desista, eles querem ver o vermelho

Eu me recuso a sangrar e mantê-los alimentados

Eu não vou desistir, você vai embora

Eles soam como eu, mas os rostos nunca são claros (não vou desistir)

Como eles podem ouvir se estou cobrindo meus ouvidos (não vou desistir)

Meus piores colegas, eles conhecem os medos mais profundos 

 

Alguém por favor pare as vozes agora. Estou tão cansada dessas vozes na minha cabeça, dia após dia. 

Jinx suspirou, sentindo como se seu cérebro fosse rasgado, causando um colapso mental. É uma surpresa, ela ter conseguido explicar toda a longa história para os Demacianos. Ela acha que saiu bem, levando em conta todas as vezes que mordeu a língua para impedir que uma resposta ácida fosse direcionada para as vozes em sua mente. 

Elas não se calaram, e ignorar , se tornou cada vez mais difícil.  Houve momentos em que divagou, focando no que era sussurrado em seu ouvido, como se desligada apenas para voltar a narrar os fatos. 

O comportamento estranho, não passou despercebido pelos olhos atentos à mesa. Mais recentemente, Jinx não era uma pessoa comum, e embora notado, isso foi ignorado. 

Três horas, foi o necessário para contar e explicar tudo. Rindo de nervoso, sentindo as mãos tremendo e a garganta seca, Jinx se levantou da mesa e correu para fora, alegando que gostaria de beber água. 

Lavando o rosto, ela esfregou as pálpebras de seus olhos, tentando se trazer para a realidade com a ajuda da água fria. Memórias piscaram atrás suas pálpebras fechadas, e novamente, o mesmo disco arranhado se repetiu, indo em direção a luz de uma explosão azul.

Um pequeno macaco-bomba, destruindo tudo. 

Risadas altas ecoavam, e tremendo Jinx tentando respirar, sem conseguir controlar os próprios pensamentos que deslizam para áreas perigosas. 

— Você pode parar com essa loucura?- Ela perguntou, baixo, esfregando a mão Molhada no pescoço.

Risadas altas, as vozes gritaram não.

— Por favor, por favor…agora não. Só me de algumas horas..Por favor..- Jinx começou a implorar, sentindo a garganta queimar. 

Não, não , não, finalmente estamos juntos de novo! Pare de implorar, não vai adiantar. Nós não vamos nos calar .

Jinx fechou a torneira aberta, quando o barulho da água corrente doeu em seus ouvidos, mas o som não parou. Olhando ao redor, o banheiro branco parecia claro demais, e a sensação das paredes estarem a engolindo a fez se encolher. 

— Eu..preciso voltar…ir para Zaun… 

Saia, e seja morta. Com certeza já estão todos armados e prontos para te eliminar.

Eu tenho uma ideia! Exploda eles! Antes deles saírem, já saia com as armas em mãos!

Que armas e bombas, gênio? Não ve que essa idiota está desarmada?

Ah…então temos problemas, talvez você possa usar algo como arma? Como…os canos da pia?

Essa é sua ideia? Jinx, bata a cabeça contra o azulejo e morra. É o melhor. 

Ela já não está bem da cabeça. 

Talvez uma pancada resolva. 

Risadas explodiram, e Jinx teve que segurar a cabeça, encolhida no chão, e com as pernas perto do peito. 

O som alto, começou a ficar contagiante, e antes que perceba, seu próprio corpo está se contorcendo com risadas altas. 

— Ok, ok, pessoal! Podem se acalmar, eu não vou morrer! - Ela diz, respirando fundo e jogando a franja azul para trás, apenas para ter a mesma escorrendo de novo para seu rosto. 

Não vai morrer, ela diz, não sei como ainda está viva!

— Não é como se eu fosse dependente de vocês, ou algo assim. Me viro muito bem sozinha!

Você nunca esteve só!

Ignorar não faz com que nós vamos embora. 

— Tanto faz, acontece, que vocês, idiotas, não tem um plano e são inúteis.

E você tem um plano?

— E quem disse que eu preciso de um!? Planos são para idiotas. 

A garota retruca, se colocando de pé em um salto. Enxugando o rosto com uma toalha branca e felpuda colocada em um gancho na parede, ela se esquece que a poucos minutos, estava em uma situação deplorável no mesmo banheiro.

A mudança de humor, e a aceitação das vozes, acabou por renovar suas energias. 

Girando em frente ao espelho, ela conferiu as tranças, apertando onde alguns fios começaram a sair. 

Alguém pode te enforcar com essas tranças. 

Morta pelo próprio cabelo. 

Jinx riu, saindo do banheiro e batendo a porta atrás de si. Lux estava parada a frente, a mão estendida e pronta para bater na porta. 

Isso trouxe um sorriso largo para o rosto da mais baixa. — Loira! O'Que faz aí parada? 

Lux estranhou, a voz alta e extremamente alegre da outra. Os olhos vibrando, como se prestasse atenção a coisas que não existem. 

— Eu..vim procurar você, ver se estava tudo bem. -Lux falou, buscando algum sinal de desconforto na outra. 

Rindo de forma descontraída, ela apenas concordou. — Sim sim, o de sempre, algumas vozes aqui e outras ali, mas não é como se eu pudesse ficar sem elas.

Segurando o braço dela, Lux a impediu de continuar andando. Jinx estreitou os olhos, olhando para a outra de forma curiosa.

— Jinx…Isso..Isso não é bom, você vai ficar bem?

— É doce. 

A resposta da outra deixou Lux mais confusa e preocupada.

— Doce?

—Sim, sua preocupação é doce. Raio de sol, você pode parar as vozes?

Lux mordeu a língua, com dor. Não precisou responder, a risada da outra a interrompeu.

— Não, você não pode parar. Então não se preocupe, e confie, Jinx tem tudo sobre controle! Todas as peças na mão!

— Eu não entendo..Elas te machucam..

Lux falou, confusa. Já viu como as vozes deixam Jinx, nunca é um bom final. A garota fica destruída, quando tem que concentrar seus monstros. Mais cedo,passaram por um doloroso episódio, e agora Jinx está sorrindo como se o'que quer que esteja em sua mente, fosse um velho amigo que a está visitando

—Sim, elas me machucam, quando estou contra elas. Mas se somos um time, não faz sentido atacar um aliado, não é? Exceto se for um jogador do tipo " Eu vou sozinho e não preciso de ninguem", mas não é o caso por que elas precisam de mim…

Nós não precisamos de você. 

— Precisam sim!

Lux suspirou, sentindo que desceram vários degraus de uma escada, apenas para ter que subir todos novamente. 

Ao mesmo tempo, a garota à sua frente parecia…estável, na medida do possível.

— Estão chamando por você, pode lidar com eles? - Lux perguntou, entrelaçando seus dedos ao de Jinx. 

Se referia a todo o pessoal na mesa, que ouviu a declaração de Jinx. 

— Posso lidar com tudo, eu sou completamente capaz de lidar com eles. - Jinx respondeu, cruzando os braços, mais se recusando a soltar a mão da outra, o'que fez Lux sorrir. 

— Bom. Se algo mudar, me avise sim? - A loira pediu, gentilmente, disfarçando a preocupação com um sorriso pequeno. 

— Claro. - Jinx cantarolou, voltando a andar. — Você está bem?

— Sim. Obrigada.

Lux respondeu, coçando o pescoço, um pouco envergonhada. A forma como paralisou e deixou toda a situação nas mãos de Jinx, foi patética ao seu ver. Felizmente, a outra lidou com tudo muito bem. 

— Realmente? Eu sei, ela não parece muito bem, ainda tá meio pálida…

Lux precisou de alguns segundos, para perceber que Jinx não falava com ela. 

A seguiu em silêncio, enquanto observava a garota iniciar uma discussão com vozes que Lux não conseguia ouvir.

Completamente louca. Lux pensou, suspirando ao ver que mesmo assim, Jinx ainda era a pessoa que ela queria. 

(...)

— Isso nem deveria ser discutido, não tem outra opção além de aprender. É uma criminosa! - O homem de barba bem feita exclama, olhando de forma firme para Jinx.

A mesma riu, divertida. — Você tem liberdade para tentar, e eu tenho para reagir. 

Limpando a garganta, o outro conselheiro tomou a palavra. — É verdade que não é…confiável, a mantermos por perto. Vossa majestade, talvez queira dar uma olhada no relatório que conta todos os danos causados, certo?

Não. A rainha conteve um suspiro, cansada. Era óbvio que assuntos assim, não lhe eram de seu interesse e os fazia apenas pela maldita obrigação que possuía. Esperou paciente, o mesmo homem depositou em sua frente uma pasta com diversas páginas. 

—Uau, são muitas páginas. - Jinx comentou, olhando para a pasta que a rainha folheava, sem ler de fato.

— E, como tudo aponta, a culpada é Jinx. Embora tenha "ajudado" a eliminar a besta, não temos provas reais de que tudo que ela contou é verdade. E de um jeito ou de outro a culpa é dela, já que influenciou Luxanna. - O mesmo continuou. 

— Jinx não me influenciou, foi a Zaun por vontade própria. - Luz rebateu, mordendo a língua, mas mantendo os olhos decididos. — Na verdade, ela me mandou voltar para Piltover. 

Augata suspirou, olhando para a filha. O brilho decidido nos olhos azuis da mais nova, fez com que ela questionasse o quão profundo era todo o lance com a terrorista. 

— Isso coloca Lux em maus lençóis, o'que devemos fazer com ela? 

— Lux não fez nada errado. - A rainha diz, abanando a mão em um gesto banal.

 — Bem, talvez algumas coisas, mais nada que seja necessário punição, e sabe nem vamos julgar, você mesmo, Graham já fez pior por um rabo de saia. 

A linguagem informal e vulgar da rainha, nem surpreendeu os presentes à mesa, que já estavam acostumados com a falta de freios na língua que a majestade possuía. Jinx por outro lado, estava com os olhos arregalados e brilhantes, a expressão surpresa. 

— Eu serviria à vossa realeza, não está pensando em contratar novos soldados? Seus homens são meio fraquinhos, eu posso ser uma adição e tanto.

Lux riu, tampando a boca com a mão. Jinx se virou para ela, divertida e explicando como a ter como aliada seria uma vantagem enorme para Demacia. 

— Luxanna está feliz com ela. - O príncipe sussurrou, baixo para que apenas Augata o escutasse. 

— Prezo pela felicidade de minha filha, Jahan, mas o motivo me preocupa. 

A resposta igualmente baixa, o fez franzir as sobrancelhas. — É compreensível, mas acho que ir contra seria pior. Eu não quero descobrir se os boatos sobre ela são reais. 

— Ve? Até você a teme, não podemos brincar com ela. Embora isso me deixa curiosa. 

— O'Que exatamente?

Observando as tranças azuis se balançarem conforme o movimento de Jinx, Augata o respondeu sem tirar os olhos da outra. — A destruição que ela pode causar.

Jahan riu, entendo para onde corria os pensamentos da mais velha. Foi uma risada crítica e ácida, ausente de humor.

— Não transforme a garota de Lux em uma arma.

— Com licença. - A voz jovem chamou da porta, e o garoto loiro entrou, — Me pediram para procurar e levar Jinx para dar uma volta.

Ezreal falou, se apoiando na porta. Seus cabelos loiros estavam penteados e volumosos , brilhando em destaque com seus olhos azuis brilhantes e roupas de tons claros. 

O pai de Luxo mandou intervir na reunião, alegando que seria mais fácil decidir o que fazer com Jinx se ela não estivesse presente. 

— Eu não sei se é uma boa ideia a deixar sozinha, livre para sair. - Um dos homem a mesa comentou.

— Awn, que fofo, está preocupado comigo? - Jinx perguntou, a voz alta e falsamente emocionada.

Contorcendo o rosto em uma careta ele se pôs a esclarecer as coisas, — Não, estou preocupado com o'que você pode fazer.

— Não sei lidar com tanto afeto…- Jinx continuou, o ignorando. 

Lux buscou Ezreal com os olhos, e o questionou de forma muda. Ele apenas deu de ombros. 

—Jinx, vá com ele. - A Gata falou, a voz séria fazendo a garota de cabelos claros a olhar.

Você não é um cão, que recebe ordens e as segue. 

Ignorando a pontada na cabeça, um sorriso desagradável se desenhou no rosto da menina. — Claro. - Ela respondeu amarga.

Protestos ressoaram quando ela se levantou, seguindo para onde Ezreal a esperava. Ela olhou para trás, o homem barbudo que trabalhava com suas ofensas, e viu através da raiva o medo. Um riso baixo deixou seus lábios, quando ela o mirou com os olhos, e ergueu um braço fazendo uma "arma" com as mãos. 

Ele a encarou olhando em seus olhos, enquanto ela fingiu mirar a "disparou" em sua direção. Um sorriso cruel moldou seus lábios, quando o medo fez o homem se calar. 

Afinal, foi apenas um aviso. Dessa vez ela apenas o alertou e mandou se calar, da próxima a arma não seria falsa. 

Seguiu Ezreal, mais na porta, trocou um último olhar com Lux. Se despedindo sem palavras, ela finalmente deixou a sala para seguir o loiro. 

(...)

Você é um covarde, é por isso que está se escondendo deles. 

Jinx mordeu a língua, — Eu não estou me escondendo.

Fingindo ser uma boa menina, deixe eles verem quem você realmente é. Deixe verem seu verdadeiro rosto.

Ezreal se virou, olhando confuso. 

Jinx parou de andar, olhando para trás à procura do que o outro estava olhando. Mesmo sendo dia, o corredor em que está é ausente de janelas, oque o torna escuro e cheio de sombras. 

Jinx cruzou os braços, os esfregando, e se sentindo perseguida pelas coisas que ficam nas sombras.

Sua mente foi preenchida com pensamentos intrusivos, a fazendo resmungar. — Saíam da minha cabeça.

— Qual é o seu problema? - Ezreal perguntou, vendo a garota segurar ambos lado das têmporas,com força. 

Ela o olhou, fuzilando o mesmo com os olhos. 

Ele quer te ver morta. Não é confiável. Por que estão seguindo por esse caminho longo e escuro? Não há uma janela. É óbvio que ele planeja algo. 

— Você. Você é o meu problema. - Ela cuspiu, com raiva. 

Ele e sua aparência perfeita de bom garoto, é digno de Lux. Brilhando como ela, combina até nos tons de cabelo. 

Os pensamentos começaram a devorar a mesma, que se recusou a escutar, começando a andar, não está disposta a perder desta vez de novo. Se recusa a sangrar e manter as vozes alimentadas com sua dor. 

Uma fina linha a impede de cair, e seus olhos ardem. Depois de tudo que passou não é possível que vá cair de novo. 

— Você não é boa o bastante, Lux não vai realmente ficar com alguém como você. 

— O que você disse? - Jinx perguntou, se virando e olhando para Ezreal.

Ezreal recuou, sentindo um calafrio percorrer seu corpo. — Nada , eu não disse nada.

Jinx o encarou, antes de se virar e voltar a andar.

—Você dá azar, por isso todos vão embora. Garota estupida, se acha que Lux realmente está confiando em você.

Ezreal só teve de recuar para trás, quando o pé de Jinx raspou em sua bochecha, um chute alto e certeiro. Ela recuperou o equilíbrio rápido e chutou de novo, errando por pouco. 

— Porra, você é louca!? - Ele gritou, saltando para tras, mais o corredor embora longo, não era largo. 

Mostrando os dentes, Jinx continuou com sua sessão de chutes, mais rápidos do que o loiro poderia recuar. Bloqueando a área do rosto com os braços, ele não pode evitar ter o estômago atingindo com força e ser mandado para trás.

Uma tosse dolorosa deixou sua garganta, e antes de reagir, sentiu sua perna ser acertada e foi de encontro ao chão. O corpo de Jinx ocupou espaço logo acima de sua cintura, quando ela o agarrou pela camisa, os olhos rosas brilhando. 

—Peça perdão. - A voz tremendo, Jinx estava por um fio. 

Esmague a cabeça. Acerte bem forte.

Sua voz ecoou em sua mente, e ela sentiu o peito vibrando. Fala como ela, tem o mesmo que ela, mas não é ela. 

—J-Jinx…Eu não falei nada..-Ezreal começou tocando com cuidado os pulsos da garota, que mantém sua blusa presa em um aperto forte. — Não fui eu. 

Mentiroso. Esta te fazendo de idiota. Maldito, armando planos com Lux. 

Ambos rindo de você. 

— Calem a boca! - Ela gritou, forçando o peito de Ezreal a bater no chão. 

Mentirosos. Traidores. Por que todo mundo mente?? Todo mundo esconde as coisas, ninguém nunca é sincero! 

Violet, Vander, Silco, Lux, todos são mentirosos!

— Eu não quero ouvir vocês! 

Jinx chorou, tampando os ouvidos com as mãos, os apertando com força contra sua palma. 

Mentirosos.mentirosos.mentirosos.

Por que ainda escuto quando tampo os ouvidos?

Somos seus únicos aliados Jinx, os únicos! Não tento nos ignorar, só nós sabemos o quanto você sofreu! Tudo pelo que passou! 

Uma risada de dor deixou os lábios da menina, os piores colegas, que conhecem seus medos mais profundos. 

Jinx sentiu o impacto de suas costas com o chão, antes de perceber oque aconteceu. O garoto embaixo de si, virou seu corpo e a empurrou para baixo, em seu momento de distração. 

Deitada no chão, tudo ficou preto. 

Então, imagens desfocadas começaram a se colorir em sua mente. Lux e Ezreal juntos. 

Você foi trocada. Não, se quer foi escolhida. 

Você não é tão esperta, se realmente acredita em tudo que ela fala… 

Por que nós sabemos, ela não está falando sério. 

O silêncio que ocorreu depois, foi pior do que as vozes. Como se a afirmação fosse tão dolorosa, que nem as vozes queriam estar lá para saber o'que iria sobrar da garota.

(...)

Ezreal saiu correndo para a frente. Jinx piscou, os olhos de repente perdendo o brilho constante de rosa, e se tornando mais escuros. Se ergueu, e arrastou os pés para frente, um andar desleixado.

Seus olhos acompanharam o extenso corredor, a visão parcialmente tampada pelos fios azuis que escorriam por seu rosto. Então, Jinx correu. 

(...)

— É um ato ousado de mais. - Graham resmungou, o único a continuar defendendo a ideia de aprisionar Jinx. 

Até mesmo o barbudo de antes se calou, embora esse o tenha feito por medo. 

— É provável que seja difícil, Jinx tem problemas mentais. Não podemos agir como se ela não os tivesse- A Gata começa, olhando de forma fria para o homem. — Ainda sim, com tempo e paciência podemos obter resultados positivos. 

Suspirando, o homem se volta para a rainha. — O'Que vossa majestade declara?

Um suspiro cansado deixa os lábios da mesma, que olha para todos os presentes à mesa. Estão nessa a uma hora, com argumentos após argumentos sendo distribuídos como balas. 

Sinceramente, ela mal prestou atenção, deixando a mente vagar para a imagem ansiosa de Luxanna. A loira defendeu a amiga, com muita força de vontade, se opondo a maioria dos ataques. Mas em nenhum momento se esqueceu dos erros da outra. 

Ela não gosta de burocracia, odeia tomar decisões que envolvam horas e horas de reunião. Quantos soldados são necessários? Quanto alimento precisa ser produzido e a que preço ser vendido? Como resolver os problemas climáticos e qual a melhor decisão a ser tomada?

Não, ela nunca quis isso. O peso de um reino em suas costas. 

Infelizmente, após a perda de seu amado marido e rei, ela é quem está no comando. 

Suspirando, ela estala o pescoço. Não entende de guerras e poder, como Agatha. E não sabe como solucionar problemas, aplicar punição como os outros a mesa, tão pouco está realmente ciente de todos os reinos e suas alianças. 

Mas ela entendo sentimentos. Não sabe como realmente oque fazer para o reino prosperar… mas ela sabe que as pessoas não precisam apenas sobreviver. Elas têm que viver. Amar os segundos, contar as estrelas. 

Antes da perda do rei, era comum ter a rainha na praça, levando música e cores aos cidadãos, pintando o mundo cinza e rígido de demacia. 

Porque embora os outros a mesa saibam o necessário para manter todos vivos, é ela quem faz com que eles realmente queiram estar vivos. 

E ela sabe que tirar a exótica garota de tranças azuis de Luz, será o mesmo que partir seu coração. 

Ela não quer apagar as cores tão alegres de Luxanna, a doce garotinha que ela viu crescer e se apegou como se partilhasse o mesmo sangue nas veias. 

— Jinx é uma criminosa em Piltover. Procurada pelas leis deles. Até o momento não nos causou nenhum dano, nos evitando até. O'Que teria acontecido se ela não viesse? - Ela começou a responder, limpando a garganta. 

— Em Demacia, ela é apenas uma convidada, de Luxanna. Então, deem as boas vindas à nossa nova hóspede no castelo. 

— Sério!? - Lux exclamou, se levantando de forma afobada — Realmente!? 

A rainha riu, embora Augusta tenha repreendido a filha. — Sim, Luxanna, sua namorada até então é bem vinda no Reino, e por ser então, importante para você, é mais do que bem vinda ao castelo. 

— Mas vossa graça , ela é extremamente instável e perigosa…uma criminosa..

— Em Piltover, não ouviu? - Jahan interrompe o homem, sorrindo largo. 

— Que seja condenada lá, aqui ela é apenas a namorada de Lux. Se mamãe falou, tá falando. 

—É irresponsável deixar ela livre para fazer oque bem entender

— Está me questionando? 

Fria, a voz da rainha ecoou com uma autoridade poucas vezes usada. Os olhos escuros brilharam cortantes, lembrando ao homem seu erro. 

— Perdão, vossa alteza. De forma alguma, ousaria ir contra sua decisão. - Ele se desculpou, sem ousar olhar para os olhos dela. 

— Que seja. - Ela retruca, fazendo um gesto banal com a mão e se levantando. 

— Ela provavelmente vai dar trabalho, e está em suas mãos Lux.

— Sim, vossa majestade. - Lux respondeu, sem conseguir conter o sorriso que tomou seu rosto.

Ela sabia que a rainha fazia isso especialmente por ela, pois se fosse outra pessoa em seu lugar, seria acusado pelos crimes que Lux acabou por cometer em Piltover, e é claro, ter se aliado a alguém tão perigoso. Mas a brilhante rainha além de bondosa, era um pouco irresponsável e amava Luxanna como se fosse a tia da garota. Queria a mesma bem, não importa com quem. 

E com ordens tão diretas, nem mesmo Augusta ou seu pai, poderiam contradizer. Mesmo que estes parecem interessados em Jinx. 

Mordendo os lábios, ela correu, alcançando sua majestade antes que ela pudesse sair da sala, e a envolvendo em um abraço apertado. 

— Obrigada. - Lux sussurrou contra a mais velha, recebendo um afago nos cabelos como resposta. 

— Disponha, querida. Agora vá procurar ela, deixe os adultos chatos cuidarem da parte chata. São pagos pra isso. 

A rainha brincou, ganhando um riso fraco como resposta. 

— Irei, só vou ver como Garen está. 

Lux respondeu, se soltando da outra e se despedindo. Se apressou em ir para a enfermaria, onde seu irmão estava de repouso. 

(...)

O soco acertou o rosto de Ezreal, com mais força do que ele julgou uma garota tão magra ser capaz de acertar. Seu corpo foi lançado para trás, e em sequência, um chute forte foi disparado em seu abdômen. 

Tossindo sangue, ele limpou a boca com a costa da mão. Saltou para trás, desviando de outro golpe, e agarrou o braço de Jinx , puxando e trazendo o corpo da mesma para perto, onde acertou o joelho no estômago da mesma. 

Jinx gemeu, a dor a irritando, e como resposta agarrou a nuca do rapaz com as mãos, o jogando por cima dos ombros antes que ele continuasse a lhe acertar. 

Ezreal atingiu o chão,com o rosto, a dor de ter o mesmo esfregando contra a terra sendo substituída quando a terra entrou em seus olhos, os fazendo arder.

Seus braços caíram logo após o primeiro impacto, e seu corpo tombou para a frente de forma desengonçada. 

Usando as pernas, ele deu uma rasteira derrubando Jinx na terra antes que ela pudesse o montar e socar seu rosto. Se erguendo, ele tentou se levantar, mas Jinx se jogou contra ele, arranhando o rosto do mesmo enquanto tentava o derrubar de novo. 

Ezreal grunhiu, tentando tirar ela de cima de si, e acabou por puxar as tranças, fazendo a outra parar de arranhar seu rosto e acertar um soco no meio da face. 

Ezreal tombou para trás, mas a puxou pelas tranças e bateu seu rosto contra seu joelho. 

Jinx sentiu o sangue escorrer por seu nariz, mas não parou, conseguindo se erguer sobre Ezreal e o chutar. Ele agarrou sua perna, a mandando de volta para o chão e preparando um soco. 

Jinx driblou o mesmo, o jogando de volta para sua posição abaixo dela e montando o mesmo, o prendendo com o quadril. Seu punho se fechou, Ezreal tampou o rosto, à espera do golpe. 

Em vez disso, ele sentiu algo quente lhe tocar a pele, um toque fantasma e o peso de Jinx sumiu de seu corpo. 

Ele abriu os olhos, confuso, e viu uma luz branca envolver a garota que agora flutuava acima de si. 

— O que estão fazendo!?

Luxanna está irritada. Seus olhos azuis brilhantes refletem sua confusão , à medida que a garota se aproxima deles a passos pesados. 

Jinx flutua acima só garoto, e está rindo, achando estranho a forma que de repente,seu corpo é imune a gravidade.

— Nada. - Ela respondeu, sentindo o gosto metálico do sangue na língua

Escorreu para seus lábios, e adentrou sua boca. 

— Não parece que não é nada. Ezreal, o'que aconteceu? 

Jinx fechou o semblante, as vozes gritando em sua cabeça. 

— Ela. Foi do nada Lux, ela me atacou de repente! Começou a falar sozinha e surto!

Jinx tentou o acertar, esticando um braço, apenas para o ter enrolado ao corpo com um flash de luz. 

— Onde você estava? - Ela cuspiu, com raiva. 

— Jinx..-Lux começou, sem saber oque fazer. 

Ezreal tinha o rosto todo machucado, as roupas manchadas de sangue e suja de terra. Jinx não era diferente. 

— Não tô falando com você, raio de sol. - Jinx a cortou, olhando para o garoto loiro. 

— Onde você estava quando Lux precisou de ajuda? 

Ezreal ficou tenso, entendo o'que Jinx perguntou. — Eu..não devo respostas a você. 

Respondeu, mais envergonhado do que ríspido. Quando a besta atacou, ele estava no meio da cidade, buscando informações sobre um antigo artefato. 

Só soube do ocorrido naquela manhã, quando voltou ao castelo e tudo foi relatado ao mesmo. 

Então,o pai de Luxo pediu para sair com Jinx, levar a mesma para o jardim no fim do castelo. 

Jinx riu, com sarcasmo. — Ele nem estava aqui. E você o defende. 

Ela acusou Lux, desta vez, usando o braço para limpar o sangue que escorria de seu rosto. 

— Não, Jinx, eu não estou..

— Está sim! Você prefere ele não é? Vai me deixar? 

A voz embargada de Jinx fez com Lux a trouxesse para perto, colocando a garota no chão, a poucos centímetros de distância. 

Ezreal sentiu que estava atrapalhando, o'que quer que fosse acontecer. Por isso, sinalizou para Lux que iria sair. A mesma o olhou agradecida, antes de voltar os olhos para Jinx. 

Escutou os passos de Ezreal se afastando, mas estava focada no rosto de Jinx. 

Ela estava mais pálida do que o normal, e tremia, com os olhos vibrando e as pupilas dilatadas. 

— Você vai me deixar…vai me deixar como todos eles…- Jinx murmurou, se afastando do toque da outra.

Lux sentiu o peito afundar, machucado. Doí ver a imagem tão quebrada da outra.

— Não me toca! Vai embora! Você é uma mentirosa! - Jinx gritou, correndo para longe de Lux. 

— Jinx, por favor, me escute…Eu não vou te deixar.- Lux respondeu, respeitando a vontade da outra e se mantendo distante.

— Não, não estou te ouvindo…pare de mentir para mim, as vozes dizem que vai me deixar. Vai atrás de Ezreal. 

Se encolhendo, Jinx se deixou cair no chão, abraçando os joelhos. Todos os sentimentos que ela não entende, mais que os sente ferver em seu peito, transbordando como lágrimas de seus olhos. 

Lux se ajoelhou, na frente da mesma, entendo a crise que a mais baixa sofria. 

Ela devia ter notado os sinais antes, mas deixou passar despercebido. Não foi silencioso, e agora Lux percebe como esteve ali, os avisos de que Jinx estava quase explodindo. 

— Lembra..Que já falamos sobre isso? As vozes mentem, quando lhe falam isso. Eu não vou te deixar Jinx. - Lux sussurrou, tentando não deixar a outra mais irritada. 

Sem obter resposta, ela repensou no que fazer para acalmar a outra. Lembrou da noite em que a viu em Zaun, e como as esferas brilhantes a acalmaram. 

Dessa vez, abriu a palma das mãos, e deixou que a luz escorre e se moldasse , tomando forma. No início algumas flores, e então, mais personalizados como Jinx. 

Algumas bombas, tubarão e balas, misturados com flores e alguns corações. 

Jinx ergueu o rosto, olhando as luzes brilhantes. Riu, quando a pequena bomba explodiu como inúmeros flash de luz. 

Sem dizer nada, Lux se sentou ao lado, e continuou a moldar a Luz, com desenhos e rabiscos. Poderia ter sido minutos ou horas, Lux não soube dizer.

Mas Jinx finalmente deitou o rosto em seu ombro, e permitiu que a outra a tocasse. Lux suspirou, levando a mão aos fios azuis da outra e iniciando uma leve carícia nos mesmos. 

—Eu…pensei que era uma armadilha, no início. O corredor não tinha fim. - Jinx falou, a voz baixa. 

— E então…Ele falou..eu acho que foi ele…eu não sei..- Jinx gaguejou, sentindo os olhos arderem. — Elas falaram…Você ia me deixar..

Lux a abraçou, e sentiu quando a jovem se moveu, se sentando em seu colo a abraçando pelo pescoço. Soluços vibraram na pele de Lux, que a abraçou de volta, sentindo o peito se partir.

— Está tudo bem…Você está segura Jinx, não vou deixar você. Demacia te aceita, não tem problemas aqui. Você está bem. - Lux sussurrou, sem soltar a outra. 

— Promete?

— Prometo. 

(...)

— Você não precisa vir comigo. - Jinx falou, olhando para Lux. 

A loira estava arrumando uma mochila, com livros desconhecidos por Jinx. 

Ela deu de ombros, antes de responder.

—Quero ajudar. E não quero te deixar ir sozinha, vou ficar preocupada. 

Jinx balançou os pés, os acertando na parede. Estava deitada na cama de Luxo, de cabeça para baixo e com os pés apoiados na parede. O quarto estava parcialmente destruído, com a porta quebrada e coisas espalhadas pelo chão. 

— Vai ser perigoso. Estão planejando uma rebelião lá, maior caos. 

—É por isso mesmo que estou indo, Jinx. 

Lux respondeu, sem se importar, enquanto folheava um livro de feitiços.

— Não, não, brigas mesmo, sabe? Muito ruim. Sangue. Pessoas vão morrer.

— Uhum. - Lux concordou, guardando o livro na bolsa. 

Ela riu, quando viu a expressão de Jinx. 

— Está preocupada comigo?

— É claro que sim!

— Também me preocupo com você, por isso vou.  

— Não precisa se preocupar comigo! Eu sou a melhor!

— Não pareceu a melhor, tomando uma surra de Ezreal.- Lux alfinetou, rindo da careta que cruzou o rosto da outra. 

— Por favor, Ezreal não teria a menor chance se eu realmente tentasse atacar ele. - Jinx respondeu, ácida.  

— Sei que sim- Lux respondeu, sincera, embora Jinx tenha franzindo o rosto, em busca de alguma zoação. 

—Não sei como seus pais permitiram isso. Eles não te amam ? - Jinx perguntou, cruzando os braços , ainda de cabeça para baixo. 

—Amam sim. Eu acho. - Lux murmurou, indo até a outra e se ajoelhando na frente da mesma. 

Observou o rosto de Jinx, o nariz estava vermelho e havia um hematoma na bochecha, embora toda a sujeira tenha sido lavada. Um band-aid estava posto na sobrancelha da garota, cor de rosa. 

Lux abaixou o rosto, tocando o maxilar da mesma e aproximando seus rostos. Jinx levou uma mão ao rosto da loira, e a puxou para baixo, tocando seus lábios com os seus próprios. 

Lux apoiou a outra mão na cama, ao lado dos ombros da garota e se equilibrou em cima de seus joelhos, para continuar beijando a outra. 

Selando um último selinho nos lábios da menor, Lux se afastou, se sentando e apoiando as costas na cama. Sentiu a movimentação da outra garota, Jinx rolou até estar de bruços atrás de Lux, e abraçou a loira, rodeando os braços ao redor do pescoço da mesma.

—Garen perdeu um braço. - Lux comentou, embora saiba que Jinx provavelmente já sabe disso. 

Seu peito dói, saber que um terrível acidente ocorreu a seu irmão. No entanto, o alívio por saber que ele está vivo e bem, é esmagador.

— Posso fazer outro pra ele. -- Jinx respondeu, —Eu não gosto dele, sendo bem sincera. Mas posso dar um braço ainda melhor para ele!

Lux se lembrou de Sevilha, e de como o braço dela era mecânico, mas não lhe atrapalhava em nada. Parecia realmente, melhor que um braço normal.

Virando o rosto para o lado, ela viu os quartos rosas de Jinx a encarando. 

—Você faria isso? 

— Claro, eu posso fazer isso. 

Sorrindo, Lux se inclinou, para beijar a outra garota de novo, apenas um selar de lábios doce. 

— Obrigada.

Jinx corou, envergonhada e escondeu o rosto no pescoço de Lux. —Eu nem fiz ainda.

—Vamos sair ao amanhecer. Está mesmo tudo bem? - Lux perguntou, mordendo os lábios. 

Ezreal é um amigo de ouro, e não relatou seu desentendimento com Jinx para ninguém. Quando Lux foi procurar o mesmo, depois de deixar Jinx se banhando, ela encontrou o loiro com vários band-aids espalhados pelo rosto, e grudados em suas mãos, lutando pelo controle da situação. 

Luxanna riu, o garoto estava adorável com os fios loiros bagunçados e vários adesivos rosas colados no rosto e mãos. 

Depois de o ajudar, ela perguntou sobre Jinx, descobrindo então que ele não disse nada a ninguém e prometeu o silêncio. 

Ezreal sentia seu peito se partindo, quando observa o brilho que toma conta dos olhos da outra ao falar de Jinx. Ele sorriu, triste, enquanto lida com o fato de que Lux nunca olhou e falou dele como faz com Jinx. 

Ela não estava perto, mas era o motivo do sorriso da loira. 

Sangrando, ele decidiu que não interferia nisso. Mesmo problemática, com alguns parafusos a mais na cabeça, Jinx não faria mal a Lux. Algo o diz que é mais provável que Lux machuque a outra, mesmo sem querer.

Agora, o loiro bateu no que restou da porta de Luxanna, segurando as lágrimas quando viu a forma carinhosa que Lux beijava a outra garota.  

Envergonhada, Lux se afastou um pouco, olhando para a porta. — Ezreal, está tudo bem?

—Está sim. Só vim me despedir. - Ele respondeu, colocando uma mão no bolso da frente de sua calça jeans. 

—Despedir? para onde você vai? - Lux perguntou, se levantando do chão. 

—Você sabe, nunca tenho um destino certo. Vou em busca de um certo artefato, em umas runas ao longe. - Foi vago em sua resposta, sem querer que a outra tenha sua localização. 

Lux levou alguns segundos para absorver, — Mas já? Faz pouco que você voltou de sua última aventura. 

A tristeza na voz da outra, era fácil de ser pega. Lux estava triste, pelo amigo partir tão rápido. Jinx se sentou na cama , observando a interação em silêncio. 

— O dever me espera. - Ele brincou, um sorriso falso nos lábios. — Nos vemos em breve, mais rápido do que imagina. 

Tentou tranquilizar a outra, mas viu quando os olhos de Jinx se viraram em sua direção. Acusatórios, como se visse a mentira. 

Ezreal não voltaria tão cedo. 

Lux suspirou, caminhando até o amigo e o surpreendendo com um abraço. Ezreal suspirou, fechando os olhos e se permitiu imaginar, por um segundo, como seria ter o coração de Luz para si. Se agarrou ao toque doce, o cheiro floral da menina, com a maciez dos cabelos em suas mãos, e respiração quente em seu pescoço.

Fantasia perigosa, ele logo se afastou, um sorriso no rosto. — Cuida bem dela. 

Ele falou, olhando para Jinx. A garota acenou para ele, e concordou, logo desviando os olhos da cena. 

—Toma cuidado, Ezreal. Não demore muito para voltar.

—Até mais , Luxanna. - Ele respondeu, piscando um olho para ela e se virando. 

Começou a caminhar, sem olhar para trás. Se olhasse, Lux veria seus olhos azuis mergulhados em lágrimas. Gotas salgadas escorregam por seu rosto, e ele se recusou a enxugar as mesmas. Deixou que levassem seu rosto, escorrendo e molhando o chão. 

Como ele odeia Jinx, por ser o amor da vida do amor da sua vida.

Um soluço seco saiu de lábios, e ele prontamente os tampou com a mão, sentindo as lágrimas molharem a mesma. Estava quase fora do castelo, e longe dali, poderia desabar e chorar. 

Já havia se despedido de Garen, o guerreiro entendeu que ele precisa de um tempo, para não quebrar toda vez que ver Lux com Jinx. Para aceitar, que Zaunita é quem Lux ama, e que ele será apenas o melhor amigo. 

Felizmente, Ezreal é um bom perdedor. 


Notas Finais


É isso guys, perdão pelos erros,um dia arrumo tudo e deixo bonitinho.

Quero agradecer a @Naxx_0255, que me ajudou fazendo uma lista dos poderes da Lux, serio cara vc me salvou!! Muito obrigada, já tenho ideias bem legais para fazer com nossa menina de Luz.

Espero que tenham gostado do capítulo!


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