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História Gatilho desenfreado.(Jinx X Lux, Vi X Caitlyn) - Belo desastre.


Escrita por: Punk_Star

Notas do Autor


Hey guys!
Não demorei muito, tava inspirada com a nova música da Felicia " Belo desastre", então tem muitas referências a ela no cap. Incluindo o início.
Espero q gostem!

Capítulo 26 - Belo desastre.


Você quer conhecer todos os meus monstros?

Pense que você é durão, eu sei que eles vão te deixar maluco

Encontros uma vez e eles vão te assombrar para sempre

Por que não há heróis ou vilões neste lugar

Apenas sombras que dançam na minha cabeça

Não deixando nada além de fantasmas em seus rastros

Existem partes de mim que não posso esconder

Eu tentei e tentei um milhão de vezes

Cruze meu coração e espere morrer

Bem vindo ao meu lado escuro

De um passo na confusão

Olhe ao redor, não é nem a metade

Estou caminhando um caminho entre o pânico e a loucura

Abraçando a loucura

Meus demônios sussurrou em meu ouvido

Me ensurdecendo com todos os meus medos

Eu estou vivendo em um pesadelo

P.O.V

Jinx

 

Eu sou um belo desastre. Sou a personificação do caos, a explosão é uma arte. Que levarei às ruas da capital. 

Um belo desastre. Deixando a impulsividade me guiar, e meu destino é ser desgaste. Pois todos dizem que eu dou azar. 

O fantasma de uma bala corta minha bochecha, e correndo acerto o pé no rosto do homem que atirou. Esmagando os ossos do rosto, ele atinge a parede do esgoto.  

O sangue tinge a construção velha e decaída, como néon no muro. É lindo. 

Rindo, me abaixo agarrando dessa vez o braço do outro cara e o torcendo para trás. 

O estalo de seu osso se partindo ecoa nos bueiros, o cheiro metálico entrando por meu olfato. 

Torço o nariz, descontente e termino com ele ao ajoelhar o mesmo no chão e descer a perna sobre seu pescoço. O corpo cai no chão, o sangue vazando e gemidos de dor são como música.

Dentro da minha mente, as vozes não param de falar. Vou afogá-las com sangue. Criança má .

Fecho os olhos, me lembrando de como tudo antes era mais simples. E minhas armas eram tão pouco letais. 

Rio fraco, o som ecoando pelo escuro corredor a minha frente. 

Não tem como impedir uma bomba de estourar. 

Não havia nada que eu pudesse fazer para evitar isso. 

Meus passos soam molhados, quando ando para a frente. Olho para baixo, no escuro, consigo ver o sangue molhando meus pés. 

Me abaixo, e encarei meu reflexo na poça vermelha. 

Todos sabem como devem chamar. 

Aquela doce criança, que eu e você já deixamos para trás. 

Molho meus dedos, e me ergo. Na parede suja, rabisco o nome. 

Jinx.

Uma obra de arte sem assinatura não é válida.

Tentaram copiar minhas explosões. Patético. 

Me incriminar por crimes que eu não cometi. 

Ridículo. 

Vou mostrar a todos oque são explosões de verdade. Estalo meu pescoço, caminhando para a frente. Signed. 

O nome ressoa como uma maldição, sendo contada por diferentes vozes. 

A culpa é dele. É tudo culpa dele.

Cientista quer dar uma de louco? Soltando bestas por aí e achando que pode fazer oque bem entende? 

Que azar. O dele. 

Não sabe que Jinx é de Jinx? E que todos que cruzam seu caminho tem o mesmo fim?

Giro a bomba em minhas mãos, sentindo a textura da mesma nos dedos. O temporizador está congelado, e olhando para as paredes, decide onde colocar ela.

Seguro o controle com a outra mão, o levando aos lábios pensativa. Mordo a ponta, cutucando o mesmo com a língua. 

Faltam mais 26. Meu plano é perfeito. Vai dar certo. 

Mais a que custo? 

Não importa.

Realmente? Elas não iriam aprovar isso.

É tarde demais para pensar nisso. 

Ótimo. É bom que esteja pronta para isso.

Volto a andar, para onde está a saída mais próxima. Subindo na escada velha para fora do bueiro, encontro uma Luz apreensiva. 

—Você demorou! Me deixou preocupada. 

Engulo o gosto que se infiltrou em minha boca, minha língua parece pesada como chumbo. Mentir para ela vai doer um pouco. 

—É escuro, me perdi uma ou duas vezes. Não tinha ninguém lá. - Respondo, e aceito a ajuda que a loira me ofereceu. 

Lux me encara com olhos carinhosos e preocupados, vagando o olhar pelo meu corpo à procura de machucados.

Aperto meus dedos em minhas palmas, eles estão vermelhos. Eu não sou merecedora desse afeto . 

Não poderia ser. É tarde demais para buscar a salvação. 

—Está tudo bem? 

Sua pergunta me desperta, percebo então, que passei muito tempo olhando para a mesma. Engulo a culpa, a mascarando com um sorriso. 

—Claro, raio de sol. Acho melhor a gente se separar! Você procura por uma direção e eu por outra, assim vamos nos achar mais rápido. 

Falo, apontando para Piltover. —Conheço bem a sub feria, posso olhar aqui. Você procura por eles em Piltover. 

Longe. Longe de onde eu vou estar. 

Lux me olhou, parece confusa. Não sei oque sua mente está imaginando, os olhos azuis são transparentes como água, mas ao mesmo tempo são confusos como uma tempestade. Os sentimentos estão ali, mas não sei os distinguir. Isso me deixa confusa. 

Ela vai apenas mentir. Não deixe que ela tente te enganar.

—Não é melhor ficarmos juntas? Não sabemos oque está acontecendo.

Ela não está realmente preocupada com você. 

E se ela tiver, você não merece. Uma das duas está mentindo.

Lux estendeu a mão, para me tocar. Sinto que ela planeja me puxar para a luz, longe do abismo em que me joguei. 

Por favor desista de tentar me resgatar. Não vou mais deixar suas mentiras me enganar.

—Por isso mesmo, você estará melhor em Piltover e eu poderei me mover melhor em Zaun. Eles não vão te barrar lá, mas eu não passo da ponte sem ser reconhecida. 

Respondo, mordendo os lábios e tentando soar desinteressada.  

Lux suspirou, os olhos vagando para baixo. Para meus pés, mesmos pés que pisaram na poça de sangue lá embaixo. 

Mantenho os olhos atentos a ela, tentando ler sua linguagem corporal. Ela toca meus ombros, e observo quando minhas armas passam a flutuar, deixando seu corpo livre. 

—Está bem. Promete que vai me encontrar de novo? 

Mordo os lábios, sentindo suas palmas em meus ombros. Por favor, não me abrace.

—Óbvio raio de sol, para onde mais eu iria além de atrás de você?

Lux riu suavemente, e colou seus lábios nos meus. Me afasto, surpresa, tentando fugir do contato inesperado. 

Suas mãos me mantém presa no lugar, seus lábios exigentes se forçando contra os meus. O golpe de sua língua abriu minha boca, e sem permissão ela deslizou para dentro. 

Doce , seu gosto desliza para mim, me fazendo ceder e retribuir o beijo, até meus pulmões queimarem por ar, e a luz resolver me devolver o mesmo. 

—Você está mentindo. Mas vou confiar que vai voltar para mim, Jinx. 

Ofegante, tentando não demonstrar o quão abalada ela me deixou, respondo com um riso. —Não sei do que está falando, Luxanna.  

Seu sorriso triste , quebra alguma coisa em mim. —Eu vou estar te esperando. 

As armas caíram no chão, sem cuidado. A magia que as fazia flutuar se dispersou, e Lux se virou. Seus cabelos loiros balançaram com o vento, quando a Demacia correu em direção à Piltover. 

Segundos.minutos. horas. Estou finalmente sozinha.

Você nunca está sozinha. 

(...)

Signed tem aliados desconhecidos, e com certeza serão difíceis de os matar. Se o cão de caça foi apenas um, imagina o'que não teriam feito? 

Mas afinal, qual o objetivo deles? 

A vida eterna? O caos? Poder?

Giro o controle em meus dedos, realmente seria difícil um confronto direto,onde várias pessoas poderiam morrer. 

É melhor acabar com isso eu mesma. 

27 explosões, que levaram Zaun a destruição. Pronto, já estão todas implantadas. 

Não é um ato heroico ou nobre. Está mais para um ato de anarquia. 

Ekko e os outros seguiram as instruções de Zeri, com toda certeza. Ela os levou para longe de Zaun. Lux e Vi também. A chapéuzuda não está aqui. Então todos que estão aqui podem morrer. 

Incluindo você. Isso é loucura. 

Ainda bem que me encontrei nela. 

Os bueiros de Zaun são a porra de um labirinto enorme, com passagems que dão dão todos os lugares. Como uma cidade abaixo da cidade, onde todo tipo de merda vem acontecendo. E lá que eles estão, por que seja o que for que planejam, ter os deixado estupidamente arrogantes.

Correndo pela sub feria, meus passos são os únicos a ecoaram. O clima mais sombrio do que o habitual, gela minha pele com seu ar frio e nocivo. Risadas ecoam pelas paredes sujas, um labirinto trazendo à tona várias memórias. 

"Se você não cooperar, ele vai continuar destruindo as pessoas que você ama! E a culpa é toda sua!"

"Andou chorando menina? Onde está Silco?"

"Entende onde eu quero chegar? Eu quero você."

"Jinx, você fez muitos inimigos. Quem vai te proteger agora?"

"Isso pode mudar, se você cooperar. "

É a mim que eles querem, a cintila em minhas veias criou algo de extremo interesse. O'Que realmente aconteceu com meu corpo? 

O'Que é tão importante, que vale a pena sacrificar anos de pesquisas em minha busca? Arriscar tudo para encontrar uma única pessoa. Esses atos sem sentido, tudo para ter minha atenção. 

Quase me sinto…importante. 

Avistou a porta de ferro, sem nenhum segurança do lado de fora. Quem está lá dentro realmente se garante. 

Confiro de forma automática se todas minhas armas estão prontas para o uso. 

Seguro Zapper, e disparou a pistola contra o fecho da porta, batendo o pé da mesma para forçar a abertura. 

O estrondo do tiro ecoa contra o corredor escuro, e quando a porta cedo para a frente sou recebida por vários pares de olhos. 

—Me chamaram, aqui estou!!  - Exclamou com um sorriso, ao ver a expressão de Signeed se fechar. 

—Criança, sua visita não era esperada. - A voz rouca e velha, toma força ao contaminar o ar com suas palavras.

—Não era? Mas mandou tantos convites!

Andando para a frente, gire nos calcanhares para absorver toda a sala. Tirando ele, um cara encostado na parede e outro atrás de uma mesa. Tem uma porta fechada, e o lugar em geral se assemelha a um laboratório. 

—Umas explosões estúpidas me imitando…fiquei realmente magoada, aquele lixo não se assemelha a minha arte. - Começo a falar, girando a pistola em minhas mãos. —Um monstro atrás de Lux. Tantas coisas me chamando para vir aqui pessoalmente e meter uma bala na sua cabeça. 

Estico o braço com a Zapper, segurando o gatilho. —Me queria? Aqui estou. 

—Pegue ela. 

A ordem fez o homem escorado na parede se erguer, me fazendo reparar em sua forma. Uma trança negra longa prendia seus cabelos, que possuíam uma franja afiada, de coloração azul e que caía sobre seus olhos, a outra franja igualmente afiada era no tom preto que predominava no restante dos cabelos. 

O início de uma armadura, apenas um protetor de ombros, está colado em seu corpo. É de um metal escuro, e sua forma angulosa o deixa com uma aparência hostil. 

Descendo para seus braços, luvas com garras metálicas se ocupam em sua mão. 

Na outra, ele segura uma grande foice negra, que emana fumaça negra. As sombras. 

Olhando bem, elas dançam ao seu redor, como se seduzindo seu corpo a se fundir as mesmas. Um olho é vermelho, e brilhante. 

Ah sim. Magia. Droga.

Um golpe rápido, sinto o fantasma da lâmina tocar minha pele. Salto para trás, um gemido de frustração crescendo, crescendo minha garganta. 

Ele está sorrindo, balançando a arma em suas mãos. 

Espaço apertado, sem outra alternativa disparo Zapper sem uma mira de fato. As balas flutuam pelo ar, ele desviou delas com facilidade, oque me faz morder as bochechas. 

As luvas com garras raspam meu rosto, e desvio para baixo tentando acertar, mas o braço com a foice se moveu em minha direção por pouco não acertando minha cabeça. 

—Você não é muita coisa sem as armas não é? Por que todos eles parecem temer você? 

Sua voz é gelada, embora um sorriso enfeite seu rosto. É hostil, tão monstruoso como os lábios de um lobo repuxados em um sorriso. 

—Ao contrário de você, eles têm um pouco de noção. 

Resmungo, desviando de outro golpe da foice. Minhas costas bateram contra uma mesa, e eu percebi que fui encurralada no cubículo em que eles estavam. 

Olho para a porta que permanece fechada. 

—Não é grande coisa .

—E quem é você? Cachorrinho do careca louco é?

Mordo os lábios, ao ver que ele está olhando para a mesma direção que eu. 

— Kayn. 

Piscou, confusa. —Kayn o'que? 

—Meu nome. 

—Signeed que deu? Ele já foi mais criativo…

Fujo de novo, saltando para trás e parando em cima da outra mesa, pegou a metralhadora apertando o gatilho, apenas para ver as sombras que o serpenteando ganharem forma e o envolver como um escudo. 

As balas foram engolidas pelas mesmas, desaparecendo após atingi-las. 

Sinto a parede gelada em minhas costas, e então algo rastejar pelos meus braços. 

Um grito escapou de minha garganta, quando tento puxar e libertar minhas armas, mas as sombras engoliram Fishbones e Pow-Pow.

Meu peito bate mais forte, doendo ao ver as mesmas sumirem e jogo o super mega míssil para longe.

Puxei o controle de meu bolso, e apertei para explodir o local. 

Ou tento.

O cabo da foice é de algum metal forte e duro. Não que algum metal seja macio ao acertar seu rosto. 

Ele acertou minha têmpora e me mandou para longe, acertou a parede e o som de algo caindo e se quebrando no chão estoura ao meu lado. 

Vejo seus pé na minha frente, o mundo zumbido e vibrando. Doi. 

Ah seus pés também são duros. 

Ele acerta o mesmo no meu rosto, que por estar tão perto da parede acaba sofrendo impacto dobrado. O pé atinge o nariz, a cabeça acerta a parede e o mundo é tingido de preto e vermelho. 

—Deplorável. Essa é a terrorista de Zaun? Uma criança inofensiva? Por que Signed te quer tanto? Não consegue nem me arranhar. 

Algo quente está escorrendo pelo meu nariz, e manchando meu rosto. Tudo dói, e quero mergulhar na escuridão. 

—Responde você, é vocês que estão atrás de mim. - Consigo cuspir sem gaguejar, me esforçando para sentar no chão. —Você bate como uma criancinha. 

Sinto as lâminas da luva me puxarem pelas tranças e bater meu corpo contra a parede. 

Um gemido de dor deixa meus lábios, ele me estica até o topo, me mantendo em pé pelo aperto forte nos cabelos. 

—Sou um inigualável praticamente da letal magia sombria.- Seu aperto se torna mais forte, e o cabo de sua foice pressiona contra meu pescoço. —Ao lado de Signed, seus monstros vão me ajudar a alcançar o topo. Ser líder da ordem das sombras, marchando rumo à uma nova era de supremacia ioniana. 

Um gemido deixa meus lábios, quando o ar é expulso de meus pulmões e ele não permite que o mesmo retorne para dentro. 

—Suporto esses reles seres, tão inferiores por semanas, caçando uma pirralha maldita como você. Sabe o quão humilhante é isso? Preciso da ajuda de pessoas como Signeed e Viktor, com objetivos tão medíocres!

Cuspo no seu rosto. 

A lâmina sem corte acende minha cabeça e ele me manda ao chão de novo, meus braços amortecendo parte da queda. 

Sinto o sangue escorrer, mas ao menos consigo respirar de novo. 

Seu pé pressiona contra minhas costas, um grito de dor deixando meus lábios quando ele afunda o pé.  

—Escória de Zaun. Um ser sem objetivos como você não poderia entender. 

—Entender o'que? Que um poderoso usuário de magia das sombras como você, bate feito um bebezinho? 

Suas mãos agarraram minhas tranças e as enrolaram ao redor do meu pescoço. —O que acha de um novo corte Jinx? 

Não! Não, não , não! Isso não!

Um riso gélido de desespero deixa meus lábios ensanguentados. —Quer ser um cabeleireiro melhor do que um lutador? Então vai trabalhar aos fins de semana fazendo cortes?

Sinto o suor gelado escorrer pela minha costa, o coração pulsando de forma dolorosa. 

De forma bruta ele gira meu corpo,pisando em minha barriga e expulsando o ar de meus pulmões. 

Agarra minhas tranças, um sorriso desenhando seu rosto pálido . Devagar, ele desliza a mão com as garras sobre as tranças, chegando até perto do meu rosto. 

Então ele as corta. De uma vez. 

Vejo os fios azuis se soltarem e voarem pelo ar, a força do golpe os desmanchando da trança. 

Fios azuis a se espalharem pelo chão. 

Meus cabelos. Silco os penteada e os trançava para mim. Elogiava e cuidava tão bem dos mesmos, e eu sei que era apenas para passar mais tempo comigo. Por que eu os deixei crescer assim para precisar de ajuda. 

Cabelos. Silco. Azul.

Cortados. 

Sem minha permissão. Uma violação.

Coloco uma mão sobre a perna que pousa em meu estômago, e então a aperto. O metal da armadura cede, se dobrando e então estou amassando até o osso. Ele grita, tentando se soltar mais com força jogo para o lado. 

Me levanto, alheia a dor física. Meus cabelos. Minhas tranças.  Ele as cortou. 

Um grito de ódio deixa minha garganta , salto em cima do mesmo iniciando uma sequência de socos contra seu rosto. Caído, foi fácil montar seu corpo. 

Os dois primeiros acertam, mas então as sombras negras formam uma barreira sólida me impedindo de acertar seu rosto. 

Sólida?

Então ele pode transportar apenas coisas sem vida. Objetos inanimados. Se é sólido eu posso quebrar. 

Soco. Violet sempre fez isso melhor do que eu. 

Meus punhos doem, vermelhos em carne viva, mas continuo socando . A dor explode por cada parte de minhas mãos, sinto as unhas perfurarem a carne de minha palma. 

Minhas lágrimas mancham de rosa minha visão, e quando elas escorrem de meu rosto , vejo a cintila escorrer como se fosse água. 

Isso me irrita. É tudo culpa dessa merda! 

Outro soco. A barreira negra permanece intacta. 

Sua risada ecoa, e vejo as sombras se tornarem translúcidas.  —Incrível! Você chora cintila! Seus socos são absurdamente fortes…como se revestidos por algo sobre-humano.. 

Mais um. Mais um. Mais um. 

Minha mão atravessa a barreira, acertando seu rosto. 

Estilhaços negros como cacos de vidro se espalham pelo chão, e entao se derretem. O som de algo se quebrando canta em meus ouvidos. 

O sangue escorre de seu nariz, mas seus olhos estão extasiados. 

Com um chute no estômago, ele me lança para longe. Recupero o equilíbrio no ar, aterrisando no chão e me colocando de pé.

—Vamos Jinx! Me mostra por que é a tão temida garota de Zaun! 

A foice voa para sua mão, dessa vez a lâmina raspa meus braços , mais pulo para cima, ficando em pé em cima da mesma. Ela é longa, e me equilibro sem dificuldade correndo e chutando seu rosto. 

Me ergo, olhando com desprezo para o mesmo. —Vou te mostrar , porque sou considerada por todos um gatilho desenfreado. 

Acerto seu rosto com o pé antes que ele possa agir, e ouso tomar a foice em suas mãos para mim.

É como uma descarga de energia. Sinto ela tocar minha pele, sussurrando em meu ouvido. 

Me deixe entrar. Me aceite. Me tome. 

Suspiro, olhando para a foice as sombras que dançam sedutoras ao seu redor. Sinto elas me hipnotizar, roubando meu foco. 

— O que é isso?

Minha voz não passa de um sussurro, encantada ao tocar o metal frio com meus dedos. 

—A foice é maldita. A magia vai corroer sua mente e seu corpo. 

Sou Rhaas. Uma arma Darkin. Me tome. Me permita entrar. 

—Mais vai me deixar mais forte do que nunca. 

—Está disposta a pagar o preço? Se me juntar a mim Jinx, seremos imparáveis. Basta dizer sim. 

Me aceite. Me deixe entrar. Se torne minha. Me ajude a causar a destruição de toda Runeterra. 

Jogo a lâmina para longe, sentindo o formigar nos dedos se dissipar aos poucos. Bato as palmas contra meu rosto, buscando pela consciência. Foi quase.

Seu corpo se move, e erra por pouco meu rosto. 

Corro até a porta, chutando para forçar a passagem e corro para dentro sem olhar oque tem ao redor. 

O brilho fantasma é verde, e vários aparelhos estão ligados em tubos. A sala é escura, olho ao redor, cápsulas grandes o bastante para abrigar um humano. 

Bolhas sobem das mesmas, e está embaçado. 

Alheio a minha presença, Signed faz uma estranha mistura em frascos reluzentes. No final do estranho laboratório, em uma mesa. 

O ar é gelado. Esfria meus pulmões, faz meus machucados doem ainda mais. Sinto minha respiração sair espessa, a fumaça branca deixando meus lábios. Tremo, abraço meu próprio corpo.

Algo está errado. Sinto os ossos. 

Me aproximo de uma das cápsulas, e toco a superfície. Esta humida, e embaçada, então passo a mão pela mesma. 

Um corpo está preso , em um líquido transparente. Estreito os olhos, sentindo um arrepio percorrer meu corpo. 

— O que é isso? 

Signed levanta os olhos, me olhando. 

—Reanimação. 

Oque…Oque? Trazer os mortos de volta? 

—Para que? 

Uma risada fria nas minhas costas, Zayn está segurando seu nariz. —Dê uma olhada nos corpos, pode ser de seu interesse. 

Passo para o próximo tubo, limpando a superfície. Claggor. 

Não não não não não não.  

Tropeço para trás, o rosto desconfigurado permanece flutuando na água . Estremeço ao ver que ainda restam muitos tubos. 

Tropeço para o próximo, os dedos gélidos desembaçando . Myles.

Magro e franzino como era em vida, os cabelos desgrenhados tampando o rosto destruído. 

Sufoco um grito de dor, ao olhar o outro tubo. Meu peito bate , as vozes gritando e explodindo meu crânio. 

Tropeço para trás , tremendo ao tocar o terceiro tubo. Mordo os lábios, gosto de sangue molhando minha garganta. 

Silco.

O grito rasgou minha corda vocal, o desespero junto ao ódio nadando por minhas veias. 

Não! Não! 

—Deixa ele em paz!! 

Mo jogo sobre Signeed, apertando minhas mãos ao redor de seu pescoço. Minhas unhas rasgam a carne, molhando as mãos já vermelhas.

Ódio. Ódio puro, nadando pelo sangue como cintila. 

Ele engasga, com os olhos pede ajuda. 

Kayn. Viro o pescoço para trás, vendo o homem parado a poucos metros. O semblante coberto pelas sombras, um olho vermelho brilhante. 

Ele não se move. Um riso fraco deixa meus lábios, me sinto bêbada pelo ódio. 

Entorpecida, a gargalhar. 

—Parece…que foi traído… 

A risada não cessa, quando aproximo o rosto do seu. —Como fez com Silco. 

Sem drama. Sem show. 

Seu corpo parou de se debater, e a vida se esvaiu do mesmo. Quente e mole, deixe a massa de carne para trás e me levanto. 

Um golpe no rosto me lança para trás, me acertando contra as cápsulas dos mortos. 

O vidro se quebra e machuca minha pele, o líquido escorrendo por meu corpo me faz estremecer. Braços molhados e flácidos caem ao meu redor em um abraço sem vida. 

Grito me debatendo para tirar o corpo frio de cima de mim, e ele cai no chão. Myles. 

Tropeço para trás, sem conseguir respirar. 

Eles nem tiveram paz depois que eu os matei. Parece que seu azar, vence até a morte. Amaldiçoada eternamente

—Não não não…- Murmurou, tampando os ouvidos. 

O passado já morreu.

Foi você quem escolheu. 

Já acabou. Já passou. Não foi minha culpa. 

Estão mortos? Não. Assassinados. 

Você sempre vai espalhar o seu azar,  na forma de massacre!

Eu sou um desastre. 

Correndo atrás de aprovação, de quem nunca foi de verdade. Tudo que recebi foi traição. 

Está melhor assim! Só confie em si mesma. Você é perfeita desse jeito ruim.

Desvio de mais um golpe, correndo para longe da sala maldita quando as sombras começam a dançar em volta de Zayn. 

As vozes me confundem, se contradizendo e fodendo minha mente. 

—Fugindo da garotinha? Venha e me enfrente!

E eu sou louca?

Brincando já está quase me matando. Se ele resolver ser sério, adeus.

Ta mais idai? Vai morrer de todo jeito. 

Paro, já de volta à sala inicial. Tem razão. Vou morrer de todo jeito. 

—Me mostre Jinx, o'que esconde no porão? 

A risada dele deixa meu corpo dormente. Ou talvez seja a falta de sangue que me faz perder a consciência aos poucos. 

—Quer conhecer os meus monstros? Se acha durão é? Eu sei que eles também vão te deixar louco. 

Rio, sentindo o sangue molhar meus lábios. Encontre eles uma vez, e será assombrado para sempre. Como eu fui. 

 

—Se torne de vez uma vilã,você já é uma. Me ajude a dominar as sombras, governar com glória! Ou morra como esses heróis frágeis estão prestes a morrer. 

Sua voz ecoa pelas paredes, um arrepio percorre o corpo. Estão prestes a morrer? Heróis? Será que fala de Violet e os outros? 

Com certeza. Devem estar atrás delas. 

—Não há herói ou vilões nesse lugar. - Cuspo, abrindo os braços. — Quer destruir Ioniana? O mundo todo? Eu to pouco me fudendo. Era só não machucar as pessoas importantes para mim!

Escuto sua risada, acendendo algo em mim. Inflamável. Perigoso. 

Ele está falando, mais sombras dançam em minha mente. Devagar, vejo elas se moverem e acompanho com os olhos. Deixam fantasmas em seus rastros, rostos mortos. Existem partes de mim que não posso esconder, e cada sombra me lembra de tudo que já fiz. 

Suspiro, sentindo a sanidade escorrer. Eu tentei e tentei, um milhão de vezes. 

Meu peito bateu mais rápido, cruze meu coração e esperei morrer. 

Esse é meu lado obscuro.

 Dou um passo para a frente, me sinto afundando na confusão. Por que as sombras estão se movendo? 

Pisco os olhos, percebendo que ele parece estar em câmera lenta. Seus ombros se movem devagar, como se eternizados em uma risada. Tudo está mais devagar que o normal. 

Sinto o pânico invadir minhas veias, bombeando meu coração com uma mistura de loucura. A risada , fruto da confusão e euforia que me invade , escapa de meus lábios vermelhos. 

Mais um passo nesse caminho, entre a loucura e o pânico, e vejo o mega míssil da morte jogado no chão perto dos estilhaços de madeira que restou da mesa. 

Mesmo sem o controle, uma grande explosão pode desencadear todas as bombas que eu implantei. Corro, sentindo meu corpo deslizar pelo ar , e alcançar a arma. 

Meu sangue esfria, a cintila parando seu efeito que me deixou inebriada pelas sensações novas, que me fizeram ser invencível. 

— O que…como você chegou aí?

A voz confusa dele, ao se virar para me ver, faz um sorriso surgir em meus lábios. 

—Surpresa!! - Grito, apontando o míssil para ele. 

Vejo a cor sumir de seu rosto, o medo colorindo suas íris. —Abaixa essa coisa. 

—Não fale assim com ele. Ele é sensível. 

Respondo com um riso, deslizando a mão para o gatilho.Aperte aperte aperte aperte. 

Vai ser uma explosão tão linda! Tão superior! Tão tão tão tão!!!

Exploda! explode! explode!

Sinto a loucura me abraçar, se enrolando ao meu redor como um cobertor. Me enrolo na mesma,ouvindo todos meus demônios gritaram e me deixar surda, meus medos sendo esquecidos pela euforia que me domina. 

—Vai matar nós dois Jinx, não seja estúpida!

Seus passos receosos para a frente me fazem franzir os lábios. —Não se aproxime!

Ele levanta as mãos, voltando para trás. —Não precisa acabar assim..

Gargalhando, o interrompo. —Precisa sim. E para meu final…

Respiro fundo, sentindo o ar entrar para meus pulmões. Esse vai ser meu último tiro.

—Declaro nada menos que uma explosão!!!

Aperto o gatilho. 

Meus olhos viram ao acompanhar a cena que se desenrola, o míssil saindo da boca da arma e girando ao cortar o ar , o lindo nascimento de uma bela destruição. 

Acerta ele, empurrando o corpo para trás. 

Então tudo explode. 

As chamas abraçam meu corpo, a pressão mandando o mesmo para longe. 

Sinto minhas costas acertando a parede, a mesma se explodindo e o som fazendo meus ouvidos sangrarem. 

Então, como reação, mais explosões destruíram o chão, levando a cidade de Zaun para destruição. 

Implantados por toda a cidade nos esgoto, os gritos da população e o som da terra sucumbindo flutuam como vibração por meu corpo. 

Escuro. Silencioso. Frio. 

Acho que apaguei por alguns segundos, e quando meus olhos se abrem, estou flutuando no céu. Vejo o escuro, escuto em baixo todo desabar. Percebo que fui lançada vários metros acima da cidade, as bombas levando todo o teto dos esgoto e estourando a rua para cima, meu corpo quebrado e queimado fui arremessado no processo.

O calor derretendo minha pele, cozinhando meus órgãos, e arrancado minha capacidade de falar. 

Meu peito afunda, estou caindo. 

Prendo o ar, esperando o som que indicará que minha cabeça foi explodida pelo impacto do corpo com o chão de Zaun. 

Lux, me perdoe. Não vou cumprir aquela promessa de voltar para você. 

Atinjo o chão, e tudo à minha volta se torna escuridão. 

Frio, sinto a água rasgar minha pele e se infiltrar para dentro do meu corpo. Queimando meu nariz, enchendo meu pulmão, e roubando meu ar , tomando tudo como uma praga que se infiltra pelo meu ser. 

A confusão nada pela minha mente, quando me sinto afundar nas águas escuras. 

O Rio. Onde Powder morreu e Jinx nasceu. Como a explosão me mandou para cá?

Minha boca se abre em uma risada afogada, a ironia me fazendo gargalhar sem ligar para a água me afogando.

Pela primeira vez na vida, eu tive sorte. 

As bolhas de ar se acabaram, a água dominou tudo. Minhas costas atingem o chão, meus cabelos cortados flutuam na minha visão. Azul cortando o escuro das águas, gelada e indiferente a quem afoga ou não. 

O brilho do fogo que lambe as ruas de Zaun brilha lá na frente, refletidos pela água. 

Me lembra de pontos brilhantes. Me lembram Lux. Violet. Vander. Ekko. Caitlyn.

Silco. 

Pontos negros brilham na minha visão, a conciencia deixando meu corpo. Vou morrer.

Foi aqui que Silco me trouxe a vida como Jinx. E será aqui que Jinx morrerá, assim como Powder que foi afogada por essas mesmas águas. 

Papai eu não quero morrer. Me puxe para cima. 

Aperto as palmas contra a lama do chão, meu corpo dói. Sou incapaz de levantar.

Solte o corpo, o deixe flutuar. Não renegue sua natureza, e deixe que tudo flua ao seu favor. A Jinx é perfeita . 

As palavras ecoam como se sussurradas pelo próprio rio, as memórias daquela noite me acariciando de forma gentil, como Silco faria. Sinto o fantasma de seus braços , contra a água gelada. 

Com um último ato antes da inconsciência me pegar, relaxo o corpo e o deixo flutuar. Torço para ter sorte uma segunda vez, e tudo se apaga.


Notas Finais


Espero que tenham gostado da participação da Jinx, ficaremos sem ela por um tempo.

Guys
Se tiver ruim, é que as vezes eu brizo.
Eu não sei oque declarar desse cap.
Enfim, tudo será mais explicado no próximo.
Mais assim, se tiver ruim, reclamem com a Eduarda, ela faz tudo errado.

Só lembrando que a jinx é doida ksksks
Então era um plano de merda? Era.
Tinha chances de dar certo? Não.
Mais é a Jinx né.

Ps: A Eduarda sou eu . *figurinha da barbie tomando milkshake*


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