Era sábado de manhã bem, mas bem cedo quando Ivy e Alice me ligaram. Fui para o Skype com cara de sono mesmo. Eu tinha voltado perto das duas da manhã. As duas também estavam com cara de sono.
- Bom dia. – Falei em meio aos bocejos.
- Bom dia... – Ivy disse.
- Bom dia pra vocês meninas. – Alice disse animada. – Maya, conta aí...
- Essa hora da manhã? – Pedi. – Vocês duas hein...
- Para de enrolar e fala logo... – Ivy disse balançando os braços.
- Ta, ta... – Falei e as duas ficaram quietas. – Assim que eu cheguei lá o Thomás já estava me esperando e então nós fomos até uma lanchonete... – Falei.
- O que ele estava usando? – Ivy pediu.
- Calça jeans, camiseta cinza e uma camisa por cima. Eu sei divino. – Falei me abanando.
- Me diz uma coisa reparou na bunda dele? – Alice pediu.
- Alice! – A repreendi. – Você está muito assanhada pro meu gosto. – Falei.
- Você não respondeu a minha pergunta criatura. – Disse indignada.
- Talvez eu tenha olhado... – Disse ficando vermelha.
- Viu? Ai eu é que sou a assanhada aqui. – Alice disse em sua defesa.
- Tá, Maya continua... – Ivy pediu.
- Okay. Bem nós conversamos bastante e depois que jantamos vem a sobremesa. – Falei dando uma pausa. – Então nós dois fomos para uma sorveteria, ele pegou sorvete de flocos e eu de creme. Aí depois que comemos ele veio pra frente e... – Fui interrompida por Alice.
- Ele te beijou? – Pediu. – Anw que fofo.
- Nossa queria ser uma mosquinha pra ver vocês dois. – Ivy disse.
- Eu não disse que ele me beijou. – Falei mostrando a língua.
- Não? – Alice fez cara de indignada.
- Vocês não deixam eu terminar de falar! – Exclamei. As duas ficaram quietas e então eu continuei. – Bom então ele se inclinou na minha direção e pegou um guardanapo e limpou o sorvete no canto da minha boca.
- Ui que ousado. – Ivy riu.
- Isso por que vocês não viram, mas ele estava flertando muito. – Falei rindo. Ah eu até pedi pra ver a tatuagem dele.
- Mas o Thomás não tinha duas? – Alice pediu.
- Pois é eu também achei, mas acho que me confundi, quem deve ter duas é o Matheus. – Falei e as duas concordaram.
- Ta continua a história ai... – Pediu Alice.
- Assim que saímos da sorveteria ele sugeriu para nós darmos uma volta. Fomos até uma praça e nos sentamos nos balanços e ficou aquele silêncio mortal... – Fiz uma pausa, eu sabia que elas iam querer comentar algo.
- Que horror! – Alice exclamou. – Deve ter sido bem sinistro esperar...
- E foi. – Falei por fim.
- Mas você não deu chilique né? – Pediu Ivy.
- Claro que não, eu tentei ficar o mais calma possível. – Falei.
- Isso aí Maya. – Alice riu.
- Bom foi ele que quebrou o silêncio pedindo desculpas. Eu jurava que ele ia ir embora, eu até já tinha me levantado também só que aí eu fui surpreendida por um beijo. – As duas fizeram um “O” com a boca.
- Wow, que coisa magnífica. – Ivy disse.
- Nossa eu já estava achando que não tinha rolado nada. – Alice falou.
- Claro que eu não estava esperando nada assim, por que gente nosso primeiro encontro e tudo mais... – Falei bocejando de novo.
- E nos conte, o que sentiu? – Ivy pediu. Bem a Ivy é como se fosse a minha psicóloga pessoal e a Alice bem, a Alice acho que ela poderia ser minha possível sexóloga.
- Olha foi intenso, feroz e tudo mais. Mas teve uma coisa que eu achei estranho... – Falei.
- O que? – As duas pediram juntas.
- Parecia meio errado, sei lá... – Falei. – Não sei como explicar, mas me pareceu bem estranho depois.... Enfim é isso, depois eu voltei para casa perto das duas da manhã. – Falei.
- Nossa que vida movimentada hein... – Alice disse. – Ah e tudo certo para amanhã?
- Aham, nos vemos na casa da Maya as 15:00? – Pediu Ivy.
- Bom eu espero vocês... Mas não se atrasem... – Falei. – Meninas vou voltar a dormir, beijos e tchau.
- Tchau até mais. – Ivy disse.
- Tchau e sonhe com muitos beijos... – Alice riu. Acenamos umas para as outras e então desliguei a chamada e voltei a dormir. E não é que eu sonhei mesmo? Mas sonhei com o outro gêmeo. Foi bem estranho, era como se eu pudesse me ver, como se tivesse duas Mayas no mesmo lugar e uma delas só assistisse a cena. Foi um sonho confuso com o outro. Mas o que aquele sonho nada a ver queria me dizer? Eu estou com o Thomás, não estou?
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