História Genshin Impact - headcanons - Second.

[ pedido de KinZoe ]

Momento: vocês ajudam a cuidar de uma criança.

FEAT.- Dehya & Shenhe.

DEHYA 

"Que porra é essa?"

A voz aveludada de Dehya ecoou pelo cômodo, e você prontamente encarou a figura da garota adentrando o local. Ela observava a criatura sorridente nos seus braços com seriedade, e erguendo uma sobrancelha, você respondeu. 

"Um bebê?"

A Eremita revirou os olhos. "Óbvio que é um bebê. O que eu queria dizer era, por que é que você está com um bebê?"

Um suspiro fraco escapou por entre os seus lábios, e encarando a criança no seu colo, você sorriu levemente.

"Katherine pediu para eu cuidar dela... Aparentemente os pais dela se envolveram com os Fatui e..."

"Oh."

Não foi preciso você entrar em mais detalhes, Dehya não demorou para juntar as peças. 

A criança estava órfã.

"É só por um tempo, eu prometo! Só até a gente conseguir achar uma família para ela!"

"Hm..." Dehya levou o indicador até aos lábios, ponderando brevemente. E quase como se uma excelente ideia tivesse surgido na sua mente, a eremita soltou uma risada, se aproximando de você. "Para isso teremos que entrar em um acordo."

Um sorriso de lado traçou os lábios dela, e ela estava tão perto que você quase conseguiu sentir a sua respiração quente no rosto. 

O que ela estaria planejando? Dehya conseguia ser extremamente imprevisível, e pelo jeito que ela estava sorrindo, com certeza havia pensado em algo bastante travesso.

Você engoliu em seco, assentindo receosamente, no entanto, as palavras que saíram da boca da eremita a seguir fizeram o tom rosa que tinha surgido nas suas bochechas, sumir em questão de segundos.

"Você vai mudar as fraldas."

SHENHE 

Shenhe é uma mulher extremamente introvertida, e também grande apreciadora do silêncio. E como tal, não podia evitar enxergar a pequena criatura como um dos seus maiores inimigos. Barulhenta, e sempre fazendo uma enorme bagunça. 

Tranquilidade era algo ao qual Shenhe não se dava ao luxo de ter fazia já alguns dias.

"Ugh... Ela não vai parar de chorar?" o timbre monótono e o olhar cansado da exorcista fizeram você soltar um longo suspiro, e logo a encarou.

"Por que você não tenta fazer ela parar?"

"Huh?!"

Avaliando a expressão da mulher você definitivamente parecia ter dito um enorme ultraje, o que fez você soltar uma risada. Conseguia entender que para alguém que passou a vida toda isolada, provavelmente a tarefa de ter que agir como uma mãe de um dia para o outro, podia ser um choque. 

"Ela não vai te morder."

Com um olhar hesitante sobrevoando a figura da bebê no seu colo, a mulher engoliu em seco.

"Talvez eu possa tentar..."

Mil e uma questões inúteis passaram pela cabeça da exorcista. Como que eu pego nela? E se ela chorar mais? E se ela não gostar de mim? E se, e se, e se?

Todo o seu receio no entanto sumiu assim que acolheu a pequena bola de ternura nos seus braços. Suas orbes arregalando ligeiramente ao perceber que ela havia parado de chorar, e a visão anteriormente inundada dando lugar a um olhar curioso. 

"Oh... Parece que ela gosta de você." você sorriu abertamente ao ver o rosto da criança iluminado de felicidade ao puxar os cabelos cinza da mulher que a segurava. 

Shenhe não pôde evitar sorrir levemente. A criança era de fato adorável. E as risadinhas alegres que ela soltava não eram tão ruins.

No fundo, ela não se importava em ocupar o silêncio com elas.

[ extra - pedido de Queen_of_the_Books ]

DILUC

Frio e calculista. Essas eram duas das palavras que o povo da taverna usava para definir Diluc. E de fato, à primeira vista, ele realmente aparentava ser assim. Qualquer pessoa que tivesse a chance de o conhecer para além dessas características era definitivamente sortuda.

Por isso é que você não podia evitar gargalhar ao ver a cena à sua frente, imaginando o escândalo e o choque que os seus amigos sentiriam ao ver o ruivo agindo daquele jeito.

Diluc se encontrava sentado no chão, suas mãos segurando delicadamente a cintura da criança que estava a vosso cargo. Pequenas risadas abobadas escapavam por entre os seus lábios cada vez que a pequena tentava dar um passo. 

"Sabe..." você murmurou, caminhando em direção do garoto, e se sentando ao lado dele no chão. "Você seria um ótimo pai." 

As bochechas no rosto de Diluc ganharam um tom semelhante ao do cabelo, e ele prontamente desviou o olhar. 

"Não seja besta." apesar das palavras do garoto, ele definitivamente tinha gostado do que você disse. Na verdade, ser pai sempre foi um dos seus desejos mais profundos. Um dos desejos que ele nunca revelou a ninguém, mas que ele se mantinha focado em conquistar eventualmente. 

"De verdade! Você parece ter um dom para isso!" você alterou o olhar entre o garoto ruivo e a criança que ele segurava. "E tenho a certeza que ela concordaria."

Diluc sorriu brevemente, observando a pequena nos seus braços. Ele iria sentir falta do gostinho que teve do seu desejo se realizando, mas sabia que qualquer que fosse a sua futura família, iria tratá-la com todo o amor e carinho possível.

Até porque se esse não fosse o caso ele mataria todos eles.

Após alguns momentos em silêncio, ele a abordou. "Ei, S/N."

"Sim?" você voltou a encará-lo, erguendo as sobrancelhas ao ver o tom rosado no rosto dele se tornando mais intenso. 

"Vamos adotá-la."