História Gerard Way, Student Teacher - Capítulo Doze - Parte 4

         “Feliz aniversário!” Ryan e Jamia aplaudiram alegres, abraçando Frank gentilmente quando entraram em sua casa.

         “Obrigado, pessoal.” Frank suspirou, levando-os até a sala de estar. “Ryan, posso falar por você por um segundo?”

         Jamia e Gerard começaram uma conversa no sofá, então Frank foi capaz de levar Ryan até seu quarto facilmente.

         “Lubrificante?! Sério?!”

         “Você gostou?” Ryan riu, suas bochechas se avermelhando um pouco.

         “Ryan, porra, eu abri perto de Gerard!”

         “Ele viu a nota?” Ryan se assustou, todo o bom humor indo embora por alguns momentos.

         “Não, mas-” Frank suspirou, apertando seus olhos por segundos. “E-Então, eu não sabia o que era, né? E ele me explicou e eu perguntei o porquê de, bom, esquentar e porra-” Frank balançou a cabeça, tentando não ficar duro de novo. “Ele queria me mostrar, e colocou um pouco no meu pulso e, tipo, massageou lá. Mas foi tão sensual e cheio de conotações sexuais, Ryan. Eu sei que você é gay e tal, mas me lembrou de como você massageia uma garota lá embaixo-”

         “Para.” Ryan balançou a cabeça com rapidez. “Eu não quero ouvir sobre caixinha nojenta de mulheres.”

         “Ryan.” Frank tentou não rir. “Você não pode nem dizer vagina? Ou, sei lá, b-”

         “NÃO!” Ryan cobriu a boca de Frank então, as palavras o fazendo se encolher. “Se chama caixinha de mulher e pronto.”

         “Tudo bem.” Frank suspirou, querendo finalizar a história antes que alguém fosse atrás deles. “Mas aí... aí ele lambeu meus dedos.”

         “Puta merda.” Ryan ofegou, sua mão caindo contra o peito. “Isso é sensual pra caralho.”

         “Então ele lambeu o meu pulso!”

         “Você precisa colocar esse lubrificante em outros lugares do seu corpo agora.”

         “Ryan-” Frank explodiu em risadas, ignorando seu rosto avermelhado. “Para, eu não posso ficar duro agora.”

         De repente, a mãe de Frank o chamou, dizendo que a comida já estava pronta. Então depois de pararem de rir, eles fizeram o caminho até a cozinha. Gerard sorriu no instante em que Frank entrou lá, e Ryan não podia evitar um sorriso malicioso.

         Eles realmente precisam transar e rápido, Ryan pensou.

         O jantar ocorreu sem nenhum incidente, tudo indo casualmente, e Frank podia dizer com honestidade que aquele já era o melhor aniversário da sua vida.

         Estava tudo perfeito, todos comendo bolo, mas Ryan teve de abrir a boca. Pelo menos os pais de Frank já tinham saído da sala para pegar os seus presentes.

         “Ah, parabéns, parabéns, parabéns.” Ryan suspirou, passando um braço ao redor do ombro de Frank e o puxando para perto. “Seu aniversário de 18 anos... o aniversário que o deixa na idade legal de consentimento em New Jersey...” Ryan estava olhando para Gerard o tempo todo, suas sobrancelhas levantadas indicando sugestivamente a parte do consentimento.

         “Sim, agora ele pode finalmente foder Scarlett Johansson.” Jamia interrompeu com rapidez, sabendo que Ryan estava sendo óbvio até demais.

         “Scarlett Johansson?” Gerard riu, levantando uma sobrancelha para Frank. “Sério?”

         “O que?” Frank defendeu, cruzando os braços. “Ela é gostosa pra caralho.”

         Ela é a celebridade pela qual Frank tem uma quedinha desde os seus dez anos, e digamos que quando ele atingiu a adolescência, ele passou bastante tempo desejando que ele tivesse 18 para ter uma chance com ela.

         Graças a Deus que Jamia sabia sobre isso e trouxe à tona, caso contrário Frank sairia como um bobo tentando arrumar a merda que Ryan havia feito. Por sorte seus pais voltaram depois disso, prevenindo que qualquer outro momento vergonhoso acontecesse.

         “Fecha os olhos.” A mãe de Frank instruiu, cobrindo seus olhos com suas mãos de qualquer jeito.

         Frank apenas suspirou e fechou, deixando ela o levar até a sala de estar onde ele pensou que estivessem os presentes.

         “Pronto?” Ela questionou animada, a surpresa que ela esteve correndo atrás há meses finalmente ali.

         “Sim.”

         “Surpresa!” Ela gritou, tirando a mão dos olhos de Frank e correndo para a frente para que pudesse prestar atenção em sua reação.

         E a reação foi impagável, porque o que tinha na frente dele era algo que ele sonhava há anos, algo que ele não pensava que ganharia até que estivesse morando sozinho e ganhando o próprio dinheiro.

         “Mãe-” Frank deu um pulo, correndo até o objeto e caindo em seus joelhos na frente dele. “V-Você-”

         “Você gostou?”

         Frank nem podia responder, ele apenas pegou gentilmente a guitarra, seus dedos correndo pelas cordas enquanto ele admirava a nova Les Paul Custom branca.

         Não era apenas uma guitarar, não, tinha seu próprio suporte, e tinha até um amplificador de tamanho médio para acompanhar.

         “E-Eu não posso acreditar.” Frank gaguejou, próximo de um choro. “E-Eu achava que você pensava que música é idiota.”

         “Amor, eu não acho que música é idiota.” Ela começou a se explicar, andando até ele. “Eu não quero que música seja sua primeira escolha, eu quero que tenha uma carreira... mas eu sei que te faz feliz e eu sabia que merecia algo especial, então eu e seu pai guardamos dinheiro para isso.”

         “Obrigado!” Ele finalmente soltou o ar que mal sabia que guardava, a puxando para um abraço firme, mesmo que seu corpo gritasse de dor. “Obrigado, obrigado, obrigado!” Ele abraçou seu pai também.

         “Toca alguma coisa!” Ryan se animou, e Jamia e Gerard o encorajaram também.

         “Okay, okay.” Frank sorriu, suas mãos ainda tremendo arrumando tudo. “Jams, você podia pegar aquelas palhetas incríveis que você me deu? Estão na minha cama.”

         “Sim!” Ela gritou animada, feliz que seu presente seria usado logo de cara.

         Enquanto eles esperavam, Ryan se inclinou para perto de Gerard.

         “Eu aposto cinco dólares que ele vai tentar foder aquela guitarra.” Ele sussurrou e Gerard meio que encarou Frank por alguns segundos.

         “Beleza.” Eles apertaram as mãos discretamente e logo Jamia retornou com as palhetas.

         Frank sorriu animado para si mesmo, pegando com cuidado e deslizando a palheta pela corda, emitindo um som que era bonito mesmo desafinado.

         “Porra.” Frank suspirou sonhado, agarrando a guitarra contra seu peito. “Você soa tão bonito.”

         “Eu deveria ter apostado dez.” Ryan murmurou para si mesmo, fazendo Gerard rir baixinho.

         Todos assistiram enquanto Frank praticamente babava sobre a guitarra enquanto tocava, e finalmente ouviram uma música- ou, pensaram que iam ouvir, mas alguns segundos depois Frank grunhiu alto e puxou a guitarra contra seu peito novamente.

         “Tão linda, baby.” Frank sussurrou, esquecendo do fato de seus amigos e família estarem no cômodo.

         “Dez pratas que ele goza agora.” Gerard inclinou para sussurrar na orelha de Ryan, que riu antes de apertar a mão de Gerard outra vez. “Ele definitivamente parece que está quase.”

         Ryan podia apenas dar outro sorriso malicioso, pois Gerard não estava errado, a cara que Frank fazia era quase idêntica com a cara que fez quando os dois ficaram.

         “Você não faz a mínima ideia.” Ryan murmurou para si mesmo, o pequeno sorriso ainda presente.

         Exceto que agora Gerard sabia, pois sabia que os dois haviam ficado, então sabia o que Ryan insinuava, e honestamente ele teve de olhar para outro lado quando percebeu isso.

         Todos assistiam sorridentes enquanto Frank tocava sua nova guitarra, o sorriso mais brilhante que qualquer um havia visto em seu rosto.