História Getaway Car (GC) - Catradora - Chapter IV - Suspicious deal.

Connecticut, Outubro de 2019, 09:48 AM.

Pov Catra

Ninguém disse que seria fácil, mas caralho! Também não precisa ser impossível.

Eu estou encostada na parede agora, de braços cruzados, observando a situação caótica formada bem em minha frente. De quem foi a ideia inútil de juntar as duas gangues mais birrentas de Nova York em um cubículo? Ah, sim... Adora... mas eu também concordei, então tenho uma parcela de culpa.

A situação é a seguinte: o dinheiro está aparecendo para os dois grupos. Sabe o que isso significa? Que tem milhões de dólares flutuando no sistema. A causa provável é alguma segurança ultra escondida que o filho da puta do Hordak colocou, algo que reconheceu a estranheza da transferência e agora está nos fazendo de idiotas.

— Pode ser algum malware? Hordak sabe tudo de malware, do mesmo jeito que sabe que um firewall seria muito óbvio.— Alex, ou Netossa, perguntou como se estivesse montando um quebra-cabeça gradualmente.

— Hoje em dia qualquer pessoa pode quebrar um firewall...— Amy concordou.— Mas o malware parte do mesmo princípio de software. Levará dias até identificarmos.— concluiu.

Netossa assentiu em concordância e as duas passaram a encarar os computadores. Sim, elas são as únicas que estão realmente ouvindo uma à outra, assim como eu e Adora. O resto está de cara fechada, revirando olhares depois que Adora gritou para que a gritaria parasse.

— Não sabemos o tempo exato.— acho que quem falou é a famosa Violet, ou Glimmer. Vamos combinar... não é um nome que intimida. Mas uma coisa que aprendi em menos de uma hora, é que Glimmer é do contra. Contra qualquer "a" que sai de alguém que não seja do grupinho idiota dela.

— Sabemos, Glimmer.— Netossa a repreendeu.— O que pode ter acontecido é justamente o uso de um malware em conjunto a um firewall. O firewall é uma segurança em forma de software ou hardware, que filtra qualquer informação nociva. Hordak pode ter implantado um- na verdade eu tenho certeza que ele implantou um firewall, e conectou um malware junto.

— O firewall filtra e manda essa informação para o malware, que é um programa justamente para danificar o sistema.— explicou Amy.— É genial, se vocês pararem para pensar.

— É genial e difícil para caralho de quebrar o código.— Netossa suspirou.

— Isso implica o que, exatamente?— Lily perguntou séria. É tão estranho quando ela fica séria, nem parece que usa codinome Perfuma.

Netossa e Entrapta se olharam, então a de cabelo lilás olhou para todo mundo antes de soltar a bomba:

— Nós pegamos o dinheiro, sim, é inegável — seria mentira dizer que não suspiramos em alívio, entretanto ela torceu a boca levemente.— mas Hordak meteu um vírus no meio do caminho.

— E isso é tão ruim assim?— Perfuma perguntou novamente.

— Levando em consideração que ele pode reverter o caminho da transferência e nos rastrear...— Netossa pensou.— Sim, é pior do que ruim. Eu recomendo que ateemos fogo aos computadores. Deveríamos ter feito isso ontem mesmo.— ela disse tão calma, nem parece que estamos a um passo de colapsar.

— Espera, espera — pela primeira vez Adora interrompeu, notoriamente exaltada.— então além de não pegarmos a grana, aquele palito branquelo pode nos rastrear?

— É, basicamente isso, sim.— Netossa e Entrapta concordaram.— Podemos achar um jeito ainda...— Entrapta sugeriu.

— Podemos, sim.— Netossa concordou.— Precisamos de tempo.

— Vocês estão querendo dizer que devemos trabalhar em conjunto para reaver o dinheiro?— dei um passo à frente.

— Se isso acontecer, como fica? Metade para cada?— eu não sei o codinome do ruivo, nem o nome, mas foi ele quem perguntou.

E foi aí que o momento de tensão se instalou novamente entre nós. Suco de caos? Temos.

Pov Adora

— Isso é injusto!— Glimmer quase gritou.

— Eu não concordo com isso, não!— uma tal de Lonnie também quase gritou.

— Que situação de barril, minha gente... não tem outra opção?— Skyler, ou Double Trouble, perguntou.

— Temos que achar um meio termo.— falei.— Netossa, Entrapta, vocês conseguem quebrar essa desgraça sem nos expor?— perguntei. Elas se olharam por alguns segundos e depois balançaram a cabeça.— Então não tem o que fazer, se elas conseguirem trabalhar juntas, é cabível repar-

— Quem disse que você está no comando aqui?— eu conheço ela de algum lugar...— Todos devem concordar.

— Não temos tempo para brigar, podemos fazer isso depois que o dinheiro estiver com a gente.— encarei a mulher. Por que tenho a sensação genuína de que ela me odeia?

— É o seguinte — Catra elevou a voz.— sabemos direito do que Entrapta e Netossa estão falando? Não, né? Eu consigo ver os pontos de interrogação em cima de vocês. Então vamos deixar quem sabe do assunto trabalhar. Depois vocês puxam as facas e fazem cena. Primeiro precisamos daquele dinheiro.

— É bom vocês se decidirem logo.— Mermista finalmente falou alguma coisa.— Net, me corrija, mas se ele é capaz de reverter o caminho e nos achar, ele também pode reaver o dinheiro, não pode?

Netossa franziu a sobrancelha e olhou para Entrapta.

— Ele pode achar a conta...— disse Entrapta, pensativa.

— É outra possibilidade.— Netossa concordou com Mermista.

— É o seguinte, então — Mermista olhou para todo mundo.— eu não sei a birra de vocês — ela apontou para Glimmer, Scorpia, Bow, eu, Catra e Perfuma, líderes.— mas eu consigo trabalhar junto com qualquer pessoa para ter esse dinheiro. Então não nos atrapalhem agora, senão eu organizo um motim e vocês vão se arrepender muito.

Olhei para Catra, que olhou para Scorpia, que olhou para Glimmer e assim em diante. Não é possível que eu esteja no meio do problema.

— Glimmer, Bow, vamos conversar com elas.— pedi.

— Não temos outra opção.— Glimmer levantou.

Nós seis seguimos para fora, ficando três de cada lado.

— Precisamos de garantias de que o dinheiro não será roubado.— Glimmer foi a primeira a falar e eu nunca rezei tanto para que ela não abrisse a boca. Claramente rezei errado.

— As mesma desconfianças que nós temos com elas, elas têm conosco, Glimmer.— falei o óbvio. Olhei para Catra, Scorpia e Perfuma.— Nós podemos trabalhar em harmonia, depois disso vocês nunca mais irão nos ver. Catra?

Catra se mostrou alguém bem disposta a flexibilizar algumas ideias, minha esperança é que ela consiga mostrar isso às outras.

— Eu acredito que seja justo o bastante a repartição do dinheiro. E nunca mais entraremos em contato novamente.— ela disse firme, bem diferente de horas atrás.

— Todo mundo concorda?— olhei principalmente para Scorpia.

Ela apenas assentiu, muito a contragosto devo ressaltar.

Pov Catra

Depois dessa pequeníssima reunião, olhei para Scorpia e Perfuma.

— Vocês sabem o que fazer.— falei.

Pov Adora

— Netossa?— a chamei.— Você sabe o que fazer agora, certo?— falei um pouco baixo.

— Considere feito, chefinha.— a mulher sorriu maliciosamente e voltou para o sofá.

Não podemos repartir o dinheiro se o dinheiro sumir para uma conta invisível, certo?

Pov Catra

Não podemos dividir o dinheiro se ele for roubado por "outra" pessoa, né?