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História Giftword-Garagem das suspensões - Somente o começo


Escrita por: CharBorah

Notas do Autor


E aí meus queridos? Tudo de boas?
bom como eu não tenho nada a se dizer aqui!
Curtam o capitulo.

Capítulo editado em 15/01/2022

Capítulo 25 - Somente o começo


Narração: Mônica

O dia estava calmo, uma manhã tranquila, fresca e ensolarada. Estava aquele diazinho preguiçoso. Já estava pronta para o colégio, arrumava minha mochila sobre a cama do quarto quando alguém bateu na porta.

Pedi para a pessoa entrar e me surpreendo quando Cebola abre a porta, até sorri, vê-lo pela manhã era maravilhoso, fazia o dia melhorar mil vezes.

— Oi!

— Bom dia, Mô! — ele entrou e veio ao meu encontro. Delicadamente suas mãos pousaram em minha cintura, olhou nos meus olhos como se pedisse permissão para prosseguir, acenti. Ele sorriu e me beijou, de maneira terna, não sabia como não havia perdido o ar. — Eu quero contar. Contar para os seus pais, nossos amigos, para o mundo…

— Contar o que? — questionei.

— Sobre nós — ele disse afastando as mãos de minha cintura.

— Ah sim — ri — a brincadeira da Denise. Você levou mesmo a sério, não é?

— Brincadeira? — se afastou mais ainda de mim. — Para você isso é uma brincadeira?

O dia pareceu escurecer, como se o tempo retrocedesse, saindo da manhã amena para a assustadora madrugada.

— Mônica, você não acredita em mim? Você não me ama? — a porta fechou sozinha, a maçaneta balançou e o som perturbou meus ouvidos, era insistente, dolorido.

Levei minhas mãos aos ouvidos, senti um líquido molhar minhas mãos, era sangue, muito sangue, encheu minhas mãos.

— Cê, eu estou com medo.

— Medo? Eu estou aqui pra te proteger, eu sempre vou te proteger — ele já não estava mais na minha frente, estava perto da janela, em seu moletom havia sangue, um buraco no coração.

Senti minha cabeça girar, meu estômago virar, senti que iria desmaiar até duas mãos me segurarem.

— Eu sou seu príncipe, lembra? Eu sempre…


Levantei num pulo. Meu peito subia e descia rapidamente. Encarei meu quarto, tudo normal. A manhã nascendo na janela e o quarto vazio, apenas eu e minha cabeça confusa, presa nos pensamentos.


Já no carro ao lado de Cebola, ainda devaneava sobre meu sonho. Foi tudo tão confuso e sombrio que me peguei pensando em como eu sou uma menininha tola e inocente. Eu havia colocado na minha cabeça que ele era perfeito, quando, como um ser humano normal, ele tem seus defeitos. Ele é mais que um sorriso bonito ou o cara que eu acho gato. Provavelmente, ele tem um lado ruim, um lado que o afasta das pessoas e o faz se isolar na bolha de selecionados amigos dele. Me senti um pouco mal por criar uma versão irreal dele, limitá-lo à minha imaginação. Esse é um defeito meu, ser sonhadora demais e realista de menos.

Além disso tudo, não saberia dizer se ele estava brincando comigo ou não. Não saberia dizer se o que vivemos até agora foi realmente encantador ou apenas a minha imaginação. E o que mais me deixa insegura é o medo, medo de errar, medo de acabar magoada, medo de magoar ele. E se… eu não o amar de verdade? Essa é minha primeira vez, eu nem mesmo afirmaria que sei o que é o amor.

— Mô! Mô! — saí dos meus pensamentos com ele estalando os dedos em frente aos meus olhos. O encarei, ele fica lindo preocupado. Desviei o olhar, me sentiria horrível se transformasse essa feição atenciosa em ódio. Talvez eu não seja a garota perfeita para ele, talvez ele seja perfeito demais para mim. Talvez tudo isso seja fantasia, talvez eu sonhasse alto demais.

Ele continuava me encarando, já ficava sério e eu me sentia vergonhosa, me sentia pressionada mesmo com ele apenas me olhando. Procurei a maçaneta da porta com pressa, eu não sei se conseguia encara-lo, e mesmo se conseguisse o que eu diria? Eu sou uma idiota mesmo, se eu fosse mais esperta não teria me envolvido, antes solteira do que com o coração quebrado.

Disse um “obrigada” tão baixo assim que saí do carro que nem eu ouvi direito. Ele me seguiu, chamando meu nome, eu queria olhar mas não conseguia. Eu estava uma bagunça, como eu poderia afundar alguém comigo?

— Mô! — ele conseguiu me alcançar e segurou um dos meus pulsos, me virando e me fazendo olha-lo. — O que tá acontecendo? Foi algo que eu fiz? — permaneci em silêncio. — Fala pra mim, por favor. Eu vou te ouvir.

— Eu… — sentia um turbilhão de emoções, nem saberia explicar — eu estou muito confusa com tudo o que está acontecendo, eu nunca vivi isso… algo parecido com o que temos. E eu não sei se está certo, não sei se estou fazendo certo. E eu gosto muito de te ter ao meu lado mas eu, tenho medo de que eu possa quebrar seu coração.

Respirei aliviada, após conseguir dizer tudo o que eu queria. Mas ele parecia mais tranquilo do que eu imaginava que ficaria. Até puxava um canto do lábio, projetando um pequeno sorriso.

— Mônica… — pegou em minhas mãos, me fazendo ficar ansiosa pelo o que estava por vir. — O que é maior? Seu medo ou o que você sente por mim?

De repente meu coração pareceu derreter em seus dedos, como se a única serventia das minhas angústias fossem ser uma desculpa para falar sobre meus sentimentos por ele. Eu não saberia dizer se o que eu sentia por ele era amor, mas era algo grande, maior que eu. Algo que me fazia querer me jogar em seus braços e deixar o mundo explodir.

— O que eu sinto por você é maior que tudo nesse mundo.

Ele sorriu largamente e me puxou para perto, enroscando seus braços em minha cintura e tomando meus lábios em um beijo terno.

— Desde que você chegou… — disse assim que nossos lábios se separaram — algo mudou — sorriu e me puxou para um abraço.

— Eu queria ter voltado ao Brasil antes, queria ter te conhecido antes.

— Você chegou no momento exato, na hora perfeita. Você tem a melhor versão de mim, e eu quero que isso dure. Quero que seja real — me afastei de seus braços e o encarei nos olhos, eles brilhavam. — Eu não queria fazer desse jeito, não queria que fosse no estacionamento do colégio, mas eu acho que eu não posso segurar. Então, Mônica, quer ter algo real comigo? Quer namorar comigo?

Não pude conter a emoção, meu sorriso parecia rasgar a bochecha. Pulei em seus braços enquanto repetia que sim inúmeras vezes. Eu nunca havia sentido nada tão forte, tão profundo. Eu não saberia diferenciar, amor, paixão, ou qualquer coisa que fosse, mas eu estava viciada nesse cara, eu queria passar o resto da minha vida do seu lado.

— Eu te amo, Mô! Te amo muito!

— Eu também te amo.


Andar com as mãos entrelaçadas na sua me deixava segura, sentia que fazia parte de algo, algo grande. Eu sentia todos os calos de sua mão, era real, eu estava com alguém que eu amava. Estava bem ali ao meu lado o tempo todo, ele que sempre pareceu um príncipe para mim, hoje tenho certeza, não é um príncipe mas é perfeito para mim.

— Olha eles aí! — Cascão disse ao nos aproximarmos do banco em que estava — de mãozinhas dadas — fez uma cara maliciosa.

— Namorados fazem isso — Cebola disse e eu o encarei sorrindo, era bom isso, bom demais.

— Novidade — Titi que estava sentado ao lado de Cascão ironizou.

— De verdade, seu palhaço!

— Eu sabia que isso um dia aconteceria, podem me agradecer! — Denise chegou já dizendo.

— Parabéns, gente — Xaveco falou, ele andava com os braços entrelaçados no de Denise.

Consegui conter a emoção dentro de mim, mas sentia que iria explodir.

— Alguém viu a Cascuda? — Denise perguntou.

— Não. Por quê? — perguntei para ela.

— Por que tô muito a fim de dar uns tapas na cara dela.

— Ah, se fosse só você… — Cascão comentou — infelizmente sou contra a agressão.

— Os tapas que você quer dar nela são bem diferentes — Titi debochou rindo.

— Pode parar de jogar o meu passado na minha cara?

— Nunca vamos parar — Xaveco acompanhou Titi — lide com isso.


Narração: Marina

Cheguei na sala e estava contente por finalmente ser aula de arte, a única aula que eu gostava. E também, com os dias loucos que temos passado, é ótimo algo que eu gosto para distrair a mente. 

Acho que é por isso que eu ainda não surtei de vez.

— Marina, pode ir buscar um rolo de papel kraft no depósito, por favor? Vamos ter uma aula diferenciada hoje — o professor pediu.

— Claro.

Me levantei e fui rumo às escadas até o depósito, eu odiava aquele lugar, era escuro, empoeirado e fedia. Além de que era uma boa caminhada até chegar lá. Tinha que subir dois lances de escada andar meio corredor, pra um adolescente que acorda as 06h da manhã, isso é tortura.

Não foi difícil achar o rolo de papel, era bem organizado, apesar de ser um monte de tralhas em prateleiras. Segui novamente até as escadas, pensando que descer era mais fácil que subir, e que se eu não morri vindo até aqui, não vai ser indo que eu vou morrer.

Amo ter esse tipo de pensamento, o sarcasmo me deixa na ativa.

Respirei fui antes de descer, quando senti duas mãos em minhas costas, mas não deu tempo nem de olhar. Alguém me empurrou. E logo não conseguia enxergar mais nada.



Notas Finais


Desculpa se o capitulo não ficou tão bom é que eu nunca joguei nenhum personagem de uma escada rs.
Beijos.


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