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História Gimme Shelter - Pronta


Escrita por: KyraBeckett

Notas do Autor


Espero que gostem
Boa leitura ❣️

Capítulo 7 - Pronta


A barulho alto de porta fechando a fez acordar assustada. Ofegante, Raquel sentou na cama vasculhando o quarto achando que havia alguém ali além dos dois. Olhando para o lado viu Sérgio deitado de barriga para cima dormindo tranquilamente.

Se encolheu na cama abraçando seus joelhos. Não conseguiria dormir agora.

Desde a fuga, Lisboa não tem dormido bem. Sempre tem os mesmos pesadelos com o fatídico dia quando teve que cometer o maior crime de todos para salvar sua própria vida e a de sua mãe.

Com o tempo e a tranquilidade da ilha, ela tinha parado de pensar nisso. Fez amizades, voltou a se divertir e logo novas lembranças preencheram o lugar daquele ato hediondo. Porém com tudo que aconteceu óbvio que traria todos seus traumas a tona.

Raquel conseguiu sair alguns dias por pouco tempo, deu para conhecer mais a vizinhança. O problema é que ela achava a todo momento que estava sendo seguida. Sabia que não tinha como alguém os encontrar aqui, mas a paranóia continuava.

Cansada de olhar para o teto do quarto ela se levanta e vai para a cama do amigo. Os sentimentos que ela tem por ele, que antes conseguia enterrar, agora estão mais fortes que nunca, assim como o medo da rejeição quando contar sobre seu passado.

- Deus!

Sérgio se assusta ao abrir os olhos e dar de cara com Raquel. O movimento abrupto o faz se chocar com a parede e bate com a cabeça.

- Nossa, Sérgio. Sou só eu.

Ele resmunga passando a mão na cabeça onde bateu.

- O que faz aqui? Que horas são?

- Não sei, é madrugada. Perdi o sono.

- E achou uma boa ideia me matar dormindo?

Era para ser uma brincadeira, mas o sorriso de Raquel morreu e ela escondeu o rosto no travesseiro.

Sérgio soube através da pesquisa que Khalil fez que Raquel havia matado seu namorado policial. As notícias da época apenas exaltavam o bom profissional que ele era e diziam que a mulher tinha problemas mentais. Ele não quis saber além disso, se sentiu mal o bastante buscando sobre sua vida sem ela saber.

Obviamente ele ficou chocado, porém não acreditava que Raquel, a mulher que ele tinha conhecido durante esse ano, seria capaz de fazer algo assim a sangue frio. Sérgio decidiu que não acreditaria nas histórias das reportagens, iria esperar Lisboa se abrir para tirar suas conclusões.

- Você quer conversar? Teve outro pesadelo?

Tentou aliviar a tensão que se formou.

- Algum idiota fez barulho no corredor.

A voz saiu abafada.

Ficaram alguns minutos em silêncio, ela deitada de lado olhando para ele e Sérgio deitado de barriga para cima olhando para o teto. Raquel sustentou a cabeça com a mão e o cotovelo apoiado na cama.

- O que?

- Vamos conversar?

- Sobre o que?

- Sobre coisas que não sabemos um do outro ainda.

Ela sugeriu. Ele engoliu seco.

- Estamos prontos para isso?

- Só quero espairecer, nada sobre passados confusos.

Sérgio sorriu concordando, com isso ele conseguiria lidar por enquanto.

- O que quer saber?

Ela sorri de lado e ele arruma os óculos ficando um pouco nervoso. Raquel conseguia ser sensual sem nenhum esforço. Um sorriso de lado, uma levantada de sobrancelha.

- Você está solteiro?

Ele bufou.

- Sim.

- Por que?

- Por que Olívia estava me sufocando.

Raquel o olhou surpresa, sempre via os dois sorrindo. Parecia que nunca brigavam.

- No dia que você foi atacada ela disse que ou era você ou ela. Eu já não suportava mais as crises de ciúme descabidas.

- Sinto muito. Sei que gostava muito dela.

- Gostava, sim.

Suspira.

- Desculpa. Eu sei que vocês brigavam por minha causa.

- Você tem culpa de nada.

- Alicia disse que Olívia não gostava de mim porque sou falada na cidade.

Sérgio riu.

- Acho que ela só ficava insegura.

Raquel acenou com a cabeça e desviou o olhar.

- Você pensa como ela? Acha que sou uma vagabunda?

- Claro que não, Raquel! Quem sou eu para pensar isso de alguém?

- Eu não sei. Homens são machistas.

Encolheu os ombros.

- Cresci lendo o bastante para tentar evitar ser dessa forma.

Ela sorri o olhando. Sérgio sempre a surpreendia, é o homem mais gentil que conhece. Os dois perdem a noção do tempo se olhando, miram os olhos e depois a boca um do outro. Só se dão conta quando já estão com as testas coladas.

De olhos fechados, Raquel trava um debate interno se deve ou não seguir com o que deseja. Nunca esqueceu do beijo que deram naquela boate quase um ano atrás, os lábios macios dele, o jeito como a tocava.

Sérgio toma a iniciativa e toca os lábios dela. É apenas um selinho mais demorado. Ela se afasta e o encara surpresa com a atitude, mas logo volta e cola suas bocas novamente. Lambe seu lábio inferior e mordisca, ele lhe dá passagem e suas línguas se tocam.

Esse beijo é mais calmo, nada parecido com o desespero que teve o outro. Agora há sentimentos não ditos. Lisboa enrosca a mão na nuca dele e faz carinho nos cabelos escuros. Marquina, cuidadosamente, toca a cintura fina da mulher.

Quando o ar falta os dois se afastam e voltam a encostar suas testas se recusando a ter maior distância entre eles.

- Vai fugir com alguém dessa vez?

Ele pergunta em tom de brincadeira. Tira uma mecha do cabelo loiro do rosto da mulher, que sorri suavemente.

- Dessa vez, não.

- Tem certeza? Vi um cara bem bonitão no quarto ao lado e tinha uma garota parecida com aquela da boate lá na recepção.

- Ela dá um tapa no braço dele, quem se encolhe rindo.

- Não vou fugir dessa vez.

- É bom mesmo.

Sérgio a beijou novamente entre risos.

 

[...]

 

- Sérgio, meu dinheiro está acabando. Acho que vou ter que ir para um hostel, lá é mais barato.

Eles estavam tomando café em uma confeitaria próxima ao hotel. Agora Raquel tentava sair com mais frequência, principalmente com Sérgio pois assim se sentia mais segura.

- Quer tentar alugar um Airbnb? O custo benefício é melhor e podemos economizar com comida.

- Tudo bem. Pode ser.

- E não se preocupe tanto com isso, ok?

Ela o olhou confusa, mas aceitou. Raquel sabia que ele não era pobre, mas também não imaginava que tinha tanto dinheiro assim. Era só mais uma pulga atrás da orelha.

Os dois ficaram entretidos no celular olhando as melhores opções até acharem um pequeno apartamento de um quarto não muito longe do hotel que estavam. 

 

[...]

 

Já instalados no novo apartamento, os dois estavam sentados no pequeno sofá enquanto comiam pipoca e assistiam a uma série. Raquel com a cabeça deitada no ombro de Sérgio, ele com um braço em volta dos ombros dela.

Os dois estavam se sentindo mais íntimos desde aquela madrugada que se beijaram, não tinham passado disso por enquanto. Já faziam alguns dias e estavam se conhecendo de outra forma agora.

Era uma coisa boba para alguns, mas para eles que já estavam nutrindo esse sentimento a tanto tempo era um passo para o que mais desejavam.

- Nossa, aconteceu algo parecido quando eu era policial.

Raquel disse depois de ver uma cena da série policial enquanto ria. Sérgio arrumou a postura para olhá-la.

- Eu estava na ronda noturna quando vi um carro estacionando onde não podia, quando me aproximei o carro começou a balançar - gargalhou. - Quando bati no vidro, o casal tava todo suado e vermelho tentando colocar as roupas. Foi constrangedor, mas hoje é hilário.

Sérgio ri do jeito dela.

- Você gostava de ser policial?

- Muito. Era meu sonho, meu pai era delegado.

Sorriu triste.

- Eu ia ser promovida a inspetora de negociação de reféns quando tudo aconteceu.

- Aposto que era uma ótima profissional.

Ela riu sem graça.

- Eu me esforçava. Acho que por isso estou aqui agora. - deu de ombros.

Sérgio a olhou sem coragem de perguntar mais. Raquel sentia que esse era o momento, as coisas entre eles estavam evoluindo e achava totalmente injusto começar com um segredo tão grande. 

- Você pode perguntar.

Ela respirou fundo.

- Só se você se sentir pronta.

Apesar de já saber uma parte da história, Marquina não confiava totalmente nas notícias. Ele, melhor que ninguém, sabia que o meio policial não era o local mais honesto e, conhecendo Raquel, ele sabia que tinha mentira naquelas notícias que Khalil lhe mandou.

- Vou ser bem sincera aqui, ok? Eu desconfio que você já saiba de algo. Duvido que não tenho buscado meu nome na internet.

Ele arrumou os óculos e encolheu os ombros.

- Posso ter feito umas pesquisas.

- Então sabe que matei meu ex?

Engoliu seco confirmando com a cabeça.

- Isso não é mentira. Realmente o matei, mas fiz porque não vi outra saída.

- Raquel, não me entenda mal mas eu não confio muito em policiais. O sistema é sujo e corrupto.

- Sim. Eu não pensava dessa forma até conhecer ele e ver todos os envolvidos. Alberto era um tenente super elogiado, todos o adoravam. Nunca imaginei que seria envolvido com um esquema tão podre.

- O que ele fazia?

- Tráfico. Traficava qualquer coisa que lhe desse dinheiro, drogas, pessoas… Além de tudo era um homem violento, ameaçava a mim e minha mãe.

Ela suspirou. Sérgio sentia um nó na garganta, isso era bem pior do que ele pensou. Quando soube do passado dela, ele imaginava que era um relacionamento abusivo que terminou do jeito mais trágico.

- Isso é grande.

- Por isso estão atrás de mim. Matei o chefe e sei tudo que eles faziam. É queima de arquivo.

Ele assentiu pensativo.

- Raquel, eu vejo o que você fez como praticamente legítima defesa. Não precisa ter vergonha, eu estou com você.

Os olhos dela encheram de água. Isso foi o que sua mãe e Alícia cansaram de lhe dizer quando ela voltava a se sentir culpada. Ela sabe que naquele momento não via outro jeito, mas era um vida. Uma vida que ela tirou.

- É difícil. Eu matei uma pessoa. 

- Você não tinha a intenção.

- Eu não planejei, mas ele me ameaçou tanto naquele dia, chegou bêbado. Ele sabia que eu queria denunciar, por isso falava que ia me mandar para um país na Ásia para ser prostituta e ia matar minha mãe.

Ela chorava, as cenas vinham como flashes em sua mente.

- Tentou me agarrar, me beijar mas eu lutei com ele. Alberto caiu no chão e lá ficou, dormiu bêbado. Eu não consegui pensar em outra coisa, peguei o canivete que ele usava e o matei.

Sérgio ouvia tudo com o coração apertado, não conseguia imaginar passar por uma situação dessas.

- Ele tinha uma mala com dinheiro em casa. Eu peguei, busquei minha mãe e fugi. Tenho um amigo na polícia que me dá informações, ele que me alertou.

- Você fez o que tinha que fazer para sobreviver. Está tudo bem.

- Eu sou um monstro. Nem consegui ajudar as pessoas que ele fez essas maldades.

- Não é. Você é uma das mulheres mais fortes que conheço.

Sérgio a abraçou enquanto ela chorava baixinho. Uma coisa vinha o perturbando cada vez mais e agora que ele sabia de toda a história só aumentou o aperto em seu peito. Raquel se envolveu com um bandido antes e acabou assim, o que ela pensaria ao descobrir que ele era um ladrão? Ele não machucou ninguém, mas ainda era um criminoso no final das contas.

Ficaram assim por um tempo, ele fazia carinho nos braços dela de modo reconfortantes. Queria mostrar que ela não estava sozinha e que nada mudaria por saber seu segredo. Raquel chorou bastante, o aliviou e o sentimento de um peso tirado dos ombros a tomou. 

- Sérgio?

- Hum?

Lisboa levantou a cabeça para olhar em seus olhos sem se afastar do abraço. Ela exitou por um instante.

- Acho que estou apaixonada por você.

Sérgio abriu a boca e fechou várias vezes sem saber o que dizer. Claro que ele percebeu que algo mais estava rolando entre eles, mas nunca achou que a sedutora e linda Lisboa se apaixonaria por ele. Não depois dela dizer que não queria relacionamentos.

- Raquel…

- Não precisa dizer de volta. Só queria que soubesse.

Sorriu. Sua mão acariciava a barba dele enquanto olhava sua boca com desejo.

- Desde que te conheci que você não sai da minha cabeça, Lisboa. Fiz de tudo pra esquecer o que sinto, mas não tem como.

Não deu tempo dela assimilar o que ele disse, a puxou pela nuca e beijou sua boca com volúpia. As línguas se encontraram rapidamente. Os gemidos começaram baixos.

Raquel montou em seu colo tomada pelo tesão sem desgrudar dos lábios dele. As mãos exploravam os corpos, apertavam e arranharam. Os movimentos que ela fazia o deixavam mais excitado, o roçar dos sexos os faziam gemer na boca do outro.

Sérgio tirou a blusa que ela usava a encontrando nua. Os seios a mostra, grandes e macios. Os mamilos duros com excitação. Eles os beijou, lambeu e mordeu. Talvez a deixasse marcada depois, mas o desejo era mais forte do que a preocupação.

 

[...]

 

- Uau.

Os dois estavam ofegantes e suados no chão da pequena sala. Apesar de estarem cheios de tesão a primeira vez foi lenta e sensual com muitos beijos. 

- Sim.

Ela virou para ele enroscando suas pernas e deitando em seu peito. 

- Quem é você? Onde está o cara tímido e nerd que conheci?

Sérgio riu e ao tentar ajeitar os óculos percebeu que estava sem eles. Olhou em volta da sala e o viu caído ao lado do sofá.

- Você não tem ideia de quantas vezes imaginei isso.

Disse ele olhando para o teto. Ela gargalhou.

- Eu sei que é errado, eu tinha uma namorada. Gostava muito dela, mas era em você que eu pensava o tempo todo.

Ela sorriu escondendo o rosto no pescoço dele, onde deixou beijos e mordidas. Sérgio começou a se sentir excitado de novo, passou a mãos pela coxa que estava em cima da sua e foi subindo até a bunda. Sentiu o sexo de Raquel molhado roçando em sua perna. Ela desceu a mão pelo peito dele, barriga, até chegar ao membro que já estava duro. O masturbou enquanto beijava sua boca de modo sensual

Invertendo as posições, o homem se colocou por cima dela, que abriu as pernas o acomodando ali. Os beijos voltaram a ser mais intensos, ela puxa os cabelos negros enquanto ele distribuía chupões em seu pescoço e colo. Mordeu levemente os mamilos rígido a fazendo suspirar e arquear as costas pedindo por mais.

Chupou um seio de cada vez dando atenção especial para os mamilos, Raquel já estava a beira de mais um orgasmo só com as carícias.

- Vem cá.

Ela pediu o puxando pelos cabelos e colou novamente seus lábios. Exploravam a boca um do outro, mordiscava o lábio inferior dele. O jeito que Sérgio a olhava a deixava quente, se sentia a mulher mais sexy.

Envolveu a cintura dele com suas pernas, fez suas intimidades entrar em contato. O membro duro no sexo molhado fez ambos gemer. Sérgio fez breves movimentos causando atrito no ponto de prazer da mulher que apertou sua cintura com as pernas o fazendo encaixar-se nela. Empurrou entrando completamente. Gemeram com a sensação de encaixe perfeito.

- Agora eu quero rápido e forte.

Marquina quase terminou tudo precocemente com a voz sussurrada e sensual em seu ouvido. Ele pegou uma perna dela entrando mais fundo e começou os movimentos lentos de início.

Cada vez que ele entrava completamente Raquel gemia e o apertava com as parede internas. Os sons que ela fazia estavam o deixando maluco. Ele sabia que se esse momento chegasse seria o melhor sexo da vida, mas não esperava por isso.

- Sérgio

Agora ele segurava as duas pernas dela aberta, tinha a visão completa o corpo feminino e de seus sexos. Se via entrando e saindo coberto pela excitação de Raquel. Olhava hipnotizado os seios saltando no ritmo de suas estocadas.

Ela o provocava se tocando, via nas feições dele que gostava. Apertava seus seios, jogava a cabeça para trás em êxtase, levou uma mão para onde eles se juntavam e massageou seu clitóris.

- Eu vou gozar.

Avisou acelerando os movimentos. Sérgio, que também estava na beira do precipício, aumentou a força e velocidade das investidas.

- Ah… Raquel.

- Vai, Sérgio. Assim.

Ele goza caindo por cima dela, que se agarra a ele gemendo e ofegando. Ficam assim por alguns minutos até ele sair de dentro dela e cair exausto no chão.

- Valeu tanto a pena esperar.

Os dois riram. Ela o beijou novamente.

 

[...]

 

"Khalil?"

"Diga, amigo".

"Você tem alguma informação sobre Alberto Vicuña?"

"Apenas o que consegui na pesquisa sobre Raquel Murillo."

"Pesquise ele a fundo, tudo que conseguir."

"Pode deixar."

"E quero que jogue tudo na rede, exponha essas informações de modo anônimo. Mande para polícia de Madri também."

"Tem certeza?"

"Absoluta."

 


Notas Finais


To achando tudo muito calmo... 👀
Beijos e até o próximo


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