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História Girl on Fire - Coincidência e Desejo.


Escrita por: ladylim

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 10 - Coincidência e Desejo.


Fanfic / Fanfiction Girl on Fire - Coincidência e Desejo.

Charles estava pegando alguma coisa que havia caído ao chão quando fechei a porta atrás de mim.

- Ah - ele disse ao me vê enquanto pega a caneta e coloca sobre a mesa. - É você.

Levantei a sobrancelha e não conseguir me conter em questioná-lo.

- Estava esperando outra pessoa? - pergunto. - Estou interrompendo sua agenda social? - fiz uma encenação olhando ao redor da sala vazia.

Os olhos de Charles se estreitaram para mim. Ele ergue uma sobrancelha e um dos cantos de sua boca transformou-se em um sorriso.

- Só não sabia que viria tão cedo. - ele sussurra.

Minhas bochechas ficaram vermelhas. É claro que estava cedo. Não conseguir esperar pelo horário. Eu e minha agonia por vê-lo logo. Só que eu não podia dizer ao Charles o motivo real de eu ter aparecido tão cedo. Ele já sabe que gosto dele, mas ele não precisa saber que estou mais do que gostando dele ao ponto de não conseguir ficar sem vê-lo. Então eu precisava de uma desculpa para me explicar.

Andei pela sala e fiquei perto da estante disfarçando que estava olhando alguns livros.

- Vim cedo porque quero antecipar as atividades. - dou uma pausa. - Ainda tenho que fazer um trabalho com Jean. - minto e torço para ele acreditar.

Virei à cabeça e encontrei seus olhos azuis. Ele estudou meu rosto por alguns segundos e falou:

- Você pode iniciar seu trabalho à hora que quiser. - ele pega algum tipo de estojo sobre a mesa e caminha na minha direção. -  Preciso resolver umas coisas, mas volto antes de você terminar por aqui.

Mordo meu lábio com a notícia.

Ele pega uma das minhas mãos e fiquei me perguntando se ele sabia o quanto seu toque era importante para mim.

- Posso contar um segredo? - sussurro enquanto observo seu peito subir e descer a cada respiração.

- Pode. - murmura curioso.

Sorrir pra ele.

- Gosto de segurar sua mão. - falo. - Gosto de verdade de segurar sua mão. Faz com que eu me sinta... importante.

- Você é importante. - suas palavras saíram tão naturais que quase me fizeram quebrar em um milhão de pedaços.

Soltei o ar. Coloquei minhas mãos em seu peito e minha cabeça em seu ombro, e beijei seu pescoço de leve. Sentir suas mãos nas minhas costas me puxando ainda mais para perto. Ele apoiou o queixo no topo da minha cabeça. Seus batimentos cardíacos aumentaram contra meu peito. Amei o fato de que eu fazia seu coração disparar. E então para minha tristeza ele se afastou e me deu um selinho rápido. Dessa vez, realmente revirei os olhos e Charles me lançou um olhar que dizia para não questioná-lo. 

Permanecir calada e antes do Charles saí pela porta ele falou:

- Obrigada novamente por ter me acordado hoje.

Não pude deixar de sorrir com suas palavras. E me peguei lembrando da cena de mais cedo quando o vi sem camisa. Pelo jeito eu nunca iria esquecer a visão de mais cedo.

Por um tempo permaneci parada olhando para onde ele havia saído. Ao voltar à realidade tratei de iniciar o trabalho, até que me lembrei do que havia prometido a Pietro. Comecei a olhar e mexer nas varias estantes ao redor da sala à procura da pasta do Magneto. Precisava encontrar antes que Charles voltasse. Depois de um tempo procurando, já estava quase desistindo e começando a acreditar que Magneto não tinha nenhuma pasta, quando decidir procurar nas gavetas da mesa do Charles. Olhei na primeira gaveta, mas não tinha nada. Até que na última vi uma pasta preta empoeirada. Parecia ser a única ali. Antes de abrir limpei a sujeira. Ao ler logo conseguir vê o nome do Magneto e o tal do código que Pietro havia falado que iria precisar. Peguei o celular e tirei uma foto. A minha curiosidade foi tão grande que mesmo já tendo conseguido o código sentei na cadeira e comecei a ler algumas informações dentro da pasta.


Família

Jakob Eisenhardt (pai morto),
               Edie Eisenhardt (mãe morta),
               Ruth Eisenhardt (irmã morta),
               Magda Lehnsherr (esposa morta),    
            Anya Lehnsherr (filha morta).

 

Levantei a cabeça e a balancei de um lado para o outro.

- E eu aqui pensando que era a única que tinha perdido a família toda. - murmuro e volto minha atenção para o papel.

Ao virar a página para continuar a ler, um pedaço de papel caí ao chão. O pego e pude vê que era um pedaço de jornal cortado.



MAGNETO
Por Alexandre Godard

Max Eisenhardt foi perseguido junto com sua família, por serem de origem judaica. Após ver todos seus familiares serem mortos, foi mandado para o campo de concentração de Auschwitz onde trabalhou como Sonderkommando. Lá ele também conheceu sua namorada chamada Karen Diton...

 

Meus ombros caíram e meus olhos se contraíram.


O namoro não durou muito e depois de 4 anos conheceu Magda no qual casou-se. Com Magda teve uma filha que também foi morta quando a identidade de Max foi revelada.
Atualmente toda sua família está morta. Mas acredita-se que vários acontecimentos ruins que ocorreram no mundo estão ligados com o Magneto ou mesmo Max. Seria possível ele ser um inimigo dos humanos ou será só mais um querendo se adequar a humanidade?
A.P

 

Voltei a revirar os papéis que ficaram na pasta em busca de mais informações sobre Karen. Mas não conseguir encontrar mais nada sobre ela. Ajeitei a pasta e decidir colocá-la no lugar. Mas mesmo assim continuei desconfiada e curiosa para descobrir mais sobre a tal de Karen. Mesmo sabendo que pode existir muitas Karen Diton por ai, ainda sim achei estranho, mas decidir esquecer e voltei a me concentrar no serviço para terminar antes do Charles voltar.

Quando terminei, olhei a hora e já eram quase 21h e nada do Charles. Eu já estava convencida que não o veria mais hoje até que um barulho da porta se abrindo me assustou. Charles entra e ao perceber que eu já estava de saída pede que eu fique na sala mais um minuto para que pudéssemos conversar. Seus olhos pareciam pesados ele parecia cansado. Ele jogou um tipo de envelope sobre a mesa. E entra no outro compartimento que eu já sabia que era seu quarto. Minutos se passou e cansada sentei no sofá. Minha cabeça ainda está apoiada no sofá quando escuto Charles saí do quarto. Ele me vê e senta ao meu lado no sofá. Coloca as mãos entrelaçadas atrás da cabeça, e fica fitando o teto. Ele não está mais com as roupas do trabalho. Em vez disso, veste uma camiseta branca colada e uma calça de moletom cinza. Pela primeira vez na noite, percebo que o cabelo dele está molhado.

Tem um restinho de creme de barbear bem abaixo de sua orelha esquerda. Minha mão instintivamente vai até seu pescoço e limpa. Ele se mexe e vira na minha direção, então levanto o dedo defensivamente, como se quisesse mostrar o motivo pelo qual o toquei. Ele puxa minha mão e esfrega meu dedo em sua camisa, tirando o excesso do creme de barbear. Nossas mãos param em seu peito, e continuamos olhando um para o outro em silêncio. Minha palma está bem em cima de seu coração dá para senti-lo batendo rapidamente. Sei que esse contato entre nós é errado, mas sinto como se fosse incrivelmente certo. Ele deixa que minha mão fique em seu peito enquanto ela sobe e desce no ritmo de sua respiração. 

Não sei o que toma conta de mim, mas eu me aproximo e viro seu rosto em direção ao meu. Só precisava que ele olhasse para mim. Seus olhos não encontram os meus. Eles se direcionam para a mão dele, que sobe pelo meu braço lentamente. As mesmas sensações que percorreram meu corpo na primeira noite em que nos beijamos voltam de uma só vez. Seus movimentos são lentos e metódicos. Ele vira o corpo na minha direção. A expressão em seu rosto é de confusão, mas lentamente ele se aproxima e pressiona os lábios contra meu ombro. Coloco as mãos na parte de trás de seu pescoço e inspiro. Sua respiração fica mais pesada enquanto os lábios percorrem lentamente meu ombro em direção ao pescoço. A sala começa a girar, então fecho os olhos. Seus lábios chegam até meu queixo e se aproximam da minha boca. Quando eu o sinto se afastar, abro os olhos e vejo que está me observando. Há um breve momento de hesitação em seus olhos logo antes de os lábios cobrirem os meus. Desliza as mãos por debaixo da minha camisa e segura minha cintura. Eu retribuo os beijos com a mesma paixão febril. Passo as mãos em seus cabelos e o puxo para perto de mim enquanto deito no sofá. Assim que ele começa a acomodar o corpo em cima do meu, seus lábios se afastam e ele se senta novamente.

- Precisamos parar - diz ele. - Não podemos fazer isso. - ele aperta os olhos até fechá-los.

Sento novamente e ignoro o que ele disse, fazendo minhas mãos deslizarem por cima de seu pescoço e cabelo. Pressiono os lábios nos dele e subo em seu colo. As mãos dele envolvem minha cintura novamente, e ele me puxa para perto do seu corpo, retribuindo o beijo com mais intensidade do que antes. Minhas mãos encontram a parte de baixo de sua camisa, e eu a puxo para cima. Não sei por que estou agindo assim, mas eu sentia algo novo e eu não conseguia e nem queria parar.

Nossos lábios se separam por um breve instante, para a camisa passar entre nós. Coloco as mãos em seu peito e percorro os contornos de seus músculos enquanto continuamos a nos beijar. Ele agarra meus braços e me empurra no sofá. Fico esperando que encontre minha boca novamente, mas, em vez disso, ele se afasta de mim e se levanta.

- Emma, levante-se! - ordena.

Ele agarra minha mão e me ergue do sofá. Eu me levanto, ainda absorta pelo momento, incapaz de recobrar o fôlego.

- Isso... isso não pode acontecer! - ele também está tentando recobrar o fôlego. - Sou seu professor. Não podemos fazer isso.

Que hora péssima para dizer isso. Estou com os joelhos fracos, então sento de novo no sofá.

- Desculpe, Emma, mas não é certo - diz ele, andando de um lado para o outro. - Isso não é bom para nenhum de nós. Não é bom para você.

- Você não sabe o que é bom para mim - retruco.

Estou ficando na defensiva mais uma vez. Ele para de andar e vira em minha direção.

- Não posso deixar que abdique do que deve ser o melhor para você. Eu precisei crescer rápido demais, não vou deixar que aconteça o mesmo com você. Não seria justo, Emma.

A mudança em seu comportamento e a maneira como meu nome sai de sua boca faz o oxigênio da sala diminuir. Fico tonta.

- Não vou abdicar de nada - respondo com voz fraca. Teria gritado se tivesse conseguido juntar energia suficiente.

Ele pega a camisa e a veste enquanto se afasta de mim. Vai para o lado oposto da sala e fica atrás do outro sofá evitando olhar para mim mais uma vez.

- Você não pode se apaixonar por mim - diz, como se fosse uma ordem.

Seus olhos estão sérios, e a mandíbula volta a ficar tensa. Sinto as lágrimas se acumulando nos meus olhos enquanto ele vai em direção à porta.

- O que quase aconteceu hoje... - ele aponta para o sofá. - Não pode acontecer de novo. Não vai acontecer de novo - diz ele, como se não estivesse tentando convencer só a mim.

Minhas mãos apertam minha barriga sinto a náusea aumentar. Receio que, se não me acalmar logo, não vou conseguir ficar em pé tempo o suficiente para sair dali. Inspiro pelo nariz e solto o ar pela boca, depois começo a contar de trás para frente, a partir de dez.

- Você é um babaca - digo.

Então me viro e vou embora, batendo a porta com força ao sair.


Notas Finais




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