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História God Killer - Capítulo Dezesseis - Maldição


Escrita por: esquecidinha e taemeetevil

Notas do Autor


EU VOLTEEEEEEEEEEEI!
Finalmente!
Senti falta de vocês e dos meus deuses.
ok, esse capitulo é pra tentar ajudar quem ficou confuso no capitulo anterior e o próximo não deve demorar.
Espero que gostem, até as notas finais!

Capítulo 17 - Capítulo Dezesseis - Maldição


Fanfic / Fanfiction God Killer - Capítulo Dezesseis - Maldição

Mais uma vez eu era o objeto de estudo de deuses, Hoseok assim como da vez anterior na casa de Yoongi, tentava achar qualquer coisa que estivesse errado comigo. Desta vez eu estava sentado na poltrona, com Hobi parado ao meu lado e Taehyung de pé, no meio da sala. Jongin e Sun ocuparam o sofá, me analisando a distância. Taehyung me olhava como uma mãe impaciente, suspirando alto toda vez que Hoseok parava para dizer algo e no fim não dizia nada. Sua única ação diferente foi quando ligou para Jimin, pedindo que ele viesse pois precisava da ajuda dele.

— Eu voto que ele é semideus — Sun disse para Jongin que anotou algo, eles falavam em voz baixa, tentando não atrapalhar, mas ainda podia ouvi-los — Jimin acha também.

— Está três para um, para semideus — Jongin respondeu. “Espera… eles estavam apostando no que eu poderia ser?” — Eu ainda acho que ele é um deus, só porque nenhum outro encarnou nos últimos 50 anos não quer dizer que poderia acontecer agora.

— Ele pode ser um nórdico — ela sugeriu.

 

— Não, não faz muito sentido se…

— Calem a boca — Taehyung disse simplesmente, e os dois calaram, se encolhendo em seus lugares no sofá — Hobi?

— Esse garoto é a maior frustração da minha carreira — Hoseok suspirou alto — Mas eu tenho uma teoria. Jungkook, o que você sentiu quando Jongin lhe deu a benção, no caminho para cá?

— É… meus dedos formigaram um pouco. E só.

— Isso não deveria acontecer — Taehyung disse.

— Mas a benção funcionou, mesmo em parte, mas era uma benção menor, sem grande efeito — Hoseok continuou — Sua bênção era para que ele não tivesse traumas em relação ao mar, certo? — perguntou a Taehyung e ele assentiu — E como é sua relação com o mar, Jungkook?

— Ah… não muito boa? — encarar Taehyung enquanto dizia isso pareceu meio impossível — Mas quando fui a Jeju eu consegui ficar bem quando estava no barco e… o velho do barco.

— O que?

— Havia um velho no barco, foi ele que disse que eu tinha a benção de Taehyung, mas ele não era um velho, era Moros disfarçado.

— Então você ficou bem no barco, mas só naquela ocasião — Hoseok concluiu.

— Isso.

— É provável que Moros tenha lhe dado uma benção, você provavelmente não entraria no barco e iria para a ilha se ele não o fizesse, mas você estranharia se ficasse calmo no barco do nada, então ele deve ter usado a desculpa da benção de Taehyung.

— Ainda não explicou porque ele não tem a minha benção — Taehyung lembrou.

— Bom, a minha teoria é de que o próprio Jungkook a anulou. Fiz um teste a pouco, dei uma benção a ele, uma de tempo de vida, como a que tentei dar a Sun em sua segunda encarnação e assim como ela, não funcionou. Em Sun não deu certo porque ela é um receptáculo, o tempo de vida dela não pode ser controlado. Jungkook, mesmo que não saibamos o que ele é, tem algo divino. Essa parte divina anula bênçãos mais duradouras, porém as menores como a de Jongin e de Moros funcionaram.

— Faz sentido para mim — Jongin disse quebrando o longo silêncio que tinha se instalado — Mas… O destino existe mesmo?

— Sim — Hoseok e Taehyung disseram ao mesmo tempo ainda olhando para mim como se esperassem que algo bizarro fosse acontecer.

— É, acho que isso explica alguma coisa — Taehyung concluiu e se aproximou, afastando os fios de cabelo da minha testa, prendi a respiração enquanto ele corria os dedos pelo meu rosto — Faz sentido, pelo menos.

Mais um longo silêncio se instalou, eu mexia as mãos inquieto e completamente incapaz de encarar o deus diante de mim.

— Isso é bom. Isso do Destino ter encarnado — Sun disse — Vai ser bom para assembleia — todos olhamos para ela, confusos — O que? Vocês disseram que uma grande assembleia divina, para permitir que Jimin e Yoongi ficassem juntos, precisaria de um deus muito, muito forte. Agora nós temos. O Destino — Taehyung sorriu.

— Ela é um gênio.

— Eu sei… — Hoseok quase suspirou ao falar, olhando para a garota que puxou uma almofada do sofá para cobrir o rosto envergonhado — Porém Moros estar disponível não quer dizer que ele vá ajudar. O universo tem seus próprios representantes.

— E Jimin e Yoongi tem de estar dispostos — Taehyung completou.

— É claro que estão — Sun rebateu — Jimin implora por isso há anos, vocês mesmo já disseram isso.

— Você falou certo. Jimin — Taehyung lembrou.

— As coisas mudaram, os garotos viram — ela acenou para nós, esperando que endossássemos a informação. — Yoongi também quer reabrir a assembleia.

— Noona… — Jongin foi o primeiro a falar — Ele retribuir não quer dizer que quer abrir uma assembleia. Não é como foi a decisão de liderança no eclipse, é um evento cósmico, tem séculos desde que a última aconteceu e se o universo não os aceitar serão obrigados a se separar.

— Não é justo — Sun e eu falamos quase ao mesmo tempo, nem sei porque disse algo, as palavras simplesmente escaparam.

— Sun, você e Jungkook podem sair um momento? Preciso falar com Hobi e… — batidas soaram na porta um pouco antes de Jimin entrar.

— Cheguei cedo? — perguntou, depois olhou para mim e Hoseok que ainda tocava meu ombro — Você está bem?

— Sim, é só… — como eu poderia explicar? — Só mais uma coisa sobre mim que ninguém entende.

— Como o fato de você estar sem se alimentar a três dias e está ótimo — Hoseok disse dando um suspiro exausto — Como é possível?

— O tempo com Hansol passa diferente. Para mim foram só umas horas desde que acordei.

— Hansol? Quem é Hansol? — Jimin quis saber.

— O nome do Destino — Taehyung disse antes de mim e olhei-o imediatamente — O que foi, Jungkook?

— Como sabe que o nome do Destino é Hansol? — questionei.

— Porque ele me disse. 70 anos atrás.

“Mas… Como…?”

— Enfim! — Hoseok interrompeu — Sun, Jungkook, nos deem um minuto, ok? — A garota levantou e fez um gesto exagerado indicando a porta para mim, ri, me levantando sem muita vontade. Queria ouvir o que tinham para dizer, porém ainda assim acompanhei Sun até a saída. Bastou que a porta se fechasse para ela me segurar pelo braço e me arrastou escada acima.

— O que está fazendo?

— Dando um jeito de escutar a conversa, anda logo — segui logo atrás dela que foi direto para o quarto de Jongin. Não deu tempo de olhar muito, mas eu provavelmente ficaria muito feliz com aquele quarto quando era criança. A cama era gigante, haviam flechas e arcos presos nas paredes e no lugar do teto, havia um céu estrelado, assim como no templo que vi em meus sonhos — Achei!

Enquanto estava distraído com o teto, Sun buscava algo num baú no canto do quarto, a garota puxou uma capa de dentro do objeto.

— Meu deus… é uma capa da invisibilidade?

— Não, aqui não é Harry Potter — eu até senti meus ombros murcharem, mas acabei rindo depois — É uma capa de caça. Jongin é o deus da caça, caso não lembre — colocou sobre meus ombros e prendeu, — Isso vai impedir que percebam que estamos por perto. E te ajuda a perceber o ambiente melhor — colocou outra sobre os próprios ombros — Anda logo!

Se houvesse tempo eu analisaria mais a capa, mas estávamos com um pouco de pressa. Quando saímos, mesmo correndo, não foi possível ouvir nossos passos como antes, Sun chegou a porta primeiro, se encolhendo no canto esquerdo, enquanto fiquei no direito e torcendo para que nenhum deles resolvesse sair para conferir como estávamos. Puxei o capuz da capa e os sons pareceram amplificar em meus ouvidos. Podia ouvir mais que suas vozes, também seus passos, seus dedos em contato com os móveis, até o atrito de suas roupas. Quando afastei o capuz, minha audição voltou ao seu estado normal. Sun diante de mim gesticulou sem som algum um “É muito legal, não é?” apontando para a capa, assenti - apesar de que seria mais legal se fosse invisível - aproximando mais o rosto da porta.

 

— E porque você nunca me disse isso, Taehyung? — era a voz de Jimin — Achei que éramos amigos. Melhores amigos! Seu traidor!

— Porque você é tão dramático? — Taehyung respondeu, mas havia uma nota de riso em sua fala, eu quase podia visualizar sua expressão, seu sorriso mínimo — Não precisa exagerar.

— Eu sou dramático? O deus mais temperamental do Olimpo vem me chamar de dramático!

— Não achei que importava. Foi há anos, eu pensava mais nisso na época da loucura e tinha de me ocupar em ficar bem para cuidar da Jeongy, depois que passou eu deixei o assunto para lá, não havia porque mexer nesse assunto — Taehyung novamente — E encontrar o Destino não foi a melhor experiência da minha vida.

— Não me parece tão ruim se ele te deu uma profecia — a voz era de Jongin dessa vez — Achei que profecias tinham acabado desde que Delfos se perdeu.

— Ele não me deu uma profecia, me deu uma maldição — um arrepio estranho percorreu meu corpo quando ele disse a última palavra.

— Pode não ser sobre Jungkook. Você disse que Moros nunca afirmou ser uma profecia e sim um aviso e mesmo que seja uma profecia, existe a liberdade de interpretação. Nada pode ser interpretado ao pé da letra. Pode ser apenas metáforas e alegorias — Hoseok argumentou, podia ouvir o som de seu pé inquieto batendo no chão repetidas vezes.

Ouvi Taehyung liberar um suspiro impaciente, como se já tivesse falado sobre isso com o deus várias vezes antes.

— Não notei nada metafórico, Hobi. Na verdade, Moros pareceu específico até demais — Jimin respondeu — E isso não é bom.

— Desde a primeira vez que vi esse garoto eu sabia que havia algo errado, mas eu esperei. Esperei que algo fosse acontecer e provasse que eu me enganei — mais silêncio. — Pensei mesmo que o universo não seria tão cruel, mas ele sempre é.

— O universo ri da nossa cara todos os dias — o tom de Hoseok era amargo e inevitavelmente pensei nele e Sun, que no momento tinha uma expressão dolorosa ao ouvi-lo falar.

— A profecia fala sobre morte, Tae. Ele é humano, morrer é natural. Talvez não seja um mau presságio no fim das contas — Jimin concluiu.

— Não nessas circunstâncias! Não de uma maneira tão específica! Ele… Ele não merece. Ele perdeu o irmão e se minha benção não funcionou nem um pouco imagino o trauma que carregou a vida toda. O garoto merece mais que isso — engoli em seco, e baixei os olhos quando senti Sun me encarando. Ao que parecia nós dois estávamos destinados a fins trágicos.

— Você nem sabe se é ele mesmo, hyung — era a voz de Jongin agora — A profecia fala da pessoa que você ama, especificamente. Você o ama?

Eu nem mesmo respirava.

— Não — Tentei ignorar a sensação incômoda em meu peito — Mas… eu sinto alguma coisa. Eu… tenho medo de continuar por perto e amá-lo e por isso acabar matando-o.

— Ele é humano, Tae — Jimin disse — Humanos morrem, nós aceitemos ou não. Você não devia se privar dos seus sentimentos por isso. Não é uma solução tão boa assim, mas vocês podem ser como Sun e Hobi, só precisaria ser paciente sobre as próximas vidas. Se perdê-lo agora, pode esperar a próxima encarnação dele.

“Eu não terei próximas vidas…”

Não houve nada antes, não haverá nada depois.

Minha mente estava longe quando notei Sun acenando as mãos para mim, a garota gesticulou para as escadas e entendi que era hora de ir. O som dos passos lá dentro pareceu mais próximo também, então corremos para as escadas, e estava feliz pela “capa de não invisibilidade” abafar o som de nossos passos e ampliar outros barulhos em geral, porque no momento que alcançamos o primeiro andar, ouvi o som baixo da porta da sala ser aberta. Felizmente já estávamos fora do campo de visão deles.

— Acha que viram a gente? — Sun perguntou quando entrei no quarto e fechou a porta.

— Acho que não. Já estávamos aqui em cima quando a porta da sala abriu — tirei a capa, ela puxou de minha mão e escondeu novamente no fundo do baú.

— Vocês têm uma profecia — a garota deu um sorriso animado — Quer dizer que estavam destinados a ficar juntos.

— Que?

“Destinados a ficar juntos?” Claro que não.

— Não estamos juntos — emendei — E ele disse que pode não ser sobre mim, isso não significa muita coisa. Hoseok disse que profecias não devem ser interpretadas diretamente.

Não tinha certeza se falava isso para me convencer ou convencê-la. Se fosse algo sobre mim com certeza Hansol diria algo, ao menos uma sugestão ou uma dica. No mínimo uma piada ácida, como era seu hábito natural. Depois de tudo que vi sobre deuses e sobre Taehyung, porque não mencionaria nada? Mesmo que só para me deixar curioso? E Taehyung disse que não sentia nada, então…

— Jungkook? — pisquei os olhos, voltando a atenção para a garota — Você fica bizarro quando fica com esse olhar perdido.

— Eu sempre tive isso — comentei. “Mas está pior nos últimos tempos”, guardei o comentário final para mim mesmo.

— Então… o que você vai fazer? Não parece uma informação muito boa para sua investigação.

Investigação. Eu deveria continuar? Não havia mais a obrigação e agora que estava livre da promessa divina ao menos sabia que minha alma não seria arrastada para o inferno. Contudo eu ainda achava necessário, mesmo que Hansol acreditasse que o fato poderia não importar tanto, talvez saber porque ele morreu, e especialmente quem o matou, poderia dar uma resposta para toda a confusão.

— Eu não sei se devo continuar ou não — verbalizei minha dúvida — O que acha? — ela sentou-se no chão perto da parede, parou um pouco para pensar.

— Acho que… se começou a investigação, devia ao menos terminar. Pode tentar seu melhor e se não conseguir uma resposta pelo menos vai saber que fez tudo o que pode.

Era um bom conselho.

— Eu deveria remontar meu quadro — ela me olhou confusa — O quadro que eu tinha na delegacia, para atualizar informações sobre o assassinato. Eu parei de trabalhar nele quando começou a ficar maluco demais. Chefe Im costumava conferir meu progresso, mas como colocar que eu mesmo era uma incógnita? Eu não queria que ninguém me visse como uma aberração.

— Você não é uma aberração. Eu sou uma caixa para matar espíritos, ok? Não é nada glorioso. Não sou uma aberração e você também não é. Você tem uma espada legal e…. Cadê a espada? — Prendi a respiração por um segundo, onde eu a tinha colocado?

— No carro… — lembrei. Girei o pulso e chamei por ela, mas não apareceu — Ué… God Killer? Qual é, garota. Eu sinto muito por ter esquecido de você — girei o pulso mais uma vez — Sinto mesmo, por favor — meus dedos se fecharam em volta do punho da espada — Desculpa, ok? Eu não fiz de propósito.

A espada brilhou um pouco e esquentou demais sobre meus dedos, soltei-a em cima da cama, sentindo as pontas dos dedos arderem.

— Era só o que faltava… — Sun riu alto.

— Você feriu os sentimentos dela.

— Eu sinto muito! — Falar com a espada com alguém olhando para mim era ainda mais constrangedor, batidas na porta me fizeram cessar meu pedido de desculpas ao ser inanimado. “Pedir desculpas a uma espada… era o fundo do poço, realmente”.

— Sun? — Jimin colocou parte do corpo para dentro, me dando um sorriso breve — Vamos, Tae disse que Jungkook precisa descansar. Nós voltamos para vê-lo de manhã.

— Eu não estou cansado — rebati.

— São ordens médicas — ouvi a voz de Hoseok antes que ele aparecesse também — Ou do deus da medicina, eu mesmo. Então vá dormir. E coma alguma coisa também, você come pouco para um humano normal.

— Eu não sou normal — rebati novamente.

— Ele tem um argumento — Sun concordou comigo e seguiu em direção a porta — Até amanhã.

— Até — acenei para os três antes de saírem e me deixarem sozinho. Sentei na cama, dando um longo suspiro exausto e lancei um olhar para God Killer — Já me perdoou? — A lâmina emitiu um brilho dourado — Isso foi um sim? — Brilhou de novo, arrisquei segurar o punho, não queimou meus dedos — Prometo não esquecer você de novo — apoiei-a em um travesseiro, tirei os sapatos - já perdendo quase completamente o hábito de tirá-los antes de entrar em alguma casa já que deuses não ligavam para isso, ou para reverências também - e me deitei de qualquer jeito na cama, pensando mesmo que não estava cansado, mas estava sim.

Graças ao Destino parecia que eu passava mais tempo dormindo que qualquer outra coisa.

Eu só esperava não sonhar com nada.

 

+++

 

Pisquei os olhos com força e assim como foi na casa de Moros demorei um momento para me lembrar de onde estava. “Ok. Casa de Taehyung. Quarto de Jongin. Não sei onde está meu celular.” Olhei para o lado “God Killer. Nenhum espírito.” O saldo estava sendo positivo para uma primeira manhã se eu ignorasse o fato de que teria de encarar Taehyung.

Ele nem havia dito nada, num momento tinha me beijado e no outro eu era sua maldição.

“Mas a profecia pode não ser sobre mim” ele mesmo disse. Não estávamos apaixonados nem nada do tipo, talvez eu fosse só a primeira pessoa em que teve algum interesse e agora ele estava atribuindo a profecia a mim. Eu quase poderia me convencer se não houvessem os malditos sonhos.

Estava pronto para ignorar a realidade e tentar voltar a dormir quando um barulho muito alto - como uma explosão - soou no andar de baixo. Tão forte que fez os objetos tremerem, puxei a espada e me levantei de uma vez, esperando pelo pior.

— Se for um espírito eu atravesso ele com a espada e ele desaparece — disse para mim mesmo, abri a porta do quarto olhando para o corredor em busca de um Taehyung de cabelos vermelhos ou um Yoongi loiro, o fato de não serem cópias exatamente iguais me salvava do grande dilema de filmes no caso ter duas pessoas exatamente iguais e não saber qual delas era o vilão disfarçado.

— Taehyung? — chamei e recebi como resposta o som de objetos metálicos caindo. Provavelmente panelas. Estava na cozinha — Taehyung? — chamei um pouco mais alto. Nada — Você tinha que sair logo agora? — resmunguei para mim mesmo, descendo as escadas devagar com a espada bem segura com as duas mãos, tomei o rumo para a cozinha já esperando por uma cena muito parecida com a que me aconteceu na casa de Hansol. Empurrei a porta para a cozinha, aguardando pelas palavras cínicas antes que eu fosse um homem morto, mas encontrei uma criatura pequena e irritada com um extintor de incêndio apagando as chamas que tomavam conta do fogão.

— Jeongy? — A garota olhou para trás.

— Tio Kook! — exclamou antes de voltar sua atenção ao fogão ainda em chamas — Tio Tae disse que eu devia te alimentar, então eu comprei lamen, humanos gostam, certo? — olhou para trás esperando que eu concordasse. Assenti — Mas eu tentei esquentar água e o fogão explodiu. Eu costumo explodir as coisas sem querer. Mas nem foi tanto assim e o micro-ondas ainda está inteiro — terminou de apagar as chamas, felizmente não fora uma explosão grande ou um escapamento de gás — Relaxa, não vai acontecer nada com você. Pode parar de me ameaçar com esse troço — apontou para God Killer que eu ainda segurava em posição defensiva sem nem mesmo notar.

— Desculpe — coloquei a espada no canto, junto a porta e me aproximei das sacolas de supermercado — Onde Taehyung está? — ela havia comprado no mínimo 20 copos de lamen, tirei dois da sacola.

— Fugindo de você — a sinceridade dela era até reconfortante — Ele ficou falando de que era melhor manter distância para te manter à salvo — ela pegou um dos copos de lamen e começou a ler as informações na lateral — Você está morrendo? — neguei — Alguém te ameaçou? Você é a próxima oferenda do Kraken? — neguei mais uma vez — Então porque ele quer manter distância?

— Não sei — Tinha de admitir a mim mesmo que estava me sentindo mal por saber que Taehyung iria mesmo se afastar. Mesmo naquele momento depois de Jeju, quando achei que ele fosse realmente tomar distância, no fim tudo ficou mais ou menos igual porque ele não se afastou. E mesmo não tendo certeza de droga nenhuma na minha vida, eu também não queria me afastar. Mas agora havia uma profecia desconhecida, e aparentemente, Hansol e Taehyung se conheceram muito antes.

E o nome… Qual era a possibilidade de eu ter escolhido um nome que já era o do próprio deus?

— Você é esquisito pra caralho — a voz de Jeongy me tirou dos meus pensamentos — Então… como que esquenta água no micro-ondas? — ela tentou alcançar o eletrodoméstico, mas a segurei pelos ombros, puxando de volta.

— Eu cuido dessa parte, é melhor você ficar bem longe de outras coisas que possam explodir.

 

(...)

 

Jeongy me obrigou a comer cinco copos de lamen com a desculpa de que eu era um cara grande demais para comer tão pouco, ao menos ela foi uma companhia agradável - apesar de continuar me chamando de tio Kook não importasse o quanto a repreendesse - até ter de ir embora e fiquei sozinho. Liguei para meus pais, com o celular novo que a garota disse que Taehyung comprou para mim, o meu antigo eu não fazia ideia de onde estava, porém, meus pais não atenderam nenhuma das vezes. Depois da décima tentativa malsucedida, retornei ao quarto de Jongin e me deitei no chão muito frio, olhando para as estrelas no teto. Parecia o céu do lado de fora da casa do destino. E parecia o céu que vi no templo, naqueles sonhos estranhos.

— Garoto? — me apoiei nos braços vendo Taehyung parado na porta, ele entrou primeiro, seguido por Jimin, Jongin e Hoseok junto com Sun, que arrastavam um quadro, muito parecido com o meu da delegacia, só que maior — Sun disse que você queria refazer seu quadro de investigação.

— É… — comentei, acenando para todos, mas inevitavelmente olhando para Taehyung. Não conseguia tirar os olhos dele — Por que todos vieram?

— Porque aqui tem uma câmera Polaroid e Taehyung não deixa ninguém usar as fotos dele — Hoseok explicou, mas não entendi muito bem.

— Nós vamos tirar fotos novas para o seu mural — Sun disse e colocaram o quadro apoiado na parede, no canto da peça já haviam uma grande quantidade de alfinetes presos para que pudesse prender as informações — Eu tenho fotos de todos os outros deuses que precisar.

— É… tudo bem — não havia porque discordar.

— Vocês só ficam para tirar as fotos — Taehyung disse — Se Jungkook resolveu continuar a investigação melhor que nenhum de nós interfira — todos concordaram, ele fora até o baú - e mesmo sem motivo meu coração falhou uma batida quando ele empurrou as capas que usamos no dia anterior para o lado - e retirou a Polaroid — Por que mesmo que te dei uma câmera se você não usa? — perguntou a Jongin que apenas riu. Jongin era muito bom em só dar risada — Ok, podemos começar? — perguntou por fim, nenhum de nós contestou, Sun pegou a câmera das mãos dele e Jongin parou junto a parede branca.

— Qual o seu crime, Kai? — Estranhei o nome que Jimin disse, mas Jongin sorriu. Talvez fosse um apelido.

— Dançar melhor que o meu irmão.

— Só mesmo nos seus sonhos, irmãozinho — Hobi rebateu.

— O crime de vocês é mentirem muito mal, porque eu danço melhor que os dois — Jimin moveu os ombros, meio convencido.

— Sem chances, cupido — Jongin argumentou, mas não é como se fosse uma discussão real. Era até mesmo estranho o clima estar bom levando em conta que eu usaria suas fotos para acusá-los de um crime real, um assassinato, para ser bem específico, porém isso me lembrou de Hansol e de tudo que me disse. E se não importar mesmo saber quem foi o assassino? Se de alguma forma, a ausência de Zeus era algo bom?

— Jimin, sua vez — Hobi pediu depois que Sun já havia tirado as fotos, o rapaz assumiu o lugar de Jongin — Seu crime?

— Ser dramático — Taehyung respondeu, Jimin fez uma careta para ele — Exagerado. O crime dele é me trocar pelo Baekhyun quando vai para o Arcádia.

— E depois eu que sou dramático — resmungou antes de rir — Meu crime é amar demais.

— Piegas! — Inevitavelmente olhei para Taehyung, gostava de vê-lo baixar um pouco a guarda. Gostava também do som da sua risada e de como seu sorriso se ampliava a cada novo comentário — Sua vez, Hobi.

— Meu crime… — segurou a mão de Sun entre as suas — Foi roubar seu coração.

— Por Gaia… — Jimin e Jongin pegaram os travesseiros na cama e jogaram nele — Eu sou o deus do amor, tenha algum respeito por mim e diga um flerte melhor.

— Ainda bem que Sun-noona não casou com você pela qualidade em cantadas, essa foi horrível — Jongin zombou.

— Seus invejosos…

— E ele deveria ser o deus da poesia — Taehyung comentou fazendo Jongin rir mais. — Foi muito poético. Tocou meu coração.

— Deixem ele em paz, eu gostei — Sun disse, mas ela estava rindo também — Ok, Hobi fica parado — ele olhou para a garota e ela tirou a foto, puxando o polaroid — Você é o último Taehyung — O deus moveu-se em direção a Hobi, assumindo seu lugar.

— O crime dele é ter olho de peixe morto — Hoseok disse e antes que se afastasse, o deus do mar já tinha alcançado uma almofada e mirado certeiro em sua cabeça — Ai! Rude!

Sun tirou a última foto.

— E Seokjin? — Jimin perguntou.

— Eu liguei, mas ele não quis vir — Jongin explicou — Não consigo ver o isolamento dele como um bom sinal.

— Não é. Gaia tenha piedade de nós se ele ficar louco também — Taehyung disse — Me preocupo que a loucura tardia torne o quadro irreversível. Todos nós passamos por ela, mas foi logo que encarnamos. Namjoon e Seokjin não passaram por isso e olhe o que houve com Namjoon? Não quero que o Jin desperte ódio o suficiente para fazer alguém desejar matá-lo.

— Zeus sempre foi um filho da puta, ninguém precisava dele — Jongin despejou o comentário, um tanto duro demais para os seus próprios padrões, porém depois de tudo que vi era óbvio que o garoto não era o maior fã de Zeus — Jin vai ficar bem, confio nele.

— Pronto — Sun finalizou, voltando ao assunto principal, as fotos — Eu trouxe de todos os outros deuses caso você precise, Suho tinha fotografias de todo mundo, mas não havia nenhuma de Yoongi, eu pensei em imprimir alguma de material promocional dos shows dele ou… — Jimin suspirou alto, retirou algo do bolso, que depois notei ser sua carteira, e puxou algo de dentro, entregando a mim. Uma foto de Yoongi, um pouco menor que as polaroides. Yoongi parecia tudo menos o deus da morte, suas roupas eram mais claras e suas bochechas coradas, seu sorriso na foto parecia envergonhado e julguei que o próprio Jimin tirou aquela foto.

— Eu poderia usar essa foto contra Yoongi-hyung pelos próximos 500 anos — Hoseok disse e trocou um olhar cúmplice com Jongin, quase podia ouvir seus cérebros maquinando o plano de roubar a foto.

— Nem ousem — Jimin deu um tapa em cada um — Eu vou pegar de volta depois e se algo acontecer com essa foto… — deixou a nota de ameaça no ar, concordei com um aceno, quase considerando devolver logo e não correr o risco, mas não tinha nenhuma outra para pôr no lugar.

— Tudo bem — Sun continuou — Aqui tem todas as fotos. E canetinhas. E post-its. E a câmera caso precise de mais fotos. Boa sorte.

— Obrigado — disse, sinceramente.

Um a um eles foram me desejando sorte e saindo do quarto, dizendo que ficariam na sala ou mesmo na biblioteca. Até restar apenas Taehyung.

— Eu vou estar no meu quarto… Se precisar de mim basta…

— Você pode ficar aqui? — pedi, não sei bem porquê, mas não queria realmente ficar sozinho — Não vai me atrapalhar, eu só preciso de alguma companhia — Ele passou pouco mais de um minuto, parado na porta, apenas olhando para mim. Pareceu mais tempo na minha mente. E me senti um idiota em cada segundo, mas voltar atrás no pedido me faria sentir ainda pior.

— Tudo bem. Eu não vou atrapalhar — prometeu, sentou-se na borda da cama, e me senti feliz até demais em tê-lo por perto.

— Tudo bem — disse, só que para mim mesmo, arrastei tudo que a garota havia deixado para mais perto do quadro enquanto tentava pensar e organizar meus pensamentos. Tentei traçar alguns curtos rascunhos em post-its - me recordando de horários e informações técnicas, algumas dessas eu lera tantas vezes nos relatórios que tinha simplesmente decorado - para me orientar melhor. Trouxe God Killer para mais perto de mim, tirando uma foto dela também, afinal, era a arma do crime. Precisava voltar desde o início, de onde tudo começou, até o ponto que estávamos agora.

Eu tinha de começar a amarrar todas as pontas daquele emaranhado de fios.

— Em 19 de abril, Zeus foi assassinado.

Pontuei, pregando a primeira foto, a de Namjoon.

— Sua parte humana, conhecido como Kim Namjoon, foi encontrado no rio Han, às 5:23 da manhã do mesmo dia. A arma do crime é a “Assassina dos Deuses”, God Killer — preguei a imagem da espada um pouco mais abaixo — A espada é uma das duas únicas armas capazes de matar um deus. Além dela existe apenas “Vingança de Zeus”, em posse de Jackson Wang — anotei a informação num post-it, colando ao lado da foto de God Killer. Olhei para trás, vendo Taehyung apenas olhando para mim, mas não parecia realmente me enxergar, seu olhar estava distante — O assassino só pode estar entre os doze deuses principais, os que encarnaram primeiro. Porém Hermes, encarnado como Jackson e Deméter… — olhei meu rascunho, quase feliz demais por ter me lembrado o nome da deusa — Hirai Momo, são estrangeiros e por isso cumprem o tratado territorial — “Que os impedia de ferir deuses que não fossem de seu próprio país”, completei em meus pensamentos — Dos dez restantes, se destacam como suspeitos…

Puxei as fotos de todos, prendendo uma por uma. “Kim Seokjin. Kim Jongin. Jung Hoseok, Park Jimin, Min Yoongi…” encarei a última foto. “Kim Taehyung”. Olhei para trás antes de prender sua foto, mas Taehyung ainda não prestava atenção.

— Segundo o relato oficial, Namjoon saiu de casa para ver a mãe antes das oito da noite. Sabe em que momento exatamente ele foi apunhalado? — perguntei a Taehyung que finalmente me deu alguma atenção.

— 4:35 da manhã.

“4:35? Quantas vezes mais eu tinha visto sobre esse horário?”

— O que tem de errado com esse horário? Porque acontecem tantas coisas nesse exato momento?

— É um ponto de convergência espiritual. Não me admira que Namjoon tenha sido morto justamente nesse intervalo de tempo, ele dizia que esse momento nos tornava mais vulneráveis, no quesito humano, obviamente. A maioria das transformações divinas vieram nesse momento também. Nos torna mais sensíveis a dor ou qualquer coisa relacionada. E que às vezes, causava páginas em branco no livro do tempo. Nunca soube bem o que isso queria dizer.

Eu sabia.

— Continue, Jungkook. Não se distraia — assenti, tentando retomar de onde parei.

— Não se tem informação de onde o deus estava desde que saiu alegando ir para a casa da mãe até o momento de sua morte. Também é possível, que as memórias entre os dias 18 e 19 tenham sido apagadas ou adulteradas — a última informação murmurei para mim mesmo, porém Taehyung foi capaz de ouvir.

— Como assim adulteradas? Quem lhe disse isso?

— Moros — ele calou um momento.

— Então… seria possível que o assassino não se lembre que matou Namjoon?

— Acredito que sim — era possível ver que a informação abalou Taehyung, talvez pela possibilidade que isso apresentava. E se alguém próximo a ele fosse o assassino e sequer se lembrasse disso? E se ele próprio fosse? — Mas… Moros disse que alguém se lembra. E provavelmente mais de uma pessoa lembra, isso já é um bom sinal.

— Sim, é sim… — concordou, para em seguida mover-se da cama para o chão, sentando-se no chão comigo — Mas como apagariam memórias de deuses?

— Ele mencionou o rio Lete — lembrei e em seguida anotei a informação num post-it, colando no quadro.

— O Arcádia…. Muitos deuses passam pelo Arcádia, ele não é totalmente nessa realidade, entende? É como se estivesse em duas dimensões diferentes, consegue compreender? — assenti, porque realmente compreendia. Afinal, a casa de Hansol também era assim — Não é um local seguro.

— Baekhyun é o deus da loucura, certo? — perguntei, desviando um pouco do assunto, ele assentiu — Ninguém pensou em procurá-lo?

— Namjoon chegou a frequentar o Arcádia seguidamente por meses, provavelmente para buscar ajuda de Baek, foi quando ele realmente melhorou um pouco, porém alguma coisa aconteceu e ele parou de ir. E ficou muito pior logo em seguida.

— O que aconteceu? Quando?

— Eu não tenho muita certeza. Baek poderia dar datas mais precisas, ele deve ter registros no hotel, talvez algum material gravado do sistema de segurança, eu não sei bem — assenti algumas vezes, respirando fundo. Era muito o que organizar — Você não precisa se preocupar tanto — Taehyung disse, como se houvesse lido meus pensamentos — Pare um pouco, Jimin disse que tenho que me lembrar de te alimentar agora que vai viver comigo — ri um pouco — Eu só me preocupava com isso quando Jeongy ainda não podia falar, mesmo para um deus, choro de criança não faz muito sentido.

— Você parece muito novo, é estranho te imaginar cuidando de um bebê.

— Infelizmente ou felizmente eu terei esse mesmo rosto para sempre. Mas eu posso parecer mais velho. Se te deixar mais confortável — Sua fala me fez lembrar de outra, “Posso parecer mais velho se quiser. Se te deixar feliz” ele tinha dito em um de meus sonhos.

— Não, eu… gosto do seu rosto como está. Não me importo — eu já estava encarando por tempo demais, podia ouvir minha respiração alta demais e tive de controlar o desejo de chegar o rosto mais perto. Eu sempre fui tão estúpido a respeito de beijos assim? — É… como eu posso ir — desviei os olhos para o quadro — Como posso fazer uma visita ao Arcádia? Queria dar uma boa olhada nele — estranhei quando Taehyung riu — O que?

— Você já viu o tamanho do Arcádia? — neguei — Se fosse dentro de Seul ocuparia Gangnam e Seocho inteiros, é o maior hotel do mundo, o Guinness pode provar se quiser.

— Isso é sério? Como investigar um lugar desse tamanho?

— Com muita paciência e por vários dias? — Ele com certeza tinha noção que era uma sugestão horrível — Eu realmente não sei, garoto. O Arcádia não vai diminuir, o Lete está lá. Baek está lá. E provavelmente as respostas que faltam. Talvez valha o esforço — disso eu não poderia discordar.

— Você pode pedir a Baek para que eu faça uma visita? Uma bem longa?

— Bom, podemos aproveitar o feriado do próprio Baekhyun e a possível assembléia de Jimin e Yoongi. Isso vai deixar o hotel fechado por no mínimo três dias, você terá tempo de ver o máximo possível sem hóspedes atrapalhando.

— Seria ótimo.

— Mas isso é daqui um mês — “Um mês?” olhando minha expressão era óbvio que não estava feliz com a data. Era muito tempo, e se perdesse informações importantes durante esse período? — Não parece bom vendo dessa forma, e parece muito tempo, mas ao menos você vai poder treinar. Vai conseguir se defender se um espírito te atacar — assenti — E se tempo te preocupa, pense que você sumiu por bem mais que um mês. Um a mais não fará tanta diferença assim.

Todos meus argumentos morreram. Ele estava certo.

— Tudo bem — não conseguia tirar os olhos dele, meu rosto moveu para mais perto, com seus lábios a poucos centímetros.

— Jungkook, nós não podemos. É… é o melhor para você — ele disse e afastou-se primeiro, se colocando de pé em seguida. A rejeição me fez sentir como um idiota, mas não tive tempo de me martirizar o suficiente já que batidas na porta me levaram a uma realidade pior.

— Jungkook? — Jongin chamou antes de abrir a porta, olhei para ele — Seus pais estão aqui.


Notas Finais


Eu sei, o capitulo não foi enorme, mas como eu disse, eu queria retomar alguns pontos e esclarecer algumas coisas pq tinha muita gente confusa. E ME DIGAM ALGUMA COISA! Ces tão entendendo mais as coisas? Se tiverem duvidas vocês podem falar comigo ta? sendo sincera até pensei em desistir da historia então por favor, se tem algo errado, me falem
se tudo der certo eu posso começar a atualizar mais rápido então digam algo, por favor
até o próximo que deve ser na próxima quinta ou antes
meu tt: https://twitter.com/taemeetevil
e minha oneshot kookv: https://spiritfanfics.com/historia/blood-bank-10881317


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