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História God Killer - Capítulo Dois - Hera


Escrita por: esquecidinha e taemeetevil

Notas do Autor


> Quase que não sai hoje, mas voltei como prometi.
> OBRIGADA A TODOS OS NOVOS LEITORES, EU VOU RESPONDER TODOS ASSIM QUE O SPIRIT PARAR DE ME SABOTAR, eu não sei como ta pra vocês, mas aqui aparece direto q o servidor caiu
>> AH, TENHO AVISO NAS NOTAS FINAIS!

Capítulo 3 - Capítulo Dois - Hera


Fanfic / Fanfiction God Killer - Capítulo Dois - Hera

Eu não teria ajuda nenhuma da polícia.

Sabia disso desde o momento que me deram uma sala - na qual eu trabalharia sozinho -, um assistente - que não era um policial de verdade e sumia a intervalos esporádicos - e a primeira coletiva de imprensa marcada teria somente… eu. Nem mesmo o delegado quis fazer parte. Ninguém queria se arriscar e minha reclamação sobre isso no departamento foi brutalmente ignorada. Meu primeiro dia oficial no caso foi um fracasso a não ser pelos avanços no meu conhecimento a respeito dos deuses.

— Só um deus pode matar outro — escrevi no quadro de minha sala vazia. — Deuses menores não podem matar deuses maiores. — Isso já reduziria bastante minha lista. — Nenhum estrangeiro poderia matá-lo. — Isso me fez excluir todos os chineses, japoneses, tailandeses e qualquer outro que não fosse coreano.

“Poseidon, Hades, Hera, Hefesto, Apolo, Ares, Ártemis e Atena” são os primeiros deuses, os que nasceram logo nos primeiros anos, o tempo aqui de alguma forma os fez mais poderosos, então eram a primeira linha de suspeitos.

— Taehyung. Yoongi. Seokjin. — Comecei a anotar cada nome correspondente. — Shownu, Hoseok, Jeongyeon, Jongin, Ji-Soo. Hermes é chinês. Deméter é… japonesa? — Eu precisava pesquisar mais. Haviam no mínimo vinte deuses para interrogar e eu não tinha ideia de como e por quem começar. Olhei para a confusão que começava a se formar nas minhas anotações. — Por onde eu começo…

— Talvez por Seokjin — gritei quando a voz soou de lugar nenhum. Olhei para trás e Taehyung estava sentado do lado da porta. Eu nem tinha uma cadeira. Mas ele era um deus, então isso não importava. — Ele está calmo o suficiente para que você possa fazer perguntas.

— O que está fazendo aqui?

— Quero vingar meu irmão e se depender somente dos seus esforços isso nunca vai acontecer.

— Você é um deus, nem deveria precisar de mim.

— Verdade — ele afastou os cabelos loiros do rosto. — Mas você fez uma promessa divina. Então é sua obrigação achar o culpado.

— Eu não sabia.

— Devia ter prestado atenção nas aulas de história — sentia que ele ia me jogar isso na cara por muito tempo. — Fale com Yoongi também. E Jimin. Baek e Chan sabem tudo de todo mundo, é uma boa ideia procurá-los.

— Quem? — Eu não fazia ideia de quem eram esses dois, apesar de Baek não me ser um nome tão estranho.

— Dionísio. Baco. Baek. — Deus do vinho e dos excessos, lembrei. Pelo menos era isso que tinha no Google. — Chan é Pothos, um deus menor, do desejo e da sexualidade. — O deus dos excessos com o deus do sexo. Nada surpreendente.

— Mais alguém para indicar?

— Jongin e Hoseok podem ajudar com a parte técnica, eles examinaram a arma e o corpo.

— De onde a arma veio?

— Do submundo.

— Então Yoongi tinha acesso a ela? — negou.

— A espada era um antigo espírito obsessor, ela escolhe o espadachim, não o contrário. Deuses podem tocá-la, mas não a manusear. Jongin precisou de mais três deuses além de Hoseok para tirar a espada do peito de Namjoon — assenti, absorvendo as informações.

— E você?

— O que?

— Não tem nada a dizer? Por exemplo onde estava no momento do assassinato? — ele riu, aprumando a postura.

— Em casa. Com Seokjin e Holly.

— O cachorro do inferno?

— Não fale assim dele, isso fere os sentimentos. — Algo nele, talvez sua atitude cínica, me fazia duvidar de cada palavra. A melhor maneira de tirar suas palavras a limpo seria perguntando para Seokjin. Talvez até pra Holly, depois de tudo a possibilidade de ser um cachorro falante não era das menores. — Seu escritório sempre foi tão vazio?

A não ser pelo quadro, um banquinho de apoio para os papéis, a cadeira de Taehyung e ele mesmo, não havia mais nada no meu escritório que anteriormente era o depósito de provas antes das paredes terem infiltração e tudo guardado começar a mofar. Em quanto tempo eu morreria ali dentro era uma pergunta para ser feita no futuro.

— É novo.

— Dá para notar — olhou para a parede meio esverdeada de infiltração. — Eu posso consertar isso, água é meu lance.

— Não, tudo bem. — O mofo seria minha companhia. Peguei meu gravador e verifiquei o coldre com a arma mesmo que não valesse de muita coisa. Se um deus me atacasse o que eu poderia fazer? Talvez torcer para ter uma morte rápida.

— Jungkook?

— Sim.

— Você não é um investigador de verdade, é?

— Sou um policial e tudo o que tem para achar o assassino do seu irmão. — Taehyung não pareceu gostar da resposta, entretanto nada que eu dissesse iria fazê-lo gostar mais de mim. Comecei a considerar se ele me mataria logo depois que tudo aquilo acabasse. “Talvez eu vire comida para o Kraken em lugar de ser petisco do cachorro do inferno. ”

— Então… você vai ser meu parceiro?

— Eu prefiro pensar o oposto. Um deus não pode ser parceiro de um mortal. — “Será que ele era assim desde a época que era um homem grego branco fedendo a peixe? ”

— Eu ouvi isso. — Meu coração falhou uma batida.

— Todos vocês leem mentes? — ele riu um pouco.

— Não, eu estava brincando. Mas seu olhar de ódio foi óbvio demais. Vamos, eu te dou uma carona até minha casa. Aposto que não te deram uma viatura — ele levantou e pude reparar enfim em sua cadeira. Que era feita de água. E que voltou para dentro da parede.

“Ele usou a água infiltrada como uma cadeira…”

Eu não devia estar tão surpreso com isso, mas… puta merda isso era bizarro! Como as pessoas se acostumaram tão rápido? Nem mesmo em oitenta anos eu conseguiria aceitar pessoas chorando ouro ou manipulando água de dentro das paredes.

— Ei! Você não vem? — ouvi Taehyung chamar.

— Claro. Estou indo.

 

+++

 

Kim Taehyung era um diabo narcisista.

Assim como o templo de Zeus, a casa de Taehyung parecia uma grande galeria de arte. Mas a arte exibida era ele mesmo. E era ridículo. Havia uma estátua dele com o tridente na mão de pelo menos dois metros de altura, olhando para baixo como um deus vingador. Havia uma pintura dele com ondas se chocando nas pedras. Uma foto gigantesca do período da segunda guerra mundial quando ele e Namjoon salvaram duas cidades japonesas de bombas nucleares. Um herói de guerra, rodeado por pessoas o idolatrando.

— Holly? — chamou pelo cachorro do inferno quando eu já tinha me sentido ameaçado o suficiente por sua estátua gigante. — Ele tem que saber que você não é comida.

— Ah… — Foi o melhor que pude dizer.

— Holly! — Haviam duas escadas em cada canto do cômodo e um corredor bem no meio no andar de baixo, foi por onde ele seguiu. — Não venha para cá, é meu corredor de nus artísticos — ele disse como se a informação não tivesse nenhuma importância, afinal quem não tem uma exposição de si mesmo nu, não é mesmo?

“Diabo narcisista”

Ele voltou um minuto depois.

— Min Yoongi deve tê-lo levado para casa. Melhor, não preciso me preocupar com qualquer coisa tentando devorar você — seguiu para a escada a direita. — Jin deve estar na biblioteca, será até bom conversar lá, não há muito com o que se distrair. Além de livros — complementou. — De qualquer forma, não mexa em nada.

 

(...)

 

— Obrigado por se dispor a falar comigo, senhor Kim — disse a Seokjin educadamente, seu rosto não brilhava tanto quanto antes, mas ainda era reluzente. Bonito demais para ser humano. O mesmo valeria para Taehyung, mas eu não lhe daria tantos créditos comigo.

— Farei o possível para ajudar — liguei o gravador.

— Muito bem. Pode me dizer onde estava entre as 4:45 da manhã e às 5:27 do dia 19 de abril?

— Bom, provavelmente sabe que eu e Namjoon não vivíamos aqui — gesticulou com as mãos, indicando a casa. — Nossa casa é em Hongdae, mas nós decidimos passar uns dias aqui, porque… — olhou para Taehyung. Fiz o mesmo. — Tae disse que estava tendo sensações estranhas. Enfim. Namjoon disse que veria a mãe, mas segundo ela Nam foi embora antes da meia noite. Acabei dormindo e Tae me acordou para avisar que algo tinha acontecido. Era quatro da manhã? — Taehyung confirmou com um aceno.

— Como sabia que algo tinha acontecido? — perguntei a Taehyung.

— Yoongi sentiu o momento que ele foi apunhalado. Eu senti quando o corpo caiu na água. O intervalo foi de menos de cinco minutos de uma ação para outra. Fiz a água segurar o corpo, impedindo que a correnteza o levasse. Yoongi ligou para a patrulha do rio. Acordei Jin e fomos para a margem. O resto você já sabe.

— Namjoon tinha inimigos?

— Somos deuses, o que mais temos é pessoas que não gostam de nós. Especialmente entre humanos. — “Mas não foi um humano que fez isso. ”

— Entre os deuses, existe alguém específico?

— Até onde sei não tivemos brigas nessa encarnação. Somos como uma família agora, eu não entendo… — Jin se perdeu nos próprios pensamentos.

— É… eu sei que é um assunto delicado, mas na mitologia, bom…  Havia histórias sobre as traições de Zeus. Talvez uma amante… — Taehyung me lançou um olhar de alerta, meu olhar foi dele para Seokjin.

— Ele não tinha amantes — o sussurro de ódio me fez encolher na poltrona. — Como você ousa…

— Jin, relaxa — Taehyung tentou tranquilizá-lo, se ajoelhando ao lado dele e segurou seus ombros.

— Namjoon prometeu! Desde que voltamos, desde que decidimos ficar juntos mesmo nessa vida, ele prometeu que seria fiel e ele foi, por 85 anos ele foi fiel a mim, eu tenho certeza disso!

— Eu compreendo, mas toda possibilidade tem de ser considerada.

— Ele. Não. Tinha. Amantes — pontuou cada palavra com ódio, mas seus olhos se encheram de lagrimas, escorrendo em gotas de ouro novamente. — Ele prometeu, Taehyung. Você sabe — o outro concordou várias vezes. — Não vou aceitar que esse mortal venha aqui para insinuar esse tipo de coisa.

Ele estava brilhando. Literalmente reluzindo, como uma pedra de ouro. Gritei por instinto quando Taehyung pulou sobre mim, cobrindo meus olhos, pelas frestas entre seus dedos podia ver uma luz muito forte, como se o sol estivesse dentro do cômodo.

— Jin, calma! Respira! Que porra, ele é só um humano! Fecha os olhos — falou a última frase somente para mim, obedeci. A luz, mesmo que pelas frestas, já estava forte demais. — Jin!

Lentamente, Taehyung tirou a mão de sobre meus olhos, os abri, vendo Jin encolhido na poltrona, chorando baixinho.

— Eu sinto muito, sinto muito.

— Sai daqui, espera na sala — pediu a mim, recolhi meu gravador sem tirar os olhos de Seokjin que escondia o rosto entre os joelhos, seus ombros largos tremiam. Taehyung se arrastou para mais perto dele. — Vai logo — pediu, levantei ainda sem saber como reagir, porém, consegui fazer minhas pernas obedecerem e caminhei em direção a saída.

 

+++

 

— Não foi uma boa ideia — ele seguiu pelo amplo corredor do primeiro andar e o segui de perto tentando acompanhar seus passos rápidos. — Mas sua sugestão não pode ser ignorada, nunca acreditei muito na promessa de Namjoon. Ele sempre teve um apego com a ideia de se casar, mas mesmo enquanto deus e nas encarnações anteriores ele nunca foi exemplo nenhum de fidelidade. O Jin sempre saia de vilão da história, mas puta merda, você tem ideia de quantos bastardos ele teve? Ele era meu irmão, mas não tem porque fingir que era um santo — acabei deixando uma risada escapar. — O que foi?

— É que… vocês são deuses. Santidade não é algo divino?

— Talvez com os deuses do deserto isso funcione, não conosco. Por aqui — abriu uma porta dupla e me empurrou para dentro.

— Para onde estamos indo?

— Meu escritório. — Havia um corredor comprido e outra porta mais adiante, ele seguiu na frente mais uma vez. — Precisamos de alguém que saiba dessas amantes. E se ele as tinha, em segredo, deveria ter alguém que mandava as mensagens de encontros, ele não arriscaria de mandar com o próprio celular e provavelmente precisava de um álibi.

— Hermes não era o deus mensageiro? — ele acenou para mim como se eu estivesse pegando seu raciocínio.

— Jackson e Namjoon eram muito amigos. Ele com certeza sabe de alguma coisa — abriu a porta seguinte e a luz do lado de fora me cegou por um instante, apertei os olhos até enxergar a margem do rio Han. “Ah, não”. Taehyung seguiu em direção a borda.

— Está fazendo o que? — parei.

— Indo para o meu escritório.

— No rio? — Ele lançou um olhar para trás e me olhou como se eu fosse um idiota.

— Eu sou um deus da água… Você esperava o que? — É, fazia sentido. “Como eu falo para o deus da água que eu tenho medo de água? ”.

É… não vai acontecer.

— Então. Eu tenho de voltar ao escritório. Ao meu escritório. Já está um pouco tarde também — recuei de volta para a porta, ele continuou me olhando com todo o desprezo que um deus poderia conceder a um reles mortal. — Podemos ver esse Jackson e ir ao seu escritório depois.

— Mas…

— Por favor! — exclamei um pouco alto demais. — Eu preciso mesmo voltar — ele deu um longo suspiro, Taehyung estava se cansando de mim.

— Tudo bem, eu queria que você visse Jongin e Hoseok antes de qualquer forma e temos de fazer isso antes do fim da semana.

— O que tem no fim da semana?

— Um eclipse. — Isso provavelmente deveria ser algo esclarecedor, mas não consegui pensar em nada decente. — Hoseok é o deus do sol. Jongin da lua.

— Ah… — “eu sou muito burro! ” — Claro. Então, né? Depois do eclipse nós resolvemos tudo isso.

— Depois do eclipse teremos mais problemas — ele fez uma pausa longa, antes de finalizar. — Escolheremos um novo líder. O trono não pode ficar vago.

Era claro que com a ausência de Namjoon alguém teria de assumir a responsabilidade sobre as famílias de deuses, contudo eu não esperava que fosse acontecer tão rápido. Porém, eu não sabia o que a ausência de um deus, especialmente um tão importante, poderia estar fazendo com o “mundo” deles.

— O novo eleito pode ser o assassino — sugeriu a ideia mais óbvia.

— Ou a próxima vítima.


Notas Finais


> Então gente, voltou aulas, voltou falta de tempo, mas a fic ta bem adiantadinha graças aos deuses. MAS vou ter que fixar um dia pra atualizações. Tava pensando em ser todo sábado ou no mínimo no fim de semana (ou sexta ou sábado ou domingo). Quero saber de vocês se preferem que eu comece isso nesse sábado (ai seria mais uma att essa semana). Se ninguém dizer nada, atualizo sábado que vem
Se gostaram do capitulo digam alguma coisa, qualquer coisinha!
énois
xx


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