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História God Only Knows - The same old fears


Escrita por: tiastark_

Notas do Autor


Oi gente, voltei :3
O capítulo ficou maior dessa vez.
Reescrevi esse capítulo umas 3 vezes, até ele ficar do jeito que havia imaginado, e como eu não quero enrolar muito aqui.
Espero que gostem <3
Boa leitura:3

Capítulo 2 - The same old fears


 

 

Wish You Were Here- Pink Floyd

So, so you think you can tell. Heaven from Hell. Blue skies from pain?
Então, então você acha que consegue distinguir. O paraíso do inferno? Céus azuis da dor?

 

POVs Rose. 

   

-Me lembre de nunca deixar o taco de beisebol em um lugar que você consiga usar contra alguém. -Jonathan se calou, seus olhos se contraíram ao sentir o pacote de ervilhas ser pressionado contra o seu nariz, estava feliz por não tê-lo quebrado, mas ainda estava me sentindo culpada.

Continuei calada enquanto pressionava um pouco mais o pacote gelado contra o seu nariz, o impedindo de falar, seus olhos estavam fechados, talvez um fique roxo, não tenho certeza, meu medo por ter outra pessoa em minha casa estava me assombrando.

-Achei que alguém tinha entrado no apartamento. –Admiti sentindo minhas bochechas ficarem coradas, não queria esconder as coisas dele.

Jonathan deu um sorriso de canto, ele retirou o saco de ervilhas congeladas das minhas mãos, segurou ambas e pressionou os lábios contra as costas das mesmas, ainda ficava encantada quando ele fazia isso.

-Meu amor, não tem como alguém invadir o apartamento, tem segurança lá em baixo e câmeras. -Jonathan explicou, o homem colocou a mão no nariz que pingava por conta da água. –E se entrar, eu coloco o taco na sua mão, você sabe como manusear um. -Ele sorriu levemente.

 

Dali dois dias, completaria 23 anos, meus olhos se enchem de lágrimas ao lembrar que quando era mais nova, havia planos para essa data, queria ter viajado o mundo e ter meu diploma em mãos, mas tudo que eu havia conseguido até ali fora uma passagem pela polícia, e um trabalho como estagiária em um hotel. Sentia tantas saudades de casa, de ouvir meu irmão mais novo tocar guitarra no seu quarto e acordar meus pais pela manhã, das panquecas que minha mãe fazia no domingo, e do meu pai, que sempre que podia, levava chocolate no jantar.

Amava os meus pais, mas nossa relação sempre fora conturbada, eles eram violentos a ponto de arremessar coisas quando estavam estressados, quando comecei a fazer o mesmo, tentaram me internar em uma clinica psiquiatra.

Como meus pais eram muito religiosos, com isso eles achavam que arremessar as coisas da casa contra eles, era coisa do demônio, e com isso me levaram para uma clínica, eles só levaram, pois fugi depois de dois dias, sendo pega pela polícia, estava tão fodida com a vida, que acabei cuspindo em um policial por ele ter tentando me acalmar, e com isso recebi uma passagem por desacato.

Conheci Jonathan quando voltei para casa depois de uns dias, ele estava dando aulas de reforço para o meu irmão naquele tempo em que eu havia ficado na casa de Jimmy, que sempre me ofereceu um teto quando eu não tinha para onde ir ou havia apanhado dos meus pais, só não fui direto para lá depois de ser internada, porque seria muito óbvio, e claro que depois eu liguei para Jimmy dizendo que estava bem, senão ele mesmo iria atrás de mim.

Me sentei no chão enquanto juntava as pernas para perto do corpo, queria apagar toda a minha memória, sinto as lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas, misturando-se com a água quente do chuveiro, que caía nas minhas costas, estava tão cansada que mal percebi que comecei a adormecer, pois meus músculos relaxaram e meus olhos inchados colaboravam com o meu estado de sonolência.

Saio do banho e paro na porta do meu quarto ao ver Jonathan ajoelhado ao lado da cama, ele parecia procurar algo em baixo dela.

-Perdeu alguma coisa? –Pergunto ao entrar no quarto, Jonathan se endireitou e ficou parado alguns instantes antes de se virar e sorrir.

Fui até meu guarda roupa e peguei algo para me vestir, me viro e encaro Jonathan, que ainda estava concentrado com algo que estava ali embaixo, caminho até onde ele está e jogo a roupa em cima da cama, me ajoelho ao lado dele e olho para onde está observando, rio ao perceber que ele está se matando daquele jeito pois seu ombro não deixaria ele alcançar alguma caixinha preta que estava ali, na verdade, espero que aquilo seja uma caixa, me deito no chão e me enfio um pouco em baixo da cama e seguro a caixinha, saio dali.

-Perdeu isso aqui? –Perguntei sorrindo, olhei para a caixinha na minha mão, ela era pequena, revestida com veludo, senti minhas pernas amolecerem, ali dentro muito provavelmente estaria o motivo pelo qual eu sonhei, mesmo estando ajoelhada, olhei para Jonathan, que no momento estava em pé com um sorriso enorme no rosto, o encarei curiosa.

-Pensei que eu iria ajoelhar. –Ele disse, seu sorriso era debochado. –Mas isso é uma surpresa.

Jonathan se abaixou e ficou de joelhos ao meu lado, ele retirou a caixinha da minha mão e a beijou em seguida, Jonathan abriu a caixinha, dentro havia um anel, e depois daquilo, minha boca se abriu, e foi como se não houvesse voz dentro de mim.

As luzes do quarto piscaram e logo se apagaram, arregalei os olhos e segurei o braço de Jonathan, sinto o suor escorrer pelas minhas costas ao mesmo tempo em que minha respiração ficava descompassada, eu odiava ficar no escuro.

Coisas boas não aconteciam no escuro.

POV’s Brian

.

Observo os olhos de Rose ficarem arregalados antes do blackout, pude ouvir sua respiração ficar um pouco acelerada enquanto Jonathan tentava acalmar a garota, ela tinha medo do escuro?

Jonathan agarrou o celular, ligando a lanterna e ajudou Rose a se sentar na cama, ele deixou seu celular com Rose, e saiu do quarto para pegar um copo d’água, vejo Rose deitar na cama respirando fundo, ela ainda estava de toalha e com outra enrolada na cabeça.

 

-Cacete. –Jonathan murmurou tentando ascender a lanterna pela quinta vez seguida.

Para um professor de Inglês do colegial ele parecia ser um pouco impaciente com uma lanterna, dei uma risada ao escuta-lo xingar.
Jonathan era um pouco estourado em relação as coisas, havia conseguido descobrir pelo que a Rose falava com as amigas, o que me incomodou foi ela ter falado que ele era um pouco estourado em relação as coisas, e quando estava no auge do stress, ficava irritado com ela, principalmente quando ela estava magoada e ele tivera um dia ruim no trabalho, Rose dizia que fora a isso, ele era um homem sensível , tranquilo, fácil de lidar e que a amava.

Depois de minutos agredindo a lanterna verbalmente Jonathan conseguiu ascende-la, pelo modo que falava, parecia que ele brigava com uma criança, ele respirou fundo  e observou a cozinha, ele começou a caçar alguma coisa no armário.

Olhei para o lado e vi tudo começar a ficar trêmulo, respiro fundo e fecho os olhos.

POV's Rose.

 

Me virei na cama, a luz ainda não parecia ter voltado, então decidi permanecer deitada e olhando para o teto, senti meu corpo querer afundar na cama, como se ele estivesse cansado demais para permanecer ali.

Senti o meu peito se apertar ao lembrar de como eu estava cansada, cansada do meu emprego e de como eu passava o dia inteiro sendo recepcionista e as vezes monitorando alguns empregados dentro daquele hotel, de como era cansativo ter que ouvir alguns gritos de clientes que ficavam insatisfeitos com o quarto depois de beber algumas e voltar para a recepção totalmente embriagados e descontando tudo em alguém que tentasse ajuda-lo, muitas vezes tive de ouvir xingos de clientes que reservaram um quarto e quando chegavam lá, não era o que eles esperavam, estava cansada de sentir saudades de casa mas ao mesmo tempo estar aliviada o bastante para não voltar, aliviada por não estar em um ambiente tóxico o bastante para me trancarem no quarto e deixar tudo escuro para me assustar, só havia conseguido sair dali, graças á Jonathan, eu devia muito a ele.

Sinto as lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas, mas logo os soluços começam a invadir minha garganta, queria arrancar tudo aquilo de mim e jogar do outro lado do mundo, para bem longe, mas ao mesmo tempo a dor parecia não passar e muito menos acabar.

 

Olhei para a porta do quarto e graças a luz que vinha da janela, vi a silhueta de Jonathan na porta, sorri ao sentir sua presença, às vezes parecia que o fato dele estar no mesmo local que o meu, me trazia paz e tranquilidade, meus olhos acompanharam Jonathan ir até á janela e se sentar na soleira da mesma, estreitei meus olhos.

Aquele não era Jonathan.

-Você é interessante, anjinha. –Sua voz era grossa e um pouco rouca, me sentei na cama alerta e tentei alcançar o cabo do taco de beisebol, o que eu não consegui quebrar em Jonathan, tentaria quebrar nele. –Espero te conhecer um dia.

O homem estava com os braços apoiados nos joelhos e com as pernas em cima da soleira da janela, parecia relaxado, sua calça era escura e sua camisa era branca, seus cabelos...

Era o mesmo homem.

Eu estava sonhando.

Abro a boca para perguntar quem era ele e logo me sento na cama ofegante, o suor frio escorria pelas minhas costas e meus cabelos grudavam na nuca, tateei a cama ao meu lado e percebi que havia tocado no peito de Jonathan, que pela sua respiração dormia tranquilamente, a janela do quarto estava parcialmente fechada, já que eu conseguia ver a luz de algum apartamento da frente, talvez a queda de energia tenha sido do meu prédio.

Respiro fundo ao ouvir Jonathan roncar, olhei por cima do ombro e percebo que meu coração ainda estava acelerado, olhei para os lados a procura de qualquer pessoa que estivesse ali comigo ou que estivesse me observando.

Me deito na cama pensando em quanto tempo eu demoraria para dormir.

Em quanto tempo demoraria para ter algum descanso.

POV's Brian.

 

Ela havia se tocado que aquilo era um sonho e acordou, se meu chefe soubesse como eu estava entrando nos sonhos de um ser humano, eu seria colocado para tapar outro buraco e nunca mais faria aquilo.

Já havia observado a vida de alguns humanos antes, eram interessantes e totalmente curiosos com o mundo á sua volta, mas alguns deles eram um pouco mais intrigantes que outros, e Rose se encaixava nessa lista.

Quando eu comecei a tapar alguns buracos no meio angelical da proteção, encontrei homens e mulheres com expectativas de vidas como ser advogado e enfermeira, ou até pensavam em ter uma vida casta e tentar ter algum lugar por aqui, o que era interessante, pois a tentação era uma coisa muito recorrente na vida deles, era como se eles fossem testados, e aquilo era um pouco divertido a meu ver, principalmente porque as vezes eu conseguia brincar com o inconsciente deles.

Era interessante quando algum humano não tinha nenhuma expectativa com a vida ou com alguma coisa, e quando isso acontecia, era raro conseguir alguma reação em relação aos sonhos, mas parecia que Rose estava começando a ficar intrigada, já que ela tentou falar comigo, e aquilo era um sinal, ruim ou não, seria arriscado descobrir.

Mas seria ótimo tentar.

POV's Rose.

 

Havia dormido mal durante á noite, não era possível, meus olhos estavam cansados e com olheiras fundas, meu corpo parecia ter saído de uma máquina onde trituraram todos os meus ossos e meus músculos foram prensados.

Logo após o meu sonho um pouco perturbador, rolei na cama e fiquei observando Jonathan dormir, acabei adormecendo nesse tempo, e como Jonathan havia saído mais cedo de casa, teríamos que discutir sobre o incidente do anel quando ele chegasse em casa, e é claro que a resposta era sim.

Tentei não pensar muito em como estava cansada e havia dormido mal naquela noite enquanto me trocava para ir ao trabalho, fiz um pouco de café para tentar me manter em pé aquela manhã, odiava café, mas era bom tentar tomar um pouco para não deitar na neve da rua e dormir ali mesmo.

Arrumo o meu casaco antes de abrir a porta de casa e logo depois tranca-la, e verificar duas vezes, já que estava começando a me questionar se aquele homem era real mesmo ou era só minha cabeça tentando me deixar confusa.

 

No horário do almoço, Victória tagarelava sobre Jimmy estar sendo um pouco rude ou grudento demais, não entendia como ela conseguia falar tanto, minha cabeça estava no mundo da lua enquanto ela falava sem parar, olhava por cima do ombro a cada esquina que virávamos, odiava andar para longe do hotel, lá era praticamente onde eu me sentia confortável e segura.

- Rose? – Victória disse, chamando minha atenção e me fazendo virar para encara-la. – O que foi?

Ela havia falado alguma outra coisa que minha cabeça não havia conseguido captar e muito menos ouvir, era como se alguma coisa estivesse tapando minhas orelhas e eu não conseguisse enxergar um palmo a minha frente.

Já que estávamos perto e voltar para o hotel seria pior, andamos até o café com Victória com o braço em torno dos meus ombros e passando a mão no meu rosto para verificar a minha temperatura e limpar o suor que escorria da minha testa.

Victória abriu a porta do café e me empurrou para dentro praticamente, eu já estava começando a ficar em pânico por ter que ficar em um local fechado, mas ela me assegurou de que quando as mesas fossem colocadas lá fora após o clima ficar um pouco mais quente, iriamos ficar um pouco lá fora, ela colocou o braço em torno do meu e nos conduziu para a fila, sentia que todos do local me encaravam, vi um senhor comentando algo com a esposa e sinto meu rosto se aquecer e os meus olhos encheram d’água, Victória olhou para mim e apertou meu braço como se me pedisse para ficar tranquila.

Nos sentamos perto da porta e observei Victória indo para fora do local, ligando para alguém, talvez para Jimmy, já que ela precisava realmente falar com ele, eu não conseguia ouvir nada da conversa, então provavelmente ela estivesse resolvendo isso diretamente com ele.

Eu estava sendo uma péssima amiga, meu interior dizia que ela não precisava de mim, já que eu a deixava na mão, sinto a minha garganta fechar, ao mesmo tempo que sinto meu estomago revirar e querer começar a provocar uma ânsia de vômito, apertei as minhas mãos uma contra a outra ao ver Victória entrar e se sentar à minha frente e esboçar um sorriso um pouco desanimado.

Eu queria ir para casa e me afundar na cama, estava estragando tudo.

Pov’s Brian.

 

Rose atendia os clientes enquanto observava o celular, ela parecia um pouco transtornada com alguma coisa, como se tivesse esperando alguma notícia do marido ou do melhor amigo, e se ela não observava o celular, ela olhava ao redor de si mesma a cada cinco minutos, parecia estar com mania de perseguição, os cabelos dela estavam um pouco rebeldes, como eles estavam escorregando do coque que ela havia feito ela respirou fundo e retirou presilhas de dentro da bolsa.

Uma coisa que eu gostava desse trabalho era de observar Rose concentrada, era engraçado quando ela mordiscava a tampa da caneta sem querer e depois fazia uma careta, talvez pensando que alguém também havia colocado a boca ali, da mesma maneira que ela fez, ela estava tão concentrada em preencher os papéis dos clientes que mal percebeu ainda mordiscava a tampa da caneta, apreensiva, senti pena por ela, levantei as sobrancelhas ao ver que ela pediu para uma amiga ficar no lugar dela enquanto a mesma saia dali para respirar.

Rose andava rapidamente, parecia que sentia a presença de alguém ou até a minha, chacoalhei a cabeça afastando os pensamentos ao segui-la até o banheiro, franzi o cenho e parei na porta ao mesmo tempo que ela entrava e ficava ali, me encostei na parede e começo a ouvir um choro baixo. Rose. Meu coração se apertou enquanto tentava me lembrar de quando Jordan conversava comigo sobre ter que cuidar de gente com depressão, pelo que os outros anjos me contavam, era exaustivo e parecia que nunca tinha fim, e se tinha, as vezes a opção nunca era melhor.

Jordan havia caído por algum motivo que eu não conseguia compreender, não era como tropeçar numa pedra e cair de cara no chão, era como tentar cair de um penhasco e não conseguir chegar no chão inteiro, e se chegasse, você seria transformado em sopa ou em algo molenga, se eu não soubesse como ajudar a garota, ela podia morrer, e eu estaria condenado. Porque Jordan desistiu? Porque ele não continuou cuidando dela? Porque logo eu fui me meter nisso? Ouço os soluços da garota, aquilo era doloroso, até para mim, se importar com os humanos era uma coisa, era o seu trabalho, mas se envolver emocionalmente com a pena era uma história completamente diferente.

Anjos não podiam se envolver emocionalmente com humanos, aquilo era uma regra clara e não havia castigo além do banimento, e o único meio para voltar era resolver o problema, e se você não resolvesse, você podia ser castigado por um tempo indeterminado.
Mas Jordan não se envolveu emocionalmente com Rose, aquilo era claro até para mim, conseguiria sentir sua presença até se ele estivesse com uma casca humana, mas não sentia nada, era como se ele estivesse desaparecido, e isso me deixava como Rose, tentando procurar em volta para saber se ele estava em algum lugar.

Meus pensamentos são interrompidos por Rose saindo do banheiro e passando por mim, aquela seria uma tarefa difícil, mais do que eu imaginei.

POV's Rose.

 

Chego em casa, tranco a porta algumas vezes para me certificar de que ela esteja trancada, tiro os meus sapatos e sinto meus pés cansados encostarem no chão, eles começaram a relaxar quando caminho até a cozinha e abro a geladeira procurando algo para comer, respiro fundo ao fechar a porta da mesma apenas com uma barra de chocolate e uma latinha de refrigerante.

Precisava relaxar de alguma maneira, nem que fosse comendo besteira e chorando até dormir, meu dia fora estressante e minha cabeça precisava respirar, principalmente sozinha, amava quando Jonathan vinha dormir em casa ou chegava cedo do trabalho, mas era bom quando ele chegava mais tarde, pois eu tinha um tempo pra mim.

Me sento na cama e começo a comer o chocolate, mas logo sinto ânsia de vômito, meu estomago também não colaborava, coloco o chocolate na cabeceira e passo os dedos sob os olhos, como se estivesse com uma dor de cabeça muito forte, fecho os olhos ao encostar a cabeça no travesseiro e sinto meu corpo relaxar.

 

Sinto alguém mexer em meu cabelo e arregalo os olhos enquanto seguro o braço da pessoa, encaro o homem na minha frente de logo o abraço, Jonathan, ele me segurou pela cintura enquanto se sentava comigo na cama e me colocava em seu colo, sorri ao ver que ele começou a mexer nos meus dedos e brincou um pouco com o meu dedo anelar, parecendo que iria colocar o anel ali, talvez fosse agora.

-Victória me ligou hoje. –Ele disse, o homem ainda olhava para as minhas mãos e brincava com os meus dedos, meu sorriso desapareceu no mesmo momento. –Eu pensei que você estivesse bem aqui. –Seu semblante fez meu coração amolecer e passar a mão em seu rosto.

-Mas eu estou. –Digo um pouco apreensiva, mordo o lábio para me controlar, não iria contar sobre os sonhos, aquilo era coisa da minha cabeça. –Estou um pouco nervosa com o trabalho, é muita coisa sabe... – Eu disse, era uma mentira, mas também não deixava de ser verdade, trabalhar era um pouco cansativo, Jonathan esboçou um sorriso e me abraçou.

Aquilo havia feito meu corpo se encolher enquanto ele me abraçava, estava com medo, medo de não contar pra ele, medo dele tentar fazer como os meus pais, medo dele olhar pra mim e me ver como uma mulher fraca, medo de não ser suficiente para ele, já que ele não tocara no assunto da aliança.

-Eu te amo Rose. –Ele disse, e beijou o topo da minha cabeça, fecho os olhos e respiro fundo, não importava se estávamos casados ou não, eu o amava e aquilo importava.

POV's Brian.

 

Após Rose dormir, Jonathan a colocou na cama e praticamente correu para o guarda roupa, o homem começou a revirar a parte onde haviam malas e ele pega duas mochilas, ele as colocou no ombro, pegou o celular e saiu do quarto praticamente ás pressas.

Jonathan jogou as mochilas no sofá e tirou os sapatos enquanto abria uma mochila e começava a vasculhar os papéis, ele olhava todos com todo o cuidado, como se não quisesse deixar nada passar, franzi o cenho ao ver que ele separava os papéis, me aproximo da onde ele está e vejo que os papéis que ele separava era de um caderno e de uma agenda telefônica, levanto as sobrancelhas curioso ao observar ele abrir a outra mochila e fazer o mesmo processo, ele guardou uma pilha de papel em uma mochila e a fechou, o homem olhou exausto para a outra pilha e se sentou no tapete da sala enquanto pegava o celular.

O homem começou a discar alguns números que estavam nos papéis que ele deixou separado ao seu lado, alguns atenderam e disseram que ele havia ligado para o número errado, outros caíam na caixa postal, e alguns nem ao menos chamava.

Finalmente ele recebeu uma resposta.

-Lisa? –Jonathan falou praticamente num sussurro ao se levantar do sofá como se tivesse recebido uma ótima notícia. –É o Jonathan. – Ele disse enquanto olhava para o corredor e voltava a sussurrar. –Não desliga, a Rose está com problemas, e como você é mãe dela eu queria que...

Olhei para o homem totalmente confuso, ele olhou para o celular e pelo barulho que emitia na outra linha, ela havia desligado na sua cara, Jonathan se sentou no sofá e colocou a mão nos cabelos, parecia pensar em como sair daquele lugar.

-INFERNO! –Ele gritou, e arremessou o celular no chão, vendo o mesmo cair.

O estilhaço que ouço, me faz pensar que a tela estava trincada, mas ele não parecia se importar, já que fora para a cozinha e abriu a geladeira para pegar uma cerveja, Jonathan se sentou na bancada da cozinha e observou os papéis espalhados pela sala, ele bufava irritado.

Por qual motivo ele queria entrar em contato com a família de Rose naquele momento? Porque não resolver diretamente com a garota?


Notas Finais


Gostaram?
Espero que tenham gostado, estava muito ansiosa para postar esse capítulo hoje, sério <3
Obrigada pelos comentários maravilhosos no capítulo anterior, isso me deixa muito motivada.
Um beijo, até a próxima semana


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