— Lisa! — Rosé gritou, e Jisoo colocou a mão no ouvido.— Eu sabia que algo tinha acontecido com ela, vocês não deram ouvidos!
— Calma, vai ficar tudo bem! — Jeon suspirou.— Se acalmem, eu vou resolver isso.
— Meu Deus olha pra ela! — Rosé começou a chorar.— É pessoal, ela está à caminho, ela sabe se virar, ela ligou dizendo que não demoraria!
— É minha culpa.— Taehyung suspirou.
— Tem razão, é sua culpa mesmo!
— Epa, vamos tentar não se estressar e focar em resolver esse problema.— Namjoon fez sinal para que eles parassem de discutir.
O vídeo continuou reproduzindo, e Tony arregalou os olhos ao ver sua ex namorada no meio dos sequestradores. A cada palavra que o policial Kim dizia, Seokjin gravava em sua mente, enquanto guardava raiva e rancor do policial e da garota.
— Eu não acredito que ela está machucada, sendo refém e mesmo que tenha sido sequestrada, continua falando em comida e coisas engraçadas! — Jennie bateu a mão na testa.
— Se eu fosse os sequestradores já tinha soltado ela por vontade própria.— Jisoo deu de ombros.
— Vocês não entenderiam se eu explicasse.— Rosé abaixou a cabeça, enquanto limpava as lágrimas.
— Precisamos pensar em alguma coisa para procurar por ela.— Joo-hyung suspirou.— Vamos achá-la e não precisaremos entrar em acordo nenhum e nem obedecer nada.
— Tem razão.— Tony suspirou.— Alguém mata a Annie por favor, acho que eu não conseguiria.
— Eu não acredito que você ainda gosta dela.— Joo-hyung o encarou.— Qual é o seu problema?
— Eu não disse que estava apaixonado, eu só não consigo fazer isso.— Jones deu de ombros.— Eu tive a chance de deixar ela morrer esfaqueada e acabei a salvando, agora ela está com a Lisa e a culpa é toda minha, por ter deixado-a viva.
— Você foi burro mesmo.— Jisoo suspirou, cruzando os braços.— Mas a culpa não é sua por ter se apaixonado pela nojenta, e não é culpa do Taehyung por ter encerrado a ligação que a Lisa fez, após sairmos de uma guerra de gangues onde só tinham pessoas MORTAS.
— Foi sem querer.
— Sabemos disso, meu querido.— Jennie sorriu.— Eu também ficaria empolgada como você!
No mesmo instante, todos voltaram a olhar para o vídeo e se assustaram com a garota sendo agredida com um cassetete. Rosé arregalou os olhos e começou a encarar a tela, paralisada.
— Precisamos fazer alguma coisa logo! — Jimin fez bico.— Ela não pode se machucar, isso dói!
— Calma! — Jeon suspirou.— Precisamos pensar direito. Aonde é aquele lugar...?
— Será que é a casa do policial Kim? — Seokjin perguntou.
— Não sei, mas podemos ir até lá.— Hoseok sugeriu.— Pode haver alguma pista.
— Ele tem mais de uma casa.— Namjoon resmungou.
— Ele tem um filho! — Seokjin lembrou-se.— Eu sei quem pode nos ajudar com isso.
— Quem?
— O policial Kwan.
— Tem razão! Mas ele só ajudaria você.— Hoseok resmungou.
— Eu não gosto dele.— Namjoon suspirou.
— Ele é o único que pode nos ajudar agora.— Seokjin suspirou.— Não se preocupe, eu te amo e jamais o trocaria por outra pessoa.
— Eu também te amo.— Namjoon sorriu.
(...)
Lalisa acordou-se e abriu os olhos lentamente, vendo o rapaz parado em sua frente. O mesmo retirou a fita de sua boca e a garota o encarou.
— Ai que susto Cláudio.— Disse a garota, com a voz inaudível.
Seu rosto ardia pelas pancadas que levara e ela não sabia há quanto tempo estava ali sentada, só sabia que precisava levantar logo.
— Meu pai mentiu pra mim.— Disse o rapaz.— Ele disse que você não se machucaria, mas aquela loira idiota te machucou, e ele também.
— A culpa é toda sua.— Lalisa resmungou.— Olha o que você fez comigo. Estou com fome.
— Não consigo te trazer comida...— Cláudio abaixou a cabeça, pensativo.
— Eu não posso ficar sem comer, Cláudio.— Lalisa fez bico.— É sério!
— Por que não?
— É porque as pessoas precisam de água e comida para sobreviver.
Antes do rapaz dizer algo a mais, a porta fora aberta e novamente entraram os homens, acompanhados de Annie.
— Ele estão demorando muito para responder essa droga.— Annie resmungou.— Por que temos que ficar aqui olhando para a cara dessa...
— É realmente uma das piores torturas que eu já sofri na minha vida. Ficar sem comer e ter que olhar pra essa sua cara de Annie, seu pedaço de bosta em forma de gente.— Lalisa resmungou, e a garota se aproximou, brava.— Cláudio olha ela querendo me bater, Cláudio me defende!
O rapaz encarou Annie e a parou, fazendo-a bufar de raiva.
— Obrigada Cláudio, muito legal você.— Lalisa sorriu.— Estou começando a te perdoar.
O barulho do celular tocando preencheu o ambiente, fazendo a cabeça de Lalisa doer severamente. O policial Kim suspirou e atendeu, um pouco impaciente.
— Oi Jonghyun.
— Já fizeram o que fora mandado?
— Eles ainda não responderam.— O homem revirou os olhos. Era nítido seu desprezo por Jonghyun, Lalisa até estranhou o facto do homem ser um capacho do rapaz.
— Se eles não responderem até o limite de tempo, matem a garota.
— Certo.
— Pegaremos o Jimin e o Jungkook de um jeito ou de outro. Queremos os dois vivos, mas não intactos, eles merecem uma boa porrada na cara, certo?
— Certo.
— Principalmente o Jimin, que deixou meu nariz quebrado. Tive que levar ponto nessa droga, Aish!
— Imagino!
— Ligue para o Future e fale sobre a situação atual do Bangtan e de como está ocorrendo o nosso plano.
— Ok!
A ligação fora encerrada e o policial respirou fundo, discando o número de Future. Antes mesmo do homem atender, o Kim já estava a tremer.
— Quem me incomodas?
— A sua mãe! — Lalisa gritou, e logo sua boca fora tampada por Cláudio.
— Ahm... O policial Kim.— O homem falou, enquanto encarava Lalisa com um olhar raivoso.
— Quem falou aí no fundo?
— A refém. Bom, eu liguei para falar sobre a situação atual do Bangtan e de como está indo o nosso plano.— Disse o policial.— Sequestramos uma das garotas que anda com o Bangtan e a trouxemos para a minha antiga casa, que agora é do meu filho. Enviamos um vídeo para o Bangtan e estamos esperando uma resposta da parte deles, que seria trocar a garota pelo Jungkook e o Jimin.
— Bom trabalho, vocês realmente se superaram. E quem foi a garota de má sorte? Jennie Kim? Roseanne Park? Kim Ji...
— Lalisa Manoban.— O policial riu.— Annie está aqui conosco. Parece que elas não se dão bem, a Annie espancou a garota e fizemos um ótimo vídeo, está realmente muito...
— Lalisa?! Annie!? Seus imbecis! — Future gritou, do outro lado da linha.— Vocês não podiam ter sequestrado essa garota!
— Por que não?
— Porque ninguém vai atrás dela! — Future gritou.
— Não entendi...?
— Eu vou cortar a mão dessa menina quando eu chegar aí, ela não pede por esperar.
(...)
— Poxa, você realmente é bem odiada.— Annie riu.— Lalisa Manoban, a garota que ninguém queria!
— Annie Gottsfritz, a herdeira do veneno! — Lalisa a encarou.— Era uma vez, uma garota que odiava sua mãe por ter se casado com um assassino maníaco, que matava suas vítimas asfixiadas e envenenadas. Certo dia, seu pai tentou lhe matar e acabou matando o cachorrinho, que bebeu o líquido envenenado. Annie ficou completamente chocada, mas já imaginava que um dia aconteceria algo do gênero. Seu pai matava suas amigas e sua mãe escondia o corpo em cumplicidade e fidelidade, até que um dia Annie cansou e o dedurou, assim o homem foi preso.
— Desgraçada! — Annie tentou avançar na garota, porém Cláudio a impediu.
— Fica longe.— O rapaz negou com a cabeça.— Ela está grávida, esqueceu?
— Ela não está grávida seu imbecil, ela estava mentindo!
— Independente.
— A mãe de Annie se arrependeu, mas não fora presa como seu pai. A pobre Annie começou a usar os mesmos venenos que seu pai e aprendeu tudo o que o homem fazia após ler o diário do homem, ela se orgulhava daquilo e matava sem remorso algum, assim como seu pai e porque era uma psicopata nojenta que só pensava em dinheiro e luxúria. A garota passou a se envolver com homens somente para ganhar drogas de graça, assim conseguindo o coração do pobre hétero de Taubaté, chamado Tony Jones, que por sinal era tão hétero que teve um caso com Park Joo-hyung.— Lalisa continuou provocando.— Annie acabou arrumando briga com todo mundo e foi abandonada por Tony, o hétero de Taubaté. Assim, a garota passou a se relacionar com velhos, policiais e parceiros de trabalho, tudo para conseguir dinheiro e um lugar para morar.
— Como você...
— Moral da história: Annie é uma puta, que não sofreu com a morte de nenhuma de suas amigas e ainda pegou a mania de assassinar as pessoas sem motivo algum.— Lalisa gritou.— Uma vadia homofóbica que acha que o mundo gira em torno dela, porém a única coisa que gira ao seu redor é o cheiro de carniça, vadia urubuzenta, barangossaura medíocre!
— Sua maldita, como você sabe de tudo isso?! — Annie conseguiu alcançar a garota e puxou seu cabelo.
— Ah queridinha, nem te conto! — Lalisa riu.
— Eu vou te matar! — Annie gritou, desferindo um tapa no rosto de Lalisa.
A garota amarrada começou a rir sem parar, enquanto via Annie surtar de raiva.
— Eu te pego na saída.— Lalisa sorriu para a garota.
— Chega de falar isso, você não vai sair para lugar nenhum, você é irritante! Seus amigos nem se importaram em ligar de volta pra te buscar, você não faz a menor diferença no meio deles.
Após ouvir aquelas palavras, Lalisa finalmente ficou calada e pensativa. De certa forma aquilo não era uma mentira, era a mais pura verdade, ou pelo menos era o que ela estava a pensar desde que fora abandonada em um lugar desconhecido e cheio de gangues perigosas e pessoas mortas.
Será que ela era irritante o suficiente a ponto de ninguém suportar ficar por perto?
Várias perguntas rodeavam seus pensamentos e não havia respostas para o que ela estava sentindo naquele momento, tanto que a garota passou um bom tempo calada. Talvez tempo o suficiente para que todos começassem a ficar inquietos com tanto silêncio.
Um barulho na porta chamou a atenção de todos, e logo tiros foram desferidos na mesma porta. Passos ecoaram pelo corredor e todos se prepararam para atirar em quem estivesse ali, porém suspiraram em alívio ao ver Future parado ali, os encarando.
— Porra Future, que susto! — O policial colocou a mão no coração.— Pensei que fossem os membros do Bangtan.
— O que está acontecendo aqui!? — Future encarou Annie e Lalisa.
— Ela está puxando o meu cabelo, me batendo, me torturando, me deixando sem comida, me...
— Já entendi.— Future encarou Lalisa.
Seu olhar foi-se para Annie, que observava Lalisa com desdém.
— Então quer matar ela.— Future suspirou, encarando Annie, que assentiu.
— Você é o Future? É realmente muito gratificante encontrá-lo aqui hoje. Estou trabalhando com o policial Kim, meu nome é...
— Kenga véia.— Lalisa tossiu.
— É decepcionante ter que encontrá-lo em meio a essa situação, justo com essazinha atrapalhando, mas-
— Barangossaura do faroeste, isso é o que dá viver sem TV Globinho! — Lalisa resmungou.— Decepção que se chama? Falta de desenhos animados e de comida, por isso é tão azeda. Como pode ser tão malvada assim tendo essa idade? Hmn, vai acabar morrendo desse jeito, tinha toda a vida pela frente...pobrezinha.
— Tailandesa maldita, eu vou te matar! — Annie puxou o cabelo da garota novamente.
— Cláudio Júlio socorro, o carrapato grudou aqui ó!
— Como ousa?! — Future encarou Annie, que ficou confusa e largou o cabelo de Lalisa.
— O que?
— Você está morta.— Future encarou Annie.
Antes de Annie raciocinar, o homem apontou o revólver para si e disparou contra a mesma cerca de 6 vezes. O corpo já sem vida da garota chocou-se contra o piso frio daquela sala isolada do apartamento e em questão de segundos o chão que antes era limpo, tornou-se uma grande poça de sangue. O rosto de Lalisa e de Cláudio Júlio ficaram sujos com respingos do sangue da garota morta e ambos ficaram sem reação com o acontecido, assim como os outros homens que estavam presentes ali.
— Ave cruz credo Cláudio Júlio, a piranha morreu mesmo! — Lalisa arregalou os olhos.
— É verdade...
— Será que eu devo matá-lo também? — Future encarou o rapaz e logo passou a prestar atenção em Lalisa, que quase se encolheu presa na cadeira.
— O claudinho? Não, não o mate, ele é o nosso bichinho de estimação.— Lalisa resmungou.— Você não vai me matar, vai?
O homem apenas negou com a cabeça e suspirou, virando o olhar para o policial Kim e o fuzilando em seus pensamentos.
— Já posso cantar a música do Michael Jackson? — Lalisa sorriu, e Future a encarou.— Ata desculpa, calma aí, não vou cantar nada não, estou quietinha aqui no meu canto, vira essa arma pra lá.
— Canta.— O homem sorriu.
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