No banheiro de sua casa, Dongguan terminava de tomar seu banho. O homem ainda estava completamente desolado com o assassinato de sua esposa e não fazia a menor ideia de quem tivesse a matado. Não passava por sua cabeça que poderia ter sido DongYul simplesmente pelo homem ser irmão de sua esposa e por conta do forte vínculo que todos tinham antes da tragédia. Dongguan imaginava que a explosão na mansão de Eunbi tivesse sido causada por algum outro inimigo, por gangues rivais que estavam à sua procura ou algo do gênero.
Ao terminar de tomar seu banho, o homem vestiu o roupão e pegou uma toalha para secar seus cabelos, logo saindo do banheiro e indo se trocar. Abriu o guarda-roupas e suspirou pesadamente, observando-o por inteiro. Pegou suas roupas e se apressou em vesti-las, logo terminando e indo para a cozinha. O telefone da sala começou a tocar e, por conta do silêncio do ambiente, o homem acabou por se assustar sozinho.
Caminhou lentamente até a sala de estar e pegou o telefone, logo levando-o até o ouvido.
— Alô...?
— Olá, tudo bem? Aqui é do Hotel Royals, estou a falar com Park Dongguan? — Uma voz fina fora proferida.
— Sim, eu mesmo.— Disse o homem, atento.
— Bom, recentemente Park Eunbi alugou um quarto em nosso hotel e o usou durante um tempo, porém não veio pagar o quarto e sumiu de repente. Precisamos que o senhor venha pagar por ela, pois antes de alugar o quarto ela deu seu nome e seu contacto. Se caso não queiras pagar, seremos obrigados a entregá-los à polícia.
— M-mas...quem fala?
— Somos da recepção do Hotel Royals, senhor.— Disse a moça.— Seja rápido, estávamos tentando entrar em contacto há um bom tempo, mas infelizmente não conseguimos devido à vossa ausência ou porquê o senhor simplesmente não desejou atender a nossa ligação. O gerente do nosso Hotel ficou muito bravo com toda a demora, o senhor tem aproximadamente 24 horas para vir acertar as contas conosco ou então terá que acertar as contas na justiça.
— Entendo, estou indo. Desculpe-me pela minha esposa, ela é assim mesmo.
— Sem problemas senhor, mas precisamos fazer nosso trabalho. Precisamos mandar a localização do Hotel ou o senhor tem noção de onde fica?
— Eu sei exactamente aonde fica o Hotel, não precisa. Lamento pelo transtorno!
— Sem problemas, até mais! — Disse a moça, logo encerrando a ligação.
Dongguan suspirou pesadamente e terminou de se arrumar, logo seguindo para a cozinha e preparando sua refeição. Planejava ir ao Hotel Royals após sua refeição, e o homem sequer suspeitava da armação. Enquanto isso no Hotel Royals, Rosé sorriu e encarou seus amigos.
— Ele acreditou, ficou tão sério! Logo ele estará aqui.— Disse a garota.— Eu fui tão profissional, se a Lisa estivesse aqui, com certeza iria estragar meu disfarce porque só de olhar a cara dela eu já sinto vontade de rir.
— Aonde ela foi mesmo? — Jeno perguntou.
— Ao supermercado, comprar comida.— Disse Jungwoo, enquanto jogava em seu celular.
— Ela já foi, já voltou e saiu novamente! — Johnny explicou.
— Então... aonde ela foi!? — Todos se perguntaram.
(...)
— Não acredito que cheguei mais rápido que uma dúzia de rapazes.— Lalisa cruzou os braços e negou freneticamente.
— Na verdade, chegamos na mesma hora. O que fazes aqui? — Kyungsoo perguntou, com seu semblante sério de sempre.
— Eu vou ajudar vocês a sequestrar o Chin, ué! — Disse a garota.— O Baekhyun e o Chanyeol já estão em suas posições de vigias? Quantos estão em vigias? Me contem o plano.
— Não. Vá para a mansão dos NCT.— Kyungsoo suspirou.
— Ah, qual é! Vocês não sabem o quanto ele estragou a minha vida, eu quero que ele me veja e sinta medo de mim! — Lalisa resmungou e bateu os pés no chão com força.— Ai meu machucado, cacete!
— Você está com o pé machucado, como quer que alguém sinta medo de você? Volte, va embora.— Disse o rapaz.
— Você não me deu uma chance, e esse machucado nem dói mais. Só doeu porque eu bati com força e esqueci dele. Quer saber?! Não preciso da permissão de vocês pra nada, eu vou e pronto! — Disse a garota.
— Você vai estragar o nosso plano.— Jongin a encarou.
— Não vou não!
— Não precisamos que você participe.— Kyungsoo revirou os olhos.
— Deixa ela.— Junmyeon resmungou.— Quanto mais pessoas, melhor. Não esqueçam que ela é a líder da gangue dela, então né! Venha Lalisa, vamos contar o plano bem rápido porque precisamos agir logo. Minseok, avise ao Chanyeol e ao Baek que vamos dar uma pausa mas eles devem continuar em seus postos.
— Nós planejamos entrar pelo porão da casa dele ou algo do gênero, como porta dos fundos e...— Sehun falou, porém Lalisa o cortou.
— Tem o sótão, tem como entrar por cima da casa ou pela janela de cima, mas também podemos entrar pelas janelas aqui de baixo.— Disse a garota.
— Isso, boa.— Sehun assentiu.— Vou por baixo mesmo porque altura é uma coisa triste. Viemos aqui para sequestrar alguém, e não para morrermos.
— Quando o encontrarmos, o deixaremos inconsciente e depois o levaremos para a Van.— Jongdae falou, simplista.
— Ah, claro, super fácil. Já viu o quanto ele pesa? Vou ligar para o Shinwoo trazer o guincho.— Lalisa pegou o celular e Kyungsoo pegou de sua mão.
— Que grosseria.— Disse a garota.— Então vocês levam ele, aish.
— Você não deveria nem estar aqui.— Disse o rapaz, sorrindo minimamente.
— Para os seus postos. Vamos iniciar a invasão! — Xiumin ordenou.
— Encontro vocês lá dentro.— Lalisa acenou para os rapazes e pulou o muro da casa.
— Essa menina é louca, só pode. Com o pé machucado e sai pulando muros altos dessa forma, ai credo.— Sehun arregalou os olhos.
— Ela é destemida, não se importa com pequenas dores como essas. Existem dores muito piores, e aquele homem matou a mãe dela e quase a matou também, vocês entendem o que é isso? Ela vai agir como um predador, então ela não arruinará absolutamente nada.— Jongdae sorriu, observando o muro.
(...)
Jeongyeon permanecia de braços cruzados enquanto os manobristas tiravam todos os carros dos inquilinos. Aquilo não era algo legal de se fazer, porém as pessoas não se importaram muito com o caso.
Pouco tempo depois, os manobristas finalmente terminaram. Tzuyu sorriu para os homens e agradeceu, enquanto Momo entregou uma gorjeta para cada um.
— Obrigada pela ajuda.— Todas agradeceram.
Novos carros entraram na garagem, todavia eram os membros das gangues que participariam.
— Olá meninas! — Park Bom acenou.— Chegamos!
— Oi! — Jeongyeon acenou.
(...)
Tao abriu a porta e Kris fora o primeiro a entrar. Moonbin e Eunwoo sorriram um para o outro e entraram na casa, completamente surpresos com o tanto de arma que havia ali.
Todas as decorações eram armas reais presas na parede, a cada local existia uma arma diferente, e haviam muitas armas legais na casa.
— Wow, o Jimin estava certo. As armas deles são incríveis! — Moonbin sorriu largamente.
— Vamos pegar logo as armas e sair daqui. Precisamos nos apressar para estar lá quando o DongYul aparecer.— Eunwoo suspirou.— Quais armas pegaremos?
— Aqui a lista.— Kris abriu um pergaminho e o derrubou no chão.
O papel fora abrindo cada vez mais, e os dois rapazes arregalaram os olhos com a quantidade de armas que teriam que pegar.
— Meu Deus! — Eunwoo colocou a mão na boca.
— Enorme.— Moonbin se surpreendeu.— que maneiro!
— Vamos logo com isso.— Kris sorriu minimamente e começou a pegar as armas citadas no enorme folheto.
Pouco tempo depois, Tao já estava cansado de pegar as armas pesadas, então apenas sentou-se no sofá e decidiu descansar. Os outros três continuaram pegando as armas desejadas, enquanto conversavam entre si. Seus olhos percorreram por todo o local e o rapaz encontrou um porta retrato com uma fotografia de todos os seus amigos. Ele sorriu minimamente e voltou a pegar as armas.
Roseanne e Taehyung terminaram de acessar as informações confidenciais de DongYul, Dongguan e Chin e logo se encararam, com um sorriso estranho no rosto.
— Ah, Park DongYul...— Roseanne sorriu largamente.
— Esse cara é mesmo o gangster mais temido? Porque eu me surpreendo com a burrice dele.— Taehyung comentou.
— Quem seria Park Jin-hee, que hoje tem 43 anos? — Perguntou Roseanne, enquanto observava um ponto fixo em seu notebook.— Uh, ela é bem bonita!
— Park Jin-hee...Hm...acho que...eu não lembro muito bem.— Taehyung suspirou.
— Park Jin-hee, nascida em 16 de setembro de 1976 em Bongcheondong - Seul. Mãe precoce de Park Joo-Hyung, pois o teve aos 19 anos. Casou-se com Park DongYul aos 24 anos e prendeu-se em seu pior pesadelo sem ao menos saber. Antes de conhecê-lo, Park Jin-hee levava uma vida adorável sendo uma herdeira muito bem sucedida, porém acabou o conhecendo em uma festa de negócios onde marcavam de assaltar à todos, e antes mesmo de ser abordada por outras pessoas, acabou sendo salva pelo diabo. Após conhecê-lo e tudo parecer estar às mil maravilhas, ambos mantiveram contacto e DongYul passou a investir na bela mulher que ela era, mas provavelmente ele estava interessado em seu dinheiro.— Uma voz fina fora proferida na sala e ambos olharam boquiabertos para a porta.
— M-mas...o quê...?! — Roseanne arregalou os olhos.— Como você sabe dessas coisas?
— Parem de me olhar como se eu fosse um monstro estranho.— Molly cruzou os braços.— Eu já disse que não sou tão burra quanto pareço, e olha que eu nem pareço burra!
— Mas essas são informações que geralmente nós não obtemos! — Taehyung a encarou, desconfiado.— Você é vidente? Algum tipo de Alien que veio para nos assustar e...
— Ai Taehyung, me economiza.— Molly revirou os olhos.— Eu apenas sei, e não preciso compartilhar com vocês as minhas fontes de sabedoria. Pensei que estivesse ajudando enquanto falava tantas coisas.
— Então é assim? Você simplesmente pede vários posteres de todos e depois que consegue, começa a me tratar como lixo? Como você pôde!? — Perguntou Taehyung, de braços cruzados e bico nos lábios.
— Lamento, mas vocês disseram coisas estranhas e isso é estranho para a minha geração.— Disse a menina.— Devo continuar?
— Por favor! — Roseanne sorriu, encantada com a sabedoria da menina.
— Um tempo se passou e eles finalmente começaram a namorar, mas fora muito difícil para DongYul para conquistar o coração da princesa Jin-hee e de seus milhões acumulados, porém ele era muito paciente e agia como um príncipe encantado. Após um bom tempo, ambos tiveram Joo-hyung e depois Jimin, assim se casaram pouco tempo depois do nascimento do pequeno Park. Jin-hee descobriu que DongYul era um criminoso e se sentiu desprotegida, todavia continuou amando-o incondicionalmente, já que não teria como deixar de amar alguém no mesmo instante. Ela fingiu não saber por aproximadamente uma semana e logo decidiu perguntar à ele o que eram todos aqueles acontecimentos e coisas do gênero, contudo ele não se sentiu ofendido ou ameaçado, mas começou a ser um pouco frio. Todo aquele amor que ambos tinham antes deixou de ser bonito e passou a ser controlado por DongYul, pois ele manipulava a mulher e a fazia ficar sempre ao seu lado e não o entregar.— Molly explicou detalhadamente.— Ela sempre pedia para que ele saísse daquela vida pois ambos tinham filhos e uma vida a zelar, mas ele não estava nem aí, apenas fazia tudo de errado sem se importar com o que aconteceria depois.
— Wow...— Roseanne piscou os olhos diversas vezes.
— Resumindo: Park Jin-hee é uma das muitas esposas que Park DongYul teve, e também foi a principal. Fora a primeira esposa a durar muito tempo com ele e a gerar filhos tão influentes e bonitos no mercado criminoso, máfia ou sei lá como vocês chamam essas coisas.
— Ela morreu quando ele fugiu, eu lembro disso.— Taehyung comentou.— Lembro que ele causou um incidente com o Joo-hyung e prendeu o Jimin no closet por dias.
— Aí é que você se engana, meu caro jovem.— Molly se aproximou lentamente.— Quando ela levou uma tesourada espirrou muito sangue rapidamente, mas não poderia sangrar tanto se a tesoura estivesse fincada em sua barriga, pois estaria impedindo o sangue de sair. Não sei se ela fora levada pela perícia mas se hoje ela tem 43 anos, provavelmente pode haver uma chance de ela estar viva.
— Você tem razão...— Kim assentiu freneticamente.
— Eu tenho medo de você.— Roseanne resmungou e encarou a menina.
— Mas de onde você achou as informações dela? — Indagou Molly.
— Através das informações que eu puxei da Xing Lie.— Roseanne respondeu.
— Acho que eu já saquei tudo.— Molly sorriu.— A mãe do quarteto fantástico está tramando com aquela cara de cobra...
— Eu não saquei nada, me explica tudo antes que eu fique doido.— Taehyung pediu.
(...)
— Como você acha que eu vou conseguir descobrir a senha dele? Eu prefiro agir do jeito mais fácil e quebrar tudo.— Jisoo deu de ombros.
— Temos que ser discretos e não deixar rastros.— Seokjin explicou.— Vamos logo!
A garota assentiu e ambos entraram no hotel onde DongYul e Xing Lie estavam hospedados. A recepcionista os encarou e sorriu minimamente, esperando que eles falassem algo.
— Olá.— Jisoo falou.
— Sou policial e essa é a minha assistente.— Seokjin mostrou o distintivo.— Viemos aqui com a missão de se disfarçar e coletar informações sobre um suspeito foragido.
— Sua assistente tem a sua cara.— Disse a moça.
— Sou irmã dele.— Jisoo deu de ombros.— Vocês precisam colaborar conosco e...
— Já sei! Venham comigo.— A garota sorriu, saindo do balcão e seguindo para um local proibido por hóspedes.
Seokjin e Jisoo seguiram a garota e chegaram em um vestuário para funcionários.
— Vejam se esses uniformes servem em vocês.— A garota estendeu os uniformes.
Seokjin pegou seu uniforme de serviçal e Jisoo pegou seu uniforme de empregada.
— Legal, obrigada.— A garota agradeceu.
— Acho que eu sei exactamente quem vocês irão pegar.
— Sabes? — Seokjin a encarou, confuso.
— Sim, sei. Boa sorte, vão rápido. Eles estão na área de lazer e ficarão por lá por aproximadamente 2h.— Disse a garota, logo voltando para a recepção.
— Se você sabe, então diga.— Jisoo suspirou.
— Park DongYul e Xing Lie.
— É, você sabe. Ok, vamos Jisoo.— Seokjin puxou a mão da irmã.
— Não me puxa desse jeito! — Jisoo resmungou e deu um peteleco na cabeça do rapaz.
— Olha você para, eu sou mais velho!
— Tô nem aí!
Ambos entraram no elevador e não demorou para que chegassem no andar onde Xing Lie e DongYul estavam hospedados. Jisoo caminhou lentamente e chegou em frente à porta do quarto do homem, logo observando Seokjin.
— Está bem esperteza, o que faremos? Não é de senha, e sim de cartões.— Disse a garota.
— Aqui.— A recepcionista brotou com um cartão em mãos e sorriu para os irmãos.
— Obrigada.— Jisoo agradeceu.
— De nada. Se precisarem de ajuda estarei aqui.— Disse a garota, logo se retirando.
— Essa garota parece um ninja. Brota toda hora e some do nada.— Jin comentou.
— É, você tem razão.— Disse a garota, empurrando a porta e entrando no quarto.
Ambos começaram a vasculhar o local, visando procurar algo de importante sobre Xing Lie e DongYul. Jisoo suspirou cansada e deitou-se na cama, disposta a descansar um pouco. Seokjin a encarou perplexo e a puxou pelo pé, derrubando-a no chão.
— Pode ter alguma coisa em baixo desse colchão.— Disse o rapaz, levantando o colchão.
Jisoo suspirou e encontrou uma sacola com papéis. A garota pegou e Seokjin soltou o colchão, logo arrumando-o como antes.
— Acho que são documentos, deixa eu ver...— Jisoo pegou alguns pequenos papéis.— Meu Deus, você não vai acreditar...
— O que?
— Xing Lie não é chinesa, e sim coreana! E esse nem é o nome verdadeiro dela! — Disse a garota, surpresa.
— Você tem certeza?
— Sim, olha aqui! — Jisoo mostrou.
— Park Ae Soo!? — Seokjin arregalou os olhos.— Caralho, ela é irmã da mãe do Joo-hyung e do Jimin, olha, os mesmos pais!
Jisoo observou o documento e arregalou os olhos, logo observando seu irmão atentamente.
— Vamos embora daqui agora.— Seokjin falou, logo tirando fotos dos documentos e colocando-os no lugar.
Tudo aquilo estava ficando muito louco e confuso para os que descobriram coisas importantes.
Não estava sendo fácil decifrar tudo de uma só vez, pois estava se transformando em uma bola de neve e as informações eram muito complexas para serem absorvidas de modo rápido.
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