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História Golpe do destino (Tidelli e Natiese) - Envolvimento perigoso


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 12 - Envolvimento perigoso


        — Como assim? Você está a fim do Rodrigo? E aquele papo de que não era gay?

            — Olha, se vai me criticar, eu não digo mais nada.

            — Ok. Desculpe, eu só... Eu só estou um pouco surpreso.

            — Mas você tinha dado em cima de mim... Então, achei que já desconfiasse de alguma coisa.

            — Sim, mas eu só tentei a sorte mesmo, Tiago. Não tinha imaginado que isso poderia acontecer.

            — Entendi... — suspirou — Eu ainda sinto dúvidas sobre isso... Não sei o que fazer.

            — Não se preocupe... Eu estou aqui. Posso te ajudar. O que você tem dúvida?

            — São tantas...

            — Bem... Então vamos começar do começo. Como você descobriu esse desejo?

Foi agora ou já tem um tempo?

            — Já tem um tempo, mas só percebi agora que sinto ciúme dele quando se envolve mais sério com alguém.

            — Hum... Você então tem medo de perdê-lo. E isso pode significa,  sim, que está apaixonado por ele. Me conte mais...

            — Sei lá... Eu gosto de ficar olhando para ele... Ele tem um sorriso tão encantador... E quando a gente briga, eu fico muito mal, porque não gosto de ficar longe dele.

            — É... Você está mesmo apaixonado por ele.

            Tiago ficou cabisbaixo, sentindo-se muito triste. Não queria sentir aquelas coisas. Mas era mais forte que ele. Nisso, Yuri tentou acalmá-lo, pegando no ombro dele.

            — Ei, não fica assim... É uma coisa maravilhosa estar apaixonado por alguém.

            Tiago olhou seriamente para ele.

            — É claro que não. Eu não posso sentir essas coisas. Está errado. Muito errado.

            — Não, não está. Você está amando alguém. E isso não é errado.

            Tiago deu um sorriso irônico, achando aquilo uma loucura.

            — Não é errado? Será que não se incomoda como os outros te olham por saber que você é gay?

            — Meu amigo, se eu fosse me incomodar com que os outros pensam de mim, eu estaria louco. Quer dizer... Eu já sou um pouco louquinho, mas ficaria mais.  — disse ele, sorrindo.

            Tiago deu um sorriso em meio ao seu desespero.

            — Você é uma figura, Yuri.

            — Ué... Só falei verdades. Agora quanto a você... Saia desse armário e fale com o Rodrigo tudo que está sentindo aí nesse coraçãozinho.

            Tiago levantou-se do sofá e disse:

            — Não. Eu não posso fazer isso. Ele não gosta de homens... E eu... Eu nunca fiquei com um homem. Isso não vai dar certo.

            — Vem, senta aqui... Se for esse o problema, posso revolver...

            Tiago sentou-se novamente ao lado dele no sofá, e Yuri aproximou-se do rosto dele. O rapaz ficou confuso e perguntou:

            — O que está fazendo?

            Yuri pediu silêncio, encostou a sua mão no rosto dele e o beijou. Tiago sentiu os lábios quentes dele e, mesmo achando aquilo tudo novo, continuou com o beijo, pegando na cintura do rapaz e trazendo-o para junto de seu corpo.

            Antes que pudessem continuar aquele beijo, alguém bateu na porta. Yuri não queria parar de beijá-lo, mas Tiago interrompeu o beijo.

            — Yuri, a porta...

            — Ah, é... Deve ser a nossa pizza. — disse ele, saindo do sofá e indo até a porta.

            O entregador da pizzaria entregou a pizza, e Yuri o pagou, mesmo com Tiago dizendo que ia pagar.

            — Não, Tiago. Eu faço questão. Você é o meu convidado! — disse Yuri, colocando a caixa da pizza em cima da mesinha da sala.

            Yuri foi até a cozinha pegar o cortador, duas taças e um vinho, que estava na geladeira. Em seguida, ele sentou-se novamente perto de Tiago e começou a servi-lo com a bebida.

            Tiago provou o vinho e adorou. Enquanto isso, Yuri provou um pedaço de pizza e até revirou os olhos de tanto que achou a pizza “Mafiosa” gostosa.

            — Tiago, você arrasou na escolha da pizza. Essa mafiosa é muito gostosa mesmo.

            — Eu falei que você ia gostar. — bebeu mais um gole de vinho — E você arrasou na escolha do vinho. É muito bom. E olha que não sou muito fã de vinhos, prefiro bebidas mais fortes.

            — Hum... Obrigado. Você até que não é uma fera como pensei.

            Tiago deu uma risada e disse:

            — Você ainda não me viu na cama...

            — Opa... E como eu gostaria disso...

            Tiago estava um pouco alegre depois daquele vinho e não recusou mais um beijo em Yuri. Ele queria muito experimentar aquilo. O beijo continuou fazendo com que os dois se deitassem no sofá, deixando a pizza de lado na mesinha.

            Yuri ficou em cima dele, beijando e aproveitando para passar a mão sobre o volume da calça de Tiago, este por sua vez, já estava bem excitado com aqueles beijos quentes. Ao ver que o rapaz estava gostando daquilo, Yuri começou a tirar o cinto da calça dele. Por um momento, Tiago tentou impedi-lo, mas o seu tesão era tanto que pediu para continuar.

            — Continue...

            Yuri abriu o zíper da calça dele e avistou o grande volume da cueca preta. Tiago tirou sua calça e depois a cueca ainda sentado no sofá, deixando à mostra o seu membro ereto e rosado. O dono da casa ao ver que ele era bem-dotado, ficou um pouco assustado, mas a vontade de continuar aquele momento de prazer era bem maior. Então começou beijando o pescoço dele, foi acariciando o peito, dando umas lambidinhas que deixou Tiago se arrepiando inteiro.

            Quando chegou na virilha, Yuri pegou no membro dele e começou a chupar os testículos. Tiago foi sentindo a língua quente dele e não estava resistindo. Queria que Yuri o chupasse todo de uma vez. Yuri também começou a masturbá-lo enquanto a sua língua subia devagar, passando em volta da glande.

            —Yuri, você está me deixando louco...

            Yuri não deixava de olhá-lo. Queria muito dar prazer aquele homem e ver o quanto ele estava gostando daquilo. Foi então chupando aquele membro com ousadia, subindo e descendo, colocando-o todinho dentro de sua boca.

            Após o boquete, Yuri tirou toda a roupa de baixo, deixando o seu membro também a mostra, que não era tão grande como o de Tiago. Ele foi para cima dele e o beijou intensamente, enquanto Tiago apertava o seu bumbum. Em seguida, Yuri pegou uma camisinha no bolso da calça e a tirou da embalagem, colocando-a no membro do rapaz.

            Logo depois, Yuri se posicionou no colo dele e sentou, guiando o membro até a entrada. Tiago o penetrou devagar e gemeu ao ver Yuri cavalgando em cima dele. Foi aumentando o ritmo das estocadas, e Yuri gemeu tocando no peito dele. Depois deram um beijo e trocaram de posição.

            Yuri deitou-se no sofá e abriu as suas pernas, masturbando o seu membro com uma das mãos, e Tiago continuou a penetrá-lo fortemente. Yuri ainda ficava olhando para ele. Queria muito um macho como aquele dentro de si.

            — Isso, me arromba, gostoso... — pediu Yuri.

Minutos depois, Tiago começou a gozar e retirou a camisinha, despejando jatos de esperma em cima do peitoral de Yuri.

            — E aí? Você gostou? — perguntou Yuri.

            — Eu... Eu amei tudo isso. — declarou Tiago.

            Após a transa, Tiago foi até o banheiro, passando pelo quarto de Yuri e tomou um banho. Enquanto a água percorria o seu corpo, ele ficou pensando em tudo que havia acontecido há minutos atrás. Por mais que quisesse odiar tudo aquilo, ele tinha gostado da forma que fora tocado pelo Yuri. E isso só trazia mais certeza de que ele gostava de ficar com homem também.

            Quando terminou o banho, ele pensou em ir embora, mas Yuri insistiu para que posasse. Já estava tarde, e o rapaz não queria que Tiago andasse sozinho pelas ruas.

            — Yuri, eu não posso ficar... — disse Tiago, enrolado a uma toalha e com o cabelo molhado.

            — Por que não pode ficar?— questionou Yuri, tocando no peitoral dele.

            — O Rodrigo não sabe onde estou.

            — Ah... Ele não vai morrer por causa disso. Amanhã, eu te levo em casa...

            — Não, Yuri. Eu realmente tenho que ir.

            — Ok... Mas vamos nos ver de novo?

            — Ah... Acho que sim, mas eu não posso de te prometer que vamos ter algo sério.

            — Eu entendo. Você ainda gosta do seu amigo, mas foi tão bom o que aconteceu aqui, que não quero que acabe.

            Tiago ficou apenas o olhando. Yuri sorriu e se afastou um pouco dele, abrindo uma gaveta do criado-mudo. Ele tirou de lá uma caderneta e uma caneta azul. Em seguida, escreveu alguma coisa e entregou o papel a ele.

            — Meu número... Vê se não rasga dessa vez, hein, mocinho?

            Tiago pegou o papel e disse:

            — Não vou rasgar. Eu prometo!

            Yuri deu um abraço apertado nele e um beijo rápido em sua boca.

            — Então nos vemos em breve?

            — Com certeza.

            Yuri acompanhou Tiago até a porta. Já era noite, mas Tiago não tinha medo da escuridão. E pela primeira vez, não tinha cogitado roubar depois de uma transa. Realmente aquilo era algo muito novo em sua vida.

            Quando ainda estava na frente da casa de Yuri para chamar um táxi, um vizinho ao lado já bem velho se aproximou dele, mesmo achando estranha a presença daquele rapaz ali. Seria algum parente de Yuri?

            — Boa noite!

            — Boa noite, senhor!

            — O delegado Yuri está?

            Nesse momento, Tiago tirou os olhos do celular e olhou para senhor de idade com uma cara bem surpresa.

            — O delegado Yuri? — perguntou Tiago, checando se era isso mesmo que tinha ouvido.

            — É. Ele é delegado. Você não sabia?

            — Não... Quer dizer... Claro. E sim... Ele está.

            — Que bom. Eu preciso conversar com ele, porque teve uns bandidos que roubaram a minha chácara. E fiquei sabendo que a polícia conseguiu pegá-los. Então, vou ver se consigo pegar meus pertences para trás.  

            — Claro. O senhor pode ir lá.

            O velho homem andou em direção a porta da casa. Enquanto isso, Tiago se afastou do lugar para conversar pelo celular com um taxista. Após a ligação, ficou encostado a uma árvore observando o senhor conversar com o Yuri, um delegado. Ficou um pouco em choque. Não queria ter se envolvido com alguém que era da polícia. Isso só ia atrapalhar os seus planos. E nada podia atrapalhar. Nada, pensou ele.

            No táxi, ainda ficou com os seus pensamentos ao longe. Ele estava pensando em tudo que tinha conversado com Yuri. Uma parte dele queria se entregar para Rodrigo, e outra parte dizia que isso não deveria acontecer. E agora? O que faria?

            Quando chegou a pensão, Rodrigo estava no quarto deitado sobre a cama. Tiago então fechou a porta, tirou a jaqueta e a colocou nas costas da cadeira da mesa.

            — E aí, tigrão? Como foi o encontro com a patricinha? — perguntou Tiago, tirando um cigarro do bolso da jaqueta.

            — Foi bem legal. Nós fizemos um piquenique no parque. Agora é só esperar o próximo encontro para roubar as joias dela... — disse Rodrigo, um pouco nervoso. Não queria falar o que de fato estava passando em sua mente.

            Tiago virou-se para ele e acendeu o cigarro. Tragou um pouco da fumaça e a soltou, observando a cara pensativa do amigo.

            Rodrigo também o observou a fumar aquele cigarro e fez uma pergunta:

            — E você?

            — Eu o quê?

            — Saiu com alguém nessa tarde? Porque quando eu cheguei, você não estava aqui.

            — Eu transei com uma coroa e roubei as joias dela. Depois fui negociar com a Priscilla.  

            — Só isso? Porque você demorou a chegar.

            — E o que mais seria? Eu só estou aqui a trabalho. Somente a trabalho, Rodrigo.

            Tiago piscou o olho para ele, tragando mais um pouco do cigarro. Rodrigo ficou sério com aquelas palavras dele, porque por mais que se esforçasse, não conseguia ter pensamentos tão frios como os do amigo.



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