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História Good Boy - Conversa comigo?


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Ei gente, tudo bem com vocês? Espero que sim!
Como estamos num momento difícil, vou tentar postar bem rápido os capítulos, para esse momento triste acabar logo!
Desculpem qualquer erro!
Boa leitura, bjim!

Capítulo 19 - Conversa comigo?


Fanfic / Fanfiction Good Boy - Conversa comigo?

“Não me procura mais. Você morreu para mim. ”

Ouvi Jungkook pronunciar essas palavras com os olhos cheios de água e acelerar a moto indo para longe de mim.

Coloquei as mãos na cabeça e me virei avistando Hoseok chegando perto de mim.

— O que está esperando? Vai atrás dele, agora. – Ele gritou para mim.

Saí correndo e entrei no carro, acelerando atrás do Kookie.

Encontrei a moto dele em alta velocidade logo na frente e pisei fundo no acelerador.

— Jungkook, para essa moto. – Comecei a gritar quando o alcancei. – Jungkook, estou mandando você parar essa moto. Você vai se machucar.

O mais novo não me deu ouvidos e acelerou mais ainda na direção de um engarrafamento que seguia logo à frente, se enfiando no meio dos carros e me deixando para trás.

“Não me procura mais. Você morreu para mim. Não me procura mais. Você morreu para mim. ”

Essas palavras ficaram martelando na minha mente e eu dei um grito afundando a cabeça no volante e deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Eu não sabia para onde ir nem o que fazer.

Meu celular toca e era Hoseok:

— “Onde vocês estão? ” – Ele disse alto.

— Eu não sei para onde ele foi – Respondi entre os soluços do choro.

— “Volte para cá. Estou te esperando. Nós vamos encontrá-lo. ”

Saí daquele engarrafamento e peguei uma rua lateral para voltar para o prédio do Jin.

Quando cheguei, estava Hobi, Suga, e os pais dele lá.

— Onde ele está? – Sua mãe me perguntou desesperada. – O que aconteceu?

— Não sei onde ele está. – Respondi sem vontade. – Nós brigamos.

Olhei para Hoseok com um tom de súplica, e o mesmo entendeu.

— Pessoal, me deixe conversar um pouco com ele? – O moreno se pronunciou. – Kookie é esperto, ele está bem.

Fomos deixados sozinhos e eu abri as portas do carro para que pudéssemos nos sentar lá dentro sem sermos interrompidos.

— O que aconteceu, Tae?

Tentando segurar as lágrimas, eu contei tudo para Hobi, que me ouviu com toda atenção.

— Eu sou um idiota. – Sussurrei.

— Sim, você é. – Hoseok respondeu calmo e eu o olhei assustado. – Como que você acredita nas palavras do seu ex namorado e não dá nem a chance do Kookie se explicar? Você sabe tão bem quanto eu que ele não beijou a garota. Alguma coisa aconteceu.

Coloquei as mãos sobre os olhos e comecei a chorar de novo.

— Não Taehyung, não adianta chorar agora. – Ele me repreendeu. – Você precisa achá-lo e precisa conversar com ele.

— Eu falei coisas horríveis para ele – Murmurei.

— Mas já falou. Não dá para voltar atrás. O que passou, passou. Agora dá um jeito de arrumar o futuro.

— Ele terminou comigo, Hobi. Disse que eu morri para ele.

— Ele disse isso da boca para fora. – O moreno respirou fundo. — Vocês estão de cabeça quente, quando tudo se acalmar, conversem.

Continuei me desmanchando em lágrimas enquanto o mais velho me abraçava e afagava meus cabelos.

— Eu sei, Tae. Eu sei que dói e sei o quanto dói. – Ele continuou me confortando. – Isso mesmo, chora. Coloca tudo para fora.

— Onde será que ele está? – Consegui falar entre o choro.

— Não sei, mas nós vamos encontrá-lo.

— Eu não devia ter ficado com ciúmes. – Sussurrei.

— Você tem todo o direito de ficar com ciúmes. O problema, é causar confusão por causa disso. Você sabe que ele não gosta dessas coisas.

— Eu fiquei com tanto medo de perdê-lo que acabei o afastando de mim.

— Eu vou conversar com ele depois, Tae.

— Obrigado. – Respondi sem graça. – Mas, me conta, e você e o Yoongi, estão bem? – Tentei mudar de assunto.

— Não. Nós disfarçamos hoje para não ficar aquele clima chato no noivado, mas eu já decidi que vou para a casa dos meus pais passar um tempo lá.

— Hoseok, seus pais moram longe daqui. E a faculdade?

— Vou trancar a faculdade.

— E ele já sabe disso? – Perguntei.

— Não. Vou falar quando chegarmos em casa.

— Não faça isso, Hobi. Suga te ama e você ama ele. Não cometa o mesmo erro que eu. O que de fato aconteceu com vocês?

— Ele ficou totalmente estranho comigo depois daquele dia na casa do Nam. Nós chegamos em casa e ele veio me perguntar se eu não estava satisfeito com ele, porque eu fiquei expondo nosso relacionamento e falando que não era o bastante. Aí ele passou a implicar com tudo o que eu falo e faço, quando eu tento me aproximar dele, ele simplesmente não tenta render assunto, não tenta fazer carinho, não me pergunta mais se eu estou bem...

— Poxa Hobi...

— Aquele dia no seu sítio, ele brigou comigo porque eu tentei beijá-lo, acredita? Recusou meu beijo, mandou eu deixar de ser grudento, disse que eu estava muito chato... Eu estou bastante chateado com isso, mas eu já tentei de tudo. Antes, quando nós brigávamos, independente do grau da briga, nós conversávamos e resolvíamos tudo. Mas dessa vez, eu acho que não tem jeito.

— Já tentou sentar com ele e conversar?

— Já, Taehyung. Mas ele sempre esquiva da conversa.

— Puxa ele para conversar à força. Manda ele te explicar o que está acontecendo. Fala o que você sente por ele e fala que você está disposto a mudar algo que esteja incomodando ele... Mas, deixa claro também, que se não resolver, você vai embora.

— Vou tentar. – Ele respondeu sem graça.

Quando olhei pela janela, vi Jin e Namjoon vindo na nossa direção e abri a porta.

— O que foi que aconteceu, Tae? – Jin perguntou todo cauteloso.

— Eu e Jungkook brigamos. – Dei um sorriso de derrota de lado. – E ele terminou comigo.

Jin colocou a mão sobre a boca e me olhou incrédulo.

— Nossa, nós precisávamos de todos vocês aqui. – Namjoon disse sem graça.

— Por quê? – Perguntei.

— Nós íamos chamar vocês para serem nossos padrinhos. – Jin respondeu com um sorriso bondoso e abraçou o braço esquerdo do noivo. – Mas não podemos fazer isso quando falta um de nós aqui.

— Tentem falar com ele. De repente ele volta. – Falei cabisbaixo. – Se eu ligar, ele não vai atender. Me desculpem estragar o noivado de vocês.

— Que isso, Tae. – Nam afagou meu braço. – Nós podemos fazer isso em outra oportunidade.

— Obrigado pela consideração. – Falei um pouco emocionado e comecei a chorar de novo, ganhando um abraço dos meus três hyung ali presentes.


 

Eles decidiram voltar lá para dentro e eu fiquei ali fora um pouco tomando um ar. De repente, Choi chega perto de mim com a desculpa de que foi me oferecer uma bebida:

— Não quero nada, Choi.

— Vamos, Tae. Pega alguma coisa.

— Não me chama de Tae. Você não tem essa liberdade. E eu quero uma coisa sim, distância de você. Por sua culpa, eu acabei de perder o amor da minha vida.

— Minha culpa? Eu não mandei você ir atrás dele e fazer papel de idiota. Só te dei informações que eu achei que seriam válidas para você.

— Você continua o mesmo cretino de sempre, não é? Vai cuidar da sua vida e me deixa em paz. Eu te odeio, Choi. Te odeio. – Falei um pouco mais alto.

— Olha aqui, Taehyung... – O mais novo foi interrompido.

— Você não ouviu? Deixa ele em paz. – Quando me inclinei um pouco, vi Mark se aproximando. – Se você não sumir daqui eu vou contar para os donos da festa que tem um garçom que além de trabalhar mal, incomoda os convidados.

Choi torceu o nariz e foi embora.

— O que você quer, Mark? – Perguntei sem vontade.

— Taehyung... – Ele começou. – Eu queria pedir desculpas a você pelo transtorno que eu ajudei a causar. Não era minha intenção chatear você quando eu emprestei minha blusa para o Kookie.

— Tá tudo bem, Mark. – Menti.

— Não, Tae, não está. Olha, se eu dancei com o Kookie, se eu emprestei a camisa para ele, foi porque ele é meu amigo. Conheço o Kookie há anos e sabe... eu gosto de meninas. – Ele sorriu sem graça. – Você me desculpa? Se não desculpar, eu vou te levar lá para dentro, e vou te forçar a dançar balé comigo.

— Tá bom, Mark. – Comecei a sorrir de verdade agora. Esse cara é uma piada. – Mas só desculpo porque não quero dançar balé. – Brinco.

— Olha, olha, em. Se não desculpar de verdade, vai dançar forró. – Ele bagunçou meu cabelo e me abraçou. – Não gosto de ver meus amigos tristes. Se precisar de mim para alguma coisa, só chamar tá?

Fiz que sim com a cabeça, recebendo uma risada do maior.


 

Voltamos para o salão de festas e o pai do Kookie veio conversar comigo:

— Taehyung, consegui falar com ele. – Ele disse aliviado.

— Onde ele está? Como ele está? – Respondi desesperado.

— Calma. Ele está bem. Só não quer conversar com ninguém agora.

— Ah... entendo.

Fiquei naquela festa o tempo suficiente que consegui segurar as lágrimas, mas chega uma hora que elas insistem em sair e eu decidi ir embora.

No caminho de volta, aquelas palavras proferidas mais cedo voltaram à tona e eu voltei a chorar.

Cheguei em casa e liguei para ele. Sim, eu liguei, mesmo sabendo que ele não iria atender e foi o que ele fez, então decidi mandar uma mensagem:

“Jungkook, eu sei que agora você me odeia, que não quer me ver mais, que não vai me atender, eu sei que o que eu fiz foi errado, mas conversa comigo? Eu preciso falar com você, nem que seja pela última vez. ”

Enviei.

Digitei mais uma, trêmulo:

“Eu amo você ”

Resolvi ouvir uma música e deixei no aleatório. Tem vez que eu acho, que de aleatório não tem nada, porque naquele momento, começou a tocar “Sing for you – EXO”.

Sabe quando você faz algo por impulso e só senta para pensar nas suas atitudes depois? Estou passando por esse momento agora, sentei na minha cama e tudo veio como um filme na minha cabeça.

Desembarquei com os hyungs no aeroporto e vejo aquele garoto sexy ao lado do Hoseok hyung, o mesmo garoto que não conseguia tirar os olhos de mim.

Pulo na piscina para salvar a vida de uma pessoa, que inicialmente, eu só tinha um interesse breve.

Nosso primeiro beijo, uma mistura de desejo, fruta, chocolate e o gosto doce da língua do mais novo se enroscando com a minha.

“Frouxo” – atrevido esse garoto, vou te foder todinho para ver quem é frouxo. Gostei. Gostei daquele corpo definido sob o meu, daquela boca macia passando pelo meu corpo, daquele cheiro que o mais novo emanava.

Sou levado para o banheiro e fodido com vontade pelo menor, que antes parecia tímido, mas de tímido não tinha nada.

Fui embora com meus pais... Meu coração doeu. Senti saudades. Queria um abraço do moreno. Queria senti-lo perto de mim.

Nos beijamos de novo dentro do meu carro. Um beijo apaixonado, gostoso, quente, delicado...

Nos divertimos por um dia inteiro, tacando pedrinhas no laguinho.

Dei uma aliança para ele. Sabia que o amava mais que tudo.

Tive os momentos mais felizes dessa vida.

E perdi tudo...

Voltei para a realidade me jogando na cama e deixando as lágrimas molharem meu rosto e meu travesseiro.

Chorei como uma criança. Chorei o bastante para sentir dores na cabeça e cair no sono.

Meu celular despertou 5:30 me lembrando que tinha uma coisa na qual eu precisava encarar: aula.

Virei de volta para o canto, definitivamente não estava nem um pouco afim de ir para a faculdade hoje, minha cabeça doía e eu estava cansado.

Abri os olhos abruptamente quando me lembrei que hoje era dia de ter aula com o Jungkook. Levantei correndo, tomei um banho e um remédio para dor e fui para a faculdade.


 

— Você precisa comer Taehyung. – Namjoon tentava me enfiar um biscoito enquanto eu ficava deitado na minha mesa morrendo de dor no estômago.

— Não quero, Namjoon. – Resmunguei.

Vim para a faculdade todo animado achando que conseguiria falar com o Kookie, mas ele não veio à aula.

Não tive vontade de comer, de conversar, de estudar, eu simplesmente descansei minha cabeça sobre a mesa e dormi o tempo todo.

Os outros dias foram do mesmo jeito, Jungkook não aparecia e eu não tinha vontade de fazer nada.

“Jungkook, porque você não foi à aula? Estou preocupado com você, fala comigo? ”
“Jeon, me dê notícias? ”
“Jungkook, eu quero conversar com você, me deixe falar com você? Por favor? ”
“Sinto a sua falta. ”
“Eu te amo, Jeon. Eu não estou suportando essa dor. Eu sei que fui um idiota, mas me deixa falar com você? ”
“Você é a coisa mais importante da minha vida. Não deixa isso acontecer com a gente... Me... perdoa? ”

Todas essas mensagens foram entregues e lidas, mas nenhuma foi respondida.

Os dias passaram e eu me sentia mais consumido pela dor, pela solidão, pela culpa... Eu precisava dele de volta, eu precisava falar na cara dele que o amava, pedir perdão pelo que fiz, dizer que ele era a pessoa mais importante para mim, dizer que... sem ele, eu não conseguiria viver.

Jeon Jungkook era fonte da minha saúde, da minha alegria, ele era o meu dono, dono do meu coração, dono da minha vida, era a cura das minhas dores, ele simplesmente era aquilo que eu nunca tive, ele me completava e eu o amava.

Nunca fui bom com palavras, mas peguei um papel e uma caneta e deixei registrado ali tudo o que eu sentia, ele precisava saber. Falar por mensagem não era o suficiente, ele precisava ler o que eu iria escrever, precisava me sentir através daquelas palavras, já que ele não me deixava chegar perto.

Dobrei com cuidado a folha e a encaixei num envelope vermelho, deixando um leve selar na parte superior do mesmo.

Peguei a chave do meu carro e fui atrás do amor da minha vida.

No meio do caminho, passei numa loja de chocolates e comprei uma caixa de bombons que eram recheados com uva.

— Isso é para ele se lembrar do gosto do nosso primeiro beijo. – Sussurrei para mim mesmo enquanto pegava os bombons juntamente com a carta no banco do carona.

Saí do carro, respirei fundo e bati a campainha.

A porta se abriu...


Notas Finais


Gostaram do Tae narrando? Pretendo fazer isso mais vezes, precisamos entender os dois lados, não é mesmo?
Não me odeiem, e não odeiem o Tae!
Obrigada pelos favoritos, comentários, leitores fantasmas... amo vocês!
Beijux


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