História Good Boy - No casamento pt.2

Eu juro que eu pensei que ele ia me empurrar e brigar comigo. Fiquei com medo de soltá-lo e receber um belo tapa na cara, mas fui surpreendido pela língua do outro pedindo passagem sobre meus lábios.

Obvio que permiti na hora, passei minhas mãos para seu rosto e aprofundei o beijo, sentindo aquele gosto que eu tanto tinha saudade.

Taehyung me segurou pela cintura, soltou meus lábios e me empurrou até eu encostar na cerquinha. Seus braços me envolveram pela cintura, e ele me abraçou forte, voltando a me beijar. Aproveitei o momento e o abracei também, deixando meus braços em volta do seu pescoço, onde eu comecei a fazer carinho.

Ai Taehyung, como eu te amo... Como eu estou sentindo a sua falta...

Nosso beijo era lento, porém intenso. Nossas línguas se enroscavam uma na outra com majestade, Taehyung chupava de leve minha língua e dava mordiscadas fracas no meu lábio inferior.

Eu realmente me surpreendi com a atitude do mais velho, de aceitar o meu beijo assim. Será que ele estava passando pelo mesmo que eu? Essa necessidade enorme de tê-lo comigo?

Eu não podia perdê-lo, eu preciso dele.

Taehyung, eu preciso de você. Eu te amo.

Acho que pela primeira vez, a falta de ar nos permitiu beijar por um tempo a mais, porém, ela resolveu chegar.

Chupei de leve a língua do ruivo e passei seu lábio entre meus dentes, cortando o beijo com selinhos rápidos. Eu não sabia o que fazer depois disso, então eu o abracei forte, escondendo meu rosto no seu pescoço e inalando aquele cheiro que me deixava louco.

— Eu sinto tanto a sua falta. – Sussurrei.

— Eu também sinto a sua. – Ele me respondeu no mesmo tom.

Me afastei um pouquinho do seu pescoço e apoiei minha testa na dele e fiquei fitando seus lábios.

— Vamos resolver isto?  – Disse ainda aos sussurros e olhei nos seus olhos. – Eu não aguento mais ficar assim.

— Vem cá. – Ele pegou na minha mão e me levou em direção à casa. Nós passamos por trás para não sermos vistos por ninguém.

Tae me guiou pela casa escura e me levou direto para o seu quarto.

— Aqui nós podemos conversar sem que nos interrompam. – Ele disse, acendendo a luz.

— Eu não sei por onde começar. – Eu realmente estava sem graça com a situação e fiquei encarando o chão.

— Kookie? – Ele se aproximou de mim e pegou no meu rosto. – Olha para mim? – Ele pediu e eu obedeci. – Me perdoe por tudo o que eu fiz? Por favor. Eu sei que eu não tenho o direito de ter ciúmes de você, mas isso é inevitável. Eu simplesmente não consigo não sentir ciúmes de você, mas eu prometo que vou me segurar e não vou mais brigar com você por causa disso.

— Taehyung, aquele dia você acabou comigo. Disse que tinha nojo de mim, não quis ouvir o que eu tinha para dizer, simplesmente me humilhou e não me deu a chance de explicar. Você sabe o quanto isso me doeu? Você sabe quantas vezes eu pensei em te ligar, em falar com você, mas quando eu lembrava daquelas palavras eu simplesmente desistia porque eu ficava sem chão? De noite, a tristeza tomava conta de mim e eu chorava até dormir.

— Eu sei que fui um idiota. É por isso que desde aquele dia, eu estou aqui e quero me redimir com você. – Ele soltou meu rosto e sentou na cama. — Quando eu vi o canalha do Choi na festa, aquela insegurança que eu tinha perdido quando fiquei com você, voltou por inteiro. Eu simplesmente juntei tudo e acabei descontando em você. É por isso que eu te peço do fundo do meu coração, que me perdoe. Eu sei que errei, eu estou disposto a fazer o possível e o impossível para que nós possamos ficar bem. – Ele começou a chorar. – Eu morro de ciúmes de você com o Jimin, é um ciúme muito grande. – Ele tampou o rosto com as mãos. – Mas o amor que eu sinto por você é muito maior. Eu nunca me senti tão amado assim, eu nunca pensei em dar uma aliança para alguém, nunca tive coragem de me entregar do jeito que eu me entreguei a você. Você é a pessoa mais preciosa desse mundo e eu ainda te magoei.

Me ajoelhei de frente para ele e tirei suas mãos do seu rosto.

— Tae? – Chamei o ruivo que mantinha os olhos apertados para não me olhar.

— Me desculpe por ser assim, Kookie. – Ele soluçava de tanto chorar. – Eu sei que você e o Jimin são amigos desde criança, mas eu sou um idiota ciumento que não consegue separar as coisas. – Nunca vi alguém chorando desse jeito, o rosto dele agora estava todo molhado e ele soluçava ainda mais. – S-se v-você n-não qu-quiser mais n-nada c-comigo, eu te p-prometo que te deixo em p-paz. V-você tem t-todo o direito de não me p-perdoar.

— Tae, olha para mim?

— Isso dói tanto... – Ele sussurrava entre o choro. – Me perdoa, Kookie? E-eu t-te a-amo..

— Taehyung, você tem que entender duas coisas. – Ele finalmente me olhou. – A primeira é que você tem todo o direito de ter ciúmes de mim. Eu só não gosto que brigue comigo por causa disso. Eu nunca dei motivos para você brigar comigo por ciúmes e nunca vou dar. O fato de eu ter dado carona para o Jimin não é um motivo, o fato de eu brincar com ele não é motivo, na festa, a garota que me agarrou e me beijou, não fui eu que a beijei, e mesmo assim, eu a empurrei na hora. Quando você me conheceu, eu e o Jimin já éramos amigos e isso não vai mudar.

— Eu sei, Kookie.

— A segunda coisa, é que sim, eu já tive um caso com o Jimin, mas eu larguei dele por sua causa. Ele brigou comigo aquele dia por sua causa e eu escolhi você. O Jimin também não gosta de mim, se ele me quisesse, ele tinha me aceitado na época que eu disse que gostava dele e se eu gostasse dele, eu não teria te escolhido. Mas é você que eu amo e é você que eu quero. É difícil entender isso?

— Não – Ele sussurrou.

— É difícil entender que sem você eu não sou capaz de viver? – Ele balançou a cabeça negativamente e deu um sorrisinho de lado.

Me levantei, sentei perto dele e virei seu rosto para mim.

— É difícil entender que eu preciso de você, do seu sorriso, do seu olhar, do seu carinho, do seu amor? – Eu me aproximei o bastante para sentir o calor saindo da sua boca.

— Não...

— Eu te prometo que vou te ensinar a controlar seus ciúmes, te prometo que vou saber te ouvir se você quiser reclamar de algo, te prometo que vou te respeitar e amar somente você.

Eu enfiei a mão por baixo da gola da minha camisa e puxei o cordão com a aliança, o que deixou o ruivo surpreso. Tirei a aliança do cordão e mostrei para ele:

— Volta para mim? Eu amo você.

Taehyung abriu um sorriso lindo e também puxou um cordão com sua aliança pendurada nele.

— Eu volto para você, se você aceitar de volta esse idiota que dá piti por ciúmes, esse bobo que sente ciúmes do seu amigo de infância, esse imbecil que é cheio de defeitos, mas que acima de tudo, ama você e te promete que vai aprender a controlar os ciúmes, te promete que vai te ouvir sempre e sempre, vai te respeitar e te promete que vai te dar todo o amor do mundo.

— Eu te aceito de volta. – Peguei na aliança dele e enfiei em seu dedo.

— E eu aceito voltar para você. – Ele pegou a minha aliança e enfiou no meu dedo, levantando minha mão e deixando um beijo por cima.

Puxei o mais velho pela nuca e o beijei de novo. Tae foi me empurrando devagar, me fazendo deitar na cama e subiu por cima de mim.

— Eu te amo. – Ele disse entre o beijo e dobrou minhas pernas para se encaixar ali direito.

— Eu também te amo. – Respondi do mesmo jeito, passando a fazer carinho na nuca dele com minha mão esquerda e a apertar sua cintura com a direita.

Apesar da festa que rolava lá fora, o quarto do Taehyung estava bem silencioso, eu só conseguia ouvir a nossa respiração e o som do nosso beijo.

Tão excitante.

O ruivo passou a dar beijinhos pelo meu pescoço e deu uma chupada de leve.

— N-não, Tae... – Cochichei. – Você não pode marcar meu pescoço agora, estamos no meio do casamento.

— Relaxa, minha mãe tem umas maquiagens aqui. – Ele sussurrou.

— Anh, Taehyung – Gemi quando ele chupou mais forte. — P-para, Tae... – Eu mandava ele parar, mas eu bem que estava gostando, porém, nós não podíamos ficar ali por muito tempo, éramos os padrinhos e o casamento já devia estar quase na hora.

Eu mal cortei meus pensamentos e o meu celular tocou.

— Ah não... – O ruivo reclamou e se levantou de cima de mim.

— Oi, mãe? – Atendi.

— “Jungkook, onde você se meteu? Já estão procurando vocês para realizarem o casamento. Vem para cá logo e manda o Taehyung vir junto, eu sei que ele está aí. ”

— Estou indo. – Desliguei o celular.

— Já vão se casar? – Tae perguntou e eu assenti dando um sorriso sem graça. – Aaaaaah. – Ele revirou os olhos, veio para perto de mim e me beijou de novo.

— Meu pescoço está marcado? – Perguntei.

— Só um pouquinho – Ele olhou e sorriu.

— Então arruma isso, Taehyung.

— Vem cá – Ele ficou rindo da minha cara e me puxou para o quarto dos pais dele. – Deita um pouco a cabeça, para eu não sujar sua roupa.

Virei um pouco de lado enquanto o ruivo fazia as mágicas com a maquiagem da mãe dele.

— Pronto. Já tampei tudo.

— Tem certeza? – Perguntei olhando no espelho.

— Não confia em mim?

— Não. – Brinquei com o mais velho e lhe dei um beijo na ponta do nariz. – Vamos. – Peguei na sua mão e saímos para o casamento.

Realmente, todos estavam à nossa espera e Namjoon suspirou de alívio quando nos viu.

Nós ficamos nas nossas devidas posições e deixamos o casamento rolar.

Estava simplesmente incrível a cerimônia, fiquei muito emocionado pelos meus dois amigos protetores ali tão felizes mostrando seu amor para todo mundo. Eles merecem isso e muito mais, eles são incríveis.

Quando o casamento terminou, todos formos cumprimentar os noivos e depois ficamos ali num cantinho esperando todos os convidados irem lá.

— Você está tão lindo. – Tae sussurrou para mim e me abraçou. – Tão cheiroso...

— Você também está, meu amor. – Taehyung abriu aquele sorriso retangular lindo dele e me beijou.

Resultado? Hoseok entrou em modo berro do nosso lado e todo mundo o acompanhou, gritando junto.

Não aguentamos segurar e começamos a rir entre o beijo.

— Parem com isso. – Pedi todo envergonhado, enquanto meus hyungs vinham nos dar um abraço coletivo.

Já era tarde da noite quando a festa acabou. Confesso que estava cansado por ter acordado cedo hoje e ter ficado em pé praticamente o tempo todo.

Meus pais também já tinham ido embora e só ficou nós oito lá, por enquanto, porque Jin e Namjoon sairiam em lua de mel bem cedo.

 — Estou com dor nas costas, nas pernas, nos braços... – Falei com o Tae e comecei a rir.

— Toma um banho, amor. Bom que você relaxa um pouco. – Ele me deu um beijo na bochecha. – Vai lá, que eu também vou.

Kim Taehyung ON

Enquanto o Kookie ia tomar seu banho, eu também fui tomar o meu.

Deixei aquela água quente cair com vontade, me deixando muito mais tranquilo. Desliguei o chuveiro, dei uma secada rápida no corpo, vesti meu pijama deliciosamente confortável e saí do banheiro esfregando a toalha no cabelo para tirar o excesso da água.

Me joguei na cama, esticando as costas e gemendo de alívio.

Alguém bate na porta:

— Entra. – Gritei.

A porta abriu revelando Jungkook, também com os cabelos molhados e de pijama.

— Vai gostar de ficar no escuro em. – Ele entrou e fechou a porta.

— Não está escuro, o abajur está aceso. – Sorri e sentei na cama.

— Vim te desejar boa noite. – Ele sussurrou enquanto subia em cima de mim.

— Ah que amor. – Peguei no seu rosto e o puxei para um beijo.

Eu sentia tanta falta dele, e agora, estar ali nos seus braços, me trazia tanta paz.

Desci minhas mãos para sua cintura e fiquei dando apertos leves, enquanto Jungkook aumentava a velocidade do beijo.

Puxei o moreno para mais perto, o fazendo sentar sobre meu membro, o que fez ele arfar.

— Ai, Tae... – Ele falou entre o beijo. – Nós não podemos.

— E por que não? – Desci minha boca para seu pescoço e voltei a dar chupadinhas.

— Os hyungs podem ouvir. – Ele deu uma gemida e eu sorri sobre a pele do mais novo.

— Meu quarto tem abafador de som, Kookie. Ninguém nos ouve e nós não ouvimos ninguém.

— É sério? – Ele me olhou assustado. – Por isso que naquela hora eu não ouvi som algum da festa?

— Exatamente. Você pode ficar aqui comigo essa noite, sabe? – Dei um selinho nele. – Nós podemos comemorar... – Mordi sua orelha. – Podemos curtir o outro, oficializar a nossa volta... – Chupei forte seu pescoço.

— Aah espere um pouco. Vou pegar uma coisa. – Ele disse animado e se levantou correndo de mim.

Kookie saiu do quarto e rapidinho ele estava de volta, com aquele sorriso maravilhoso que só ele sabe dar.

Ele entrou, trancou a porta se virou para mim com um sorriso malicioso e pulou em cima de mim.

— Feche os olhos. – Ele ordenou e assim eu fiz...