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História Good boy Or Maybe Not - A verdade aparece...


Escrita por: s3xycurlss

Notas do Autor


Espero que gostem ☺

Capítulo 2 - A verdade aparece...


Fanfic / Fanfiction Good boy Or Maybe Not - A verdade aparece...

Eu continuava sentada no balcão da cozinha com ele no meio das minhas pernas me encarando, olhando para cada minimo detahe de meu rosto, que por sua causa estava totalmente vermelho.

- Para de ficar me olhando assim... - falei com a voz baixa e desviando o olhar do seu.

- Assim como? Apenas estou gravando cada detalhe do seu rosto em minha mente. - sua voz era risonha.

- Tenho que ir pra casa. - falei ainda sem lhe olhar nos olhos, na verdade eu nao tinha que ir pra casa e ele sabia muito bem disso, eu apenas queria fugir dessa vergonha existencial que se apossou de mim por causa dele, isso ainda parecia um sonho pra mim, porque convenhamos, ele é famoso, lindo, perfeito, tudo de bom, e eu? bom uma coisinha estranha e insignificante, porque diabos ele me beijou mesmo?!

- Ainda esta cedo... quero te conhecer mais um pouco. - ele falou enquanto me tirava do balcão da cozinha, me colocando de pé no chão.

- Não sou alguém especial. - falei bufando em desagrado por ele querer saber de mim, o que que tinha de bom para saber de mim? exatamente nada, não existia nada de bom em mim...

- Agora é para mim. - ele disse pegando minha mão e me arrastando para a sala, onde nos jogou no sofa, fazendo com que eu ficasse em cima dele.

- hm?! - resmunguei um pouco assustada com a resposta dele.

- Okay, vamos começar com as perguntas, quantos voce tem? Voce não parece que nasceu aqui, então de onde voce é? Ainda estuda? Como são os seus pais? Gosta de que cantores alem de mim? - ele disse totalmente despreocupado, com seus braços envolta da minha cintura, me segurando em cima de si.

- Nossa... hm, tenho 17 anos, sou de taiwan, estou no ultimo ano na escola, são legais, porque quer saber deles? não me vem nenhum em mente no momento... - respondi suas perguntas meio sem graça.

- Ah, so pra saber mesmo, pera... voce tem 17 anos? Serio? - ele parecia meio assustado.

- hm, sim, porque?

- Pensei que fosse mais nova, sei la uns 15 anos, voce é muito baixinha... - magoou, mas nao demonstrei.

- Hm, sua vez de me responder, apesar de ja ter uma ideia de quantos anos voce tem, mas quantos anos voce tem? Como os seus pais são? Gosta da sua carreira? Tem namorada? Afinal nunca vi voce aparecer com uma mulher ate agora.... - eu queria cavar um buraco e me enfiar dentro dele quando falei a ultima parte.

- Tenho 25 anos, meus pais são normais, meio caretas mas normais, gosto acho que foi uma das melhores coisas que me aconteceu ate hoje, e não, não tenho namorada, não é exatamente por falta de vontade ou opção, mas porque é complicado, trabalhar no ramo da musica voce quase nao tem tempo para ficar com a sua familia, agora imagina com uma namorada? Então eu preferi deixar essa parte um pouco de lado, mas isso tambem não significa que eu não saio para me divertir algumas vezes... - sua voz tomou um tom malicioso extremamente grande, e não preciso dizer que isso me deixou constrangida né?!

- Entendo... - sussurrei.

- E voce o que faz para se divertir? - sua voz maliciosa continuava presente, senhor me tire daqui imediatamente!

- Gosto de assistir filmes ou ler enquanto escuto minhas musicas. - falei dando de ombros, tentando parecer indiferente.

- Voce não sai com seus amigos? - ele perguntou sem entender.

- Voce precisa ter amigos pra sair com eles, não acha? - falei meio avoada, não gostava de falar nesse assunto.

- Como assim? - ele perguntou assustado, ele se sentou e me pos sentada na sua frente, fazendo com que ficassemos cara a cara.

- Ah.. deixa isso pra lá, não é nada importante.. - falei dando um meio sorriso para logo depois abaixar a cabeça.

- Vamos Chiwa, me explica porque voce não tem amigos? - sua voz era dura e fria, e isso me deu um aperto no peito, eu queria aquela voz doce e gentil novamente.

- Ah... a uns quatro anos eu perdi meu irmão mais novo, agora ele estaria com 16 anos, nós dois sofremos um acidente de carro quando estavamos voltando da escola em taiwan, o carro veio na minha direção, era para eu ter morrido, mas o Yui me jogou para o lado sofrendo todo o impacto por mim... depois daquele dia eu entrei em uma depressão profunda, não saia de casa e me afastei de todos que conhecia, eu ficava a maior parte de meu tempo trancada no quarto do Yui, me perguntando o porque ele tinha ido no meu lugar, ele deveria estar vivo, ele deveria estar aqui conosco e me enchendo o saco para lhe dar dinheiro para ir ao cinema com os amigos, era horrivel naquele primeiro ano, eu mau dormia pois sempre que fechava meus olhos lembrava da imagem do corpo do meu irmão jogado a minha frente todo ensanguentado assim como as minhas roupas estavam, por causa de eu ter o abraçado tentando manter ele vivo, eu entrava em panico algumas vezes, quando olhava para a minhas mãos eu enchergava seu sangue nelas. Meus pais sofreram junto comigo, eu mau ia para a escola e inumeras vezes tentei me machucar, quando eu comecei a melhorar um ano atras, meus pais receberam a promoção de trabalho e viemos morar aqui, meu refugio era os meus livros e suas musicas, desde quando começamos a morar aqui, eu me mantenho afastada das pessoas, não quero criar laços com alguem e ter que perde-los mais tarde... - minha voz saia embargada e meu rosto totalmente banhado pelas minhas lagrimas, ele me olhava surpreso e sem saber o que falar, eu odiava relembrar tudo aquilo, lembrar do Yui correndo no quintal de casa sorrindo me machucava demais, meus pais ate tiraram as fotos dele da sala, deixando apenas em seu quarto, pois eles sabiam o quanto aquilo ainda me fazia mal.

- Me desculpa, não queria fazer voce se lembrar disso tudo! - ele me puxou contra seu peito, onde eu desabei e chorei ainda mais, eu sentia sua camiseta ficar cada vez mais e mais molhada pelas minhas lagrimas, eu queria parar, mas aquela dor tinha voltado, as imagens dele tinha voltado, e se passavam como um filme em minha mente, me deixando atordoada e sem saber o que falar, os soluços saiam de minha garganta desesperadamente quase me fazendo engasgar algumas vezes, ele fazia carinho em meus cabelos tentando me acalmar.

- Por favor... por favor, tira essa dor de mim! - eu falei entre os soluços, me apertando mais contra ele, escondendo meu rosto em seu peito.

- Eu to aqui, se acalma, eu não vou te deixar sozinha... nunca.... - ele sussurava em meu ouvido, aos poucos minhas lagrimas iam parando, e eu ia me acalmanda.

Quando parei de chorar, ele continuou mais algum tempo me abraçando e eu nao me mexi um centimetro se quer, eu nao queria que ele me largasse, eu nao queria sair daquele abraço onde aquela dor insuportavel quase não existia, eu queria permanecer ali para sempre.... Ele sem ao menos saber, sempre foi o meu refugio, quando comecei a ir ao medico e tratar minha depressão, em um certo dia no trem tocou a musica "black" dele, e por curiosidade eu pesquisei ate achar a musica, e comecei a escutar suas musicas, e desde então sempre que me sintia mal eu as ouvia, e agora quem esta me acalmando é ele novamente, so que dessa vez, pessoalmente....

- Voce esta bem? - ele pergunto me afastando minimamente de si e acariciando meu rosto manchado pelas lagrimas de agora a pouco.

- Estou, obrigado. - falei com a minha voz rouca lhe mostrando um meio sorriso.

- Voce parece tão indefesa, que me faz querer cuidar de voce o tempo todo... - ele sussurrou se aproximando de mim.

- Talvez eu precise ser cuidada... - falei fungando sentindo meus olhos marejarem novamente.

- Isso é um convite senhorita Inara? - ele perguntou meio divertido me dando um sorriso encantador.

- Pode ser. - falei sorrindo de volta, mas eu sabia que aquele sorriso não chegava em meus olhos, era apenas um sorriso vazio que eu aprendi a esboçar quando me perguntava se eu estava bem.

- Não sorria desse jeito. - ele falou serio, ele foi o unico que tinha percebido o quão falso era aquele sorriso.

- Desculpa... força do habito... - sussurrei de cabeça baixa.

- Eu vou fazer voce perder esse habito, não importa quanto tempo leve... - ele falou enquanto erguia meu rosto me fazendo olha-lo nos olhos.

Ele se aproximou de mim e me beijou, era um beijo calmo que me passava segurança, ele me puxou para o seu colo me fazendo ficar sentada em cima de si, suas maos ainda presas em minha cintura e as minhas em seus cabelos que me cativavam, eu era encantada por aquele cabelo e era maravilhoso senti-lo em meus dedos, aquela maciez me deixavam meio entorpecida. Eu senti sua lingua entrar em minha boca e se enroscar na minha e então eu me desliguei de vez, apenas me concentrando em nossas bocas unidas, e o quanto aquilo estava me fazendo bem. Quando o ar nos faltou nos separamos um pouco para recuperar-lo, minhas mãos permaneciam paradas em seus ombros, quando olhei em seu rosto o vi sorrir minimamente me fazendo sorrir junto dele. Por algum motivo senti olhei em seu ombro onde minha mão se emcontrava, a encontrando completamente ensanguentada, quando olhei rapidamente para o seu rosto, não encontrei o Dragon ali, e sim o Yui coberto de sangue.

- Yui... - sussurrei sentindo o panico tomar conta de mim, meu corpo começou a tremer.

- Chiwa! - eu ouvia a voz do Dragon, mas não era ele na minha frente, era meu irmão caçula coberto de sangue e me olhando como se me culpasse pelo que aconteceu com ele.

Eu fechei meus olhos os apertando tentando me livrar daquilo, ele não podia voltar agora para me atormentar novamente, por favor, de novo não, isso ja quase acabou comigo uma vez, eu não quero aquilo novamente, eu quero poder esquecer, por favor, por favor... Eu senti meu corpo amolecer e então abri meus olhos rapidamente a tempo de ver o rosto do Dragon me olhar preocupado e o Yui de pé logo atras dele.

- Você me matou... por sua culpa eu morri... eu deveria ter deixado o carro bater em voce... mas eu era uma criança idiota que não sabia o que estava fazendo, mas agora eu sei... era voce que deveria estar morta agora e não eu... - ele falava com rancor, cada palavra era como uma faca entrando em meu peito.

- Yui... me desculpa.... por favor... - eu sussurrei, me sentia fraca e foi apenas questão de segundos ate a escuridão me engolir por inteira, eu me deixei levar, eu ja nao me importava com o que aconteceria comigo, eu so queria fugir daquele lugar e ficar sozinha, e a escuridão me permitiu exatamente isso, então porque recusa-lá? Eu a aceitei de bom grado, como aceitamos um copo d'água quando estamos morrendo de sede...


Notas Finais


Se tiver algum erro me desculpem... espero que tenha ficado bom, então é isso ♥​

Até o próximo capitulo ☺♥


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