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História Gosto do amor - Distância.


Escrita por: llimonada

Capítulo 8 - Distância.


Era segunda, a rotina de trabalho estava de volta batendo na porta. Como de costume, Renata acordou mais cedo, já com seu livro e uma xícara de café forte e quente pra se aquecer naquela manhã fria. O dia estava tranquilo, pelo menos era a impressão que ela tinha, queria que continuasse assim pelo resto do dia. Estava cansada, apesar de não ter feito muito no domingo, estava cansada e não sabia bem o motivo. 

Depois de sua mania de todas as manhãs, Renata foi se arrumar pra ir pra redação. Tinha escolhido um terninho preto para apresentar o jornal, tinha um tempo que não usava e gostava de como ficava usando terninho. Não demorou muito e ela já estava na redação, comprimento todos e passou na sala de William pra ver como as coisas iriam se desenrolar ao logo do dia. 

- Como estão os meninos? - Bonner perguntou. 

- a...ah, estão bem. - Renata disse.

- Hoje as coisas estão tranquilas. 

- Tranquilas? - Renata riu. - Não é hoje que vão começar a analisar o impeachment do Bolsonaro?  impossível ser um dia totalmente tranquilo. 

- Por enquanto está, Rê - Bonner brincou- mas bem, POR ENQUANTO- deu ênfase. 

- Vamos ver até onde vai, eu vou pra minha sala - Se despediu rapidamente do amigo, e foi direto pra sua sala. 

Desde quando foi chamada pra bancada do JN, Bonner já estava atrás dela há muitos anos. Renata o conhecia mas apenas de corredores em meio a correria ou em festas da firma, foi ter mais intimidade com o diretor depois de entrar definidefinitivamente para a equipe do jornal. 

As coisas ao decorrer do dia foram de fato tranquilas, como Bonner havia tido. Mas de qualquer forma, Renata resolveu se ocupar o máximo que podia e em sua sala, para não encontrar com Anne pelo corredores, sabia que ela já tinha chegado a algum tempo pois tinha ouvido alguém chama-lá. 

- Renata, você precisa se maquiar já - Uma maquiadora disse entrando na sala. 

- Claro, estou indo. obrigada- respondeu de forma gentil. 

Quando chegou na sala para se maquear Anne já estava em um das cadeiras também fazendo sua maquiagem, Renata brevemente cumprimentou ela com um boa noite e um sorriso e se sentou em sua cadeira. Normalmente conversariam durante todo o processo mas dessa vez não, o silêncio das duas no ambiente era perceptível pra qualquer um, inclusive para as duas maquiadoras.

Depois que finalizou a maquiagem e o cabelo, Renata tinha chamada para gravar. Enquanto se ajeitava pra gravar, todos quase estavam de olho na jornalista como de costume mas ela só conseguia reparar em uma pessoa específica, Anne, que parecia estar que seu olhar vidrado. Sentia seu corpo ferver com o olhar da mulher mas tentava ao máximo só concentrar em seu trabalho, não gostava de entregar nada de qualquer forma ou ficar repetindo a mesma coisa toda hora. 

- Arrasou - Bonner disse animado se sentando em sua cadeira. 

- Todo dia você fala isso - Renata disse rindo. 

- Deve ser pelo fato de você arrasar todos os dias, Rê. 

Ainda tiveram um certo tempo pra conversar antes que o jornal entrasse no ar. Quem entrou se levantou para a chamada de previsão do tempo, foi Bonner, Renata apenas observou de sua cadeira. O resto do jornal foi totalmente tranquilo.

- E ai, você vai na festa da firma com quem? - Bonner perguntou pra Anne. 

- Eu não sei, talvez sozinha.

- É quando essa festa? - Renata perguntou entrando na conversa. 

- Sexta. 

- Tem par, Rê? 

- Ainda não mas acho que já tenho em mente uma pessoa. 

No mesmo momento em que terminou de falar, os olhos de Anne se reviraram e ela se mexeu de forma inquieta, talvez tal ato tenha passado despercebido por William mas pra Renata que queria rir, não. 

- Quem é? Anne perguntou séria.  

- No dia, você vai saber. - Renata se limitou a dizer, também seria. - Agora eu preciso ir, vou jantar com a Lanza. 

Renata se despediu brevemente dos dois e foi direto pra casa, havia combinado com a irmã de jantarem, tinha um tempo que não tiravam um tempo assim pra duas e ela também precisava contar o ocorrido do final de semana, preferia que fosse pessoalmente. 

Lanza tinha a chave do apartamento de Renata assim como Renata tinha a chave do apartamento dela, apesar das duas não entrarem sem permissão uma da outra, tinham mais para casos de emergência caso necessário. 

- Chegou tem muito tempo? - Perguntou Renata vendo a irmã na sala. 

- Só o tempo de fazero nosso jantar. 

- Calma, Lanza Mazza cozinhou? - ironizou

- A gêmea cozinheira é você mas eu tenho alguns dons. Os meninos já jantaram, eu disse que queríamos conversar sozinhas. 

- fez bem, vamos comer. 

Lanza rapidamente ajeitou a mesa para as duas sentarem e ajudou a irmã a colocar comida. Enquanto faziam isso, Renata contava tudo o que tinha acontecido.

- Se você agiu da mesma forma que está me falando agora, eu sinto em te dizer que você foi idiota. - Lanza a repreendeu. - Ela está passando por um momento conturbado. 

- Não, eu entendo bem sobre momentos conturbados, eu casei duas vezes. Mas, isso não me dava a oportunidade de beijar outras bocas pra me certificar se era com o meu marido que eu queria ficar. 

- Renata, pare de ser tão racional. Talvez você quando passou por esses momentos teve a sua foram de reagir, ela outra. Você deu carinho pra ela, deixou ela feliz, causou coisas boas e ela se confundiu. 

- Mas ela podia ter me avisado que tinha um alguém, assim como eu, ela é adulta, devia saber medir as coisas. 

- Me diz o que você sente por ela. 

- Eu não sei, desde o momento que eu a vi, me senti difrente. Ela me causa um sensação boa, eu fico nervosa de uma forma gostosa como acontecia na adolescência, sabe? - Perguntou. 

- Te entendo e queria te falar que você está apaixonada, tata. - Lanza riu. - você precisa conversar com ela. 

- Tudo bem, eu vou ver isso. Agora me diz, vamos na festa da firma? é na sexta, queria minha irmã comigo. - Renata fez biquinho, como uma criança. 

- Quer que eu te acompanhe? 

- Também. Tenho o direito de convidar duas pessoas. 

- Eu e quem? 

- Eu tenho uma pessoa em mente mas preciso ver se ela vai aceitar. 

- Anne? - Lanza perguntou. 

- Não. 

Lanza olhou desconfiada mas não perguntou mais nada, sabia que Renata não ia contar até que chegasse no dia. 

 



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