1. Spirit Fanfics >
  2. Grace Mate >
  3. Sensitive Crazy

História Grace Mate - Sensitive Crazy


Escrita por: BunBunny

Notas do Autor


Oi pessoinhas que eu amo demais <3
Vim aqui só para avisar que, como tudo o que é bom dura pouco, Grace Mate não é diferente.
Não está tão longe do fim mais, mas juro que irei dar ótimos capítulos para vocês ainda, ok?
Estou me divertindo muito escrevendo essa fanfic, e espero que vocês estejam lendo ela <3
Obrigado a todos que acompanham, favoritam e comentam. Por favor me perdoem a demora, mas é porque eu tento fazer tudo o mais perfeito possível para vocês, ok?

Enfim, Boa leitura!

Capítulo 5 - Sensitive Crazy


 Dean se sentiu sendo lentamente puxado para a consciência, sentindo-se tão confortável quanto a muito tempo não havia sido, um corpo quente ao seu lado tinha um braço pela cintura e a cabeça deitada parcialmente em seu ombro e peito, as pernas encolhidas envolviam uma de suas próprias, e foi só quando Dean digitalizou em sua mente todos esses detalhes é que ele se permitiu abrir os olhos, vendo como Cas tinha os seus próprios fechados, a boca levemente aberta com a respiração pesada, dormindo.

"Anjos não dormem minha bunda..." Pensou, passando a mão livre no rosto, movendo-se levemente para tentar esticar os músculos e travando ao sentir o anjo se agarrar ainda mais a ele, o movimento deixando seus membros já dormentes ainda mais doloridos e ele soltou um suspiro, fechando os olhos apenas para voltar a abri-los e ver, um par de olhos azuis elétricos olhando-o diretamente.

—Cas, amigo, eu sei que deve estár confortável, mas toda a parte do meu corpo que você está deitado em cima estão dolorosamente dormentes agora, então será que você se importaria...? – Ele resmungou, a voz ainda muito rouca de sono, suspirando quando o anjo o deixou ir com um pedido de desculpas, rolando na cama para poder se sentar.

Dean flexionou os músculos duros rapidamente com uma careta e olhou para o anjo meio nu sentado na beirada da cama, olhando para ele parecendo levemente preocupado, mas muito melhor que na noite anterior, não estava mais tão pálido, e as olheiras com certeza eram mais claras, recuperação anjo era simplesmente perfeita. Quando o formigamento nos braços e nas pernas passou ele voltou a se deitar, puxando o braço do anjo para que ele caisse ao seu lado novamente, beijando sua têmpora e vendo-o retribuir com um em seu pescoço.

—Anjos não dormem, hein?

—Não, eu estava em um estado de repouco.

—Você estava babando no meu ombro.

—Oh... minhas desculpas. – Murmurou sem parecer realmente muito arrependido, escondendo o rosto na curva do pescoço de Dean, o caçador xingando-o mas sem qualquer indício de raiva. —Só teve uma vez que dormi, como um anjo.

—Quando? – Dean perguntou, acariciando preguiçosamente os cabelos rebeldes de Cas, os olhos fechados enquanto sentia o calor quase anormal do anjo contra seu corpo.

—Quando eu peguei as alucinações de Sam da Jaula. – Castiel comentou desinteressado, mas Dean rapidamente abriu os olhos para olha-lo e prestar atenção. —Eu ainda era um anjo, mas minha graça estava, como você diz mesmo?

—Descarregada?

—Isso. Então eu era quase humano, e então tinha que lidar com Lucifer, e você sabe, ficar acordado o tempo inteiro não iria me matar mesmo estando ‘descarregado’ – Ele fez aspas no ar —, mas era desgastante ter o diabo cantando no meu ouvido 24 horas por dia a mesma música.

—Qual?

—Importa?... Huh.. Bohemian Rhapsody do Queens.

—Não é uma musica ruim.

—Sim, quando não é cantada 327 vezes seguidas. – Castiel respondeu secamente e Dean teve que concordar. Ficando em silêncio logo após isso. — De qualquer forma Meg me deu esses calmantes, altas doses disso…

—Essa-

—Não! Não… Meg foi… surpreendentemente uma boa amiga apesar de sua natureza, e cuidou de mim enquanto você e Sam tentavam arrumar a minha bagunça. - Dean queria apontar venenosamente que o demônio parecia um pouco mais do que uma amiga, mas decidiu por não, vendo a tristeza nas feições de Cas. Além disso, ele definitivamente não estava com ciúmes.

—Por que você ficou daquele jeito? Você sabe, meio fora de sintonia.

—Pelo contrário, eu estava em sintonia com tudo. Eu não estava louco, apenas… apenas conseguia sentir tudo ao meu redor como eu não conseguia antes, como o que vocês humanos chamam de uma sobrecarga sensorial. - Ele tentou explicar e Dean franziu a testa, ainda não entendendo. —Eu tive uma sobrecarga sentimental, eu podia sentir tudo ao meu redor, amor, raiva, zelo, irritação, decepção, medo, felicidade, dor… todo o tipo de sentimentos, humanos e animais.

—Oh… - Foi o que Dean conseguiu soltar estupidamente porque isso fazia muito sentido.

—Eu não queria mais causar dor a ninguém depois de tudo o que eu fiz, aos humanos, aos anjos, a você e Sam… eu não queria mais lutar ou matar porque a dor daqueles que eu machucava era tanta que chegava a ser sufocante.

—Sinto muito termos te forçado a fazer isso. - Murmurou se virando para beijar a testa do anjo.

—Não, foi isso que dissipou a sobrecarga, obrigado Dean. - Castiel respondeu com sinceridade, mas Dean não consegui deixar de sentir aquele aperto em seu peito, como o sentimento de que ele devia ter feito mais, mas então, ele sempre devia ter feito mais por Cas, o anjo era, bem, um anjo do senhor fodão, que poderia matar um demônio com um simples toque, cura-lo sem qualquer esforço, levantar pesoas 100 vezes o seu próprio, inferno, ele nem sentiu o soco que Dean deu a ele a sala branca, e a facada… ele meio que apostava que uma facada normal no coração não iria matar Cas mesmo atualmente, mas ele não queria nunca testar essa teoria.

—Cas… me desculpe. - Ele sussurrou de volta, talvez um ou dois minutos depois, vendo o anjo encara-lo de sobrancelhas franzidas, sem entender. —Eu sou um bastardo, você sabe? Eu já fiz tantas… tantas coisas ruins para as pessoas, e para você, e você nunca… você sempre… você nunca deixou o meu lado. Sempre tentou me ajudar, ou me salvar, e eu…

—Você fez o que você podia. - O anjo tentou tranquiliza-lo, levantando uma mão para seu peito, bem em seu coração. —Você é humano, havia apenas tanto que você podia fazer.

—Vamos Cas, você não pode acreditar nisso… - Dean sussurou, movendo-se para abraçar o anjo, a cabeça de cabelos escuros bagunçados bem abaixo de seu queixo. Não querendo ver a confirmação dos fatos nos olhos do anjo. —Eu não te ajudei com a guerra civil no céu, não te ajudei depois de pegar a loucura de Sam, não te ajudei contra Naomi, e então quando você virou humano… Jesus Cas, eu sou uma desgraça, você sempre me ajudou e salvou e eu nunca...

—Você tinha Sam para lidar, foi culpa minha trazer ele de volta sem alma, e você não poderia, uh, cuidar de mim enquanto eu alucinava com Lucifer, você tinha que salvar o mundo dos Leviatãs que eu soltei na Terra, Naomi… - O nome ainda causava arrepios no anjo e Dean sentiu isso. —Ela me impedia de contar qualquer coisa. E sobre ser Humano, está… está tudo bem, você precisava proteger Sam.

—Castiel - Dean chamou severamente e o anjo estremeceu. Dean quase nunca o chamava por seu nome todo. —eu nunca deveria ter feito o que fiz, você tinha acabado de morrer e eu te botei para fora com alguns burritos e poucos dólares como se você pudesse simplesmente entrar em uma lan house e clonar um cartão de crédito qualquer para viver como eu e Sam, sem parar para pensar que você não sabia nem o que era um cartão de crédito, ou uma lan house. Cas, eu fiz tantas merdas, para as pessoas, para os mundo, e para você, e como… como você consegue continuar…

Ele ascenou debilmente para si mesmo e o anjo que pegou rapidamente o que ele queria insinuar, e suspirando ele abraçou gentilmente a cintura do caçador, beijando ternamente seu peito.

—Da mesma forma que você continua sentindo por mim, depois de eu fazer mal a tantas pessoas, ao mundo, e a você e Sam. - Ele respondeu suavemente, inclinando-se para beijar o queixo de Dean e voltar a se esconder na curva de seu pescoço. —Você não pode falar como se eu fosse um santo, Dean, também fiz muita coisa ruim. Alguns dos seus atos podem não ser muito… justificáveis, mas isso não muda que você é um bom homem, o homem justo, o dono da alma mais bela que eu já tive o prazer de pôr os olhos.

—Cas, eu nunca poderia imaginar que você é um romântico. - Dean murmurou com uma risada baixa, e então apertando o corpo do anjo contra o seu ele terminou. —As coisas que você fez também não te fazem menos anjo, você continua sendo o contador celestial fodão que eu vi a tantos anos atrás assustando minha bunda enquanto entrava naquele celeiro velho.

Castiel queria protestar, mas então Dean o puxou para um beijo, calando seus lábios que nem tiveram boas oportunidades para abrir direito antes de serem atacados. Não era tão feroz quanto os da noite anterior, mas eram intensos o suficientes para deixa-lo ofegante quando Dean finalmente o deixou ir.

—Você sempre será o meu anjo.

Era apenas um sussurro contra seus lábios, mas era o suficiente para fazer todos os pelos de seu corpo se arrepiarem, e o coração pular no peito, era ofuscante, delirante, ele queria mais, e ele pegou mais quando foi sua vez de juntar os lábios com Dean.

 

---

 

Alguns dias depois Dean estava na sala de guerra do Bunker, olhando em seu laptop sobre o cuidado com os pássaros, o que fazer com uma assa quebrada, e tinha até como cuidar dos pequenos animais de volta a saúde, mas ele pulou essa parte. Sam, que passava às suas costas com um pouco de comida e duas cervejas, ficou rapidamente curioso sobre a pesquisa incomum de seu irmão, e não conseguiu deixar de perguntar.

—Encontrou um pardal ferido na porta do Bunker ou algo assim? - Seu tom er divertido, colocando a cerveja ao lado da mão dominante de Dean e estranhando quando ele não se moveu imediatamente para pega-la. Aparentemente o site chegou ao fim ele bufou, se recostando na cadeira parecendo frustrado, pela aparência, esse não era o primeiro que ele fazia sua pesquisa.

—Algo assim. - Respondeu seco, finalmente pegando sua cerveja e colocando pelo menos metade da garrafa para dentro. —Você sabe algo sobre tratar asas?

—Asas? Bom… o básico, se for um ferimento simples tem que limpar, desinfetar e enfaixar. Por que?

Dean se perguntou por um momento se devia falar com Sam sobre isso agora, Cas parecia realmente mal em lhe mostrar as asas feridas, talvez ele não quisesse mostrar a Sam, mas então ele precisaria da ajuda de Sam para fixar aqueles grandes apêndices tortos, no fim ele suspirou.

—Cas me mostrou suas asas. - Os movimentos de Sam pararam e a cerveja, pela força da gravidade, caiu em sua camisa. Xingando ele limpou tanto quanto podia antes de olhar interessado para Dean.

—As asas do anjo não eram, sei lá, 'íntimas' ou algo assim que só companheiros poderiam ver?

—Ou pessoas que o anjo confia, Cas confia em mim, então…

—Oh… quão ruim?

—Ruim não descreve metade do que as asas de Cas estão. É… péssimo, Sam, elas estam quebradas, e distorcidas, feridas, queimadas, com ossos aparecendo e as penas… quase não tem nenhuma mais, e as que tem estão quebradas ou prestes a cair, é… horrível, e ele sente muita dor. - Dean suspirou novamente, lembrando-se de quando ele deu um tapinha nas costas de Cas a alguns dias e ele pulou como um gato assustado. —Você sabia que ele está dormindo agora?

—Ele o que? - Sam perguntou sentindo a garganta seca, seu apetite sumiu, mas ele teve que tomar um pouco da bebida para umedecer a boca. —Ele está perdendo a graça de novo?

—Não, apenas não é forte o suficiente para sustentar seu corpo 24/7 mais. Pelo menos ele não precisa comer, mas ele sente o gosto da comida. - Dean falou não olhanso para Sam, muito distraído com a testura do teto. —Eu quero recuperar suas asas, mas não sei como.

—Eu posso fazer alguma pesquisa, mas acredito que você está indo pelo caminho certo, primeiro temos que concertar os ossos quebradas, tratar as feridas… você disse que o osso está aparecendo? - Perguntou um pouco mais assustado agora, ossos aparecendo nunca eram boas coisas.

—Eu não sou muito bom em colocar ossos no lugar. - Dean disse severamente. —Lembra quando você caiu da caminhonete do Bobby quando tinha 9 anos e quebrou o braço? Eu tentei colocar no lugar mas não deu muito certo.

Sam estremeceu.

—Sim, eu lembro. - Ele também se lembrava que o pai não ficou nem um pouco feliz com Dean por isso, mas não se importou em comentar. —Certo, você não é a melhor pessoa para colocar ossos no lugar. Mas o que mais podemos fazer? Não podemos levar Cas a um veterinário ou algo assim.

—Claro que não, Sam! Cas não é um animal! E é por isso que você vai pôr no lugar. - Dean finalmente falou, calando o irmão, sua expressão de choque logo mudando para cética. —Vamos não faça essa cara, eu vou conversar com Cas, mas precisamos nos preparar antes, talas, e muitas bandagens. Talvez alguns vidros de morfina também.

O problema é que Cas havia saído com Jack, foram em um salgar e queimar a pouco mais de uma hora do bunker. O garoto estava realmente levando isso a sério, e Cas por mais preocupado que estivesse, ele sabia que precisava ensinar Jack a caçar como um humano, por pior que ele fosse nisso.

Claro que Dean ficou preocupado em deixar os dois sozinhos, mas eles estavam perto o suficiente para que Dean pudesse chegar a eles em menos de quarenta minutos em seu bebê, e também pediu para o anjo atualizá-lo sempre que encontrasse algo novo, então constantemente chegavam mensagens cheias de emoticons em seu celular. Nesses momentos Cas parecia mais um adolescente que um ser milenar super poderoso.

—Hey, encontrei uma coisa. Acho que são os arquivos que Cas estava lendo… sobre o anjo Elohim. Tem vários feitiços juntos do diário, posso ver se tem algo sobre restauração de asas.

—Contanto que não frite as que ele já tem como fizeram com o pobre bastardo, seria ótimo. - Dean comentou sem olhar para o irmão e Sam fez uma careta de desgosto, sim… sem óleo sagrado.

—O que você tanto olha no celular de qualquer jeito? Eu poderia usar de alguma ajuda.

—Cas ligou a quase duas horas dizendo que já estava voltando mas não chegou ainda.

—Ele pode ter parado para comprar um lanche, Jack precisa comer apesar de tudo. - Sam falou sendo o único a não olha-lo agora, separando cada arquivo em duas pilhas, aquelas que pareciam úteis, que ele daria prioridade, e aquelas que não, que ele leria de qualquer jeito no fim. Dean franziu a sobrancelha, como se pensasse nisso agora e realmente fazia sentido, até pelo menos a porta do Bunker se abrir e por ela entrarem Jack e Cas, o ultimo parecendo rígido e pálido, mas orgulhosamente e teimosamente descendo toda a escadaria sob o olhar preocupado e vigilante de Jack.

Sam parecia não notar.

—Hey, como foi a caçada?

—Conseguimos queimar o corpo rapidamente. - Cas falou antes que Jack pudesse abrir a boca, recebendo mais um olhar preocupado do menino, Jack se virando para Dean quase implorando para que ele dissesse algo.

—Hm, Cas? Posso conversar com você? - Dean pediu se levantando e ficando de frente para o anjo, meio desajeitado, querendo toca-lo mas não podendo por causa de Sam e Jack, fechando as mãos com força e seguindo para o corredor, esperando o anjo alcança-lo para entrar em seu quarto com ele e trancar a porta. —Desembuxa.

—Concluimos a caça sem problemas, o que mais você quer que eu diga? - Castiel estava na defensiva, e Dean sabia disso, pois o anjo não olharia em seus olhos, desde que ele entrou no bunker Dean não viu as íris azuis elétricas e Dean sabia que ele fazia isso quando estava mentindo.

—Quero que diga porquê está branco como uma vela e andando como um robô! Cas você está ferido?

—Não.

—Pare de mentir para mim! - Dean pediu exasperado e o anjo finalmente olhou para ele, encarando-o por um momento antes de suspirar e começar a tirar o sobretudo, seguido pelo blazer e a blusa social, respirando fundo antes de virar de costas, mostrando as marcas roxas em toda a pele, começando das omoplatas até a cintura. —Jesus, Cas… o que houve?

—O fantasma estava zangado. - Foi tudo o que ele forneceu antes de afundar na cama de Dean. —Vai se curar até amanhã, não se preocupe.

—Suas asas estão bem? - Ele perguntou antes que pudesse pensar melhor sobre isso, e Cas o olhou estranho por um momento antes de sua expressão suavizar em algo completamente amoroso, chamando Dean para o seu lado e no momento que o caçador se sentou ele atacou, jogando-o na cama e montando seu quadril, as mãos nos cabelos loiros enferrujados enquanto os labios grossos se chocavam com o do caçador.

Não era nem de longe um beijo calmo, era sujo e necessitado, e Dean queria tocar o anjo de uma forma que só havia imaginado até agora, suas mãos moldando a cintura de Cas por um momento antes de descer para a fivela do cinto, tirando o item incômodo com certa dificuldade enquanto Cas movia o quadril lentamente em seu colo. Suspirando enquanto ele o deixava ir, se perguntou quando o anjo aprendeu a fazer isso e decidiu que no momento ele não se importava, sendo o único a puxar Cas de volta para o beijo com uma mão na nuca enquanto a outra descia sua cintura para escorregar dentro da calça social, apertando a carne ali entre os dedos e ouvindo o anjo gemer baixinho contra seus lábios, começando a sentir o sangue circular para o sul e ofegando.

Mas toda sua excitação se esvaiu quando ouviu um barulho na porta e as duas bocas se separaram, em choque.

—Dean, eu vou com Jack naquela lanchonete na cidade, você quer alguma coisa?

—Huh.. sim, sim! Um hambúrguer seria ótimo. - Respondeu sem fôlego, esperando que Sam não notasse a estranheza em sua voz, o silêncio que se seguiu do outro lado da porta fez seu sangue gelar pouco a pouco, então Sam apenas bufou e se afastou, reclamando sobre sua saúde.

—Suponho que não devemos fazer isso enquanto Sam estiver aqui? - Cas perguntou, a pequena merda realmente se divertindo com seu embaraço. Dean apenas o empurrou para o lado e se levantou, sentindo as bochecbas quentes.

—Vai se arrepender disso mais tarde. - Apontou, mas sem qualquer raiva real, recebendo mais um daqueles olhares afetuosos de Cas. —Vamos, eu vou cuidar das suas costas. Sem más.

Tinha um kit médico no banheiro que ele e Sam usavam sempre que Cas não podia cura-los, e ele estava contando para ter a pomada para hematoma que Sam colocou lá da última vez.

—Não, não se sente. Tire a calça e vá para o chuveiro, água fria, ou pode demorar mais a curar. - Dean instruiu e Cas parecia que queria lutar contra os comandos, mas no fim fez sem falar nada. A água gelada fez seu corpo tremer e Castiel se perguntou quando foi que ele começou a se sentir sensível a temperatura ao seu redor, pensando que talvez tenha sido quando isto realmente virou o seu corpo, de fato. Jimmy faleceu, e então aquela casca era oficialmente sua, mas ele nunca pôde realmente reparar nas maiores necessidades dela até se tornar humano.

—Está frio. - Ele disse mal humorado para Dean, ele não gostava de sentir frio, quando humano, ele achava que já havia sentido frio o suficiente. Dean, não entendeu a profundidade da afirmação.

—Você viu suas costas? Elas estão literalmente roxas. Água quente só vai piorar isso, então não seja um bebê e espere, é só enquanto eu lavo isso, e ai você pode vestir algo quente.  - A dureza na voz de Dean não coincidia com a leveza em seu toque, passando uma toalha úmida em toda a pele escurecida com muito cuidado, não querendo perturbar ainda mais as feridas.

No quarto de Dean, vestido em moletons do caçador e meias o anjo se deitava com a barriga na cama enquanto Dean esfregava algo que com certeza aliviava o suficiente da dor para que ele pudesse relaxar, abraçando o travesseiro do Winchester e fechando os olhos com a boa sensação.

—Eu falei com Sam… ele está me ajudando a encontrar algo para concertar as suas asas. - Imediatamente o anjo ficou tenso novamente e Dean mordeu o lábio, era claro que Cas iria ficar ansioso com isso, ele não queria mostrar nem a ele as asas quebradas, quanto mais Sam. Pensando nisso o caçador pensou rapido, montando o anjo para que ele não tentasse fugir do quarto com alguma desculpa; e voltando a passar o creme em sua pele muito colorida, começando uma pequena massagem.

—Vocês deveriam estar caçando Michael, Dean, eu já disse. Minhas asas são… você viu como estão. - Ele começou severamente, mas terminou em um sussurro quebrado, suspirando com deleite quando Dean alcançou um nó e rapidamente tentou suaviza-lo.

—Eu vi, e por isso quero recupera-las, mas eu precisava falar com você, porque talvez eu precise da ajuda de Sam para colocar elas no lugar primeiro. - Dean explicava lentamente, como se o anjo fosse um animal ferido que ele não queria irritar, e se fosse pensar por outro lado, era isso mesmo, uma grande ave com as asas quebradas, huh?

—Minhas asas estão no lugar.

—Sim, mas os ossos não, e desculpa amigo, mas não sei colocar ossos humanos no lugar, quanto mais asas, então eu queria saber se Sam poderia…? - A massagem parou e Dean esperou por uma resposta, vendo só metade do rosto do anjo enquanto ele parecia pensarmos profundamente.

—Elas estão tão feias, Dean.

—Queremos deixar ela como antes, mas para isso temos que ver o agora, Cas. Não precisa ter vergonha, você não feriu elas de propósito. - Dean suavizou a voz, voltando a suas ministrações, as palmas das mãos subindo para massagear bem as omoplatas do anjo, vendo-o se arrepiar e arquear, soltando um gemido muito sujo para ser só pelo prazer da massagem. —O que eu acabei de fazer?

—N-nada, só continue por favor. - Castiel pediu ofegante, sua voz se quebrando levemente no fim, se encolhendo e mordendo o lábio quando Dean repetiu o movimento mas não conseguindo segurar por muito tempo ele gemeu novamente, longo e arrastado, fazendo coisas a Dean que ninguém mais conseguiu fazer… —Dean…

—Shhh… está bom? Apenas relaxe… - Dean sussurrou, se inclinando para beijar a nuca do anjo, mordendo ali com certa força e sentindo o corpo menor estremecer, movendo o quadril entre as nádegas durinhas do anjo já pronto para vira-lo e atacar sua boca quando novas batidas na porta o fez pular para longe de Cas. Dean quase xingou alto. Quase.

—Dean trouxemos a comida, e Sam também trouxe torta. - Jack chamou da porta e ele suspirou, vendo Cas já se levantar e puxar a camisa que Dean havia separado para ele, porque segundo o caçador, suas roupas normais só iriam irritar mais as costas. Ele não estava errado.

—Eles estão fazendo isso de propósito, Cas, eu posso sentir. - Dean rosnou limpando a mão nas calças jeans rapidamente para pegar na cintura do anjo que passava por ele para ir até a porta, puxando-o contra seu corpo e tocando seus labios as macios e gordos de Cas, finalmente se sentindo ao menos um pouco satisfeito, se separando para olhar nos olhos do anjo só para descobrir que não podia olha-lo de volta, percebendo como suas bochechas pareciam um pouco rosa. —O que?

—Meu corpo… e-eu ainda não me recuperei dos, uh, estímulos.

—Oh… oh! - Dean exclamou quando olhou para baixo, vendo a tenda que se formou na calça macia do anjo, sentindo seu corpo de repente muito quente, engolindo um pouco de saliva antes de perguntar, rouco. —Você vai precisar de ajuda com isso?

—Eu acho… acho que posso gerenciar. - Sussurrou de volta, seu corpo trêmulo, como se quisesse se jogar contra o caçador naquele exato momento mas estivesse se contendo para isso. Dean queria que ele não o fizesse. —É melhor você ir ver Sam.

E Dean foi, depois de um último beijo que poderia tirar o fôlego e fazer os joelhos tremerem, ele foi. Deixando o anjo para cuidar de seu pequeno, grande problema.

 

---

 

—Hey Cas. - Sam chamou despreocupadamente, não tirando seus olhos dos arquivos a sua frente, um caderno ao lado com sua mão dominante escrevendo observações. Dean ao seu lado se deliciava com um pedaço de torta enquanto Jack a sua direita terminava de comer um bolo de chocolate. Cas não aprovava muito a má alimentação do adolescente, mas ele sabia que já tinha Sam pegando em seu pé por isso então não se importou. Se o Winchester mais novo lhe deu um bolo de chocolate, havia um motivo. —Como estão suas costas? Jack disse que o fantasma jogou você contra uma lápide quando o protegeu.

—Uma lápide? - Dean perguntou com uma sobrancelha erguida, Castiel decidiu ignora-lo.

—Estou bem. O que está pesquisando?

—Dean ainda não te disse? É para recuperar as suas… - Sam finalmente olhou para cima, vendo agora o anjo nas roupas de seu irmão, franzindo as sobrancelhas em confusão e olhando de um para o outro, mas eles mesmos não se olhavam. Rolando os olhos ele deduziu que haviam brigado novamente. Mal ele sabia. —Huh, suas asas.

—Oh, ele me disse. Eu agradeço por tentar, Sam, não se sinta frustrado caso não encontre nada útil. - Castiel respondeu se sentando do outro lado do Winchester mais jovem. —E eu permito você toca-las.

—O que tem as asas de Cas? - Jack perguntou, um lado da boca suja de chocolate.

—Estão muito machucadas e precisam de cuidado. - Dean explicou simplesmente, vendo o menino olhar para baixo.

—Eu queria ter curado as asas de Cas quando ainda tinha meus poderes, mas como não sabia controla-los tive medo… sinto muito.

—Não se preocupe garoto, não temos poderes e ainda assim evitamos alguns apocalipses, vamos conseguir encher as asas de Cas de penas de novo.

A convicção na voz do caçador mais velho fez Castiel sorrir serenamente, Dean estava realmente convencido que iria recuperar suas asas, e um pequeno fio de esperança se formou em seu âmago.

—E também, os feitiços são promissores, apenas precisam de ajustes. – Sam falou e Dean quem olhou para ele dessa vez. —Mas ainda vamos precisar ajustar a envergadura, se está assim tão quebrada, pode ser que o feitiço de regeneração cure as asas errado, e assim pode ser que você nunca mais voe de novo, Cas.

—Oh… eu já estava comformado de que não iria, então não me importo de fazer o que for preciso.

—Ótimo. Desde que fui na rua aproveitei para comprar o que você falou, Dean. Podemos fazer isso mais tarde, Cas? Pode ser que precise de tempo para curar da forma certa. - Sam falou fechando a pequena pasta que ele estava lendo, colocando em uma das três pilhas, e peganho uma nova da que estava menor.

—Huh, claro Sam. - Dean não perdeu a hesitação na voz do anjo, vendo como ele olhava distraidamente para o mapa na mesa, perdido em pensamentos, rolando levemente os ombros rígidos. Ele não estava com pressa para fazer aquilo, e Dean não poderia culpa-lo.

—Que tal deixarmos isso para amanhã? Cas já teve um dia difícil, podemos só comer nossos lanches e assistir um filme antes da pequena tortura iminente. - Dean entrou, recebendo um olha surpreendido e agradecido da Cas, Sam olhou de um para o outro e deu de ombros, Jack apenas observava com grandes olhos inocentes e curiosos.

No fim da noite, os quatro se sentaram com pipoca, bebida e doces, na TV passava Star Wars - desde que Jack disse nunca ter ouvido falar e Dean falou que ele não poderia viver sem ver um clássico - e o menino não podia estar mais animado. Ao lado de Sam, Cas do seu outro lado via um tanto desinteressado, ele sabia tudo que aconteceria desde que Metatron 'baixou' em sua cabeça o conhecimento sobre todo tipo de cultura pop existente.

Mas ao lado dele estava Dean, em uma poltrona sozinho, inclinado contra  seu braço para estar mais perto de Cas, aproveitando a escuridão e a distração dos dois mais novos para pegar na mão do anjo, desenhando círculos suaves nas costas esperando que o pequeno gesto pudesse distrair o anjo mais do que estava sendo passado na TV, vendo um pequeno e quase imperceptível sorriso que enfeitava seu rosto enquanto seus dedos se apertavam suavemente ao redor de sua mão, apreciando o carinho.

Era mais de meia noite quando Jack caiu no sono, a cabeça encostada no ombro de Sam que já estava quase dormindo também, olhos vidrados e vermelhos de sono. O Winchester mais novo sempre teve um problema com o sono, brigava contra ele como um monstro cruel até perder por exaustão, e quando sua própria cabeça caiu contra a de Jack, Dean sabia que era o suficiente.

Ele desligou a televisão e baixou suavemente uma manta ao redor dos dois meninos, antes de pegar a mão de Cas de volta e o levar para o corredor, parando só quando estavam em seu quarto com a porta fechada.

—Obrigado, por mais cedo. - Cas agradeceu quase tímido, o sorriso ainda no rosto. Dean terminou de tirar sua blusa e se aproximou dele.

—Você já está machucado, é melhor esperar você estar em seus 100% antes de começar a concertar você. - Dean explicou, as duas maos na cintura do anjo, aproximando seus corpos. —Agora vamos, tire essa roupa e venha se deitar.

Dean tocou os lábios róseos apenas vagamente, o beijo lentamente se intensificando conforme tirava as roupas do anjo, as suas roupas, a camisa de banda que ele distraidamente colocou as mãos dentro, subindo suavemente pelas costas que ainda deveriam estar doloridas, subindo o tecido macio e desgastado pelo corpo do anjo facilmente, sua roupa sendo pelo menos um número ou dois maior que Cas, e a calça moletom que se agarrava frouxa a seu quadril caía revelando a cueca branca que Dean havia escolhido mais cedo, vendo ao abixar a peça até as coxas e deixa-las deslizar por suas pernas, a boxer se agarrando as coxas branquinhas de Cas o único tecido que parecia se agarrar perfeitamente a seu corpo.

Enquanto guiava distraidamente Cas para sua cama, o anjo chutava os chinelos fofinhso que Dean havia arrumado para ele fora, enquanto tocava o caçador de volta, seu quadril e então o peito, suas costas largas e o pescoço, subindo para os cabelos e apreciando a suavidade dos fios aloirados ao mesmo tempo que sentia Dean apertava suas nádegas, soltando a boca do Winchester para ofegar, seus joelhos batendo na beirada da cama e o derrubando nela.

Dean o empurrava suavemente até se deitar, subindo logo atrás dele entre suas pernas, as coxas branquinhas ligeiramente separadas para acomoda-lo melhor enquanto Dean se apoiava com uma mão no colchão e a outra circundava a cintura do anjo agora, não consrguindo deixar os lábios macios de Cas para se concentrar em uma coisa só, movendo o quadril contra o do anjo em busca de algum atrito.

Finalmente deixando-o ir, Dean ainda não se sentia satisfeito, seus lábios ainda se arrastando levemente pela bochecha áspera pela barba a fazer, parando rapidamente para morder a mandíbula trabalhada de Cas e voltar a descer, ouvindo-o suspirar quando chegou ao pescoço desprotegido, sentindo o corpo abaixo do seu começar a se mover e contorcer em busca do próprio prazer.

—Abra mais suas pernas. - Dean sussurrou e Castiel estremeceu, fazendo quase imediatamente o que o caçador havia pedido, apenas para Dean conseguir juntar ainda mais seus corpos ao puxar suas pernas para o ar, encostadas em seus ombros largos, se ajoelhando e inclinando contra ele, jogando seu peso em cima dele e encostando sua ereção na do anjo, ambas ainda dentro da boxer, Castiel ofegando com o contato arqueou levemente as costas, deixando dean enlaçar seu quadril com um braço enquanto o outro acariciava suavemente a bochecha corada do anjo. —Você é lindo.

Dean murmurou, ecoando algo que ele queria dizer dês da primeira vez que pôs os olhos no anjo, Cas era a definição de angelical em seu dicionário, com seus olhos azuis grandes e ainda tão ingênuos apesar de todos esses anos passados com humanos, deveria ser ilegal, parecer tão puro enquanto vive constantemente rodeado de criaturas tão vis como os humanos. Mas Cas era puro, e Dean adorava isso nele.

Castiel gemeu baixinho com o primeiro movimento de Dean ambos membros se esfregando descaradamente com o movimento lento e constante do caçador enquanto continuava seus beijos pelo pescoço do anjo, mordendo a curva até deixar uma leve marca de seus dentes, descendo com chupões para a clavícula marcada de Cas sentindo seu pau endurecer cada vez mais confome continava a se mover, o de Cas não sendo diferente logo tinha a cabecinha molhando o tecido com pré gozo, gemendo baixinho enquanto Dean mantinha os movimentos cada vez mais fortes, empurrando Cas para a borda enquanto buscava o próprio prazer, o próprio anjo movendo o quadril erraticamente contra o dele, a cabeça jogada para trás em suspiros altos e gemidos baixos, e então ele veio, forte e duro e quase intocado agarrando os cabelos finos de Dean e gemendo o nome do caçador vendo Dean dar mais alguns golpes antes de vir ele mesmo.

Dean se abaixou para recuperar o fôlego, deitando por cima do anjo ofegante e sentindo sua cueca desconfortavelmente molhada, mas ele mesmo incrivelmente satisfeito. Suspirando ele deu um último beijo nos lábios de Cas antes de se deitar ao seu lado e puxa-lo contra si, sentindo um braço do anjo em sua cintura e uma perna entre a sua, tendo o corpo quente e confortável contra o seu, a cabeça do anjo bem embaixo do queixo se apoiando em seu peito, fechou os olhos com um pequeno sorriso e a realização de que esta havia sido a melhor noite que ele já teve em muito tempo.


Notas Finais


O que acharam desse hot hot no final?
Eles estão indo 'devagar' em certo termos, primeiramente porque Cas só teve uma experiencia e também porque Dean não está acostumado a tocar um corpo masculino, apesar de o desejo estar ali.
Espero realmente que tenham gostado e que me contem o que acharam~
Até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...