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História Graciosamente sexy - Capítulo 9


Escrita por: janewriter

Capítulo 9 - Capítulo 9



 Acordo com uma tremenda dor de cabeça e resmungo comigo mesmo, consequência de ter enchido a cara por quem não devia. Olho pro relógio e me odeio por ter acordado tão tarde, mas ainda assim terei que ir para a empresa. Tomo um banho gelado e amaldiçoo cada gota que caí pelo meu corpo, por que merda Santa Mônica está fazendo tanto frio fora de época? Me visto com uma calça social preta e uma camisa branca sendo esta também social. Prendi meu cabelo e pus meus óculos escuros saindo de casa. Na empresa, quando saí do elevador vi minha secretária digitando igual louca no computador, é assim que eu gosto, eficiência. Passei por ela e ouvi a mesma murmurar um bom dia, mas nem tive ânimo para responder, minha cabeça latejava pra caramba e qualquer movimento que eu fizesse tenho certeza de que vai piorar ainda mais. Sentei na minha cadeira e comuniquei à minha secretária que queria um café preto e completamente amargo na minha mesa de imediato. Minutos depois ela bate na porta e aquilo faz meu stress subir, será que esse povo não tem respeito por quem está morrendo com enxaqueca, não? Eu abri a porta e peguei a xícara com tudo de cima da bandeja, dispensei ela e mandei a mesma cancelar todas as reuniões que eu tinha pra hoje, por mais importante que fossem essa benditas reuniões, eu não tinha cabeça nem paciência para participar de uma.

Conversei sobre os livros com meu editor via e-mail mesmo, hoje eu não olharia na cara de ninguém, tô pior do que grávida quando enjoa da cara do marido. Li alguns resumos de livros que estavam prestes a ser publicado e selecionei algumas capas para esses tais livros. O pessoal do marketing me mandou o deck para o lançamento do comercial e eu fiz algumas correções e encaminhei de volta para eles. E o meu dia foi assim, resolvi toda a burocracia da empresa por mensagens, nunca mais bebo pensando em alguém em dia de semana, nunca mais. Mandei a brasileira ir almoçar e eu finalmente pude ter um momento de paz na empresa. Procurei por aspirina no banheiro da minha sala mas não achei nada, nem sequer um comprimido, acho que Deus não quer que minha dor de cabeça passe. Talvez ele queira me dar uma lição, tá bom Deus eu já entendi que não podemos encher a cara só porque fomos corno, agora o senhor já pode se livrar dessa dor de cabeça pra mim. Me deitei no grande estofado que havia na minha sala e deixei que o sono me envolvesse. 

Sou tirado do meu sono por uma batida estridente na porta, me levanto com sangue nos olhos e preparado para esganar o filho da puta que ousara atrapalhar meu sono. Abro a porta já pronto pra deferir os mais diversos xingamentos quando vejo Paula com uma expressão amedrontada e segurando uma quentinha. Ela exprimiu os lábios e eu suavizei minha expressão.

- Trouxe comida pro senhor.- Ela estendeu a sacola na minha direção e eu peguei a mesma.

- Não precisava. Porém, obrigado.
Ela deu de ombros e eu fechei a porta com um sorriso no rosto. Por que ela trouxe almoço pra mim? Tá querendo me bajular, só pode, mas eu não me vendo por comida. Se tivesse uma coca bem gelada até que eu poderia ser legal com ela, mas como não tem vou continuar sendo o mesmo carrasco de sempre. Devoro tudo na velocidade da luz e só quando limpo a boca pela última vez percebo o tamanho da fome que eu estava sentindo. Fui até o frigobar e peguei uma amostra de uísque, sei que não deveria estar bebendo mas eu não consigo me controlar. Assim que eu termino de sorver o líquido cor de âmbar e extremamente ácido a dor de cabeça piora, não sei o que fazer até que uma lâmpada se ascende na minha mente. Abro a porta colocando metade do meu corpo pra fora, ela olha pra mim e eu abro meu sorriso mais gentil. 

- Você tem aspirina ou algum tipo de remédio para dor de cabeça?

Ela parece entender o que eu quero e começa vasculhar a bolsa, depois de alguns minutos vasculhando aquele utensílio tão pequeno - mas que parecia ter um buraco negro dentro- ela estendeu uma cartela de comprimidos e eu fui até lá pegar. Destaquei duas cápsulas e voltei para minha sala, tomei o remédio e esperei aqueles pequenos milagres fazerem efeito. É Jesus, eu tenho que começar a me tratar, ou então a bebida vai me levar à ruína.
 



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