Camila,
Quando May chegou, eu ainda estava ali no jardim. Ela sentou ao meu lado e segurou minha mão.
– Fica tranquila tá, tenho certeza que tudo vai se resolver.
– Tomara.
Dei um sorriso pequeno.
– Obrigada por vir e desculpa te ocupar. Sua prima chegou hoje e eu atrapalhando vocês.
– Relaxa, ela nem liga para essas coisas. E aí como está sua mãe?
– Mal também, preocupada. Vi ela fazendo algumas ligações.
Suspirei.
– Ei nada de tristeza ok? Sei que não é o momento mas, o quê acha de darmos uma festa?
Fiz careta e ela sorriu.
– Ah não.
– Por que não? Vai ser bom pra esquecer um pouco os problemas.
– Tô sem ânimo.
– Tadinho do Poncho.
– Ué por quê?
– Ah foi ele que deu a ideia pra fazer uma festa.
Ergui as sobrancelhas um pouco surpresa. Faz seis meses desde a última vez que ficamos, e foi quando ele me disse estar apaixonado por mim.
Sinceramente não sinto o mesmo, Poncho é legal, mas não me imagino namorando com ele.
May passou a tarde toda comigo, convidei-a para jantar, ela prontamente aceitou.
Estávamos conversando sobre diversas coisas, inclusive da festa que May falou.
– Por que não filha?
–Ah mama não tenho ânimo para isso.
– Minha rainha, você é jovem não tem que se preocupar com nada meu amor, já tomei as devidas precauções.
– Eu sei mas, como me divertir com tudo isso?
– Mila vai sim filha, e tem mais por que não vai dormir na casa da May? Você sempre vem mais animada quando vai para lá.
– Está super convidada então.
May sorriu.
– Você sabe que adoro sua companhia.
– Tá bem. Vou arrumar algumas coisas depois do jantar.
Mama riu animada, mas sei que ela só faz isso pra que eu não fique triste.
(...)
– Pouca roupa né Mila!
Reclamou May, só porque eu estava fazendo uma mala.
Que exagero!!
– Amiga são só umas coisinhas.
– Tô vendo mesmo. Para que você quer três biquinis menina?
– Ué.
Dei com os ombros.
– Cada dia vou usar um, você sabe que não gosto de repetir, e eu adoro nadar naquela sua piscina.
Ela suspirou cruzando os braços.
Coloquei shorts, blusinhas, vestidos e algumas outras coisas.
– Tá agora chega né! Daqui a pouco você vai querer fazer outra mala.
Revirei os olhos.
– Nada exagerada você hein.Vou tomar banho rapidinho e já venho.
– Mas você já tomou antes de jantarmos.
– E vou tomar outro sim.
Quando saí do banheiro, May estava deitada na minha cama com os braços abertos.
– Acabou! Ai graças a Deus.
– Calma deixa eu secar meu cabelo e passar prancha.
– Jura mesmo???
– Juro sim. — Dei de ombros.
Quando finalizei com o cabelo, fiz uma make e aí pudemos ir.
– Até que enfim. Só acho que você exagerou.
Disse me olhando.
Só porque coloquei uma blusinha curtinha solta rosa, calça preta colada, salto médio, cabelos lisos e maquiagem marcando os olhos.
– Exagerei nada. Sua prima chegou não foi?
Ela afirmou.
– Pois então, quer que uma pessoa que eu nem conheço me veja de qualquer jeito?
May me olhou com uma cara de meu, você é louca garota.
Dei de ombros novamente e entrei no carro, depois dela guardar minha mala.
E seguimos para a sua casa.
– Vou te dar um aviso tá. Minha prima é muito sem vergonha, então se ela dé mole não caía.
– Não sou tão fácil assim.
– Você não é fácil Mila só se deixa levar muito rápido.
– Quer saber não vou nem olhar para essa sua prima.
Fingi estar ofendida e virei o rosto.
– Mila só tô avisando, ela conquista mesmo sem querer.
– Então vocês já ficaram?
Olhei-a curiosa.
– Não! Quer dizer... Uma vez ela roubou um beijo meu, quando ficamos presas no banheiro, fingi que fiquei muito brava e comecei a bater nela. Aí apareceu alguém e abriu a porta.
– Ah tá.
– Eu gostei do beijo, mas não dei o braço a torcer.
– Sei...
Não conversamos mais sobre nada. Mas fiquei ainda muito curiosa para conhecer essa tal prima da May.
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