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História Gravity - Close


Escrita por: CoalaBeterraba

Notas do Autor


Galera, eu voltei.
Eu estava com bloqueio criativo para Gravity e isso tava me mATANDO SÓ POR DEUS.
E eu estou me dedicando aos meus originais em outro site.


O capítulo de hoje é inspirado na música "Close" do Nick Jonas com a Tove Lo.
Aproveitem o capítulo!

Capítulo 8 - Close



Pois se eu te quero, e eu te quero, amor
Não vou andar para trás, nem pedir espaço
Pois 'espaço' é só uma palavra
Inventada por alguém com medo de chegar
Perto


"Close" - Nick Jonas feat. Tove Lo

 

Jade

— Cala a boca  — Meredith disse depois de quase cuspir o café.  — Cala a boca. Cala a boca! É uma brincadeira, me diz que é uma brincadeira.

— Não é brincadeira, Mer.  — falei.

— Você fodeu a porra do Ben Affleck, Dee!  — ela exclamou.  — Você fodeu o maldito Ben Affleck dentro da porra de um carro como a porra de uma adolescente!

— E o que tem demais?

— Ele é casado, não é?  — ela perguntou.

— Eu não sei.  — falei.  — Só sei que não vamos nos ver de novo. Graças a Deus por isso.

— Como ele fode?  — Meredith perguntou e eu revirei os olhos.  — É só uma curiosidade científica, Dee.

— Não sei se ele pratica com frequência  — comecei.  — mas ele é bom, bom até demais.

— Cristo amado.  — Meredith colocou uma das mãos no lado esquerdo do peito.  — Isso vai acontecer uma vez a cada mil anos na vida de alguém. Quem que tomou a iniciativa, foi você?

— Ele.

— Puta que pariu, Jade Amelia Lennox!  — ela riu.  — Cada dia que passa, eu quero mais desse mel seu, pra ver se é bom mesmo.

— Não.  — falei séria e ri depois de um silêncio.

—  Você deu uma surra de boceta no Demolidor…

— Esse filme é uma bosta.  — ri.

— Usou preservativo?  — perguntou e eu neguei com a cabeça.  — Porra, Jade!

— Eu estou na pílula, Mer.  — respondi e ela suspirou aliviada. Sean veio até nós segurando o lençol com o qual dormia, junto com o boneco do Batman que ele nunca largava.  — Bom dia, meu amor.

— Bom dia, Dee.  — ele disse, bocejou e coçou os olhinhos.  — Bom dia, tia Mer.

— Bom dia, baixinho.  — ele foi até Meredith e ela pegou ele no colo.  — Olha quanta coisa gostosa, Seano. Por onde você quer começar?

— Leite com chocolate?  — Sean arriscou.

— Leite com chocolate é o que teremos.  — Meredith disse e preparou o leite para Sean. Passei um pouco de manteiga em um pão e separei uma tigela de biscoitos recheados.

— Vocês são as melhores mamães do mundo!  — Sean disse e começou a comer. Meredith e eu nos entreolhamos: estávamos, de fato, sendo mães de Sean, mesmo não tendo uma relação. Os olhos de Meredith lacrimejaram e os meus já estavam cheios d’água.

Éramos mães de Sean e nada disso realmente mudaria.

 

Um mês depois

 — Eles estão de volta!  — Tina exclamou quando começamos a abrir o bar.

— Eles quem?  — perguntei confusa.

— Os soldados.  — ela respondeu com um suspiro.  — Sempre um dia depois de voltarem para o país, o regimento comemora aqui.

— Ah, sim.

— Você está indiferente agora  — começou.  — Mas é cada soldado mais lindo que o outro.

— Não me diga.  — ri.

— Te digo.  — ela riu.  — E digo mais: é cada homem bonito, se eu me concentro no trabalho é por esforço.

— Te dou um crédito se eu me impressionar com um deles hoje.  — sorri.

— Vamos bater uma aposta, Jade.

— Uma aposta?

— Se você não se impressionar com nenhum dos soldados  — Tina começou.  — te pago uma rodada de chopp Stella Artois e 20 pratas. Você paga um pack de Bud Light pra mim se você for embora com um deles hoje.

— Feito.  — apertamos as mãos e começamos a receber as pessoas. Hoje era um dia que podíamos beber, porém moderadamente, e depois das 10, que era quando as famílias começavam a ir embora e os soldados começavam a chegar.


 

— Agora é quando ganhamos mais dinheiro.  — a senhora Perkins, dona do bar e que estava no auge de seus cabelos brancos e pele também branca, me explicou. Assenti.  —  Vou precisar de você na frente da equipe, Lennox.

— Mas eu conheço pouco aqui senhora Perkins.  — falei.  — Tina conhece mais que eu.

— Ela pode te orientar, mas não sabe liderar uma equipe.  — ela disse.  — Kevin é o DJ do bar e eu não confio nos meus funcionários mais antigos. Confio mais em você do que neles.

— Tudo bem.  — suspirei.  — Farei o meu melhor, senhora Perkins.

— Sabia que podia confiar em você, menina.  — ela sorriu e fomos de volta para o salão, que estava lotado e que tocava Metallica em um nível quase ensurdecedor.  — Peça para que Kevin abaixe o volume, sim. Já passa das 10 horas. Vou dormir um pouco no escritório, mas vou te liberar. Hoje sou eu quem fecha o caixa.

— Tudo bem.  — sorri e fui até Kevin, que abaixou o volume, deixando a música em um nível suportável para todos. Voltei para meu posto no bar e o trabalho começou.



 

— Whisky cowboy!  — Tina gritou.  — Quem pediu duas doses de cowboy?

— Mesa 2!  — gritei enquanto servia uma cerveja a um sargento de meia idade que estava tentando, só tentando, me ganhar.  — Aqui está sua cerveja, Sargento.

— Eu poderia te tomar ao invés dessa cerveja  — ele comentou.  — Seria de graça, não seria?

— Não transo com homens que têm idade para ser meu pai.  — falei quando cheguei bem perto dele e fui atender um outro cliente que pediu um Bloody Mary e uma Budweiser. Peguei a cerveja e a abri com rapidez.  — Cadê o Bloody Mary?!

— Chegando!  — Craig serviu o cliente. Nos cumprimentamos com um High Five e “Alive”, do Pearl Jam, começou a tocar.  — Chegou mais um no canto do balcão, você atende? Preciso servir a mesa 5, pediram uma porção de Buffalo Wings e doses de tequila.

— Vai lá.  — falei e fui até a ponta do balcão, onde o cliente estava.  — Boa noite, o que vai querer hoje?

— Uma dose de Tennessee, com gelo, por favor.  — fui pega de surpresa com a educação dele e murmurei um ‘O.K.’ sem perceber. Fui até o bar, preparei o whisky dele e o servi.  

— Aqui está.

O homem olhou para mim, seus olhos verde-azulados (ou seriam azul-esverdeados?) sorriram para mim, assim como ele, que tinha uma barba por fazer e cabelos bem cortados que poderiam ser quase louros, se não fossem castanhos. Seus lábios rosados se moveram, mas eu estava muito perdida nele para entender o que saia de sua boca.

— O que disse?  — perguntei depois de voltar ao foco.

— Quer uma cerveja?  — ele perguntou.  — Você parece cansada e sei que podem beber no dia que voltamos.

— Só pareço?  — sorri enquanto meu rosto queimava violentamente. Ele riu.

— Só um pouco.  — ele sorriu.  — Aceita uma cerveja? Eu pago.

— Agora não.  — respondi, recusando o convite de forma educada.  — Talvez daqui a pouco.

— Vou esperar.  — ele sorriu.  — Ah, e meu nome é Trevor.

— Jade.  — sorri e voltei ao trabalho, ainda balançada por Trevor.

— Parece que o oficial Jenkins te balançou.  — Tina chegou perto de mim e tomei um susto.

— Não me assusta assim de novo!  — quase gritei e Tina jogou a cabeça para trás em uma risada.  — É, talvez.

— Vai passando o dinheiro do meu pack de Bud Light, queridinha.

— Oi?!  — ri.  — Só se eu for embora com ele, lembra do que disse?

— Algo me diz que você vai.

— Duvido muito, eu sou bem difícil.  — fui atender mais um cliente que chegava e mandei um beijo para Tina.

 

Depois de algum tempo, alguns poucos soldados foram embora. O movimento ficou mais tranquilo e vi Trevor chegar perto de onde eu estava.

— Acho que agora você tem tempo pra aquela cerveja de umas duas horas atrás.  — ele disse.

— É.  — sorri.  — Acho que sim.  — olhei para os dois lados, Tina não estava em nenhum lugar para ser vista.  — Você gosta de apostas?

— Não faço muitas.  — ele respondeu.

—  Minha amiga, Tina  — comecei.  — Acho que já conhece ela, até porque estou aqui só há quase dois meses.  — ele assentiu para que eu continuasse.  — Ela fez uma aposta comigo. Se eu ganhar, tenho uma rodada de chopp Stella Artois e vinte pratas.

— Bem vantajoso.  — ele riu.  — E se você perder?

— Tenho que dar um pack de Bud Light.  — sorri.

— O que eu ganho?  — ele perguntou.

— Eu te dou dez pratas?  — arrisquei.

— E se eu te levar para minha casa?  — ele perguntou.

— Para sua casa?

— Eu finjo que tento até o último suspiro e saio uns 10 minutos antes de você.  — ele começou e assenti.  — 20 minutos antes. Você ganha sua cerveja e o dinheiro. E eu te ganho. É uma troca justa, não?

Trevor deu um sorriso malicioso e acabei por sorrir com ele também. Nós estávamos começando a nos entender.

— Pode ser.  — respondi.  — Agora vamos parar de sorrir, ou isso não vai soar nem um pouco convincente.

— Tudo bem.  — ele disse e fez uma cara neutra, enquanto segurava seu copo.  — Mais uma dose de Jack, por favor.

— Claro.  — peguei a garrafa de whisky e o gelo para o copo de Trevor. Ele agradeceu e fui atender outros clientes.


 

— Já vai embora, Jenkins?  — Tina perguntou algum tempo depois. Eu escutei.

— Vou.  — ele respondeu.  — Preciso voltar para casa.

— E a moça que te atendeu?

— Jade?  — ele perguntou e olhou para mim.  — Morri na batalha. Ela é dura na queda.

— Vai morrer sem lutar, Trevor?  — ela perguntou espantada. Sabia que tinha perdido a aposta.

— Você não sabe  — ele começou com uma risada.  —  o quanto eu lutei entre as oito doses de whisky e a garrafa de água com gás.

— Entendo.  — ela suspirou.  — Vai lá, então. Estamos começando a limpar tudo aqui, vamos demorar uns trinta minutos.

— Acho que vou tentar mais dez minutos de saideira.  — ele disse e arregalei os olhos.

— Dee  — Tina me chamou e eu olhei. Ela estava sorrindo com alguma esperança.  — Serve o Jenkins.

— Tudo bem.  — falei e fui até Trevor.  — O que vai querer?

— Uma água com gás.  — ele respondeu olhando para mim. Tina estava do meu lado. — Tenho que dirigir ainda hoje.

— Tudo bem.  — falei e dei a água para ele. Aqueles dez minutos seriam os mais longos da minha vida.


 

— Terminamos?  — Tina perguntou.

— Exceto por uma pendência.  — falei. Trevor já me esperava em seu carro, na esquina do lado esquerdo, como havíamos combinado.  —  Minha cerveja e minhas vinte pratas.

— Merda.  — ela grunhiu.  — Você realmente não viu nada no Trevor?

— Nadica de nada.  — sorri. Tina colocou cinco pratas na caixa registradora e pegou vinte pratas de suas gorjetas e pegou uma taça de chopp Stella Artois para mim. Peguei cinco dólares da minha gorjeta e dei à ela. — Pega um pra você também, nós merecemos.

— Merecemos.  — ela sorriu e brindamos, depois de colocarmos o dinheiro na caixa registradora.

 


 

— Como você é gostosa, Dee.  — ele sussurrou em meu ouvido enquanto eu cavalgava nele. Ele me segurava pelos quadris e eu ditava o ritmo do sexo naquele momento.

— Trevor… — gemi seu nome e puxei-o para perto de mim. Seu peito encostou no meu e começamos a nos beijar. Trevor aproveitou a deixa para nos virar e ficar por cima de mim. Acabei soltando um gritinho e rindo.  — Você é rápido.

— Você ainda não viu nada.  — ele disse e começou a se mexer. Amarrei minhas pernas em seus quadris e cravei minhas unhas curtas em suas costas, coisa que o fez ir mais rápido.  — Jade…

— Trevor!  — meu corpo encheu-se de espasmos e começou a tremer.

— Vem, gostosa  — ele sussurrou no meu ouvido.  — Vem, Dee…

Mordi meu lábio inferior para abafar o grito que veio com o orgasmo que Trevor me deu e arqueei as costas. Quando ele estava perto de gozar, eu gozei pela segunda vez, até que seu corpo relaxou sobre o meu.

Quando saiu de cima de mim, Trevor me puxou para ele. Deitei-me em seu corpo enquanto olhava em seus olhos.

— Valeu a pena vir para casa comigo?  — ele perguntou. Eu ri.

— Valeu.  — respondi com um suspiro. — Valeu, sim. Você é muito bom de cama, é gentil, cavalheiro… tudo isso conta.

— Então eu passei por uma avaliação de desempenho hoje?  — ele perguntou com deboche.

— Você é sempre debochado assim?  — perguntei.

— Só quando trago garotas tão bonitas quanto você para casa, senhorita Lennox.  — ele sorriu e senti minhas bochechas esquentarem.  — Jade?

— Hm?

— Daqui a duas quadras — ele começou. — tem uma pizzaria que fica aberta de madrugada. Eu estou com fome e não tem nada para comer aqui e agora.

— Você quer pedir pizza às  — comecei e procurei meu celular no criado mudo, que era o lugar mais próximo naquele momento.  — que horas são?

— Umas três da manhã, acho.  — Trevor respondeu quando deu de ombros. — Mas creio que, nesse momento, eu esteja com vontade de outra coisa…

— E do que seria, senhor Jenkins?  — perguntei e abri um sorriso malicioso. Ele retribuiu o sorriso.

— Me beija que eu te mostro.  — ele falou e fiz o que ele pediu.  — Meu Deus, que beijinho mais ou menos.

— Mais ou menos?  — perguntei e comecei a fazer menção de levantar.  — Então eu vou embora.

— Volta aqui, mulher.  — ele falou com um sorriso preguiçoso, me puxou para ele e começamos a nos beijar.

Depois disso, ficamos transando o resto da madrugada, enquanto estava escuro. A madrugada, para nós dois, não teve hora para acabar.

E, surpreendentemente, eu não queria que acabasse.

 


Notas Finais


Até o próximo! <3


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