POV Dipper
Eu e minha irmã descemos do ônibus agitado cheio de adolescentes tão confortáveis quanto nós, logo quando eu pisei no chão eu senti um calafrio, como se alguém estivesse colocando gelo seco na minha coluna, não sabia porque mas olhei para o lado, já prevendo alguém estar lá mas ninguém se encontrava na calçada deserta, Mabel deu um empurrão em mim sem motivo algum.
-Ei!- Protestei mas Mabel já me guiava pelo corredor e antes de perceber já estava nos armários -Você é lerdo demais Dipper-
-Hoje tá esquisito, sei lá- Disse, Mabel deu risadinhas, olhei para ela já sabendo quq ela ia falar porcaria -Não aguenta nem um dia sem falar com a Pacífica né?-
Meu rosto ficou mais quente que o Nordeste, mas já que ela tava apelando.
-Você não pode falar nada Mabel, você fica o dia inteiro falando com o Bill, não sei como aquele Dorito oxigenado te aguenta- Disse, Mabel ficou vermelha e começou a dar soquinhos no meu braço enquanto dava gritinhos que soavam um pouco com "cala a boca idiota" Todo mundo tava olhando e como sempre, eu fiquei bem desconfortável e envergonhado, tanto que fiquei feliz pelo sinal ter tocado logo depois, fomos para o ginásio, na aula de educação física, que era futebol americano ou basquete para os caras legais e corrida ou boxe para os outros, justo, o professor parecia mais furioso que nunca, o que era compreensível.
-Okay seus bandos de moleques sem talento, façam o que quiserem desde que seja um esporte!- Enquanto ele dava um discurso emocional sobre sedentarismo e vida saudável alguém tocou meu ombro, antes de eu olhar para trás me entregaram um papel, e isso é o que eu posso colocar na tela antes da Spirit deletar a história:
"Eae seu ***** soube pela **** do ******* da sua irmã que você tem uma namoradinha, quero saber como um ***** como você conseguiu alguém, ela deve tá te ****** com certeza, nós vamos saber no final mesmo assim, leve a ****** da sua irmã e tente não se matar no caminho enquanto vive a sua vida de *****"
Eu já tinha sofrido muito bullying antes, mas mesmo assim minhas mãos tremiam, eu não tinha certeza do que eu sentia no momento, mas olhei para trás e tinha alguns garotos que me encaravam como se eu tivesse atirado na mãe deles (A menos que a mãe deles fosse o Bill e a arma fosse de paintball era verdade) Eu fiz um sinal que eu tinha aprendido, um sinal de três dedos sobre o coração e depois apontei para eles, que começaram a cortar pela fila mas imediatamente escorregaram em várias bolas de basquete, todo mundo começou a rir, e vou ser sincero, eu ri até doer a barriga. -Ei vocês! Se tem tempo pra brincadeiras tem tempo pra exercícios! Quero 20 voltas de corrida!-
O que parecia o líder do grupo, um mal-encarado de cabelo marrom e várias cicatrizes de lutas me olhou e quase fez minhas calças virarem o Lago de Gravity Falls -Você tá morto Marca, te encontro na saída-
Com essa imagem feliz fui para a minha luta, eu era tão magro que o professor me colocou na luta de duplas, o que era bom, mas eu ia enfrentar dois capinchas daquele cara lá, o que era muito ruim, especialmente olhando para o garoto ao meu lado, não tinha como ele ter mais de 15 anos, ele era um pouco mais alto que eu, tinha o rosto de um bebê e cabelos pretos cacheados, mas ele estava bem relaxado, como se tivesse lutado várias vezes antes.
-Se vocês quiserem trocar para o parceiro batam uma vez no chão, UMA vez, se baterem a mão duas vezes é desistência- o professor explicou, olhei para o garoto, seus olhos eram escuros feito piche. -Me diz que você sabe lutar- implorei
-Tudo que você precisa é fazer ele te jogar no chão- o garoto disse, eu olhei pra ele incrédulo, nem eu era tão burro. -Você pesa 49 quilos Dipper, você não vai espancar aquele cara, faz ele te jogar no chão, aí bate uma vez mas permanece no ringue, não é WWE, se você saí você é uma galinha-
Nem preciso dizer que a única parte que escutei foi "Faz ele te jogar no chão, aí bate uma vez" O professor/juíz deu início e eu corri dois metros antes do meu adversário se jogar no chão e dar o tapa mais cruel em um chão, tanto que sua mão estava vermelha, para combinar com os olhos reptilianos, pera, pessoas não tem olhos vermelhos ou reptilianos.
-AAAAAAH!- Foi a única coisa que disse antes do cara me levantar no alto e me jogar com toda a força no chão, eu ouvi um alto -Crack- e soube que meu sonho de ser o próximo The Rock tinha acabado, minha visão tava meio vermelha mas bati no chão uma vez e no mesmo segundo o garoto apareceu.
-Você viu?- Alguns disseram no fundo
-Num piscar de olhos-
Ele encostou a mão em mim e toda a dor sumiu imediatamente, coloquei a mão na minha costela e a senti mais forte que nunca, eu levantei e parecia pronto pra dar um soco em um sofá.
-Deixe comigo- O garoto disse, eu olhei para ele como se ele tivesse dito "Vou comprar cigarro" -Você viu o que ele fez comigo?-
Mas ele não me ouviu e me recuou até as cordas, depois foi andando calmamente até os valentões.
-Vai defender esse miserável?- O segundo disse, o garoto riu levemente -Não se deve subestimar tanto quem você enfrenta sabe-
Ele avançou, colocando um soco inglês no punho, antes do professor o desqualificar e o expulsar da escola o garoto desviou dos dois socos bloqueou vários, dando vários golpes marciais nele, por fim o derrubando e dobrando o braço dele até ele desistir, o outro não recuava por mais que o professor pedisse, o garoto colocou dois dedos na frente do rosto, murmurou algo e estalou os dedos e tudo ficou preto, de repente eu estava em um sonho, em uma rocha a beira de um precipício estava uma jovem ruiva, ela me olhou diretamente.
-Quando a tempestade do deserto chegar
E a maldição terminar
Os quatro se unirão
O destruidor de lares destruído será
E no fim fracassará-
Mabel POV
~Quebra de Tempo~
Depois do acidente estranho em que todos desmaiaram, estávamos prontos para ir para casa, tirando dois garotos, um desapareceu misteriosamente e o outro foi para o hospital com um braço deslocado, eu desci a escadaria apenas para encontrar um dos amigos do Dipper, eu mandei um oi pela mão e ele me respondeu agarrando meu ombro.
-Você vai esperar seu irmão aqui- Ele disse enquanto mostrava a cintura, que tinha um coldre de arma, quando ele chegou o homem me soltou. -Eu disse que a gente ia se resolver, podemos fazer isso da maneira Pacífica ou da.......outra maneira-
Olhamos um para o outro, curiosamente não tinha ninguém por volta.
-Ahn.......eu......... não.......ahn- Dipper disse, o cara riu, Dipper recuou. -Fale, não gagueje-
Nós estávamos muito nervosos, mas então uma voz familiar nos chamou.
-EI! MABEL! PINHEIRINHO!- A voz chamou, olhamos, quase a ponto de quebrar para Bill, em seu traje mais informal possível: O de sempre, ele não demorou muito para perceber o nosso acompanhante. -EI VOCÊS FIZERAM um novo amigo!-
O cara nem mediu esforços, descarregou o pente no Bill, que olhou enquanto as balas ricocheteavam no terno mágico.
-Nova maneira de falar oi?- Bill disse confuso, o valentão ficou desesperado e largou a arma, tirando um canivete do bolso e indo pra cima de mim, ele chegou até perto da minha camisa, tanto que eu conseguia sentir a seu hálito horrendo, várias mãos vermelhas seguravam ele, Bill estava com as mãos engulfadas em chamas azuis. -Olha cara, isso é um não não, eu não recomendo machucar essa daí-
Ele tentava inutilmente avançar porém esses braços vermelhos são basicamente inquebráveis e podem ficar duros que nem pedra, ele tentava tudo, eu tava tão em choque ainda que Bill teve que tirar nós dois de lá
-Um segundinho- Ele disse e virou, porém tanto o cara quanto seu carro tinham sumido, sobrando apenas uma carta, Bill a pegou. - Boa tarde Bill, soube que você teve uma situação difícil com um humano que ameaçava....- Bill ficou da cor do terno do Paul - Ninguém.... Então de presente eu cuidei dele, agora ele é Lamar Jackson e está em Louisville, Kentucky, podem me agradecer já, e se os gêmeos estiverem aí, diga que minha oferta ficará de pé assim que dormirem novamente, Com todo o Ódio do meu coração, O Capitão-
-Quem será que é esse Capitão?- Dipper disse, os pelos do meu braço se eriçaram, era como se eu estivesse invocando algo perigoso e antigo, como uma bomba da segunda guerra, Bill coçou o queixo. -Olha, sinceramente eu não sei, tem como eu tentar descobrir com o meu olho mágico mas eu me esgotei me teleportando até essa cidade maravilhosa,e sim, o teleporte tem que ser muito preciso, porquê eu fui para a placa da cidade e tive de caminhar até aqui, enfim, eu diria Paul, ele tem as características de um Capitão, assim como........o cara do ano passado, mas você destruiu ele então pelo menos por agora ele tá fora, e é claro, tem o meu pai, o Rei Cipher, tirando esses três, tem muita gente que pode ser um capitão, é um nome vago.-
Eu não sei vocês mas o Bill pensativo ou preocupado é muito bonitinho, não me entenda mal, ele não é essa coisa toda, mas ele é fofinho quando tá pensando, ele olhou pra mim e eu desviei o olhar, sentindo meu rosto aquecer, esqueci que o maldito sabe ler mentes.
-Mabel, você tá bem? Parece que você quer vomitar- Ele sabiamente observou, o que dizia que seus poderes estavam desligados pelo menos por agora, Dipper revirou os olhos -Não se dê o trabalho cabeça de nachos, vamos pra casa-
Quando chegamos em casa, meus pais nos esqueceram e foram direito para o Bill, querendo saber quem era, como era, quem era sua família e principalmente, se tinha namorada, para a qual eu virei a bandeira da China e dei um gritinho -MÃE!-
-Eu sou Bill Cypher, um.....amigo que o pinheirinho e a estrelinha fizeram, eu sou um cara legal, acho, minha família é uma bagunça divina, tenho três irmãos: Paul, John que infelizmente morreu e Pauline que é gêmea de Paul, e para a última, não eu não uma namorada- Ele piscou para mim, minha família pareceu menos desconfiada. -Pais?-
Bill perdeu o sorriso, entendi o porquê, veja, meus pais são normais, por mais doidos que sejam, se o Bill jogar na cara que é de uma família real mágica eles vão pro hospício.
-Ahn......eles eram.... são......divorciados mas estão fora da cidade, então posso ficar?-
Eu caí nos braços do Dipper, meus pais ficaram chocados, quem em sã consciência iria aceitar um pedido tão do nada.
-Pode ficar no quarto do Mason por agora- Eles disseram
Meus pais fariam isso.
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