Part Bruno
Desde que Zoe chegou, não consegui tirar os olhos dela. Não que isso seja culpa minha, até porque quem chegou depois e sentou na mesa de frente pra minha foi ela. E sem falar que ela tá muito gata, é difícil não olhar.
Eu percebi que ela estava retribuindo os olhares. Eu não conseguia parar de olhar o quanto ela estava linda.
Até que Phill percebeu o que estava acontecendo e me cutucou e falou:
- Pô cara, tenta disfarçar pelo menos - disse sério
- Disfarçar o que cara? - perguntei me virando e olhando pra ele
- Não se faz de sonso. A garota ainda tá acompanhada, respeita
- Beleza - respondi seco
Tentei me concentrar em não olhar para Zoe, até porque eu não queria que os outros garotos além de Phill percebessem e venham querer dar lição de moral.
Eu e os meninos até que aproveitamos nosso resto da noite naquela pizzaria. Rimos pra caramba, cantamos entre a gente fazendo das batidas da mesa a nossa melodia. Passar tempo com eles é bom demais.
Depois de um tempo, decidimos que iríamos embora. Eric e Jimmy foram pagar a conta enquanto eu e os outros íamos saindo para esperá-los do lado de fora.
Fui o último a levantar da mesa. Quando estava levantando, olhei em direção à mesa de Zoe e vi aquele cara que estava com ela saindo e indo em direção ao banheiro. Zoe ficou sozinha. Como os garotos à essa altura já estavam lá fora e Eric e demoraria no caixa por conta da fila, eu aproveitei.
Zoe estava sentada mexendo no celular e eu sutilmente sentei na cadeira que estava ao seu lado
- Emerson, tá ficando tarde, não é melhor nós irmos embora? - ela perguntou sem ao menos tirar os olhos do celular e perceber que quem estava ali não era o Emerson
Já? - perguntei
Zoe imediatamente tirou os olhos do celular e olhou pro lado
- Bruno?!
- Eu mesmo. - respondi rindo -
- O que você quer? - perguntou seca
- É que meu pai me ensinou que quando uma mulher muito bonita estiver na minha presença, eu devo dizer isso à ela
- Se a mulher for muito bonita, como o seu pai disse, você não acha que ela já sabe disso? - me perguntou olhando nos meus olhos
Ela conseguiu me deixar sem palavras, filha da mãe. Nesse momento o Emerson chegou tossindo
- Zoe, temos companhia? - ele perguntou me olhando
- E-emerson nã... - Zoe parecia até que estava com medo do cara. Eu a interrompi pra não deixar ela se enrolar mais
- Eu gostaria muito de ficar mas meus amigos estão lá fora me esperando - falei com deboche olhando pra ele - Mas na próxima pode deixar que eu faço companhia pra vocês. - disse e saí
Chegando lá os meninos logo vieram me enchendo o saco.
-Êee Bruno, demorou tanto por quê? - Kameron perguntou
- Ele tava betando a Zoe - Phill respondeu ríspido me olhando
- Ah, vão à merda. - falei seco, já que não poderia me defender do que Phill havia dito
Não demorou muito pro Eric vir e irmos pra casa. Chegando lá eu tomei um banho frio e fui deitar. Não sei porque, mas apesar do dia ter sido cansativo, o sono não vinha. Liguei a TV pra ver um filme, mas sem êxito, nada me entretia. Peguei o celular mas isso também não me entreteu. Eu não sou muito chegado a tecnologia, posso dizer que sou um "tiozão" relacionado à isso. Então eu peguei um caderninho, um lápis, e claro, o meu violão. Tava sem inspiração pra uma nova música, mas logo isso mudou quando eu comecei a criar fantasias de Zoe. Sei que isso é errado, talvez muito errado. Mas é o que eu tô sentindo no momento e preciso expressar isso na minha arte.
Part Zoe
- Eu ainda quebro aquele cara - Emerson falou com raiva, quando já estávamos no lado de fora da pizzaria
- Ei, que isso? - perguntei rindo sem graça - Não vai quebrar ninguém, Emerson
- Não sei como você consegue ficar tão de boas quanto à isso, Zoe. Já esqueceu o que ele fez? - perguntou indignado
- Claro que não esqueci. Mas acontece que ele se desculpou...
- E isso muda o que aconteceu? - ele perguntou
- Não, claro que não. Mas enfim, nem sei porque estamos perdendo tempo falando do Bruno. Você não me chamou aqui pra isso, não é? - perguntei já deixando claro o que eu queria dizer
Emerson parecia meio espantado e incrédulo por eu ter me insinuado pra ele. Confesso que agi por impulso, mas não podia deixar de aproveitar o momento. Eu não quero mais ter medo de arriscar. Carpe diem.
Fui me aproximando de Emerson a ponto de nossas respirações estarem muito próximas.
- Eu tô aqui, não tô? - perguntei olhando dentro de seus olhos
Emerson não se deu o trabalho de dizer uma palavra, apenas me puxou pela cintura e me beijou. Nos beijamos intensamente. E como aquilo estava bom. Eu não queria que aquele momento acabasse nunca. Finalmente eu tô me arriscando e me entregando ao incerto. Talvez seja a melhor escolha que já fiz e eu não quero pensar em mais nada, apenas aproveitar esse momento.
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