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História Green Witch- Jacob Black - Jacob


Escrita por: vickduarte01

Capítulo 5 - Jacob


Fanfic / Fanfiction Green Witch- Jacob Black - Jacob

FORKS, WASHINGTON- AGOSTO DE 2006

JACOB BLACK NUNCA FOI O TIPO de homem que se submetesse a seguir ordens de alguém que não fosse ele mesmo, o que mais preservava, era o seu livre arbítrio, e principalmente seu papel como parte da matilha. Criado desde pequeno para assumir sua posição, com ensinamentos, que o ajudariam a ser um grande lobo, protegendo o bando e os humanos acima de tudo e de todos.

Sempre fora uma pessoa indecisa, indecisão que o submeteu a um triângulo amoroso entre sua amiga e o namorado dela, triângulo que parecia não ter fim, machucando o coração do lobo, passando por diversas ocasiões ruins. Era um homem difícil de se conviver, muita paciência e compreensão eram qualidades fundamentais para uma boa convivência com o mesmo. Seu temperamento alto, não ajudava muito em momentos de estresse e de pressão, geralmente falava antes de pensar, apesar de ser gentil em poucas partes do tempo.

De certa forma ele se sentia vazio por dentro, por mais que gostasse de Bella, e sentisse uma certa ligação com a morena, ainda não era o tipo e paixão que ele almejava sentir, na realidade, sua vida romântica com a garota fora tão conturbada que nem sabia ao certo se era amor, nunca teve realmente uma chance para por em prática seu sentimento, apesar do breve triângulo amoroso, acabou ficando por isso mesmo, Bella continuava com Edward, iludindo ele com falsas chances.

Quando mais jovem, ouvia as lendas dos amores verdadeiros, histórias que foram escritas nas estrelas a centenas de anos, contando o amor entre um lobo e sua alma gêmea, um amor avassalador, capaz de fazer qualquer um flutuar ao senti-lo, contudo, sua frustração era não ter sentido esse sentimento ainda, não sabia se era digno de tal coisa. Será que era apenas isso para si? Seu pai sempre lhe dizia para não desistir, que o amor sempre vem nas horas mais inesperadas e as vezes a mais importuna, mas nunca deve ser ignorado.

Jacob não soube explicar o sentimento peculiar que passou por seu corpo ao ver a garota de cabelos brancos direcionando os olhos azuis para si, um calafrio e revirada no estômago foram sentidos pelo homem, sem conseguir de fato desviar os olhos de sua face bonita. Era indiscutível sua beleza, peculiar poderia dizer, sempre fora acostumado a garotas morenas de cabelos escuros.

Quando falou aquelas palavras hostis para a loira, se arrependeu no mesmo instante ao ver o semblante decepcionado da mulher, por um segundo pareceu distante, até assumir um olhar raivoso que tentava conter. Jacob não soube distinguir seus sentimentos, os pensamentos que tinha ao direcionar o olhar a ela, podia simplesmente parar no tempo e apreciar sua boca entre aberta, com os lábios rosados, as bochechas rosadas, e os olhos azuis, Jacob se perguntou se os olhos verdadeiros dela eram tão belos quanto imaginava. Ainda assim se sentia incomodado quando ela olhava em seus olhos, era como se tivesse algo a mais que não conseguisse completar a tarefa, era insano pensar dessa maneira, mas era como se sentia.

Ela era uma bruxa, teve que se lembrar desse fato  mentalmente diversas vezes enquanto a analisava com os olhos diversas vezes, não que ele se importasse com isso no momento, era como se fosse indiferente a essa questão. Por mais que seus olhos demonstrasse interesse repentino na garota, sua postura continuava intacta, pelo menos ainda conseguia disfarçar, já era demais seus pensamentos serem invadidos por ela.

Quando Jacob sentiu a porta principal se fechar completamente, um sentimento de vazio impregnou dentro do seu ser, seu lobo se remexeu inquieto, como se não quisesse sair daquele lugar, era um absurdo, e não conteve a careta de raiva ao passar pelo portão grande de grade no final do terreno.

O carro de Sam estava ali parado, Jacob não pensou duas vezes antes de adentrar o mesmo batendo a porta, sem se preocupar com os xingamentos de Sam, que ficará para trás ajudando seu pai. Se sentia pequeno, como se voltasse a ser um adolescente imatura, cheio de conflitos emocionais.

Ele não gostou nada disso.

Mary Ann abriu os olhos no dia seguinte, sentindo algo tocando seu rosto, seu olhos se encontraram com os de Melina, que sorriu sapeca ao ver a cor azul nós olhos da mais velha.

Mary Ann se sentiu incomodada com as lentes de contato, sentia como se estivessem queimando seus olhos de uma forma absurda. A loira levantou correndo da cama, se dirigindo ao banheiro. Não havia nada de errado, seus não estavam nem se quer vermelhos, mas pareciam em chamas, como se expulsasse as lentes de seu território. A mulher retirou as lentas lavando o rosto com a água da torneira, e encarou seu próprio reflexo agora sem os olhos azuis. Seus olhos cinzas estavam mais claros, e tinham um brilho diferente, estranhamente a aparência da loira estava igual a noite passada, sem nenhum sentimento novo que justifique tal brilho. Seus olhos pararam de arder e ela bufou contrariada, seu corpo estava rejeitando as lentes de contato.

- Mama.- Melina adentrou o banheiro a procura de Mary. A mais velha sorriu ao ver pelo reflexo o corpo pequeno da filha que mantinha o urso de pelúcia junto a si, o abraçando.- Você está bem?.- Sua voz era chorosa, revelando a preguiça da garotinha.

- Estou bem meu amor.- A loira se virou agachando em frente a pequena.- Está acordada a bastante tempo?

- Um pouco.- Melina encara os olhos cinzas de Mary, parecia ler sua alma, deixando a mais velha um pouco desconfortável com a atitude repentina.- Gosto mais dos seus olhos assim.

- Gosta é?- A garotinha balançou a cabeça positivamente. A mulher a pegou no colo saindo do quarto.- Vou ficar com essa cor então.

- Fica linda.- A voz saiu baixinha. Mary arqueou a sobrancelha em uma feição divertida.

- Então eu sou feia de olhos azuis?- A garotinha balançou negativamente a cabeça de modo exagerado, enquanto Mary andava até a cozinha.

- Só fica menos linda.- Mary sorriu com isso com as palavras da garotinha.

Melina era espontânea e muito sincera, mas sabia identificar o tom de voz bem humorado na fala da pequena. Era otimo ver ela assim tão alegre logo de manhã.

Mary não associaria Melina de agora com a garotinha que havia conhecido no começo do ano letivo, ano passado. Melina naquela época, passava por momentos conturbados em casa e era bastante retraída, não socializava com o restante dos seus colegas de classe e muito menos com os professores. Foi um luta para Mary conseguir a confiança da garotinha, mas uma vez que viu seu sorriso angelical, soube que faria de tudo para vê-lo mais e mais vezes.

- É bom saber disso.- A garotinha deu um risada fraca.

- Kim.- Melina exclamou ao ver a garota de cabelos castanhos escuros. A mesma adquiriu um sorriso no rosto ao ver a garotinha.

- Bom dia martha.- A loira falou para a senhora que estava ao fogão.

- Bom dia Senhorita.- Martha respondeu rapidamente. Mary revirou os olhos com suas palavras, já havia pedido para a mais velha chama-la apenas de Mary, mas a mesma se recusava com essa intimidade, acreditando que Mary não gostaria de tal coisa.

- Oiê bebê.- Mary deixou Melina no chão, que correu até Kim abraçando suas pernas longas e finas.- Isso tudo é saudade?

- Eu fui na praia.- A garotinha exclamou alegre. Mary sorriu se sentando a mesa, começando a comer seu café da manhã- Mamãe me levou.

Kim sorriu mais ainda, o orgulho estampado em seu rosto.- Que bom meu anjo, é lindo lá não é?

Uma conversa longa e alegre se iniciou entre a Quileut e a garotinha de cabelos brancos, ambas se davam bem, e Kim era uma garota excêntrica, e muito animada.

Mary terminou o café da manhã subindo as escadas com Melina, que se opôs a ir sem a presença de Kim, isso, esse carinho da pequena pela garota, não incomodava Mary, muito pelo contrária, gostava de ver sua garotinha se dando bem com todos, e gostava mais ainda de ver o amor que tinham por sua filha, a tratando tão bem, principalmente a morena. Kim tinha a confiança de Mary e nem sabia de tal coisa.

Kim ficou encarregada de aprontar Mel, enquanto Mary se arrumava, ambas as garotas iriam até o centro de Forks no dia de hoje. Estava frio, mas o céu estava limpo, isso significava sem chuva pelo menos.

Mary tomou um banho, colocando logo em seguida uma calça jeans escura, uma bota preta até acima do joelho com salto, uma blusa de botões cinza, um sobretudo preto e um cachecol vermelho no pescoço. Satisfeita com o resultado, a mulher pegou sua bolsa saindo de seus aposentos, se dirigindo ao quarto de sua filha.

Melina já estava devidamente vestida, uma calça legging preta, botas marrom escuro, um vestidinho grosso de mangas longas azul marinho, seu cabelo estavam preso em um rabo de cavalo com uma trança simples de um lado, e um grande laço azul em seus cabelos. Mary adentrou o quarto no mesmo instante que Kim colocava um sobretudo preto no corpo da garotinha, enquanto as duas estavam envolvidas numa conversa animada.

Kim ajeitou Melina na cadeirinha do carro, como pedido pela garotinha, enquanto Mary ia direto para o banco do motorista, o vento forte bateu no rosto da mulher que sentiu um calafrio passar pelo seu corpo. Calafrios nunca eram uma boa sensação, o coração da mais velha apertou, e ela adentrou o carro o ligando. Com a porta fechada, Mary acelerou o carro devagar saindo da propriedade em silêncio.

Melina era uma criança curiosa, falava demais ao ponto de estressar qualquer pessoa com pouca paciência, entretanto, sempre soube quando Mary estava bem ou não, sentia quando a mulher queria ficar quieta. Pode chamar de ligação ou intuição, mas a menina sempre sabia.

E naquele momento, em que a mulher apertava o volante de modo desconfortável, enquanto mantinha os olhos na estrada mas os pensamentos longe, a garotinha de cabelo brancos apenas observou a paisagem sem falar em nenhum minuto se quer.

Mary agradeceu profundamente a paz momentânea que Melina havia concedido a ela, pode pelo menos pensar um pouco na estranha sensação ruim que se apossou de todo o seu corpo.

Não sabia de fato, o que era, e torcia para não ser um pressentimento ruim.

Um bruxa com pressentimento ruim, não era boa coisa.

Mary dirigiu por longos minutos até que parou o carro em frente uma propriedade com letreiro sofisticado, ficava bem no centro de Forks, e era realmente aconchegante.

A mulher desceu do automóvel soltando Melina da cadeirinha a pegando no colo, por um instante agradeceu a morgana sua força e leveza nós pés, estava de salto e certamente seria desastroso se fosse humana.

A pintura na cor creme da propriedade era recém feita, o letreiro estava limpo e brilhante, Galeria Lothbrok, era o que dizia.

Mary pensou muito no que fazer para ganhar algum dinheiro, era óbvio que precisava manter as aparências humanas perante todos, e ficar uma semana dentro de casa já era o suficiente para os cochichos começarem.

Mary amava Arte, a música e principalmente pintura, pintar era de longe seu hobby favorito, com esse pensamento juntou o útil e o agradável.

A loira resolveu fundar uma loja de pintura a pronta entrega e por encomenda, assim poderia passar despercebido fazendo algo que amava.

Mary adentrou o recinto com Melina no colo, a garotinha olhava a sua volta atentamente, cada detalhe era captado por seus grandes olhos azuis, tudo tão bonito e arrumado, havia diversas pinturas nas paredes em questão, uma mais bela que a outra. Mary certamente tinha bom gosto para relíquias, e ficou satisfeito com o resultado de sua nova aquisição.

Ambas rondaram o lugar lado a lado enquanto Mary ensinava todo o seu amplo conhecimento sobre Arte para a pequena, esquecendo completamente que a garotinha era apenas uma criança, e que por isso não compreendia metade de suas palavras difíceis e sentimentos que a mais velha falava de forma animada.

Mas Melina, como a criança perspicaz que é, sentiu que deveria deixar que Mary continuasse a falar aquelas palavras difíceis e sem sentindo algum para si, a mais velha precisa disso, de uma momento de descontração como esse. Então a garotinha apenas assentia e sorria, como se estivesse entendendo tudo ao seu redor.

Mary fechou o local, pegando em uma das mãos de Melina começando a andar pelas ruas de Forks. Todos pareciam interessados nas duas garotas de cabelos brancos passando por ali, sem se preocupar em serem discretos, causando um desconforto na mulher e na garotinha.

Caminhou até a lanchonete no final da rua, sentindo novamente os olhares se dirigirem as duas quando adentrou o ambientes. A mulher suspirou andando até uma mesa vazia, trazendo consigo Melina que parecia estupefata com toda a atenção. A garotinha de cabelos brancos sentia deslocada e estranha...como se fosse uma atração de circo.

- O que vão querer?- A garçonete com trazes estilos anos 90, indaga enquanto retirava um bloquinho e caneta do bolso em seu avental.

- Eu quero um lanche e uma porção de batata.- A mulher falou, dirigindo logo em seguida seu olhar para a garotinha sentada ao seu lado, que desaparecia por detrás do grande cardápio.- E você meu bem?

- Eu quero o mesmo.- Melina demorou longos segundos para falar apenas isso.- Mary fez cara continuou com o semblante neutro, mas estava rindo por dentro. Melina nem sabia ler ainda.

- Algo para beber?-  a garçonete tornou a perguntar anotando os pedidos enquanto mascava um chiclete com um cheiro horrível de tutifruti. Mary torceu o rosto com a aquilo.

- Uma coca, e um Milkshake de morango.- A jovem assentiu se retirando da mesa das Lothbrok.

- Eu tive um sonho estranho.- Melina falou enquanto mexia no porta canudos sobre a mesa.

- Se lembra dele?- A mulher peguntou recebendo um aceno positivo da garota. Sonhos vividos demais que fica impregnados na nossa mente com clareza, nunca eram um bom sinal.- Me conte então.

- Eu tava na floresta, e tinha um homem, de olhos vermelhos.- A cor no rosto de Mary sumiu, e a mulher ficou ainda mais branca do que o habitual.- Ele tentou me pegar mas você entrou na frente e jogou ele longe.- A garotinha tornou a falar, como se nada daquilo fosse importante, mas era.- Você correu comigo no colo, e aí ele apareceu de novo, você começou a chorar mamãe e um urso grande e marrom apareceu e salvou a gente, junto com outros ursos.

Mary ficou sem palavras, sonhos assim não eram normais, não mesmo, ainda tão reais, olhos vermelhos? Vampiros, mas ursos? Não faz sentido algum. Por uma segundo a mulher balançou minimamente a cabeça tentando espantar esses pensamento, era só um sonho. Melina não conhecia nada desse mundo, ela era normal, e foi só um pesadelo, era o que pensava.

- Querida, foi só um pesadelo.- Mary diz a abraçando de lado, e beijando levemente seus cabelos.- Eu sempre vou te proteger, não precisa sentir medo.

- Eu não sinto.- Melina falou com convicção em sua voz.- Você é forte, eu sei.- Por poucos instante Mary se viu distante, pensando na única pessoa que havia lhe dito essas palavras, Bridget. Sorriu levemente para a garotinha, um pouco emocionada, mas sem demonstrar nenhum vestígio disso.

A tarde se passou de maneira prazerosa e rápida, as coisas finalmente pareciam estar se acertando para Mary, ambas estavam felizes e satisfeitas com a pequena cidade. Parecia o lugar perfeito para se viver, mesmo pacata e monótona.

Pintura era uma das poucas coisas que Mary apreciava fazer. A forma como podia expressar seus sentimentos em uma tela em branco, enquanto dava tudo de si naquelas tintas e texturas. O sentimento prazeroso dentro de si enquanto lembrava vagamente da descrição nos pensamentos de Melina ainda frescos. Já se passavam das 22h e a essa altura Melina estava desacordada em sua cama. Mas Mary, continuava ali, em um dos quartos desocupados, que a garota montou seu pequeno estúdio particular, tentando ao máximo dar vida a figura que viu nos pensamentos da garotinha no dia anterior quando a mesma lhe contou sobre o sonho, ver memorias, era de certa forma fácil, um feitiço nem um pouco complicado, e foi atravéz dele que Mary pode contemplar os grandes olhos escuros do lobo que a salvara no sonho da sua filha. Com acesso as memórias, Mary se sentiu estranhamente obrigada a dar vida a aquele sonho, suas mãos já imundas de tintas, os pincéis quase implorando por um pausa da mulher, mas ela só parou, quando contemplou novamente os olhos escuros, agora refletidos em sua tela de pintura.

O quadro poderia facilmente ser associado a algo sombrio, era noite, os tons de azul escuro e preto destacavam as nuvens em cinza, o lobo de pelagem marrom avermelhado parecia olhar fixamente para a mulher, sem desviar, e seus olhos escuro parecia quase humanos.

A loira sorriu satisfeita com sua obra de arte, era tudo o que queria, e de alguma maneira ficou ... Feliz? por ver o lobo marrom, mesmo que em pintura. Por alguns segundos Mary se lembrou de Jacob, o lobo que esteve há dois dias em sua casa, na magia dentro dele, que parecia implorar para sair, seus olhos escuros quase que hipnotizantes, e o calor que emanava de seu corpo causando um suspiro longo na mulher. Franziu o rosto em confusão, se perguntava por que diabos estava tento pensamentos tão obscuros com uma pessoa que nem conhecia, era errado.

Balançando a cabeça negativamente, se levantou do banquinho retitando seu avental sujo, e seguindo para seu quarto. A mansão estava um silêncio novamente, podia escutar seus próprios passos sobre a madeira abaixo de si. Adentrou o quarto se dirigindo ao banheiro, onde tomou um longo banho na banheira ali presente.

Mary deitou sobre a cama, puxando os lençóis para se cobrir, por mais que seu corpo estivesse esgotado pelo dia corrido, sua mente ainda continuava trabalhando, em diversos pensamentos e um deles era sobre o lobo de sua pintura, seria ele um Quileut? Ou apenas um lobo comum? Com o balançar de uma de suas mãos, Mary se enfeitiçou em um sono profundo, afim de tentar dormir mais rápido, cessando seus pensamentos.

A floresta estava escura, parecia aterrorizante, o som de galhos de quebrando fazia a mulher olhar diversas vezes pelos lados.- Melina.- A loira gritou pela garotinha, estava perdida naquela imensidão verde.

- Mamãe.- A voz da pequena se fez presente e a mulher correu em sua direção.- Mamãe.- Continuava a chamar por ajuda. Melina estava a poucos metros de sua mãe, mas a garotinha estava extasiada o suficiente para não conseguir mexer os pés em direção nenhuma.

- Melina.- A voz da mulher foi ouvida, gritando em felicidade quando avistou sua pequena parada no meu da floresta. Os braços quentes da mulher rodaram o corpo frágil da garotinha, que a levantou em seu colo logo em seguida.

- Vejo que a armadilha deu certo.- Uma voz estridente, rouca, é ouvida pela mulher. Não havia ninguém a sua frente muito menos do seu lado, Mary abraçou ainda mais o corpos a garotinha.- Foi tão fácil trazer a pequena humana.

Um homem negro com dreads em seu cabelo, saltou de uma das árvores, parando a alguns metros da loira, observando a garotinha no colo dela. Seus olhos eram vermelhos, tão intensos quanto sangue, era um vampiro.

- Não encoste um dedo nela, seu bastardo.- A mulher chiou de forma arrogante. Mary sentia o ar faltar em seus pulmões, e se amaldiçoo mentalmente por não poder lutar com ela em seu colo. Deixaria ela no chão por alguns segundos e mataria ele de forma rápida e fácil.

- Eu sei o que deve estar pensando.- O rapaz negro sorriu. Seu sorriso era frio e calculista.- Mas eu não vim sozinho.

Como um chamado, outro vampiro pulou de um árvore parando a metros do ombro direito da mulher. Uma mulher, com cabelos volumosos e ruivos, e olhos tão vermelhos quanto os de seu parceiro, estava ao seu lado.

- Viemos buscar o que é nosso por direito.- Sorriu a ruiva correndo na direção da mulher juntamente com o homem.

Mary acordou em um sobressalto, estava em sua cama, e havia pingos de suor escorrendo por sua face, sua cabeça latejava e seus olhos estavam umidos. Ainda estava de noite, e a luz da lua crescente adentrava o quarto pela janela. A mulher permaneceu em choque por alguns segundos, não poderia ser possível, não agora. Mary levantou correndo de sua cama procurando por toda a extensão do quarto seu Grimório.

A garota folheou o livro de forma rápida, mas delicada, já que as folhas eram antigas e podiam rasgar, mesmo encantadas.

Por favor não seja isso, por favor não seja isso..... Pedia mentalmente enquanto segurava o choro.

O número de telefone escrito a caneta em uma das folhas fez Mary suspirar aliviada. Pegou o celular que havia comprado em mãos e discou o número.

Em seu peito o coração batia de maneira descontrolada, sua respiração estava falha, e ela mordia os lábios várias vezes inconscientemente.

A chamada fora atendia e Mary fechou os olhos mantendo a calma.

- Alec.- A voz da loira saiu carregada, quase em um sussurro, sua preocupação era evidente, e seus pensamento estavam nublados. O silêncio se fez presente e só se ouvia os batimentos da mulher que pareciam cada vez mais altos.

Um suspiro escapou do outro lado da ligação, e algumas lágrimas fugiram dos olhos da mulher.- Chego em algumas horas.- Uma voz grossa e melodiosa falou, antes que a ligação fosse encerrada.

A mulher se amaldiçoo mentalmente enquanto ainda mantinha o celular em seu ouvido, a linha estava muda, mas ela parecia petrificada. A essa altura, o sonho já estava concretizado, os vampiros sabiam de sua localização, e não demoraria muito para as bruxas a acharem.

Seu pouco tempo de paz havia se esgotado. 

“ Now, I need somebody to know, somebody to heal

Somebody to have, just to know how it feels ”

Someone you loved- Lewis Capaldi



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