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História Grimms - Instituto


Escrita por: TaayWang

Notas do Autor


Olaaaaa raios de sol, aqui está mais um capítulo.
Também ignorem esse "Gilbert" do gif hahaha
LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 3 - Instituto


Fanfic / Fanfiction Grimms - Instituto

“Se procura a paz, prepare-se para a guerra” - Grimm.

 

Enterros.

Enterros são tristes e desagradáveis, o de tia Rosalie não seria diferente. Não havia ninguém, ninguém além de mim, o pastor e o coveiro. Ela não tinha amigos e eu era sua única família, ela era a minha única família.

A dor da perda não era exatamente o que eu estava sentindo, e sim algo mais profundo, algo que eu não saberia descrever em palavras. Fazia exatas 48 horas que não conseguia nem pregar os olhos, estava ocupada demais com os preparativos do velório.

A vida é mesmo uma droga, em um dia você está alegre, conversando e rindo e no outro simplesmente está dentro de um caixão a sete palmos da terra. Um ser humano pode ser facilmente comparado com um balão, qualquer pequeno furo estoura, ou no caso, morre. Existem tantas formas de morrer, você pode cair da escada e bater a cabeça, escorregar no banheiro e quebrar o pescoço, ser atingido por um bala perdida, ou morrer entalado com a comida, você também pode morrer em uma cama de hospital, como foi o caso de tia Rosalie.

Ah, tia Rosalie, o que eu faria agora sem você?

Olhei para o pequeno relógio em meu bolso, porque ela me mandou proteger você? É apenas a droga de um relógio. Apesar que ele era bastante bonito, prata com algumas pedrinhas cravejadas ao seu redor, não saberia dizer se era valioso, porém, eu arriscaria em dizer que não eram simples pedrinhas. Talvez, ele fosse alguma herança de família, mas claro que eu não descobriria isso tão cedo.

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. —João 5:28,29”— prosseguiu o pastor, que logo em seguida me olhou — Srta Shmidt, deseja pronunciar algumas palavras? — perguntou-me ternamente, apenas balancei a cabeça em negação.

Quando a cerimônia terminou, o pastor deu-me os pêsames e me deixou ali, sozinha. Sozinha. Eu estava literalmente sozinha, sem pais, sem tia, sem família e sem amigos. Minha vida estava drasticamente se tornando uma droga. A única coisa que aconteceu de bom foi a entrada no curso, porém, eu nem mais sabia se queria realmente fazê-lo, parecia não ter mais sentido, não sem ela aqui.

Caminhei lentamente entre os túmulos e quando me dei conta, já estava em frente aos túmulos dos meus pais, Megan e Lucian Shmidt, Amados pais e irmãos. Antes que eu percebesse, lágrimas quentes já corriam pelo meu rosto, queimando minha alma lentamente. Eu nunca nem tive a chance de conversar com eles, nem sequer me lembrava de seus toques, era um completo nada. Nem ao menos o rosto do meu pai eu sabia como era, afinal, nunca cheguei a ver fotos dele, apenas da minha mãe, com seus cabelos negros como a noite, nós definitivamente não nos parecíamos fisicamente, talvez eu parecesse mais com meu pai, tia Rosalie, quando questionada sobre isso, costumava dizer que ele detestava fotos ou algo relacionado a elas, o que é uma pena, pois nunca vou saber como era seu rosto.

— Ela foi uma grande mulher — fui interrompida por uma voz masculina atrás de mim, logo passei a mão em meu rosto tentando limpar as lágrimas, virei-me e deparei com um homem alto de cabelos escuros, usava terno e tinha uma feição pensativa em seu rosto.

— Quem é você? — fui direto ao ponto.

— Oh, eu não me apresentei — falou o óbvio — Meu nome é Sean Renard, diretor do Instituto PG — estendeu-me a mão, que claro, eu ignorei, se tem uma coisa que eu aprendi com tia Rosalie era “nunca converse com estranhos”.

— Nunca ouvi falar — ele recolheu a mão.

— E é exatamente por isso que eu estou aqui Shmidt — pronunciou seriamente — Não sei se sua tia lhe informou sobre nós, mas caso algo acontecesse com ela, nós estávamos encarregados de lhe explicar as coisas.

Um flashback se passou na minha cabeça “O instituto lhe procurará, irão lhe explicar certas coisas, mas não confie totalmente neles. Mantenha seus olhos e ouvidos abertos, eu irei…”, estremeci.

— Que coisas exatamente?

— Não é seguro falar sobre isso aqui, a srta terá que me acompanhar — falou, olhando para longe, onde pude avistar um Jeep Renegade preto, estacionado em frente ao cemitério.

— Quem me garante que você não é um maníaco? — olhei-o, afinal se eu sumisse ninguém daria minha falta.

— Terá que confiar em mim — me olhou neutro — Pelo que eu sei, você quer respostas.

— Como você sabe disso? — perguntei, surpresa.

— Eu sei de muitas coisas, isso inclui sua mãe, sua tia, o relógio que ela lhe deu, que neste momento está no bolso direito de seu vestido, e também sei o que você é.

Puta que me pariu.

— E que o você está esperando? Vamos logo — eu não sabia o que eu estava fazendo naquele momento, mas ao entrar naquele carro, a minha vida mudou completamente.

 

[...]

 

Ele estacionou o carro em frente ao que aparentava ser um asilo, pois havia alguns velhinhos na frente, conversando e rindo. Desci do veículo e observei o lugar em minha frente, era uma casa mediana em cores pastéis, dois andares e um pequeno jardim na frente. Definitivamente era um asilo. Isso é sério? Ele me trouxe para um asilo?

— Me acompanhe por favor — falou, enquanto ia em direção a entrada. Assim o fiz, o acompanhei. Já dentro, observei o local, as paredes eram nos mesmos tons da entrada, os móveis eram de madeira rústica, tudo bem arrumado e organizado, havia idosos por todo lado, alguns jogavam baralho, xadrez, tricotavam, enquanto outros apenas dormiam de mal jeito nos acentos, alguns até babavam.

— Um asilo? — perguntei, enquanto ainda o seguia, agora por um corredor estreito, que inusitadamente já não havia nenhum idoso ou acompanhante.

— Quem desconfiaria de um asilo? — falou, parando em frente a uma porta de metal no final do corredor, colocando logo em seguida sua mão no suporte que verificava as digitais, logo uma voz robotizada soou “Acesso autorizado”. Arfei.

Ele entrou no local, mas antes me olhou, um pedido silencioso para continuar o seguindo. Caminhei em sua direção e vi que a porta dava acesso a uma escada, que deveria levar a um porão. Descemos o que me pareceu ser uns três andares de escada, isso não tem fim?

Quando finalmente paramos de descer, demos de cara com outro corredor só que dessa vez ele era cinza, mas havia a mesma porta, ele fez o mesmo procedimento que na anterior, e então a porta se abriu revelando…

Caramba, o que é isso?

Haviam pessoas por todos os lados, usavam roupas escuras e formais, as paredes eram cinzas e embutidas, nelas haviam computadores de última geração, algumas armas, telões que mostravam as câmeras de fora do local, sem contar as várias telas que pegavam alguns pontos de toda a cidade, havia também projetos de prédios em 3D, e por incrível que pareça, havia um carro sendo construído ali mesmo, meu fusquinha verde ficaria no chinelo perto desse. E tudo isso era apenas na “entrada”.

— Assustada? — perguntou, olhando-me.

— Com toda certeza — falei, ainda movendo meus olhos por todo o ambiente, algumas pessoas me olhavam, e outras simplesmente me ignoravam totalmente, pareciam atarefadas demais.

— Depois pedirei para que alguém lhe mostre todo o instituto, mas agora precisamos conversar. — falou, caminhando em direção a uma porta que eu nem havia reparado a existência. “Diretor” estava gravado em uma plaquinha na porta, ele logo entrou, dando-me passagem para fazer o mesmo — Feche a porta e sente-se, por favor — caminhou até a mesa, sentando-se na cadeira principal.

A sala era nos mesmos tons de cinza, havia uma mesa de vidro no centro, com um notebook e alguns papéis em cima, uma estante com livros e duas cadeiras para os “convidados”. Fiz o que ele me pediu, e sentei-me em sua frente.

— Vou direto ao ponto com você Alexia Shmidt — mordi a bochecha — Não sei o quanto você sabe ou o quanto já viu, mas não posso prolongar mais essa conversa, então peço que não me interrompa, claro que depois você poderá fazer as suas perguntas — assenti e ele continuou — Desde o princípio dos tempos existiram criaturas que se escondiam nas sombras, que tinham sede por sangue e morte, e para combatê-las foram criados sete seres, que seriam capazes de identificá-los e matá-los, foram denominados Grimms — então me veio o flash da avaliadora sussurrando Grimm — Eles tiveram que se reproduzir, pois os submundanos eram muitos e além disso, eles escondem algum segredo ou objeto, para que ninguém descobrisse o que era, eles dividiram todas as pistas em sete, sete objetos diferentes, que em mãos erradas trariam muitos danos, cada membro ficou com um, que foi passado de geração em geração. Ser um Grimm é um dom hereditário, e é aí que você entra, você é uma Grimm, Shmidt.

O olhei, por mais que eu estivesse triste pela morte de tia Rosalie eu só fazia rir, gargalhei até a barriga doer.

— Você só pode ser louco — falei, enxugando as lágrimas que a crise de risos me causou.

— Então, como você me explica seu treino e preparo físico? Mesmo que indiretamente? — meus pensamentos logo voaram para minhas aulas de defesa pessoal, luta, tiro ao alvo, ginástica e até mesmo balé, logo o riso zombeteiro saiu do meu rosto — Foi o que eu pensei.

— Minha tia também era isso? — perguntei, ficando ereta na cadeira.

— Não só sua tia, como sua mãe e seu pai — suspirou — Não sei quase nada a respeito do seu pai, mas sua mãe era bastante conhecida por aqui, foi a Grimm mais corajosa com quem já cruzei, não que eu já tenha cruzado com muitas.

— O relógio é um dos sete objetos?

— Sim, por isso que preciso que o proteja, em mãos erradas teriam consequências catastróficas. — assenti.

— Que dom é esse?

— Vocês vêem a verdadeira forma dos submundanos — olhou para o relógio digital em seu pulso — Infelizmente eu não poderei mais responder suas perguntas, preciso resolver uns assuntos, pedirei para que Phoebe lhe mostre tudo, e que responda às suas perguntas — encerrou, digitando algo no seu relógio. Isso é possível?

Em questão de segundos, uma mulher que aparentava ter seus 27 anos adentrou a sala, cabelos castanhos e olhos verdes, usava uma calça de couro preta, blusa cinza e uma jaqueta marrom, em seu pescoço estava pendurado, em um cordão, um distintivo da polícia de Stratford.

— Alexia Shmidt, é um prazer conhecê-la — falou, estendendo-me a mão, levantei-me para cumprimentá-la.

— Alexia, essa é Phoebe Tonkin, detetive da polícia e sua parceira — parceira? — Phoebe, explique como funcionam as coisas por aqui pra ela — ela prontamente assentiu — Podem se retirar, por gentileza.

Quando eu estava quase saindo da sala, Sean me chamou novamente.

— Sim?

— Você tem 24 horas para decidir, caso contrário ficará por conta própria — engoli em seco e assenti, retirando-me da saleta.

Olhei para a mulher ao meu lado, ela com toda certeza seria denominada como “mulherão da porra”, sem contar que a arma que ela carregava em sua cintura ficava extremamente bem nela.

— Não fique me olhando Shmidt, tenho muito o que mostrar, e sei que você também tem muito o que perguntar — falou sem me olhar, e já andando pra longe, eu, é claro, a segui prontamente.

Passamos pela sala de entrada novamente, caminhando em um corredor que continha várias portas de metal, todas com identificação digital.

— Vocês também são Grimms? — resolvi quebrar o silêncio perturbador que havia se instalado.

— Não — abriu a primeira porta à direita — Somos conhecidos, como Primos dos Grimms, não temos os dons de vocês, somos apenas humanos, porém também temos o talento, capacidade física e inteligência para isso.

— Por isso o nome do instituto é PG. — conclui, olhando a sala ao meu redor, havia várias mesas e armários abertos com armas lícitas e ilícitas, variavam de facas até mesmo fuzis. Ofeguei.

— Bela conclusão, Shmidt — deu um sorriso debochado — Aqui como você pode observar é a sala STA, sala de treinamento de armas, aqui nós treinamos nossa pontaria com alvos em 3D — apertou um botão na parede e vários tipos de monstros apareceram no final da sala, dei dois passos pra trás, eu já havia desenhado alguns — Não se assuste, a partir de agora, você os verá diariamente — a olhei incrédula.

— Vocês sempre usam siglas pra tudo? Me fale sobre isso de você ser minha parceira? Então existem outros Grimms aqui? — despejei as perguntas enquanto nos retiramos da STA. Ela riu fraco, balançando a cabeça negativamente.

— Uma pergunta de cada vez pequena Grimm — caminhou em direção a porta da frente, a abrindo em seguida — Nós gostamos de usar siglas, pois as consideramos bem mais práticas.

Olhei novamente ao redor, essa sala era diferente da anterior, havia apenas um ringue no centro, alguns sacos de areia pendurados por uma corda, um frigobar e grandes espelhos que iam do teto ao chão, cobrindo completamente a parede.

— A propósito, essa é a SLC, sala de luta corporal — me olhou e então suspirou.

— Eu percebi — me retirei da sala antes dela e a esperei no corredor enquanto ela travava a porta novamente.

— Eu sou detetive da polícia, como você já sabe, caso você aceite participar disso, você teria que entrar para a polícia alegando ser estudante de criminalística e sendo assim, minha auxiliar. — a olhei de boca aberta — Eu sei que é uma mudança brusca, mas você terá que entender que todas as histórias que você ouvia quando era criança são reais, vampiros, lobisomens, chupa-cabras, bruxos e outros estão soltos por aí, enquanto os humanos correm perigo, e você é uma das únicas que podem ajudá-los.

— Talvez eu não esteja interessada nesse mundo de contos de fadas de vocês — fui mais rude do que eu pretendia.

— Talvez seja isso que te torne especial — sorriu irônica — Acho que já deu por hoje, você já sabe o básico, e isso é o suficiente por agora, e aliás, você é a única Grimm que cruza essas portas em dezoito anos.

 

[...]

 

Assim que cheguei em casa, não parei pra comer e muito menos pra pensar no giro de 360 graus que a minha vida tinha dado. Apenas deitei no sofá e desabei.

Um dos sonhos que tive naquela noite seria bastante esclarecedor alguns meses depois.

 


Notas Finais


Gentee, vocês não tem noção do quanto eu fico feliz lendo cada comentário de vocês, meu coraçãozinho se enche de alegria,
Quantas revelações nesse cap, né? Eu sei que vcs estão ansiosas pela chegada do nosso lobinho, mas prometo que ele vai aparecer no cap 5, porque ainda precisa que algo aconteça pra ela finalmente conhecer o pedaço de mal caminho hahahah. (p.s. talvez ele apareça no próximo, mas não sei se vcs irão se tocar que é ele).

Gostaram do Sean? Eu imagino ele como o Sasha Roiz.
E da Phoebe- diva? tenho certeza que vcs irão gosta dela.

Aaah, eu também comentei com vocês que queria fazer uma nova fic, né? Então eu como sou bem apressada já fix o trailer dela e vou deixar aqui o link, caso vocês queiram da uma olhadinha e quando ela for postada se quiserem que eu avise é só me falar nos comentários.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=s1q_WoOXf-4&t=9s

Não esqueçam de me dizerem o que acharam, bjokas e até o próximo meus pudinzinhos <3
O cap foi betado pela Smurfette do Freak Design <3


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