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História Gringa Grudenta - Barreiras da língua (não essa língua!)


Escrita por: BriasRibeiro

Notas do Autor


Vocabulário no final do capítulo.

Capítulo 6 - Barreiras da língua (não essa língua!)


Aglaia? Royal Foxes Aglaia?! – a loira assente – puta que pariu, cê é a vadia que me quebrou!

Crista?!

As duas ficam se encarando intensamente por um tempo como se tivessem visto um poltergeist, atraindo a curiosidade do resto do grupo.

Aglaia? Algum problema? – pergunta Chryssa, chamando a atenção das duas. Aglaia engole em seco.

É a... Crista... – ela murmura – a menina que eu quase quebrei o tornozelo! – Aglaia torna a olhar para Crista e, ciente da dificuldade da outra com inglês, fala tão pausadamente quanto possível, apontando para o seu tornozelo – você, está, melhor?

Crista gira lentamente o pescoço de volta de Chryssa para Aglaia e a encara com os olhos questionadores.

– Que bérer o quê, a mina tá doida – ela reclama – I’m Crista, not Bérer – ela diz. Aglaia encara a garota sem entender, enquanto os outros riem da confusão. Jay intervém.

Ela está perguntando se você está SE SENTINDO melhor – ele explica lentamente, num tom gentil, e repete – você, está, se sentindo, melhor?

Crista reconhece a palavra “feeling”. Tem quase certeza do significado. “Obrigada por mais essa, Hayley Kyioko”, ela agradece em pensamento.

– What the porra is bérer? – ela pergunta.

Acho que ela está perguntando o que significa “better” – alguém sugere.

Hã, erm...

Jay e Aglaia tentam explicar, até perceberem que Crista não está mais os ouvindo e em vez disso, tem os olhos fixos na televisão. Assim, desistem de tentar esclarecer as coisas. O jogo já começara há algum tempo e as Aláti Sharks estão dominando. A empolgação de Crista com a habilidade e liderança da camisa 11 do time de azul é crescente, enquanto a explicação dos dois estrangeiros era confusa e vaga e, por isso, aos poucos esqueceu-se de continuar fingindo que estava ouvindo. O estilo dessa camisa 11 não é o que Crista costuma admirar, jogando mais recuado do que se espera de uma centroavante e evitando os dribles espetaculares que sempre admirou e buscou lapitar em si mesma; mas a sua fluidez quando toca na bola faz com que sinta um frio na barriga. Ela desliza como água entre as jogadoras adversárias com seu posicionamento e controle de bola. Com um sorriso besta, imagina como seria fazer dupla com uma centroavante assim.

Não demora muito para as Aláti Sharks marcarem o primeiro gol, num lance onde a tal camisa 11, que agora Crista nota se chamar "Mira", passa entre duas zagueiras e toca colocado na saída da goleira. A bola ainda bate na trave antes de entrar.

– CARALHO QUE GOLAÇO! Boa! – Crista comemora o gol levantando os dois braços e atrai vários olhares da própria mesa e das mesas ao redor, mas ela nem repara. Em vez disso, toma mais uma golada do copo de refrigerante e se recosta à cadeira, relaxando com um sorrisão no rosto, assistindo às garotas do time de azul comemorando na lateral do campo, carregando sua artilheira, que tem sorrisinho presunçoso de canto de boca no rosto.

Então, você tá torcendo para as Aláti Sharks? – pergunta Aglaia. Crista não percebe que a mensagem é direcionada a ela e por isso não dá atenção alguma, continuando com os olhos concentrados na televisão, enquanto Aglaia encolhe os ombros envergonhada e abaixa os olhos. Jay, percebendo a interação, toca os ombros da amiga, chamando sua atenção.

Ei, não se preocupe tanto com isso – ele diz e indica as batatinhas no centro da mesa com a cabeça, estimulando a amiga a pegar um pouco mais. Suspirando, Aglaia segue o conselho do amigo e torna a comer das batatinhas, espiando a estrangeira vez ou outra. Ela engole em seco se lembrando daquele olhar intenso que trocavam, antes de se reconhecerem. O que será que Crista estava pensando naquele momento?

É quando Aglaia percebe que a brasileira não pegou nenhuma batatinha ainda. Ela pega uma das últimas na vasilha já quase no fim e a oferece à brasileira com um gesto. Crista nega gesticulando com a mão, mas Aglaia insiste. Revirando os olhos, Crista toma a batatinha da mão dela e enfia na boca, fazendo em seguida a mesma careta que fizera durante o jogo para Aglaia, com os olhos cruzados e a língua de fora. Assim como durante o jogo, Aglaia ri baixinho.

– Tonta – murmura Crista, tornando a olhar para a tevê. Pelo canto dos olhos, ela flagra Aglaia se tornando para encará-la várias vezes. “Mano, na moral, essa mina quer me pegar?”, se pergunta.

A verdade é que a Aglaia na vida real, vestida em roupas casuais, de cabelos soltos e com a sua tatuagem colorida à mostra é muito mais bonita do que Crista havia imaginado no jogo, vestindo aquele ridículo uniforme laranja, com os cabelos presos num rabo-de-cavalo genérico, toda suada e fedorenta, enchendo seu saco e arrebentando seu tornozelo. “Ah, real né mano”, ela se lembra mais uma vez. “Essa loira do condomínio é quem fudeu meu tornozelo”. Crista desvia o olhar da televisão num momento em que a bola sai pela lateral e flagra Aglaia a encarando mais uma vez. Em vez de desviar o olhar, é como se os olhos das duas ficassem presos um no outro.

“Hm, até que eu perdoo ela”, pensa Crista, tornando a desviar os olhos da loira com um sorrisinho safado. “Gata pra caralho”. E se distraindo com a lateral das Agrio Reapers conduzindo a bola para o ataque, ela perde o momento que Aglaia passa a encarar as próprias coxas, escondendo o rosto numa crise de vergonha por ter sido flagrada encarando.

CHEGUEI! – uma voz estridente assusta Crista, que olha para trás e dá com uma garota baixinha e gordinha de cabelo rosa. A reconhece imediatamente do jogo contra as Royal Foxes: “a tal da Luminosa, a mina do foguete no cu”.

Quem é vivo sempre aparece, hein!

Bem-vinda, aparecida.

Ai gente, desculpa por isso! – a garota puxa uma cadeira vazia de outra mesa e a arrasta para entre Jay e Indigo Eliah – eu NEM TE CONTO o que a minha mãe inventou dessa vez! Ei, peraí, quem é você?

Crista, que já não prestava mais atenção na conversa, não percebe que é com ela que Lumia fala.

– Essa é a...

– Crista – Aglaia completa no lugar de Jay.

Crista... peraí, CRISTA? Aquela mulher da Red Phoenix que você mandou pro hospital?! – Lumia reage.

Eu não mandei ela pro hospital! – replica Aglaia, indignada.

Pro departamento médico delas, você mandou! É basicamente a mesma coisa!

– Aglaia não para de olhar pra ela – conta Jay, tampando uma risada com a mão.

– Quê? Não estou não!

Está sim – replica Jay.

Não estou!

– Ai sapatão, se liberta – intervém Indigo, revirando os olhos – todo mundo tá vendo, viu?

Verdade – concorda Chryssa, com sua irmã assentindo.

– Parece uma menininha de 13 anos com o seu primeiro crush – continua Polina.

Eu não imaginava que aquela agressividade toda no campo era só tensão sexual – provoca Chryssa, atraindo todos os olhares da mesa – o que foi? – ela diz num tom inocente, enquanto Aglaia revira os olhos, com raiva.

Vocês são RIDÍCULOSSério mesmo.

É brincadeira, Aglaia. Não precisa ficar tão afetada – ri Jay.

O jogo termina em 4 a 1 para as Aláti Sharks com uma atuação magistral de Mira, que além dos três pontos, também conquista uma nova fã brasileira. Crista aplaude a bela atuação como se estivesse num estádio, chamando a atenção de outros clientes do bar, agora já bem menos cheio do que quando chegara.

– Belo jogo – elogia Crista, ruidosamente arrastando a cadeira e se levantando – aí, valeu pela companhia rapaziada, thank you by the company, mas tá na minha hora. Bye-bye – ensaia seu inglês.

E começa a caminhar para fora do campus, já tendo decorado o ônibus que deve pegar para chegar em casa. Provavelmente Carmen viria buscá-la de carro se pedisse, mas essas mordomias todas a deixam desconfortável. Ela não percebe os estrangeiros começando a discutir às suas costas, tudo porque Lumia mais uma vez zombava de Aglaia por estar acenando um tchauzinho para a brasileira com cara de cachorrinho abandonado.

Hmmmm, tá apaixona-da! Tá apaixona-da! – Lumia puxa o coro e logo toda a mesa está cantando – Crista and Aglaia, sitting in a tree / K-I-S-S-I-N-G / First comes love, then comes marriage / Then comes baby in the baby carriage!

Aglaia observa toda a interação com a mais pura cara de desprezo.

Meu deus, vocês são absolutamente ridículos – ela diz – não é nada, NADA disso! Eu só não tive a chance de pedir desculpas pelo o que eu causei desde o nosso jogo!

– Então por que não pediu desculpas agora? – indaga Jay.

Bom, eu... eu... não sei – Aglaia se sente burra, impotente – eu não queria simplesmente pedir desculpas, eu precisava dar algo mais, algo que demonstrasse, ainda mais que parece que ela não fala nossa língua direito! Aquela era a ESTREIA dela, vocês têm noção disso?!

Se você quiser tentar agora... ela está quase sumindo de vista – observa Jay.

Docinho, eu se fosse você, ia agora – reforça Indigo. Aglaia não percebe o tom levemente zombeteiro na voz delu.

Ah, eu vou! – ela levanta e corre na direção da brasileira, que acabara de virar a esquina e sair do campus.

Ai, ai. Sapatão é foda – Indigo finge suspirar dramaticamente.

Nossa menininha está crescendo, Jay – Lumia faz como se secasse uma lágrima, arrancando risadinhas do resto da mesa, exceto de Chryssa, que gargalha ruidosamente.

NOSSA MENININHA!! Eu entendi, é por que ela age como uma adolescente às vezes! Ai ai, muito bom!

Enquanto isso, na calçada do lado de fora da faculdade, uma loira desesperada corre atrás de uma brasileira distraída.

Ei, ei! Crista, espera aí! – reconhecendo seu nome, Crista tira os olhos do celular e o guarda no bolso, virando para encarar a garota da tatuagem. É para onde seus olhos vão, instintivamente. Queria poder ver aquela tatuagem inteira. Ela sorri de lado com certa malícia e levanta os olhos para encarar a garota.

– Yo – cumprimenta – nid somefingue? – ela pergunta, deixando a loira confusa por um momento com a pronúncia. “Preciso de algum dedo?”, se pergunta, e pensamentos maliciosos instintivamente lhe ocorrem. Afastando o pensamento, ela aponta para o pé de Crista antes de juntar as duas mãos, como quem implora, e diz:

Eu sinto tanto, tanto, tanto! Realmente, não foi minha intenção, eu juro por tudo... se houver qualquer coisa que eu puder fazer para... – Aglaia se lembra que a garota provavelmente não está entendendo nada e cala a boca.

“Ela ficou gaga?”, se pergunta Crista, após a sequência de “so-so-so-sorry”. Julgando pela linguagem corporal, ela julga que a estrangeira esteja tentando demonstrar um arrependimento maior do que o normal e se pergunta se é alguma gíria alteriana falar "so-so-so-sorry" assim, talvez uma expressão que demonstre muito arrependimento mesmo? Então, se lembra de como reagiu quando essa volante a pediu desculpas durante o jogo, xingando-a agressivamente. Sente um peso na consciência e encolhe os ombros.

– Okay – responde, simplesmente. Já perdoara a outra de qualquer forma, mas ainda não confia o suficiente no seu inglês para tentar dizer algo mais.

Você... não está irritada comigo ainda, está? – Aglaia não tem certeza se a outra vai entender. Crista a encara em silêncio por vários segundos.

– Huh... okay.

“Okay? Okay o quê, pelo amor de deus?!”, se pergunta Aglaia. A verdade é que Crista se sente cansada de ouvir e tentar entender inglês o dia inteiro, por isso dá uma resposta genérica esperando que funcione. Quando Aglaia não diz mais nada, Crista dá de ombros e dá uns passos lentos para trás, apontando para o ponto de ônibus atrás de si.

I need... pegar ônibus, now – ela diz. Aglaia assente e volta cabisbaixa pelo caminho de onde tinha vindo – é, hm, bus? Pegar the bus.

Ela encontra seu grupo de amigos parados de pé perto da lanchonete, conversando animadamente. Lumia e Jay são os primeiros a perceber a sua aproximação.

– E aí, Aglaia? Como foi?! – perguntam eles, animados. Logo o grupo inteiro está olhando para ela.

– Argh... ela nem se importou! Só disse “okay” e foi embora! Eu disse que eu precisava fazer algo mais! – Aglaia apoia a mão na têmpora.

– Ei, relaxa – Jay a toca gentilmente nos ombros – vamos lá, eu tenho certeza que é só a barreira da língua.

– Sim – Lumia se apressa a concordar – E ALIÁS, NINGUÉM ME CONTOU AINDA COMO ISSO ACONTECEU! PORQUE DIABOS ESSA GAROTA TAVA AQUI?!

[...]

Durante a semana, aos poucos Crista volta a participar dos treinos. Apesar de já estar quase morrendo de tédio dentro de casa, ela com certeza não havia sentido falta alguma dessa mala dessa treinadora, mas ainda é divertido poder voltar a jogar.

– Essa véia arrombada me persegue mano, eu tô falando – bufa ela para Storm, numa sexta-feira – me diz, O QUE FOI QUE EU FIZ hoje?!

– Bom... – Storm encolhe os ombros. Ela fica pensativa por um momento – eu já expliquei pra você que ela odeia quando ficam fazendo essas firulas que você faz... enfim, não vou negar que ela realmente pega no seu pé.

– Obrigada, algum apoio por aqui! – exclama Crista, terminando de guardar suas roupas sujas na mochila e se levantando.

– Pelo menos ela reconhece que você é boa. Faz o que eu te disse antes, tenta maneirar e foca mais no que é produtivo ao time, criar oportunidades pra gente no ataque, essas coisas.

– Mas eu já tento maneirar! Ela que é um porre!

– Sério? Não parece – replica Storm, irônica e soltando uma risadinha.

– Ah, tomar no cu vai. Essa véia, deve ter é inveja de não conseguir fazer metade do que eu faço – resmunga a novata, cruzando os braços – mas aí, mudando de assunto, cê percebeu que tinha uma mina na arquibancada te secando, né?

– Me secando? – estranha Storm.

– Sim, pô! Mó maria-chuteira tá ligado, tinha umas pá assim onde eu morava! Uns puta peitão assim, ó – Crista ri e demonstra o tamanho, gesticulando com as mãos e dando um sorriso safado. Ao terminar o gesto, solta uma risada maliciosa – queria eu uns peitão assim pra usar de travesseiro!

– Aham – concorda Storm, de cenho franzido – branca, alta, cabelão castanho bem grande?

– Pode pá, pele branquinha feito princesinha da Disney – Crista encara a outra maliciosamente – há, já conhece né? Tá pegando há quanto tempo?

– Crista, essa é a minha esposa – Storm tenta parecer inabalada, mas ainda há um quê de mágoa na sua voz.

– Tua ESPOSA?! – Crista intercepta a passagem de Storm na surpresa e a agarra pelo ombro – mano, calma lá! ESPOSA?! Mas que porra...!

– Sim, Crista. Esposa – Storm se desvencilha da outra e sai do vestiário, com Crista indo logo atrás – e por favor, não fale mais dela assim. É desrespeitoso. O que você é, um homem hétero?

Crista sente como se tivessem lhe dado uma bofetada na cara, abre e fecha a boca sem conseguir dizer nada. Quando se dá conta, Storm já está entrando num carro do outro lado do estacionamento, com aquela mesma mulher da arquibancada no banco do motorista. Distraída, não percebe Carmen chegando por trás até ganhar um belo um tapão nas costas.

Hey, Cris!

– AI, CARALHO! – a centroavante solta uma gargalhada ruidosa, agarrando a meia pela cabeça como se fosse sua irmãzinha mais nova, enquanto Crista se debate e tenta escapar, numa brincadeira idiota de lutinha onde a alteriana tem a clara vantagem. Por fim, ela solta a novata, que dá dois passos dramáticos para trás e faz uma pose defensiva teatral. 

Vamos pra casa?

– Okay – concorda Crista.

Mas nem mesmo as distrações bem-humoradas de Carmen a fazem esquecer do recente diálogo com Storm. Do CT até em casa, Crista sente o coração doer em ansiedade, o diálogo se repetindo em sua mente e tentando se explicar porque disse aquilo. 


Notas Finais


“Feelings” é uma música da Hayley Kyioko - The Lesbian Jesus™, por isso a Crista reconhece a palavra.

A música que a Lumia e os outros cantam pra zoar a Adora é tipo uma “cantiga popular” que crianças de países que falam inglês cantam para zoar outras crianças e deixar elas com vergonha quando têm algum crushzinho. A tradução é: “Crista e Aglaia, sentadas numa árvore / B-E-I-J-A-N-D-O / Primeiro vem amor, depois vem casamento / depois vem um bebê em um carrinho”. A parte separada em traços é cantada soletrando, por isso em inglês rima. Ex: em português você cantaria dessa forma: bê, ê, i, jota, a, ene, dê, ô. Sim, metade do senso de humor da Lumia é equivalente ao de uma criança de 12 anos.

Sobre a parte que a Crista fala “nid somefingue?”, o que ela quis dizer foi, “need something?”, ou “precisa de algo?”. Mas no caso ela viu a palavra escrita e não sabe que o G é mudo, por isso em vez de pronunciar “somfin”, ela pronuncia “somefingue”, fazendo a Aglaia pensar em “some finger”, “algum dedo”.

Vocabulário:
Toque colocado: chute com a parte de dentro do pé. Esse tipo de chute costuma sacrificar potência por uma melhor precisão.
Sair pela lateral: quando a bola atravessa as linhas que estão na lateral do campo, ela é considerada como fora de jogo e deve ser recolada em campo por uma atleta do time adversário ao último time que tocou na bola. Exemplo: se a Red Phoenix está jogando contra as Royal Foxes, a Aglaia vai passar uma bola para uma companheira, ela erra o passe e ela vai pra fora, é a Red Phoenix quem ganha a bola para recolocá-la no jogo.
Arremesso lateral: recolocar a bola no jogo depois dela sair pela lateral.
Conduzir a bola: quando você está com a bola nos pés (ou seja, com a “posse da bola”) e a leva para algum lugar.


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