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História Guardians-Purgatorio - Voltando para casa -Parte 2- A rosa branca


Escrita por: Nora-Aile

Notas do Autor


Espero que gostem do novo capitulo. ;)

Capítulo 5 - Voltando para casa -Parte 2- A rosa branca


Fanfic / Fanfiction Guardians-Purgatorio - Voltando para casa -Parte 2- A rosa branca


Senti uma dor tremenda em minhas costas e algo áspero me incomodar. Abri meus olhos e vi o sou me incomodando bastante com sua luz forte. Pude notar que eu estava em uma praia, pequenas ondas eram formadas quase me alcançando. Imediatamente olhei para os lados procurando por Jasmine, mas a única coisa que via era areia e mato.
 
-Jasmine!
-Lucy! Estou aqui!
 
Ouvi sua voz atrás de uma rocha enorme.
 
-Esse é o Éden? Eu imaginava algo mais sei lá.
-Não. Esse não é o Éden.
-Então o que estamos fazendo aqui?
-Eu precisava lhe trazer aqui. Vem.
 
Comecei a ir atrás dela. Entramos no meio da mata densa, ela ia na frente parecendo já conhecer o lugar.
 
-Jasmine, onde estamos?
-Em um lugar onde sua família inteira pertence.
-Você está me deixando preocupada.
-Vai por mim você vai gostar. Estamos chegando.
-Mas chegando aonde?
 
Na pura sinceridade. Ela ficou louca? Está anoitecendo. Estamos na mata. E não a ninguém por perto. O pior é que não posso nem usar minha espada para cortar os cipós, porque ela está com Thales. Que coisa maravilhosa.
 
-Chegamos.
-Mais, que lugar é esse?
 
A nossa frente havia uma parede feita de água que corria para baixo como uma cachoeira.
 
-Bem vinda, a Castitate o reino da água.
-Isso é de verdade?
-É sim. Essa é a muralha que impede a entrada de intrusos.
-Então como iremos passar?
-Com isso. -Ela me amostrou em seu dedo, um anel dourado com detalhes em curvas como conchas.
-Onde conseguiu isso?
-Uma amiga me deu. Vem segure minha mão. -Segurei em sua mão e ela me puxou, fazendo com que passássemos para dentro.
-Que lindo.
 
Boquiaberta. Essa palavra define minha face naquele momento. Aquele lugar era realmente fantástico. Parecia um buraco enorme, cachoeiras caiam em alguns cantos, arvores cresciam nas paredes, havia também um enorme lago no meio de tudo e casas rodeando o, a grama baixa e verdinha com pequenas flores lhe fazia querer deitar ali e nunca mais sair.
 
-Quem são vocês! -Fiquei tão encantada que nem percebi, a chegada de soldadas? Elas trajavam roupas que mostrava partes do corpo azuis que lembravam roupas árabes e algumas peças de armaduras douradas, possuíam vários enfeites de cabelo, colares, pulseiras, anéis dourados. A nossa frente estava uma de cabelos castanhos claros e olhos azuis nos apontando lanças.
-Olá Perola.
-Jasmine? Pelos mares, como você cresceu! -Disse abraçando ela.
-Obrigada. Desculpe vim sem avisar.
-Imagina. Pessoal podem ir, está tudo bem, voltem aos seus afazeres.
-Senti sua falta e desse lugar também.
-Você continua educada e acanhada. Não mudou nada mesmo. Resumo uma chata. -Ela cruzou os braços e gargalhou. Quando parou percebeu minha presença e me encarou por um tempo, chegando mais perto ficando frente a mim. -Iai Lucy! -Ela bagunçou meu cabelo.
-Você sabe meu nome?
-Sim. Vi você bem pequenininha. Tão fofa.
-Desculpe não me lembro de você.
-Tudo bem apesar de ser bela e muito inteligente e forte é fácil se esquecerem de mim. Né? -Ela riu e eu retribui.
-O que está avento aqui? -Falou o homem em cima de um cavalo castanho escuro, ele era alto e forte tinha a pele bronzeada, olhos escuros e cabelos negros.
-Oi pai. Não se preocupe está tudo tranquilo.
-Então por que ouvi aldeões gritando sobre invasores? -Perguntou sério.
-Sabe como as pessoas são exageradas.
-Quem são elas?
-Olá Alexandre. Perdão pelo incomodo.
-Jasmine? Oque faz aqui? Deveria estar cuidando de Yin.
-Não se preocupe pai está tudo bem.
-Como?
-Essa ai é a Yin. -Ela apontou com a cabeça para mim.
-Lucy na verdade. -Ele me olhou. E eu fiquei meio assustada por não saber que cara ele fazia. Desceu do cavalo e seriamente veio até mim. Me dando um abraço?
-Que bom que está bem. -Ele saiu do abraço e me olhou nos olhos fazendo um carinho em meu rosto. -Você se parece tanto com sua mãe. São os mesmos olhos.
-Obrigada. Você conheceu minha mãe?
-Sim, eu era o protetor dela. A conhecia como ninguém. -Por alguma ração ele estava bastante feliz em mim ver. -Por que estão aqui?
-Deveria mós ir para o Éden mais, resolvi trazer ela aqui para conhecer melhor sua família.
-Família?
-Sua mãe e sua irmã, viveram muito tempo aqui. Né pai?
-Sim. Mudando de assunto.
-Você está tão bonita. Que?
-Perola vá avisar a sua mãe sobre a chegada delas.
-Viu. Realmente, vocês estão muito bonitas. Já você pai, precisa cortar esse cabelo.
-Ela é bem extrovertida.
-Com certeza.
-Se não fosse sua força em combate, ela não seria a comandante do batalhão A do Éden. -Ele disse mais para si que para nós.
-Comandante?! -Me espantei um pouco
-Ela tem 27 anos e é a mais nova comandante que o Éden já teve. -Ele explicou. -Continuando. Por que vocês voltaram?
-Summy foi quem pediu a Thales para que ela volta se. Não sabemos o “por que? ”.
-Ela não me contou dessa decisão. Apesar de ter comentado na reunião dos reinos. Não imaginava que seguiria em frente.
-Acha que ela ficará feliz? Em me ver.
-Saiba que você é o único motivo pelo qual ela virou uma rainha.
-Como?
-Summy poderia muito bem ter recusado a coroa e vivido uma outra vida, porém preferiu aceitar o trono e assim ter uma forma segura de cuidar de você. Tudo que você teve foi graças a ela, pois ao contrário os de cima já teriam permitido sua morte.
 
Fiquei sem palavras ao ouvir tudo aquilo. Ela sacrificou uma vida livre para me ver livre. Não tinha certeza mais se eu queria mesmo recusar meu lugar no trono.
 
-Bom vamos. Minha esposa está preocupada com a invasão. Ei! Cuide de meu cavalo.
-Sim senhor.
-Me sigam.
 
Ele nos guiou até o castelo as pessoas nos observava curiosas, não é para menos eles parecem o tipo de povo que vive isolado. Ainda bem que estamos vestidas com roupas antigas da Sônia do tempo em que ela vivia aqui.
Na minha mente se passava duas coisas: a primeira é como as meninas estão já que ainda não chegamos e a segunda é a bronca que levaremos provavelmente de Thales. Eu tinha a impressão dele está preocupado e ao mesmo tempo não.
 
-Pretendem ir quando para o Éden?
-Amanhã iremos partir.
-Sozinhas? -Ele parou e olhou para ela com a sobrancelha arqueada. -É perigoso.
-Perigoso? Não á perigo por aqui, não tem demônios ou qualquer ameaça nesta parte até o Éden.
-Não deixa de ser preocupante. Existem outros perigos como ladrões, enganadores, bruxas e por ai vai.
-Bruxas? Elas não são um perigo. Estão quase extintas.
-Mas e a Wanda? Ela é uma bruxa né? -Perguntei meio confusa. Se bruxas são perigosas então, por quê a Wanda é boa?
-Á Wanda é uma bruxa herdada. Ou seja, ela tem controle completo sobre se, já as outras que vivem escondidas e geralmente são a favor da volta de Lucífer, são bruxas criadas não possuem mais uma alma. -Ele explicou e eu não pude deixar de pó mais uma dúvida ao meio de tantas em minha cabeça.
-As bruxas eram aliadas de Lucífer no apocalipse. Mas a Wanda escolheu ficar ao nosso lado.
-Por que ela escolheu isso?
-Na época ela foi responsável pelo contrato de paz, que foi oferecido ao inferno. Gabriel um dos arcanjos descobriu que ela era uma das pessoas de confiança de Lucífer, porém por mais fiel que ela fosse a sua ambição pela beleza eterna era maior que qualquer coisa. Assim ele disse que daria uma boa porção de agua santa, que lhe faria jovem para sempre. Por isso ela aceitou, convenceu aos cavaleiros do apocalipse e ainda por cima foi quem criou a prisão do pentagrama onde ele está preso.
-Ela realmente é incrível. -Fiquei surpresa, ao descobrir sobre o passado de minha “tia”.
-Sim ela é. Wanda apesar de tudo que fez, ela nunca foi reconhecida pelo povo como uma heroína, por conta de seu passado. Esta é a razão pela qual ela vivia na floresta. Ela ganhou o apelido de rosa negra. Muitos a culpavam por mortes na época.
-Passe o tempo que for as pessoas nunca iram ler a história toda, apenas a parte que lhes interessa. -Manifestou-se Jasmine.
 
Ela estava certa ninguém nunca vai querer saber de tudo. Era estranho. Ouvir coisas sobre pessoas que eu achava conhecer. Pensava que Wanda era apenas uma vendedora de remédios caseiros, sem algo de magnifico além de seu jeito alegre e protetor de ser. O único fato verdadeiro mesmo, é a sua paixão por se manter com uma aparência jovem.
 
-Wanda teve a oportunidade de mudar. Assim como vários outros. Porém alguns não queriam agarrar essa oportunidade e preferiu seguir pelo caminho escuro e frio ao invés de pedir perdão e buscar uma nova chance.
-De quem você está falando Jasmine?
-Ninguém. Olha chagamos. Lindo né?
 
Como não ficar encantada com aquela construção? Simplesmente fantástico, o castelo era cristal puro. Parecia ter sido construído pela própria natureza, ele possuía vários tipos de pedras brilhantes em suas paredes, o sol quando batia nele formava vários arco-íris. De algumas janelas caiam cachoeiras que iam parar nos lagos. Além disto podia ser visto algumas estalactites usadas como cercas, provavelmente para não serem atacados.
Além disso nas torres de vigia era possível ver as guardas reais, usando lanças e armaduras douradas. Olhavam para nos quatro delas em cima das torres de entrada, uma delas fez um sinal com a cabeça para que a outra levantasse o portão, que era uma mistura de cristal e ouro. Encarei elas e percebi que elas não se importavam muito em se proteger com armaduras já que usavam mais joias como braceletes, anéis, gargantilhas e tiaras com pedras cravadas. A maioria tinha roupas azuis com um estilo meio arábicas, porém de uma forma mais aberta e livre.
Encarei Jasmine e ela andou em direção ao portão junto ao Alexandre. A cada passo que eu dava eu não conseguia imaginar lugar mais lindo que aquele. Olhava para todos os lados e cheguei a me beliscar algumas vezes para ter certeza que aquilo não era um sonho. E fiquei feliz ao comprovar que era tudo real.
Quando entramos mais havia uma área aberta com um jardim de rosas, margaridas e violetas, no meio delas podia se ver uma fonte de pedra com detalhes iguais os do anel de Jasmine, ela jorrava água de uma forma quase mágica. Algumas guardas estavam tomando conta daquele lugar, já outras cortavam e regavam o jardim com a água da fonte.
-Lucy por aqui. -Ela me chamou e eu fui atrás.
 
O lado de fora é lindo mais dentro era mais perfeito ainda. Dentro logo a frente se via um grande salão com espelhos nas paredes cristalizadas, no teto um lustre com cristais e em suas pontas algo como se fosse lâmpadas. Ao lado dos espelhos tinha candelabros dourados com velas acessas. Havia também duas escadas douradas na esquerda e direita. Ao meio delas os três tronos dourados com curvas e pedras azuis no topo. Provavelmente o mais baixo da esquerda era o da Perola, o do meio de Alexandre e o último deveria ser o da rainha.
 
Me virei encarando o espelho. Eu estava descabelada e suja, não estava muito apresentável para encontrar com uma rainha. Mas tudo bem, não ligo muito para isso. Continuei vendo meu reflexo e notei algo de estranho nele, não em meu reflexo e sim no espelho antes que eu pudesse tocar nele ouvi alguém falar com migo.
 
-Interessante. Não é mesmo? -Dei um pulo para atrás, olhei e vi uma mulher de cabelos castanhos não muito escuros, com transas presas nele e uma coroa de ouro com a mesma pedra azul que estava nos tronos. Ela trajava um conjunto de blusa com mangas longas abertas e uma saia longa com um corte no meio ambas eram azul-claro muito parecido com roupas arábicas, ela possuía muitas joias.
-Desculpe. Meu nome é Lucy.
-Dizem que os olhos são a janela da alma. Mas na minha opinião os espelhos são os que mostram a verdadeira face de uma pessoa. Não dá para mentir para se mesmo por mais que tente. Não irá conseguir.
-Vejo que a senhora já a conheceu. Mãe não á assuste.
-Claro que não querida. Meu nome é Kiani, rainha de Castitate. Você deve ser Yin.
-Sou eu mesma. Mas me chame de Lucy.
-Entendo. Não se acostumou ainda. Sua aparência é a mesma de sua mãe. -Ela passou a mão em meus cabelos e me olhou de forma séria. -A não ser pelo cabelo. O de sua mãe eram loiros.
-Não conheci minha mãe. E ando ouvindo muito sobre eu ser igual a ela.
-Que pena. Sua mãe era uma rainha excepcional.
 
Apesar de parecer gostar de minha mãe. Ela falava com peso na voz, como se senti se tristeza ou talvez raiva. Sim raiva de alguma coisa de algo, de uma ferida aperta que parecia não querer curar jamais.
 
-Kiani. Elas iram ficar aqui e amanhã se juntaram a Perola para... -Ela o interrompeu antes que pudesse continuar.
-É eu sei. Creio que estão cansadas a viagem amanhã será longa. -Ela se virou me encarando com um olhar de reprovação? Qual o motivo dela, estar assim?
-Ei! Venham comigo irei mostrar seus quartos. -Perola nos chamou, em pé no decimo degrau da escada da esquerda.
-Vamos conversar um pouco. Sabe Lucy, essa é a primeira vez depois de anos que a vejo. Saber mais sobre sua vida relaxaria minha mente. O que acha? -Me deu um sorriso meio forçado. Ela queria mais que uma simples conversa, contudo é a primeira pessoa que aparentemente não quer apenas se desviar de minhas perguntas. Bom, não tenho nada a perder.
-Claro. Será ótimo.
-Me encontre no jardim, assim que se alojar. -Confirmei com minha cabeça. Atrás dela pude perceber os olhares dos três que observava nossa conversa. Um olhar de preocupação.

Perola nos direcionou para nossos quartos, subimos a escada da esquerda. A construção era muito linda. Anda vamos em um corredor longo onde havia várias portas. Elas estavam na minha frente, ninguém deu uma palavra o que era estranho e estava me incomodando. Não que eu, gosta se de falar muito, porém a massa de pressão estava muito pesada. Então resolvi quebrar o gelo.
 
-Esse lugar como foi construído? -Por um lado não era uma pergunta qualquer, eu realmente queria saber sobre isso.
-Foi no fim do apocalipse, quando os reinos foram criados. Castitate representa algo puro e limpo. Daí os primeiros habitantes tiveram a ideia de juntar os cristais que existiam aqui e outras pedras preciosas. Não nego que é o castelo mais belo dos reinos, só lamento pelo fato de alguns operários não tiveram a chance de velo em pé. Eles pensaram em tudo, principalmente na luz do sol passar entre as paredes e fazer brilhar. Levaram exatamente 106 anos para estar construído. -Explicou Perola.
-Eles fizeram um belo trabalho. Devem estar orgulhosos pelo resultado. -Comentei então.
-Castitate é um reino independente, não é?
-Bem minha mãe queria mostrar que nosso reino não precisava do Éden e também, assim manteria todos nós a salvo. As ninfas nos protegem como guardas reais.
-Perola você é a próxima rainha? -Serei sincera eu já estava querendo fazer está pergunta a muito tempo. Quem sabe ela possa me ajudar, já que estamos na mesma situação, eu acho. Não é?
-Sim. Lucy eu sei que você está preocupada em ser a próxima na sucessão do trono, eu também me sinto mal as vezes. Mesmo assim isso não me faz querer renunciar, obviamente que ainda está nervosa e com toda razão pois é tudo novo. Tenho certeza que em sua opinião essa situação é completamente injusta pois queres sua liberdade e tomar sua própria decisão e é como se fosse apenas um objeto para eles sem sentimentos.
-Perola eu... -Ela me interrompeu antes que eu pode se continuar. Pois a mão em meu ombro e a outra em meu rosto, se agachou um pouco. Já que era bem mais alta que eu. E disse me olhando nos olhos:
-Se quer um conselho. Renuncie. Essa é sua vida e sei que a loira vai entender. A única coisa em que deve pensar agora é em seu futuro. Apenas no SEU futuro.
 



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