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História Guardião por destino - Autocontrole


Escrita por: Nan_Melo

Notas do Autor


Heeeey amores. Desculpem-me pela ausência e pelo capítulo pequeno. Eu estive viajando essa última semana e não tive como escrever muito ou postar, e além disso agora estou em semana de provas... Então me perdoem ❤

Mas espero que gostem do capitulo.
Boa leitura!

Capítulo 16 - Autocontrole


Olioti

Eu não sei onde estava com a cabeça em aceitar isso. Luba era um psicólogo, eu duvido que ele sequer saiba lutar... Como eu posso arrastá-lo pro covil do homem que quer ele morto?

Porém, se eu deixá-lo pra trás ele estará em perigo do mesmo jeito, então acho que não é como se tivéssemos uma escolha... Pelo menos ele vai estar perto de mim. Fica mais fácil cuidar dele assim.

Mas isso não muda o fato de que estou preocupado.

Depois do jantar, que fora demasiado agradável devido à compania dos pais do Luba e dos meus amigos, nós seguimos pro quarto. Eu ainda tinha que passar tudo o que o comandante tinha me passado pra ele.

Pelo visto viajariamos amanhã pela parte da manhã e depois de um vôo de 11 horas chegaríamos em Londres, onde uma condução nos levaria para Brighton onde se encontra o QG do Reino Unido para conversarmos com o comandante Félix Kjellberg (não, eu também não consigo pronunciar isso) sobre como procederíamos na missão. Pelo que entendi a mansão do vampiro babaca é em Cambridge, e como uma cidade é distante da outra, precisamos de tempo pra planejar tudo. Por isso estamos indo amanhã.

Sempre quis visitar o exterior, mas não com uma missão de vida ou morte nas costas. Espero que o Luba consiga se distrair ao menos, vou tentar deixá-lo o mais vontade possível. Deixa que eu me preocupo com o resto.

Assim que adentramos no quarto, ele se sentou na cama e olhou em minha direção — E aí, como vai ser a grande aventura com risco de morte?

Levantei uma sobrancelha e puxei uma cadeira pra perto, me sentando e cruzando os braços — Não chamaria de aventura, mas a parte do risco de morte tá certinha.

— Credo Olioti, relaxa um pouco — ele sorriu — você é uma barreira humana, lembra?

Suspirei — Mental, não física. Qualquer um de nós pode se machucar feio nessa missão caso sejamos descobertos, ou pior.

Caso formos descobertos — ele insistiu sem hesitar, mas isso não me convenceu. E ele pareceu perceber, já que suspiro e se inclinou pra frente, apoiando o cotovelo em sua perna e descansando a bochecha contra o punho — Eu entendo que é uma situação complicada, e que eu não tenho experiência nenhuma com tudo isso, mas a gente tem que se manter positivo, T3ddy...

— Positividade não vai te manter seguro contra Godric — franzi — só de pensar nas coisas que ele pode fazer contigo...

— Ei ei, não entra nessa — ele levantou a cabeça e usou a mão pra segurar uma das minhas, que acabaram por descansar na minha perna depois de um tempo — Ele não vai fazer nada, vai ficar tudo bem. E além do mais, você não é o único preocupado, sabia? — ele me lançou um olhar relutante — Como acha que me sinto a respeito de você ser o principal alvo desse cara e ter que ser quem vai bater de frente com ele?

— É meu trabalho — foi a minha resposta, mas ele apenas bufou e cruzou os braços.

— Teu trabalho é cuidar de mim.

Eu acabei rindo com o jeito que ele inchou as bochechas. Ele parecia um esquilinho irritado — No momento é, mas meu trabalho sempre foi enfrentar esse tipo de coisa.

— Pois é, no momento teu trabalho é cuidar de mim... Então foca nisso e não em ser um caçador suicida, ok?

Continuei a sorrir e acabei por balançar a cabeça. Psicólogo teimoso — Vou pensar no seu caso.

Ele revirou os olhos — Idiota — seus olhos então se voltaram pra mim — Mas enfim, o que o comandante te passou?

Lhe passei todas as informações que o comandante tinha me passado, e ele ouviu tudo atentamente. Vi um certo brilho em seus olhos quando mencionei Londres, mas logo se apagou quando eu disse que seguiríamos de imediato para Brighton. Entretanto, assim que mencionei Comandante Félix seus olhos se alargaram e ele tampou a boca — Félix Kjellberg, como no nome real do Pewdiepie?!

— Sim, você gosta dele?

— Tais brincando?! Eu sou mega fã dele! — ele disse mega entusiasmado — Mas como... Eu nunca pensaria que o maior YouTuber do mundo é comandante de uma base de caçadores!

— Exatamente — assenti, descansando contra o encosto da cadeira — Ele usa o canal dele pra meio que "despistar" os vampiros. Ninguém vai esperar que um cara zuado como ele seja a cabeça por trás de uma das bases mais importantes e influentes da Liga Mortal.

Luba piscou várias vezes e se jogou na cama — Isso é loucura.

— Você acostuma depois de um tempo — sorri me levantando — eu acho que vou tomar um banho. Talvez você deva dar uma olhada no meu pescoço, tá me incomodando um pouco.

— Eu imaginei que iria, você tensionou demais os músculos durante a reunião.

Fiz uma careta — Não percebi.

Ele apenas sorriu — Eu sei.

Eu sorri de volta e fui pro banheiro. 

Lucas

Londres, nós vamos para Londres!

Ok que não vamos ficar por muito tempo e que estamos indo praticamente de encontro com a morte, mas ainda assim era motivo pra que eu ficasse ansioso. Sem contar que vou conhecer o Pewdiepie em pessoa.

Quer dizer... Comandante Kjellberg. Mas ainda assim é incrível!

Mas o T3ddy claramente não estava contente com a ideia. Ele acabou por sentir dor porque seus músculos continuaram tensionando, e eu acho que ele vai precisar de outra massagem. Até pra ele relaxar um pouco com relação à tudo isso. Mas ele estava claramente temendo por mim, e eu não posso negar que também estou preocupado. Eu sei absolutamente nada de combate corporal, eu mal vou pra academia! E se eu acabar por atrapalhá-lo? E se ele morrer por minha culpa?

Respirei fundo. Não. Eu estou indo nessa viagem justamente pra cuidar dele, não pro contrário. Vou dar o meu melhor pra ser útil e ajudá-lo como posso, evitando ao máximo ficar em seu caminho. Ele claramente não precisa de ajuda quando se trata de combate, então eu posso ficar na retaguarda tomando conta pra que ele esteja condições de entrar em ação caso seja necessário.

Eu realmente não poderia simplesmente deixá-lo ir. Mesmo se eu não dependesse do que quer que seja isso que ele tem que bloqueia o vampiro, eu bateria o pé para acompanhá-lo. Eu não sei. Tenho medo de que se ele estiver longe do meu alcance, irei perdê-lo.

Esse medo claramente se originou do meu trauma pela minha perda. Eu mal comecei a compreender o que sinto por ele... É um sentimento novo, mas que me faz muito bem e que já sinto fazer parte de mim, então eu não sei o que faria se o perdesse também. E se for pra isso acontecer... Que pelo menos estejamos juntos.

Eu sei que não é uma maneira muito feliz de se pensar, mas eu realmente não quero ter que enfrentar a dor que senti durante aquelas duas semanas depois da morte do meu namorado. Parecia algo que ia me devorar de dentro pra fora, uma dor tão forte que eu fico nauseado só de lembrar. Coisas impensaveis passaram pela minha cabeça, coisas que eu nunca mais quero sequer cogitar... E que o T3ddy mantém longe. Ele é minha âncora no momento, e eu não conseguirei abrir mão disso.

Ouvi um miado e olhei pra baixo, encontrando Galadriel me encarando. Eu sorri e lhe acariciei a cabeça, o que fez ela ronronar e pular da cama. Ela deve ter sentido que eu estava começando a me perder em meus próprios pensamentos, e eu não tinha tempo pra isso. Tenho que me preparar para a viagem.

E pro que está por vir.

Olioti

Saí do chuveiro muito mais relaxado. Minha cabeça, que tinha começado a doer durante a reunião, também estava bem melhor e eu estava pronto pra dormir. Teríamos que levantar às cinco amanhã, então é melhor ir dormir logo.

— Foi boa a ducha? — levantei o olhar pra encontrar o Luba perto da janela mexendo em sua mochila. Ele estava de costas pra mim mas logo se virou pra me olhar.

Assenti — Os chuveiros desse lugar são ótimos — eu disse. Ele respondeu com um acenar de cabeça e se voltou para a sua mochila, a fechando e colocando no canto junto de seu par de tênis vermelho. Ele então pegou uma muda de roupas, uma toalha e sua escova de dentes, indo na direção do banheiro.

— Deita aí e relaxa, depois do banho eu vou cuidar do teu machucado e fazer outra massagem nesses teus ombros rígidos, Sr. Cabeça-quente.

Levantei uma sobrancelha e ri — Quem é cabeça-quente?!

Ele nem respondeu. Só o ouvi rindo e fechando a porta do banheiro. Eu sorri e balancei a cabeça, me sentando na cama e me esticando um pouco.

Foi então que eu percebi que a cama estava feita pra duas pessoas dormirem, o que me deixou confuso. Resolvi esperar ele terminar sua ducha pra perguntar, e assim que ele pisou pra fora do banheiro (vestindo uma camisa de pokemon, shorts e crocs, o que quase me fez rir) eu logo perguntei — Ei, por que exatamente a cama tá preparada assim?

— Pra gente dormir — ele respondeu simplesmente, o que me fez piscar inúmeras vezes antes de tornar a perguntar

— Juntos?

Ele me lançou um olhar divertido — Óbvio né.

— Não precisa, eu posso dormir na poltrona...

Ele balançou a cabeça e gesticulou pra que eu me sentasse no chão — Já disse que não. Você ainda está se recuperando e precisa descansar bem. Aviões são terríveis de se dormir, então é melhor que durma bem hoje.

Me sentei no chão — Mas Luba...

— Nuh-uh! — ele me interrompeu e sentou atrás de mim na cama — Já está decidido, a não ser que esteja com medo do gayzão aqui te atacar enquanto dorme — ele riu, mas eu pude sentir um certo temor em seu tom.

— Claro que não! Eu confio em você, só não quero incomodar...

— Vai me incomodar mais se estiver dormindo naquela poltrona, então chega de discussão ok?

Eu suspirei e assenti, permitindo que ele começasse a trabalhar no meu pescoço. Seu toque parecia lançar pequenas descargas elétricas por todo meu corpo, e quando começou a massagem sem nenhum aviso prévio, tive que me controlar pra evitar sons constrangedores de escaparem minha boca.

Não é você o problema doutor. O me preocupa sou eu mesmo, porque se apenas seu toque é o suficiente pra me deixar desse jeito, não sei se confio em mim tão perto de ti.

Lucas

O silêncio me deixava inquieto. Eu queria insistir em perguntar por que o T3ddy parecia tão incomodado com a ideia de compartilhar a cama comigo, mas eu admito também estar com medo da possível resposta que ele poderia dar.

Decidi por fim ficar quieto e focar na mordida em seu pescoço. Os antiflamatorios parecem estar funcionando já que a infecção já está diminuindo e o machucado está cicatrizando rápido. Passei os dedos levemente sobre o curativo pra testar a sensibilidade e ele recuou do meu toque levemente, deixando claro que estava melhor mas ainda incomodava. Eu então parti pra massagem e evitei ao máximo a área machucada, e ele logo estava relaxando novamente e se encostando na cama no espaço vago entre minhas pernas.

O massageei por um tempo e ficamos assim. Eu estava inquieto com relação à situação da cama, mas mesmo assim era um silêncio confortável. Quando terminei, ele se levantou e se espreguiçou lentamente, me direcionando um sorriso agradecido — Parece que eu nem estava sentindo dor antes. Valeu Lubinha.

— Aqui pra isso — sorri e me levantei pra guardar as coisas. Quando voltei pro quarto, T3ddy já estava debaixo dascobertas e brincando com a Misty, que parecia muito interessada em capturar uma de suas mãos. Sorri levemente e fui na direção da cama, me deitando ao seu lado e recebendo um meio sorriso.

— Pronto pra dormir? — ele me perguntou. Eu assenti e ele deu um leve tapinha na cabeça da Misty e colocou ela no chão, movendo a mão pro interruptor que se situava do lado da cama e desligando as luzes — Boa noite doutor.

Sorri — Boa noite urso.

Ele logo se virou de costas pra mim e o silêncio se instalou novamente. Fiquei encarando suas costas por um tempo, imerso em pensamentos fantasiosos que eu nunca seria capaz de dizer em voz alta, e finalmente me obriguei à virar pro outro lado e tentar dormir.

Melhor eu ficar longe antes que eu faça algo que me arrependa.


Notas Finais


E aí gostaram? Deixem suas opiniões se puderem~

Até a próxima!


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