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História Guardiões da Noite - Despedida


Escrita por: JohnReedfox

Capítulo 24 - Despedida


Fanfic / Fanfiction Guardiões da Noite - Despedida

Aquela notícia surpreendeu o casal, que estava prestes a ter uma pequena discussão, o mesmo se repetiu com os outros exterminadores, tanto pelo horário em que o ataque ocorreu, quanto as vítimas em questão, sem demora, Giyuu e Shinobu largaram de lado aquela pequena implicância, se trocando e pegando suas espadas, as colocando dentro da mochila de Giyuu, para depois partirem em direção ao local do ataque.


Shinobu parecia bem triste, Tomioka a vendo preocupada, a tentava consolar.


– Giyuu, estou mais preocupada com o horário do ataque, do que com ele. Esse pode ter sido o mesmo que atacou o Inosuke ou até mesmo minha irmã...Kanao pode estar em perigo! - dizia, com seus olhos violetas, cheios de lágrimas. – Eu vou procurá-la...


Antes que pudesse dar meia volta, Giyuu a segurava e puxava contra o peito, lhe dando um abraço apertado, sentindo o doce perfume de seus cabelos sedosos.


– Kanae está com Tanjirou, ela está bem protegida. Respire fundo, encha o peito de ar e solte devagar. - dizia enquanto tentava a convencer.


As mãos dela davam uma leve batida contra o peito de Tomioka, esfregando o rosto contra seu tórax.


– Você fica muito fofo quando tenta ser calmo e controlado, querido...e falar de peito no meio da rua... pervertido...


– Não, eu...quis apenas mudar o seu foco.


Ela dava um leve sorriso e faz como lhe foi passado, sentindo seus ombros relaxarem um pouco.


– Vamos indo, como prêmio por me acalmar, vou esquecer do seu sonho com a srta Exibida.


O casal muda de assunto e retoma seu caminho, para a residência dos Rengoku, ao se aproximarem encontravam com Sanemi, Iguro e Mitsuri. O trio os deixava informados sobre como estava a situação dentro da casa, as portas não abriam, haviam raízes enroladas pela casa , o único som que puderam ouvir era um choro e apenas um sobrevivente em toda a casa Senjuro, o irmão mais novo de Kyoujuro, que Iguro resgatou e o levou para longe da casa, para ser tratado.


Giyuu sentia um frio em sua espinha, não conseguia imaginar como Sanemi e Shinobu agiriam quando ficassem cara a cara com a possível  culpada por aquele pequeno massacre.


– Bom, vamos agir, Ubuyashiki-sama nos disse para invadir e matar essa coisa. Vou usar meu sangue para provocar e deixarei com vocês para entrar na mansão.


– Por mim, tudo bem, vamos entrar lá e vingar o Kyoujuro. - dizia Iguro, deixando o ódio transparecer.


– Vou poder testar a mistura de veneno que encontrei naquelas anotações que o direto me deu, isso é ótimo.


Os únicos que pareciam não gostar muito daquilo eram Tomioka e Mitsuri, a rosada sentia que derramar mais sangue na casa de seu amigo era um desrespeito enorme, sem contar o quão triste estava por Iguro, para ambos, Kyoujuro agia como um irmão mais velho. Já Tomioka,  sabia o que iria ser encontrado ali, uma oni que provavelmente caiu em uma sede de sangue e fez algo que do qual se arrependia, mas que não tinha como desfazer ou remediar.


Os grupos se separavam, Sanemi estava na porta de acesso ao quarto de Kyoujuro, as raízes tremiam levemente sempre que ele se aproximava, o exterminador caminhava e vagarosamente puxava uma pequena lâmina, respirando fundo, ele faz um corte em seu braço, o bastante para escorrer e derrubar nas raízes. Quase de imediato, as raízes tremiam e se debatiam, forçando contra as paredes e amolecendo para melhor buscarem aquela fonte de sangue, esse era o efeito do sangue raro que ele carregava em suas veias, era impossível um oni resistir a aquele cheiro.


" Venha...venha seu filho de uma puta!" - gritava em sua mente ao se afastar e fazer um pequeno rastro de sangue.


Nos demais pontos da casa podia-se ouvir um grito, as raízes abandonavam as janelas e portas, deixando o caminho livre para as duplas avançarem, Shinobu já desenbainhava sua lâmina, pingando, embebida num líquido carmesim e espetando uma raíz mais grossa que estava no chão e o fez novamente em outras raizes semelhantes.


– O que está fazendo, Shinobu? - perguntava Tomioka, desesperado.


– Vê como essas raízes estão imóveis? Provavelmente elas estão ligadas ao oni, se ele for semelhante a uma árvore, esse veneno deve o deixar bem acabado! - respondia com uma certa maldade no sorriso.


As duas duplas logo se encontravam, Shinobu observava as raízes que atacou e notava que todas estavam com uma aparência apodrecida e se direcionavam para o corredor que levava aos quartos.


– Eu ouvi som de golpes e vimos as raízes murcharem. O que vocês dois estão fazendo? - Obanai perguntava, parecendo meio receoso.


– Apenas...testes, parece que melhorei a fórmula deixada pelo sen...


Tomioka puxava sua pequena abelha assassina, ao mesmo tempo em que Mitsuri puxava Iguro, os tirando da linha de um golpe das raizes, seguida de uma das paredes sendo destruída e uma figura surgir em meio as sombras. Os caçadores empunhavam suas lâminas, prontos para lutar, com a excessão de Mitsuri, pois apenas Iguro estava acostumado a lutar junto dela em locais fechados. A poeira abaixava, aos poucos era possível ver uma mulher com roupas casuais, mas com as mãos e boca cobertos de sangue, seus cabelos eram longos e pretos, seus olhos um brilhavam num tom purpura e lágrimas escorriam pelos cantos.


– One...chan? - dizia Shinobu por impulso, vendo aquele monstro se virar para ela, parecendo assustado e logo caindo de joelhos, tossindo sangue. – Kanae!


– Kanae?! - exclamavam o outro casal, Obanai olhava assustado, enquanto Mitsuri apenas cobria sua boca e seu olhar logo mudava para um olhar triste.


Naquele espaço o único que não estava surpreso, era Giyuu, ele apenas sentia suas mãos tremerem, seu medo de que Kanae viesse a ceder a fome de carne humana, era real.


– Me matem...me matem, por...favor... - dizia se pondo numa posição totalmente exposta. – Eu...matei...matei todos dessa casa!


O choro da ex-caçadora ecoava por aquelas paredes, muitas vezes sendo interrompido por tosses que acompanhadas de sangue já coagulado, os quatro caçadores exitavam em olhar para aquela cena tão triste, uma amiga querida, uma irmã, chorando de desespero pelo que havia feito e sofrendo pois seus corpo estava sentindo os efeitos do veneno de uma certa pessoa.


– Por favor, alguém...me mata...*cof cof* essa dor, ela é horrível, essas dores...- ela olhava para Shinobu, finalmente a notando ali, mas desviando do olhar da mais nova. – Shino...me perdoe por ser uma irmã...


– Cala essa boca, Kanae... Cala a boca! Eu fiquei de luto por você....eu chorei, enterrei um caixão vazio, junto da Kanao e aqui estava você, transformada num monstro e ainda por cima, matou quem lhe estendeu a mão!


– ...


– Espera, Shinobu-chan! - gritava Mitsuri.


Shinobu estava com suas mãos na espada, mas, era como se algo mais pesado, dentro da bainha, lhe impedisse de saca-la.


Pela janela próxima deles, Sanemi entrava naquela reunião, reconhecendo-a, mas, sem demonstrar tanta surpresa, quanto os outros. Puxando sua lâmina, ele vinha caminhando calmamente, na direção de Kanae, enquanto era observado pelos outros, ao estar poucos passos dela, Tomioka gritava.


– Espere, Shinazugawa! Ela...


– Cala boca, seu idiota! Você e Rengoku levaram essa brincadeira de casinha a um ponto sem volta, já basta! - repreendaia o caçador de cabelos brancos. – Rengoku pagou com a vida dele e de quase toda sua família! E você?! Vai pagar como?!


Tomioka olhava para o lado sem poder responder, envergonhado por não cumprir seu dever e causar ainda mais dor.


– Onis, são Onis. Humanos, humanos!- dizia com as lágrimas escorrendo. – Eu tive a mesma  esperança...dela...ter voltado ao normal...mas não vou errar novamente.


– Se afasta dela! Seu idiota de cabelo grisalho! Pervertido! - gritava Shinobu.


Os dois começavam a discutir, a cena era ridícula, Iguro estava vendo um próprio retrato do inferno, Mitsuri chorava baixinho, Sanemi e Shinobu discutiam e gritavam um com o outro, Kanae parecia estar se esforçando para se manter daquele jeito e Tomioka olhava para baixo. Respirando fundo, ele calmamente se aproximava da assassina daquele que era quase um irmão para ele, sua espada serpentina era desembainhada e num movimento rápido e limpo, o pescoço dela era cortado, fazendo que aquela discussão idiota e a dor de uma velha companheira de trabalho, fossem cessados num simples movimento.


Shinobu e Sanemi ficavam sem palavras ao ver  aquilo, o único som seguido daquele movimento, era do corpo da Kanae, caindo no chão e sua cabeça indo para perto de sua irmã e seu ex-namorado. Com uma expressão de surpresa, ela olhava para Iguro, mas logo aquilo mudava, para um sorriso doce e seus lábios se moviam vagarosamente, dizendo algo para ele.


– Seu filho de uma puta! Obanai seu merda! - gritava Shinazugawa, indo para cima de Iguro e o agarrando pela gola. – Você tem noção do que fez?!


– Eu coloquei uma companheira de trabalho para descansar e a poupei de morrer aos poucos, envenenada ou de ficar ouvindo vocês discutindo. Tire as mãos de mim. - dizia friamente, tirando à força Sanemi de perto. – Ao invés de se ocuparem, ofendendo uns aos outros, deveriam apenas rezar, para que dessa vez, Kanae possa de fato ter paz! E fazer o mesmo pelo Kyoujuro e por toda sua família!


Ele saía de perto deles, acompanhado por Mitsuri e deixando o trio para trás. Enquanto Sanemi estava em pé, ainda bestificado com aquela situação, Shinobu estava abraçada junto de Giyuu. Ele tentava lhe consolar, ambos ajoelhados, perto do corpo de Kanae, Tomioka segurava com firmeza a mão daquele corpo que aos poucos desaparecia, enquanto ouvia o choro de Shinobu, pondo a mão sobre a deles, com Sanemi olhando para aquela cena, mais uma vez ela desaparecia diante de seus olhos e ainda levou junto um amigo muito querido.


No hospital, Senjuro acordava, olhando para os lados e perguntando sobre sua família, ao seu lado estavam Kanao e Tanjirou, que se encarregaram de lhe dar aquela terrível notícia.


– Achamos que fosse ficar mais tempo dormindo, sente alguma dor, podemos te ajudar?- perguntava Tanjirou, pondo a mão sobre o peito.


– Descanse, Senjuro, ainda está muito machucado.- dizia Kanao, tentando o manter deitado.


– Está tudo bem... nós somos criados sempre com essa possibilidade na cabeça...eu tenho... - com os olhos cheios de lágrimas, suas palavras saiam num tom meio anasalado. – Eu tenho o sangue dos Rengoku, eu...estou ótimo...!


Aquele dia de fato era uma derrota para o grupo de exterminadores.


Notas Finais


Agradeço a quem está acompanhando :3 sei que estou em falta, mas a cabeça não tá colaborando xD
Espero de coração que tenha ficado bom:3


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