Ler com os olhos era superficial e não passava a riqueza de detalhes como passava quando combinava o ato com o deslizar levemente as pontas dos dedos sobre os desenhos e inscrições ,nas quais, seus olhos não eram capazes de traduzir. Percebendo o entendimento gerado, valorizou mais o toque e...os sonhos.
Por isso existia uma grandiosidade carregada pelos sonhos , um fascinio dos homens por ele.
Incrível como as informações vividas ganhavam uma interpretação mais clara.
Muitas coisas começaram a fazer sentido,mas isso contradozia a natureza deles,certo?Neste caso era uma exeção.
Agnor sempre se considerava ingênuo até descobrir essa forma particular de conhecer o mundo.
Se culpava de ser incapaz de absorver outras informações que fugiam do que foi preparado para realizar.
Um esforço enorme em acompanhar tantas coisas,
mas agora um novo mundo se abriu.
Pena que as descobertas não podessem fixar no positivo,
algo bom vinha algo ruim completava o pacote.
A vida nunca fora tão branda.
Naqueles dias ele experimentou a dor fisica no sentido mais absoluto da palavra.Encontrou uma arma capaz de atravessar sua invulnerabilidade e deixar uma cicatriz incurável.
O herói paralisou resgatando as memórias dos acontecimentos de sua vida em um minuto ,quanto mais se aproximava do hoje mais o tempo desacelerava,obrigando a emfatizar o momento impactante.
Lembrava da alegria de seus companheiros e dos resgatados em saber que a missão chegara ao fim e poderiam retornar ao lar e estar de volta para a familia e amigos.
Recordou da bronca de Cerus assim que afirmou que permaneceria mais uns dias de missão,visualizou o espanto de Alexis e a preocupação de damon.
"Chega disso!Você também precisa descansar!Olhe quantos conseguimos salvar!"
O protesto de Cerus ecoou em sua mente.
A determinaçâo de Agnor rebatei os comentários,um Ceris pertubado continuava o estudando afim de achar um indicador de incerteza,infelizmenye as expectativas dele se desmancharam sem encontrar esse sinal
Sentiu um forte agradecimento por terem se preocupado tanto a ponto de um ficar e sacrificar ,talvez a oportunidade que teria de ver o irmão...uma culpa caia sobre si.
Mas não se arrependera de sua decisão-tudo por uma caisa maior- pelo menos na verdade encontrou a mais que seus pensamentos enxergavam
O maior dos sentimentos naquela ocasião era o medo e o temor pela sua vida.
Pensava em se erguer e desferir o seguinte golpe ,mas as forças lhe abandonaram.
Dessa vez Alexis foi sua protetora,embora machucada enfiou a lâmina nas costas no soldado que deixou a guarda a desekar,
Fazendo o esquecer do alvo e cair se contorcendo de dor enquanto a espada era abandonada.
Sem pensar demais tomou o objeto que foi capaz de ferí-lo e tentou formar o martelo para acabar de vez com o sofrimento do miserável que lhe causara um prejuizo tão alto,uma forma de vigança, Alexis o impediu e o puxou para fugir junto com o jovem que acabara de ser tirado das garras do mesmo soldado.
Por pouco não soltava a espada
Agnor queria resistir a puxao de Alexis mas logo o instinto de sobrevivê lhe alertou sobre sua situação atual.
CITÉ DES VIGNES ANO DE 1450(dias atuais)
O La Chandeleur enfim chegara
No país é um tradição extremamente famosa herdada dos povos ancestrais politeistas ,no intuito de celebrar as boas colheitas são feitos os "deliciosos" crepes. Já comi um na infância ,se bem me lembro apenas uma vez(minha familia não era de comemorar datas nacionais,o motivo jamais me contaram),os rastros de seu sabor não são nítidos em minhas lembranças,provavelmente não fora marcante o bastante.
Mas os gostos acabam mudando,não é?
- Bora meu povo pegar a farinha,os ovos...--Ordenou Helena energética.
Acordei recentemente ,estava bem acordado,mas sem ousar me levantar apenas continuava ,permitia os pensamentos ocuparem a mente.
Hoje é 2 de Fevereiro ?
Um mês que estou aqui
A imagem do meu encontro com Rene invadia
Quando me deparei com aquele cara de olhos dourados reluzentes na escuridão e que falava tão suavemente -chegando a causar medo- mesmo com uma criatura horrível ameaçando a vida das pessoas.
Caminhando sobre quatro patas , de uma pelagem que considerei como verde musgo, sua boca em suas costas repleta de dentes pontiagudos ensanguentados, o tamanho do monstro em torno quatro metros de altura.
A forma como René se movia agilmente em qualquer superficie tocada pelos pés do mesmo ,segurando um machado que dava para ver a quantidade de energia utilizada para concretizar aquilo.
Simplesmente maravilhoso
Inesperadamente René veio a mim dizendo precisar da minha ajuda.
Como alguém como eu o ajudaria?
Fiquei estático assim que o indicador e o médio dele tocaram o meio de minha testa sem atravessar nem nada
Chocado
Eu era literalmente um fantasma
Eu permaneci atento a tudo,p
orém sendo espectador.
Um manto de penas flamejantes envolvendo- me em um abraço protetor ,meu cabelo escuro ganhando um tom ruivo como labaredas de fogo ,o mais inacreditável era que eu sabia o que fazer, conforme os comandos de René ,claro,mas as incertezas desapareceram. Meu corpo estava forte ,eu podia fazer o que eu quisesse.
Escolhi queimar a criatura assim que finquei meus dedos nela.
- Garoto me desculpe,isso que ocorreu foi minha culpa,não segurei minha ave...
- Eu podia fazer qualquer coisa...?-perguntei intrigado.
Ele fitou-me curioso
No mencionar da ave lembrei da flamejante que vinha em meus sonhos.
Ela finalmente pousara em mim,me presenteando com um poder que eu realmente desconhecia e que me completava?
- Vou assumir a responsabilidade.
- Seja o que for isso ,não tire de mim.-pedi imaginando prever as atitudes seguintes do outro
- Non!...Nem tem como.-A parte final resmungou consigo
- Me ensine como usar esse poder!
Voltei dos devaneios ,ouvindo uma discussão lá fora.
Sabia que mais cedo ou mais tarde,os dois explodiriam,não previ que fosse hoje-bem no momento em que teoricamente nós estariamos e mais unidos-nem com aquela intensidade
- EU CANSEI DESSE SEU ABORRECIMENTO,TODO DIA VOCÊ ME OLHA COM ESSE DESPREZO PORRA!-Iniciou Nick derrubando o pacote de farinha.
- Eu tenho que fingir alegria depois de tudo?-retrucou o segundo figindo não prestar atenção.
- Eu sei dos meus pecados, não precisa me acusar toda vez que me vê!Estou pagando por tudo
- Tudo?Essa nem a metade do preço ,meu bem.
- Por que você tem que ser tão fraco?!
Só vimos quando a faca voou na direção de Nicolas desviando no tempo exato.
- Sabe o aperto que viveria se me destruisse?-disse o de cabelos curtos,aterrorizado
- Claro,mas valeria a pena.-Disse René com expressão sombria.
Um misto de temor e raiva se instalavam nas feições do outro. Este retirou indo para o quarto com ar tempestuoso
Ele se esqueceu de trancar a a porta do alsapão permitindo que eu pudesse adentrar na arena . Não estava escondido , diante dos meus olhos achava-se acariciando o cavalo de oito patas. Considerei não incomodá- lo, poderia estar aproveitando um tempo de paz, recuperando- se do estresse. fiquei assistindo cautelosamente.
Quando me dei conta que reparava seus detalhes com segundas intenções
Da mesma forma que reparava em René, iguais ,somente por fora,cada um tinha seu toque pessoal.
Os cabelos curtos ondulados cor de mel,a franja quase cobrindo oo olhos,e por falar neles eram da coloração da terra,bem luminosos
O nariz naturalmente empinado e fino que trazia um ar de arrogância a primeira vista,observação incompativel com a realidade.
Droga
Fui hipnotizado
Os lábios finos donos de um tom mais rosa perto do vermelho.
O rosto era arredondado e contradizia toda a sua postura de durão e trazia uma caracteristica fofa.
Aproximo as mãos e me certifico da temperatura das bochechas,estava queimando!
Meu coração saiu da dança ritmitica assim como minha respiração, estava suando frio
- Por que não se aproxima?
Assenti a os tropeços
Por pedido dele passo a pegar no cavalo estabelecendo um contato ainda maior. O nervosismo acaba enrigecendo meuus membros
- Você está bem Vincenty?-perguntou Nick preocupado
Ele constantemente me faz essa pergunta ,é uma das raras palavras que trocamos durante o mês.
Sinto que deseja sair dessa rotina e conversar outros assuntos ,mas essa oportunidade sempre é roubada pela vinda de René e os treinamentos que o primeiro evita opinar a todo custo.
Ri baixo ,um pouco acanhado
Por que de repente eu fiquei desse jeito?
- Sempre me pergunta isso.
- Sim...é porque eu sei que pode ser exaustante estar fundindo ,a alma fundida com ser mitico...
Se tiver interessado posso oferecer umas dicas.-falou se mostrando empenhado em ajudar.
- Eu quero.-Respondi com tanta agilidade que ele se assustou- Antes disso-recordei-Queria agradecer por ter me salvado aquele dia
Nicolas fitou-me,por segundos ficou aereo mas logo soube do que estava falando.
Curvou os lábios , desviando o olhar , expremindo uma indignacao armazenada a tempos.
Qual pensamento o agarrou?
Nicolas não queria expor, ainda não .ignorando a razão do conflito interno , prometeu falar em outro momento.
Estranhamente arranjou uma desculpa mais gentil afim de me expulsar .Me senti culpado em tê-lo afetado tanto assim ,espero que dali em diante não tente se esquivar de mim como faz com René
...
Passamos a tarde nos divertindo na cozinha ouvinda as histórias mais sem noções padeiro ,incluindo a origem dos pratos que visualmente nos faltavam coragem para comer ,porém eram esquisitamente muito bons.
Nicolas não ousou aparecer, parecia que eu era o único a notar sua falta .
Pretendiamos fazer dois crepes, um seria guardado no armário conforme dizia a tradição, o segundo nos comeriamos com a participação dos vinhos que nosso anfitrião guardava. Existia um terceiro que ele queria fazer sozinho ,nisso eu e Helena nos distraimos em nossas conversas até ela tocar num ponto que a deixava triste,foram trocas seguidas de trocas para chegar no assunto ,ela resolveu contar os motivos de suas pertubações.
Ela sabia que não teria coragem de contar em estado são ,então rompeu os obstáculos com o auxilio da bebida avermelhada
Começou citando um medo seu ,um medo que presente na vida de todos, o temor de se desprender dessa existência ,mas destacou que em seu caso era ainda pior.
Me contou um bocado de seu passado e como as doenças tragaram sua familia e agora atingí-la.
Por meu questionamento, a madame descreveu os sintomas.Os mesmos que levaram minha mãe... eu sabia onde ia parar.
Tentou esconder os olhos chorosos por entre as mechas do cabelo . O terror de ser deixada , pior que isso, iria abandonar seus amigos e sua paixão
Sugeri escrever uma carta e mostrar com maior precisão seus sentimentos , transmitir a mensagem sem vê-lo chateado .
Queria conhecer a cura
Se eu me dedicasse mais
Assim que se recuperou ,Helena se despediu de nós com uma suavidade fingida em contraste com as emoçôes presentes.
René a seguiu
O casal conversava timidamente, ele lhe entrega o crepezinho como demonstração de carinho.
Vejo que ambos se abraçam, suas bocas se movendo, segredando um para outro.
Há melancolia nos semblantes.
Posso imaginar do que se trata.
Rene chamou meu nome e pediu para que eu cuidasse da casa ,logo voltaria.
Ambos entralaçaram os dedos e seguiram juntos.
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