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História Guide to a Virgin Universitary - (2Yeon) - Um pouco de amor próprio e amor verdadeiro (Parte 2)


Escrita por: enbysauro

Capítulo 22 - Um pouco de amor próprio e amor verdadeiro (Parte 2)



18:20h PM.


— Chegamos — disse Momo, parando o carro em frente à um edifício alto e luxuoso.

— A Chaeyoung mora em um apartamento? Nossa, por essa eu não esperava — Sana desceu do veículo. — Isso não vai dar certo.

— Por quê? — Momo a acompanhou para a entrada do prédio.

— Porque na minha cabeça seria uma casa, até peguei algumas pedrinhas para jogar na janela! — a Minatozaki tirou as pedras pequenas de seus bolsos. 

— Bom, você anda assistindo muito filme. Mas olha só, tem uma coisa bem mais eficiente e segura — a Hirai apontou para a campainha na portaria que dava acesso a todos os apartamentos.

— Qual é o da Chaeyoung? O que eu devo falar? E se a Tzuyu atender e não me deixar entrar?! — Sana se desesperou rapidamente, pensando em dar meia volta e retornar para o carro, mas a outra a impediu, discando os números corretos para a residência da Son e colocando a loira de frente para o interfone.

— Boa sorte.

Logo alguém atendeu ao seu chamado, por sorte não era nem Chaeyoung e muito menos Tzuyu.

— Quem deseja? — disse o homem, aparentemente o pai da menina Son.

— Olá, senhor Son. Eu sou Minatozaki Sana, uma amiga da Chaeyoung.

— Ah! Olá, Sana. A Chaeyoung está descansando agora, se quiser eu aviso que você esteve aqui procurando por ela.

— Na verdade eu gostaria de falar com a Tzuyu… Se não for muito incômodo — Sana abaixou o seu olhar, aguardando a resposta do mais velho.

— Certo, eu vou avisa-la. Só um segundo — disse o homem. Ao fundo fora possível ouvir um breve falatório até o mesmo retornar a falar. — Ela está indo aí. Tenha uma boa noite.

— Para o senhor também… — a japonesa respondeu um pouco sem jeito. Não imaginava que seria tão fácil, quero dizer, essa era a parte mais difícil, né? Convence-la a ter uma conversa mais calma… Ou não? Oh, céus, Sana não estava pronta para ficar frente a frente com Tzuyu novamente.

Não demorou para que os portões se abrissem e a Chou saísse de lá com um sorriso tímido e um andar retraído.

— Oi.

— Oi — Sana respirou fundo sutilmente, caminhando em direção a outra.

— Então, sobre o que você quer falar?

— Podemos falar sobre… aquele dia? Você nem precisa falar nada! É só que, eu preciso muito me desculpar por tudo — a Minatozaki deu início. — Me sinto uma estúpida por ter feito aquelas perguntas e dito aquelas coisas. Às vezes parece que eu não tenho a menor noção de que estão sendo invasiva, sabe? — ela riu sem humor, mudando a sua expressão rapidamente. — Eu sinto a sua falta. Sinto falta de encontrar com você pelos corredores e iniciar um assunto totalmente aleatório que vai te deixar confusa e provocar um sorriso sem graça. Sinto sua falta e tenho medo de que nada disso volte a acontecer porque eu fui uma idiota e contínuo sendo. Tzuyu, me desculpa. Eu não deveria ter cobrado satisfação a você, ou sequer ter dito na bendita hora errada o que estava sentindo por você. A verdade é que eu gosto de você sim, mas acima de qualquer outro sentimento eu me preocupo com você. Queria muito poder ficar e cuidar de você, mesmo que seja como uma amiga consideravelmente próxima. Só por favor, não se afasta novamente.

Sana elevou o seu olhar para visualizar o rosto da Chou e se surpreendeu ao ver a mesma sorrir docemente.

— Eu não vou me afastar de você, não posso cometer o mesmo erro de perder uma das melhores pessoas que eu já conheci.

— O que? — a loira riu confusa.

— Sana, por que você está fazendo isso? Por que veio até aqui para se desculpar mesmo sabendo que eu também fiz um certo descaso aos seus sentimentos?

— Eu não sei. Só vim porque queria te ver e esclarecer toda essa situação porque sinto a sua falta.

— Exatamente! Que tipo de pessoa põe de lado a razão para ir até uma pessoa que estava claramente errada apenas na intenção de consertar as coisas? Sana, você é louca — a maior riu divertida. — Mas em um sentido bom, claro. Eu admiro muito a sua insanidade e principalmente, a sua coragem. Se eu tivesse pelo menos um terço da sua coragem talvez esse momento nem estaria acontecendo.

— Tzu, desculpa. Eu não estou entendendo aonde você quer chegar.

— É que eu estava hoje mesmo pensando em você. Sim, eu estava pensando em relação a você há mais ou menos uma hora atrás. Parei para refletir sobre as suas atitudes, as suas frases, as suas trapalhadas e tudo que envolva você. E é claro, estava refletindo sobre os seus sentimentos. O que você sente é tão… Bonito, sabe? Eu não esperava que alguém fosse gostar de mim dessa forma quando cheguei aqui. Na verdade eu não pensei na possibilidade de alguém estar gostando de mim em toda a minha vida, sim! Eu não sou uma pessoa de me relacionar, muito menos de refletir sobre pessoas que mal conheço. Porém, essa foi uma das melhores coisas que já ousei fazer. Quando eu parei para rever meus conceitos em relação a você, cheguei a conclusão de que a sua coragem, o seu jeito e tudo que envolva a sua personalidade, são belíssimas. Sana, eu sinto muito por ter partido naquele dia no cinema. Eu sinto muito por não ter te dado uma resposta com mais calma, e sinto muito por ter sido uma covarde.

— Tá tudo bem, Tzu. Não precisa se desculpar dessa forma — Sana tentava entender a situação, mas ainda não estava claro para si. A garota por quem está apaixonada estava mesmo elogiando a sua personalidade de forma tão detalhada ali, naquele momento tão decisivo?

— Preciso sim! Eu não percebi meu erro até parar para pensar em você e agora acho que não consigo tirar você da minha cabeça.

A japonesa sentiu o seu coração errar a batida naquele momento, a cada palavra só ficava mais surpresa e contente de uma forma que não poderia explicar.

— Se eu tivesse um terço da sua coragem…

— Ei, está tudo bem. Você não precisa ser corajosa como eu, Tzu. Precisa ser corajosa como você. Do seu jeito e no seu tempo — quando Sana se deu conta, já estava bem mais tranquila enquanto a mais nova parecia até mesmo tremer de nervoso. A Minatozaki levou uma de suas mãos ao ombro da outra, tentando manter um contato visual que Tzuyu desviou rapidamente.

— Tem uma coisa que eu quero te contar. Não precisa ficar preocupada e ficar com medo de perguntar, ok? É normal ter perguntas em relação a isso e assim como eu estou aberta a te contar agora, vou estar aberta a responder todas as suas questões.

Sana assentiu, mudando a sua expressão para um semblante de dúvida.

— Eu sou soropositivo — a Chou disse sem complicações, suspirando logo após. — Aqueles remédios que você me viu tomando naquele dia fazem parte do meu tratamento diário. Não, eu não estou adoecendo e isso não vai me matar algum dia, é claro, se eu prosseguir com o tratamento e os cuidados necessários. Agora fica a vontade para perguntar.

— Ok...— Sana desviou o seu olhar, cruzando os braços. — Desde quando você… 

— Desde quando eu sou? — ela assentiu. — Desde o meu nascimento. A minha mãe testou positivo para HIV alguns anos antes do meu nascimento e para a nossa infelicidade, eu carreguei o mesmo no meu DNA. 

— Certo. E como é para você ser soropositivo?

— Sinceramente? No começo era um pesadelo. Imagina como é para uma criança ouvir que se ela se machucasse teria que imediatamente se afastar das pessoas próximas. Eu ouvi muitas coisas banais também, inclusive que se alguém pegasse na minha mão iria contrair o vírus. Lógico que isso não me ajudou a entender que eu não era muito diferente das outras pessoas. Na verdade eu preferi por muito tempo esconder isso de todos porque achei que assim seria melhor. Ninguém iria querer ser amigo de uma pessoa soropositivo, certo? Quem dirá gostar e querer ficar com alguém assim.

— Então essa era a razão para você não querer comentar para a Chaeyoung ou para qualquer outra pessoa?

— Sim. Essa era a razão até eu conhecer você. Você me inspirou a ver o meu diagnóstico como parte de mim, não de uma forma que me torne inteiramente apenas isso. Ser uma pessoa soropositivo é apenas um porcento do que sou, é assim com todas as outras características e assim por diante.

— Eu fico feliz de saber que você pense dessa forma — Sana abriu um sorriso contente. — Mas sem querer desmentir as suas palavras e te desapontar levemente, sempre haverá alguém que vai querer ficar com você independente do que você seja. Essa pessoa te fará se sentir confortável para contar qualquer coisa e quando você menos imaginar vai estar repetindo essas mesmas palavras enquanto pensa nessa pessoa, isso mesmo. Eu queria muito ser essa pessoa para você, Tzu. Eu quero ficar com você. Me dá essa chance? 

A Chou assentiu, abrindo um sorriso desajeitado antes de cortar a breve distância entre os seus rostos, dando a Sana a chance de repetir o ato falho anterior. Assim feito. A japonesa não perdeu tempo para selar os seus lábios delicadamente, movimentando o beijo de forma sutil, enquanto levava as suas mãos até os ombros da maior. O contato se prolongou o suficiente para que fosse cortado por alguns sorrisos calorosos e um olhar mútuo de carinho. 

[...]

No dia seguinte, Tzuyu foi até mais uma das reuniões da AVU disposta a tirar o peso de um segredo tão abrangente de suas costas, Sana lhe deu apoio a todo tempo e ao fim, quando todas já estavam cientes do que a Chou escondia, fora recebida por ovações e um abraço coletivo das garotas mais próximas. O restante da noite fora apenas festa e conversas por fora, pelo menos até a hora da do encerramento e saída de todas.

— Quer ajuda para encerrar as coisas hoje, Nay? — Chaeyoung perguntou, reunindo toda a bagunça das convidadas com ajuda de Momo, Sana, Tzuyu e Jeon Somi.

— Não precisa gente, hoje eu vou deixar as coisas como estão e ir embora mais cedo. Amanhã eu tenho consulta no médico, parece que finalmente vou me livrar desse gesso infernal — a Im riu.

— Se você quiser eu posso fechar aqui — a Jeon disse, atraindo a atenção de todas.

— Faria isso? — Nayeon perguntou.

— Claro! Apenas uma troca de favores. Você pode ir para casa com as meninas e assim ninguém se atrasa.

— Tem certeza que não vai ser um problema para você? 

— Absoluta! Agora vai lá.

— Ok! Obrigada, Somi! — Nayeon agradeceu, recebendo ajuda das meninas para pegar as suas coisas e partir, mas antes deixando um recado claro e sério para a Jeon. — Quando for sair, lembre-se de regular a caldeira e certificar de que ela está estável, ok?

— Tá bom! 

As meninas saíram sorrindo e comentando sobre os seus respectivos dias, enquanto Somi prosseguiu varrendo o chão e secretamente vigiando o momento em que o carro da Hirai partiu para entrar em ação com a sua missão.

Somi nunca foi uma pessoa de caráter duvidoso, pelo contrário, era uma amiga próxima de Chaeyoung e muitas das vezes interagia com o grupo inteiro das garotas. Guardava uma admiração por Im Nayeon e já várias vezes admitiu isso para a mesma. Mas a situação mudou e a Jeon não se orgulhava disso. Desde que fora enquadrada pelo reitor Daewoo passou a refletir nas suas atitudes e só de pensar que estava prestes a trair a confiança de Nayeon, se sentia uma péssima pessoa, uma judas, uma covarde! 

— Você não tá ajudando! — exclamou para os seus próprios pensamentos que insistiam em tentar persuadi-la a parar. — Eu sei que estou errada em fazer isso, ok?! Mas o que posso fazer?! Não quero ser presa! — após estourar consigo mesma, a menina se sentou em uma das cadeiras do mini escritório da Im. 

A sua frente havia alguns papéis importantes como: contas bancárias, recibos e algumas anotações. Entre essas algumas letras de músicas autorais da própria Nayeon. Somi continuou a ler os papéis em busca de algo que fosse do interesse do reitor. Ao seu lado, também sobre a mesa estava o caderno e a caneta dada pelo mesmo. A Jeon parou de buscar quando viu uma anotação particular da Im, algo que dizia respeito a Yoo Jeongyeon e Nancy Mcdonie, sua colega de turma e amiga não tão próxima.

"Diário imbecil, essa é a primeira e talvez a única anotação que eu faço sobre a relação da Jeongyeon e a Nancy: por um grande acaso o casal que eu mesma juntei e agora me arrependo levemente. Diário, você deve me achar a pessoa mais estúpida do mundo por fazer isso mas sim, eu prossegui com o plano de ajudar a Yoo até que ela conseguisse um final relativamente feliz ao lado da garota que ela gosta, ou pelo menos disse gostar. Sou uma idiota por fazer isso mesmo sabendo que infelizmente tenho sentimentos pela Jeongyeon? Sim, eu sou. Mas o que eu poderia fazer? Eu vejo o jeito que elas se olham e parecem entender tão bem uma a outra. Eu nunca conseguiria isso com ninguém, quem dirá com a Jeongyeon! É isso diário imbecil. Provavelmente vou me arrepender demais por ter escrito isso porque essa coisa de estar TALVEZ começando a gostar da Jeong me assusta e sei lá… vou arrancar a página fora e esquecer que já existiu. Diário, eu quero que ela seja feliz, mas também sei que isso não vai acontecer se depender de mim."

— A Nayeon unnie gosta da Jeongyeon… — Somi murmurou ainda chocada com o fato. Ponderou por alguns instantes ainda sentada sobre a cadeira. Até então, guardar a página rasgada do diário da Im em seu bolso e deixar a sala. Fechando a porta decidida a aceitar as consequências por ter vandalizado a universidade e contar sobre a armação de Son Daewon para a AVU.

 Ao deixar o salão, a Jeon se sentia de consciência limpa e feliz por ter impedido que mais uma vez a injustiça se prosperasse. Entretanto, Somi esqueceu do principal: regular a caldeira e garantir que a mesma não ficasse instável a ponto de explodir...


Notas Finais


Estão surpresos? Kshfkdd


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