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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Feels Like Home


Escrita por: PrimmadonaGirl

Capítulo 21 - Feels Like Home


 

A madrugada passava lentamente. Estrelas preenchiam os olhos de Louis, que estava deitado com a cabeça no colo de seu namorado, perigosamente perto de certa área. Era uma daquelas noites que ele gostaria que durasse para sempre. Sinceramente, sentia saudade de sua vida antes da guerra, mais precisamente, antes da expedição de Harry junto das Red Wings à Mysidia. Nem o ciúmes de Zayn era algo tão ruim comparado com o que estava acontecendo agora.

Era tudo tão calmo... suas preocupações anteriores, como o desejo de ter sua carreira de arqueiro levada a sério, pareciam ser minúsculas agora. Não que elas não fossem importantes, mas era como ter sido roubado de sua realidade e ser forçado a batalhar por algo que não era seu - mas que no final, acabou se transformando em sua própria luta.

E, enquanto reflete sobre tais pensamentos, Louis levanta seus olhos para observar a valsa das estrelas, voltando seus pensamentos para o homem perto de si e silenciosamente se perguntando se Harry sente o mesmo.

Ele se pergunta se o homem de olhos verdes às vezes, somente às vezes, sente medo. Se ele sente medo de cair, por mais que não pudesse mostrar tais sentimentos, já que era um Paladino. Se ele achava que eles não tinham chance contra Golbez... Se ele achava que eles iam morrer.

Sinceramente, Louis odiava com todas as suas forças admitir isso, mas ele sentia. Sentia medo de várias coisas, mas, principalmente, sentia medo de morrer. A sensação de deixar aquele mundo para trás sem fazer nada de útil era realmente arrebatadora, e, ao pensar nisso, ele morde fortemente o interior de suas bochechas, em uma tentativa falha de engolir o choro.

Mas não era a morte que todos temíamos, no final das contas?

— Lou. — Harry sussurra, decidindo que era hora de intervir. Estava ouvindo os soluços do namorado faz algum tempo, mas tinha decidido deixar para lá pois achava que o mesmo só queria um pouco de espaço. Ultimamente, era o que todos estavam precisando. — O que houve?

— Nada demais... — Ele funga, fechando seus olhos. — Eu só to com medo.

Ao ouvir tal afirmação, Harry entrelaça seus dedos com os de Louis. Era um gesto silencioso, mas ele esperava que o homem de olhos azuis entendesse seu significado real: eles estariam para sempre entrelaçados, como uma corda e uma âncora no mar.

— Medo de que, exatamente?

— Do amanhã, da morte, de tudo. — Ele suspira, limpando as lágrimas com as costas da mão. Se sentia um tolo por chorar por algo tão bobo. — Quer dizer, estamos indo para o Submundo amanhã de manhã... isso não te assusta?

Harry pausa por um momento, refletindo sobre o que lhe havia sido dito. Realmente, se pensasse por esse lado, o futuro parecia sombrio e sem boas expectativas. Mas o que eles poderiam fazer, afinal? Não era como se pudessem desistir da guerra ou algo do tipo. Seria um ato covarde, algo que o antigo Rei jamais se orgulharia de ver em Baron.

— A morte... — Harry divaga, tentando escolher as palavras certas. — ela é algo inevitável. Não somos Cristais, sabe? Ninguém é imortal. Ela chega para todos, assim como o nascer do sol depois de uma longa noite. 

— O.k... Acho que me perdi um pouco. — Ele ri baixo, mostrando suas covinhas nas bochechas.— O que eu estou querendo dizer é que não há razão para ter medo, uma vez que a morte é algo natural. Alguns irão morrer mais cedo; outros bem velhos. É o ciclo da vida, sabe?   

— Mas e se eu nunca mais te ver? — O outro lambe os lábios, aquela é uma cena divertida para Harry. Não era possível que ele não tivesse medo de nada.— Tipo. Nunca mesmo.

— Mesmo se virássemos estrelas, Louis... — Ele olha para o céu, sua voz é serena como a brisa que soprava sobre seus corpos. — eu viajaria por todo o pó cósmico, só para te encontrar.

Se Louis estava chorando antes, bem, agora ele era um mar de lágrimas. Será que Harry poderia tentar ir um pouco mal no papel da melhor pessoa do mundo?

— Nós iremos ficar bem. — Harry dá um sorriso mínimo, estendendo o dedo mindinho. — Eu prometo.

Porém, ao invés de entrelaçar o seu dedo mindinho com o de Harry também, Louis faz algo não esperado: ele levanta a metade superior de seu tronco, alcançando os lábios do homem acima de si. Sua respiração é pesada ao sentir o gosto dos lábios do outro, afinal, não era sempre que os amantes podiam demonstrar estarem envolvidos romanticamente por conta da tradição real que era mantida por séculos e séculos.

O homem de olhos verdes é surpreendido pela sensação dos lábios finos de Louis encostando nos seus, mas ele logo se acostuma com a situação, tomando as rédeas do beijo e o aprofundando. Línguas se massageiam e mãos exploram todo o corpo do outro; o homem de cabelos curtos logo deixa alguns gemidos baixos escaparem de sua boca. Harry não podia mentir: simplesmente amava as sensações que provocava no namorado. Era realmente excitante ver que ele se contorcia com o mínimo toque de suas mãos.

Sem perceber, Louis começa a ser lentamente deitado no chão, com Harry se deitando sobre o mesmo não muito tempo depois. Eles separam os lábios por conta da falta de ar, Louis retira a franja suada de seus olhos, os lábios estão mordidos e em um vermelho vibrante.

— Nossa. — Louis ri, envergonhado. — Fomos de zero à cem bem rápido.

Harry o cala com outro beijo, eventualmente descendo as carícias: primeiro no pescoço, as quais Louis aproveita com muito prazer, obrigado, e depois sucessivamente para a barriga, até chegar perigosamente perto da linha V do namorado.

Os olhos dos dois finalmente se encontram, com as pupilas dilatadas e tudo o mais. Louis, ao perceber as intenções do outro, dá um pequeno aceno com a cabeça, dando passe livre para o mesmo. Ele levanta seu tronco superior mais uma vez, dando espaço suficiente para Harry conseguir tirar sua blusa de pijama. O material é fofo sobre as mãos grandes do homem, e o pedaço de tecido logo se transforma em uma espécie de travesseiro para o corpo curvilíneo de Louis.

— Harry... — Ele arfa. — você...

— Me deixe cuidar de você, tudo bem?   

E é claro que Louis não consegue deixar de dar um sorriso carregado de ternura, mesmo que aquela situação fosse repleta de luxúria. Se sentia envolto por um amor tão grande que não conseguia nem ao menor medir. Depois disso, tudo que é ouvido naquela varanda do Castelo são gemidos e sussurros, enquanto Harry e Louis provam daquele amor, banhados pela luz do luar.

X

A madrugada passara incrivelmente rápido, e, por isso, não é surpresa alguma para o grupo quando percebem que Harry e Louis estão cheios de olheiras na manhã do dia seguinte. As mordidas presentes no pescoço de Harry só podiam significar uma coisa, mas todos decidem deixar para lá, uma vez que não era problema deles. Quer dizer, quase todos: Zayn abaixa a cabeça e não fala com o grupo pelo resto da manhã após perceber a situação, alegando estar doente ou algo do tipo. 

Continuando, mesmo com Harry e Louis estando cansados e quase dormindo em pé, não é como se eles tivessem tempo para voltar a dormir no meio de toda aquela guerra que acontecia, então resolvem ajudar o resto do grupo de um jeito simples, porém efetivo: iriam procurar por um mapa do mundo na Biblioteca de Baron, e marcar os lugares que poderiam ter alguma relação com a pedra de magma que haviam recebido de Zayn.

Parece realmente surreal ficar procurando sobre pedras mágicas, é o que passa pela cabeça de Harry no momento.

Depois de algum tempo, a tarde já quase se transformava em dia. Seus raios entravam pelas janelas claras, iluminando a grande biblioteca que ficava no andar subterrâneo do Castelo, mas, mesmo com tanto tempo ali dentro, Harry e Louis ainda não haviam achado absolutamente nada sobre a tal pedra.

Realmente parecia ser uma pergunta sem resposta.

— Ah! — Louis exclama distraído com uma caneta presa entre seus dentes, por fim parecendo ter descoberto algo. —Você por acaso foi em Eblan recentemente? Pode haver algo interessante por lá...

— Hum... não. Além disso, ouvi dizer que o Castelo está abandonado. — O outro homem, sentado numa poltrona de veludo vermelho, responde, enquanto folheava outros livros. — O Rei e a Rainha simplesmente desapareceram, eu acho.

— E ninguém sabe sobre o paradeiro deles?

Harry dá de ombros, sem saber se a informação estava cem por cento correta.

— É... e ainda haviam boatos sobre Baron estar na pior. Depois dessa, acho que temos um novo vencedor. — Ele continua, rindo pelo nariz. A desgraça realmente havia se alastrado por todo o mundo, era algo deplorável. — Eu diria para nós investigarmos isso, mas acho que temos coisas mais importantes para fazer, não é?

— É. — O outro confirma, brincando com os fiapos de sua calça. Ficar sem armadura era tão bom e relaxante... era quase como se ele fosse um pássaro que acabou de ser solto, voando por pelos ares afora. — Podemos ver isso outro dia, se a maré abaixar.

— Tá bom. — Louis confirma, logo se esticando para pegar o mapa da mão de Harry. — E você? Achou alguma coisa? 

— Algo sobre uma cidade chamada... Aguarte? — O homem de olhos verdes tenta, cerrando os olhos. — Ah não, espere! Se chama Agart.

— Nome estranho. — Louis profere, como sempre sendo sincero. — Nunca ouvi falar.

— Aqui no mapa diz que lá há um poço. Podemos jogar a pedra nele e ver o que acontece.

Há um breve momento de silêncio, com Louis cerrando as sobrancelhas e parecendo estar numa batalha silenciosa com si.

— Eu geralmente discordaria dessa ideia e te chamaria de estúpido, porém, — Louis por fim diz. — não temos outra opção se não essa. 

— Fala sério, Lou. — Harry debocha. — O poço nem deve ser tão fundo...

O homem de olhos azuis suspira, derrotado.

— Tá bom, já entendi. — Ele dá de ombros. — Afinal, o que pode dar errado, não é mesmo?

X

A cidade de Agart ficava um pouco ao sul dos territórios de Baron, sendo um lugar pequeno e consequentemente não muito povoado. Todas as casas eram iguais, pelo menos por fora: os tetos eram laranjas e as paredes de tijolos marrom claros. Era uma combinação de cores interessante e bem acolhedora, por mais que a população parecesse estar intrigada pela chegada dos viajantes. Contudo, eles não são extrovertidos o suficientes para se aproximar e puxar conversa.

Surpreendentemente, convencer o grupo não fora uma tarefa tão difícil: depois de um tempo, até começam a achar que o raciocínio de Harry fazia sentido, o que faz com que uma risada seja arrancada do homem de olhos verdes ao ver seu namorado bufando em um dos cantos da aeronave. 

É. Inteligência era realmente algo relativo.

O poço fica bem no meio da vila, contornado por alguns arbustos e árvores de porte pequeno, como se tivesse sido usado como um monumento antigamente ou algo do tipo. É Harry quem lidera o caminho, como sempre, e o homem de olhos verdes começa a se perguntar se aquele fato significa algo a mais. Quer dizer, ele não se sentia um líder, por mais que o tratassem como tal.

Ele retira a pequena pedra de seu bolso, a examinando cautelosamente, até que a mesma começa a ganhar outra coloração.

— O que está acontecendo? — Ed se aproxima do amigo, passando a pedra para suas próprias mãos. — Deixe-me ver, por favor.

— Está... brilhando? — É Zayn quem pergunta, realmente confuso. O que estava acontecendo? Será que era um explosivo? As chances da pedra ser uma armadilha até que não eram tão baixas, afinal, Golbez era um cara que quase sempre jogava sujo.

Já com a pedra na mão, Ed comenta:

— Muito estranho. Está ficando mais quente a cada segundo — O homem de cabelos ruivos aponta, começando a dar pulinhos, o que faz com que a pedra voe de sua mão para as mãos de Zayn. — Ai, ai!

— Ai! — O homem berra por conta das queimaduras que estava recebendo. — Pedra do inferno!

E, por um simples descuido, a pedra é jogada dentro do poço.

Os cinco presentes definitivamente eram as pessoas mais azaradas e burras do mundo.

De repente, o grupo começa a sentir um tremor forte. As árvores começam a balançar, fazendo suas folhas verdes caírem e tornar tudo uma bagunça. Magma começa a ser expelido de uma montanha um pouco atrás da cidade, trazendo fumaça e impregnando aquele típico cheiro de queimado no ar.

Quando o pequeno terremoto acaba, há uma cratera enorme e sem fim no meio de algumas cordilheiras.

— Eu não acredito que estava certo. — Harry comenta.

— Vamos acabar logo com isso. — Zayn bufa, já saindo da cidade a caminho da aeronave.

Depois de todos entrarem, o dirigível levanta suas asas de novo, a caminho de algo totalmente novo e desconhecido por todos.

X

Inicialmente, tudo que o grupo consegue ver é uma imensidão de simplesmente escuro. Ed tenta guiar a aeronave para algum lugar que ele julga ser iluminado, e, logo o grupo consegue enxergar normalmente por conta da lava flamejante que conseguia iluminar o local. O sol não alcançava aquele Submundo, tal fato era óbvio. A temperatura era super alta, fazendo com que Louis já começasse a suar.

Depois de algum tempo seguindo para o sul, Harry e Zayn conseguem ouvir o familiar som de hélices se aproximando. Os dois homens se aproximam da borda do dirigível, estreitando os olhos ao tentar aumentar seu alcance de visão.

— As Red Wings! — É Zayn quem consegue indentificar as bandeiras do Reino de Baron.

De um lado, estavam as aeronaves de Baron, e, do outro, alguns tanques de guerra azuis. Disparos começam a ser ouvidos, fazendo com que todo o grupo tenha que se jogar no chão para não ser atingido pelos mesmos.

— Mas quem eles estão lutando?! — Marina exclama.

Mais tiros vindos de ambos os lados são dados, conseguindo até mesmo atingir o dirigível onde eles estavam.

— Vamos lá, bebê... — Ed puxa o leme com o máximo de força que possuia, realmente preocupado. Eles tinham que conseguir sobreviver, eles tinham. — Eu sei que você está machucada...

Mas é impossível controlar as rédeas da situação daquele jeito, então a nave é rápida a começar a cair em direção à terra seca. Alguns momentos depois, tudo que o grupo vê é uma completa e assustadora escuridão.


Notas Finais


Por alguma razão o capítulo tinha repetido duas vezes, mas já concertei. Espero que estejam gostando :)


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