Foi difícil convencer a mãe de Benê a aceitar que ali era o melhor para eles ficarem, mais no final ela cedeu, três semanas haviam se passado deis daquele dia, a casa agora contia o cheiro gostoso do cabelo dela, era fascinante passar pelo corredor e a escutar cantando no chuveiro, anestesiante quando ela dormia no sofá e a segurava em seus braços para levá-la até a cama, era dificil saber que ela dormia no quarto ao lado, mais não podia toca la, sentavam todas as noites na varanda e ficavam olhando o céu a sua frente, o ar puro trazia paz, durante esse tempo eram como uma família, ajudando uns aos outros, a casa sempre em ordem com a colaboração de todo mundo. Quase se roeu em desespero e raiva quando tato apareceu algumas vezes para visitar a menina que parecia casa vez mas entusiasmada com a presença do rapaz, eles passavam horas conversando sentados no chão, as risadas deles eram escutadas por toda a casa, o que ela falava de tão engraçado?. Sua relação com Clara havia evoluído, se encontravam quase todos os dias, apesar da menina mimada e fútil, era uma garota legal. Mais a melhor parte do seu dia era quando ao lado de Benê ia para o galpão todos os dias, ela estava cada vez melhor no piano, as notas saíam com facilidade, era lindo ver o quanto ela se envolvia com a música. Mas infelizmente chegou o dia de se despedir, o telhado da casa de Benê já estava pronto, seu coração caiu, sentiria saudades. Os deixou em casa, sentia os olhos tristes da menina em cima de si, queria entender, decifrar cada mexida de sobrancelha, pedindo permissão a sua mãe a levou para passear, uma sorveteria ali perto seria ótimo.
-Tá tudo bem Benê?
-Não
-O que houve ?
-Sentirei sua falta Guto - os olhos castanhos seguravam as lágrimas que teimavam em querer cair
- ei, vou vim aqui todos os dias ver você - entrelaçou seus dados os apertando, sentiria a falta dela também, a vontade absurda de sentir os lábios dela estava o matando, enquanto o sorvete escorria e ela passava a língua sugando, é algo o intrigou, viu quando ela correu para o quarto a alguns dias, assustada, tato foi embora segundos depois, parecendo afobado, a dor latejava na sua cabeça, não poderia ser
-Benê eu posso te fazer uma pergunta?
-claro
-O tato te beijou?
- sim - disse envergonhada, então era verdade, suas suspeitas estavam confirmadas, como pôde? Como ele pôde? Não ficaria assim, imaginar os lábios dela sendo beijados por outro o matava por dentro, imaginar que àqueles lábios já foram seus, que o gosto dele ficou em sua boca por dias, agora podia ser sentido por outro, não iria aceitar isso .
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