História Gunê Sortudos ( Gadizaski ) - Voce e a lider

DAPHNE P. O. V

 

Eu não tinha conseguido dormir direito durante a noite.

 

Quando eu abri os meus olhos de madrugada, por voltas das duas e meia da madrugada, olhei para o lado e vi o Bruno em um sono tao tranquilo, ele tinha passado a noite toda no hospital. Do jeito que o Bruno era, eu tinha certeza de que ele não tinha pregado o olhos, e mesmo que tivesse dormido, a noite dele não tinha sido boa, afinal o Bruno tinha dormido na sala de espera. Ou seja, em uma cadeira, já que o hospital alem de ser publico não oferecia nem se quer um sofa para os parentes dos pacientes.

 

A dor aumentou quando eu tentei mudar de posicao. – Daphne?! – coloquei a mao no quadril e fechei os olhos respirando fundo – Ei! Tá tudo bem?

- Nao. Ta doendo muito, Bruno. – disse baixo e mais uma pontada forte fez com que os meus olhos lacrimejassem, o choro foi automatico.

- Calma, eu vou pegar o remedio que o medico passou. – ele disse levantando rapidamente da cama.

 

E a nossa madrugada foi mais ou menos assim. O Bruno ficou acordado comigo, pela sua aparencia deu pra notar que o mesmo estava muito exausto, mas ele não pregou os olhos ate que eu fechasse os meus.

 

****

 

Ouvi os passarinho cantando, e abri os meus olhos lentamente.

 

Todos os dias isso acontecia, era como se aquilo foi o meu despertador, eu amava!

 

- Que susto! – levei a mao ate o peito assim que vi a Isabella sentada em uma cadeira olhando pra mim.

- Me desculpa, Minnie. – ela levantou da cadeira e veio na minha direcao – O Bruno tá no banho e pediu que eu não saisse daqui ate que ele voltasse.

- O Bruno e louco? – ri e passei a mao no rosto – Nao precisava acordar tao cedo para ficar aqui comigo, muito menos ele.

- Ele me falou que não conseguiu dormir, mas que ficou muito feliz quando viu você dormindo. Segundo ele, lindamente. – deixei mais uma vez um sorriso escapar dos meus lábios. – Eu acho linda a maneira como ele te trata, mas ainda estou bem chateada com tudo que conteceu.

- Ja passou, Bella. Eu sei que o Bruno errou muito se envolvendo com esse tipo de pessoa, mas infelizmente ele achou que isso seria uma saida. – ela suspirou

- Uma saida que custou bem caro.

- Eu vou ficar bem. – ela sentou do meu lado e beijou minha bochecha.

- Quando a Manoela me contou eu pensei que iria te perder. – ela isso baixo e com os olhos cheios de lagrimas.

- Nao pensa nisso agora, o que importa e que eu estou bem e estou aqui. – segurei na mao dela e beijei nas costas da mesma, quando o celular que a Ana havia dado a Bella comecou a toda. – Voce comprou um chip? – ela assentiu

- Sim, com o dinheiro que você me deu para comprar o lanche.

- Bella, e por que você não me pediu?

- Porque você já tem bastante coisa pra pagar.

- Quem estava ligando?

- A Amanda. Estamos fazendo um trabalho e ela quer saber se eu vou na casa dela hoje.

- Voce vai?

- Nao sei.

- Como não sabe, Bella? Nao e por causa do trabalho?

- Sim, mas eu preciso … comprar algumas coisas, mas não tenho dinheiro. Acho que não seria legal chegar la com as maos abanando.

- Pega na minha bolsa. – sorri de leve – Voce poderia ter pedido ao Bruno e depois eu daria a ele.

- Eu fiquei com vergonha.

- Nao precisa sentir vergonha. – ela assentiu – Antes de você ir pede pra ela anota o endereco da casa dela. Eu sei que você pode não gostar disso, mas eu ficarei mais tranquila. – ela concordou

- Com o que você ficara tranquila? – Bruno perguntou, entrando no quarto já vestido.

- Eu vou fazer um trabalho na casa de uma amiga, e a Daphne pediu pediu que eu deixasse o endereco dela.

- Entendi. – Bella foi ate a minha bolsa e pegou o dinheiro

 

Bruno olhou pra mim e cruzou o bracos, eu nunca me cansaria de admirar o meu namorado. Ok, eu estava doente, mas não estava cega.

 

- Ta tudo bem? Ta doendo alguma coisa?

- Eu estou evitando me movimentar muito, pode ficar tranquilo que estou muito bem hoje.

- Vou deixar vocês, qualquer coisa e só chamar. – assenti

- Ta. – disse e ela fechou a porta.

 

Bruno se aproximou e me deu um selinho rapido, logo depois sentou ao meu lado.

 

- Eu falei com o Alex e perguntei ate quando ele iria precisar de mim.

- E o que ele disse?

- Que só ate o mês que vem, porque depois disso ele não tera dinheiro para pagar os funcionarios. Entao, eu já vou atras de outra coisa porque não posso nem pensar em ficar parado agora.

- Eu tambem. Acho que ate quarta eu vou tá andando normalmente e já voltarei a ….

- Oi? – ele me interrompeu – Voce tá louca?! Daphne, você tem que ficar de repouso e não pode nem pensar em trabalhar desse jeito.

- Eu não quero ficar aqui nessa cama sem fazer nada. – ele negou coma cabeca – Bruno ...

- Nao tem essa de Bruno, já esta decidido.

- Para a minha sorte a semi e daqui a vinte dias, você acha que ate la eu estarei bem? – ele franziu a testa e eu voltei a falar – Eu preciso pelo menos chegar na final para conseguir dez mil. Ai gente pode resolver as nossas coisas por aqui.

- Primeiro, ate la você estara boa. Segundo, você vencera! E terceiro, essa grana e sua e eu não vou aceitar nada.

- A partir do momento em que somos um casal unido e vivemos no mesmo teto, as coisas comecam a funcionar quando '' trabalhamos juntos.'' – fiz aspas – Da mesma forma que você não quer aceitar eu tambem não quero aceitar a sua grana, tem mulheres que gosta disso, mas eu não gosto! Metade, metade.

- Oh mulher dificil! – ele passou a mao no rosto e eu ri

- Voce que e um homem complicado. – Bruno olhou pra mim e aproximou o rosto – Eu sempre estou certa e você sempre esta errado. Por isso que você se rende.

- Na verdade eu me rendo porque se eu não me render você fica sem falar comigo e eu acabo sofrendo por não poder te beijar. – ele me deu um selinho demorado – E eu tambem me rendo porque voce e o amor da minha vida, não posso te perder por uma besteira.

- Ja disse que te amo hoje? – perguntei sorrindo e ele negou

- Ainda não, na verdade eu só estou esperando você falar isso para trazer o seu café da manha.

- Voce preparou o café da manha?

- Com a ajuda da minha cunhadinha, claro. – ri – Agora voltando a parte em que você diz que me ama, poderia repetir?

- Eu te amo muito! – toquei no rosto dele – Voce tá sorrindo agora, mas eu sei que no fundo você esta mal pelos acontecimento e pelo lance da academia.

- A única coisa que importa agora e você. E eu sou o cara mais feliz do mundo por ter você aqui e viva! – ele sorriu e me deu mais um selinho

- Eu te promento que vou fazer o impossivel para vencer! Assim que eu vencer voce sera sócio do Alex. – ele abriu a boca para falar, mas neguei com a cabeca – Depois, você vai me prometer que não vai desistir de ser o lutador mais fodastico do ufc. Vale lembrar que eu não vou ficar o tempo todo nas lutas, mas o lado bom e que se você se aproximar de alguma mulher tera fotografos que …

- Pode aparecer mil mulheres na minha frente, mas se não for você eu não vou querer.

- Voce fala isso porque estamos no inicio do namoro.

- Eu falo isso porque eu nunca senti isso por nenhuma mulher. – ele me deu mais um selinho e a porta foi aberta.

- E … Desculpa atrapalhar, mas a Giovana tá na porta e quer falar com o Bruno. – minha irma disse envergonhada, na certa porque tinha nos '' atrapalhado '' .

- Vai la. – disse e ele afastou o rosto

- Isabella, você poderia trazer o café da Daphne? – ela assentiu – Eu já coloquei tudo na bandeja, basta você trazer.

- Ta.

 

Bruno P. O. V

 

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei fechando a porta

- Eu quem deveria te perguntar, o que aconteceu? Porque eu vi você trazendo a Daphne nos bracos, por acaso ela perdeu as pernas? – passei a mao na nuca e respirei fundo

- Voce veio aqui para me perguntar isso? Olha Giovana, você tá pior que essas tiazinhas fofoqueiras, não acha não? – ela cruzou os bracos.

- A única coisa que eu acho e que quem deveria receber mais atencao sou eu, afinal eu estou gravida. Sabe qual foi a ultima vez que você esteve la para saber como nos estavamos? – ela colocou a mao na barriga

- Voce pode me ligar sempre que estiver …

- Eu preciso de você, Bruno. Ontem eu passei mal e não tinha ninguém para me socorrer. – suspirei – Quando eu desci para falar sobre isso com você, você estava trazendo a sua namorada nos bracos.

- Ela foi baleada, Giovana. Aquilo não era nenhuma cena romantica. – ela riu

- Mal chegou e já esta arranjando problemas! Isso e só o comeco, Bruno. Eu não sei o que deu na sua cabeca para colocar uma estranha dentro de casa.

- Ela tomou um tiro por minha causa. Voce não sabe da historia então não vem falar merda.

- Quer saber, eu quero mais e que você se ferre! E ela que você quer? Pois então fique. Agora depois não venha rastejando pedindo para que eu fique com você porque a ultima coisa que eu vou fazer e olhar na sua cara.

- AMEM! – levantei as maos , como se estivesse agradecendo por ouvir aqui. De fato eu estava. – Demorou, mas a ficha caiu, hein! – ela fechou a cara e me deu as costas

 

*****

 

Os dias se passaram super rapido!

 

15 dias já haviam se passado,, e a Daphne estava 95% melhor.

Quando ela conseguiu ficar de pe sozinha quis logo ir trabalhar, mas depois de uma longa conversa ela acabou me escutando.

 

Eu passei no trabalho dela e expliquei toda a situacao para o patrao da Daphne e ele acabou entendendo tudo e, falou que ela não precisava se preocupar porque o emprego continuaria sendo dela.

 

Durante esses dias em que a Daphne ainda estava de cama, acho que foi mais doloroso pra mim do que pra ela. Porque era dificil passar noites e mais noites vendo ela chorar, muitas vezes a mesma chorava baixo para que eu não escutasse … Era dificil ver a mulher que eu amava ali, chorando de dor e não poder fazer nada. Em alguns momento os remedios faziam efeitos, mas quando a dor era mais intensa a Daphne ficava mais ou menos vinte minutos chorando de dor.

 

- Nem parece que você levou um tiro! Como e que você consegue dancar desse jeito? – Ana perguntou, e a Daphne mordeu os labios.

 

Durante os ultimos ensaios, eu quis vir junto com a Daphne, mais por conta do horario.

Eles não tinham ensaiado tanto, então ficavam mais tempo nos ensaios e não tinham hora para voltar.

 

Depois que ela ficou boa, a primeira coisa que quis fazer foi MONTAR UMA COREOGRAFIA. Teve uma noite que a gente acabou discutindo porque ela queria ficar a madrugada montando varias coreografias, que segundo ela não estavam perfeitas.

Ela chegava cansada do trabalho e eu não achava justo que ela tivesse poucas horas de sono, fora que eu havia percebia que a Daphne estava se cobrando muito com ela mesma.

 

 

- Agora e uma semi, eu não sei se essa coreografia tá tao boa. – Daphne colocou a mao na cintura e suspirou. – Eu acho melhor eu pensar em outra.

- Voce esta de brincadeira? Daphne, essa coreografia esta otima! – Ana disse e todos assentiram

- Tem que tá perfeita! Estamos indo pra uma semi, não podemos ir com qualquer coisa.

- Mas não e qualquer coisa? Isso esta bem original.

- Voce acha mesmo Maycon? – ele assentiu e se aproximou dela, acho que aquilo não era necessario. Pra que ficar tao perto?

- Acho.

 

( … )

 

 

Enquanto caminhavamos a Daphne fazia alguns passos da coreografia e aquilo estava comecando a me incomodar. Porque a gente mal tinha se falado e eu estava sentindo falta dos beijos dela.

 

- Daphne, o pessoal concordou com a coreografia.

- Eu sei, mas eu preciso mandar muito bem dessa vez. – ela disse, ainda dancando.

- Eu sei. – parei de andar e fiquei na sua frente – Mas desde que você voltou a andar que vem se cobrando muito.

- Se eu não me cobrar como acha que vou ganhar? Bruno, a depende disso. A nossa vida pode mudar! – umedeci os lábios e segurei no rosto dela.

- Isso e o seu sonho, e agora parece que você esta fazendo isso pela grana.

- Envolve tudo. – ela encolheu os ombros

- Eu sei. Mas não deixa isso mudar o rumo das coisas, ok? – ela assentiu – Nesses ultimos dias você se afastou mais de mim e eu to sentindo a sua falta.

- Desculpa.

- So te desculpo se você me der um beijo e parar de dancar por hoje. – ela suspirou e assentiu

- Ok. – ela colocou os bracos em volta do meu pescoco e ficou na ponta do pe para poder me beijar – Agora vamos pra casa? Eu estou muito cansada.

- O que acha de receber uma massagem relaxante do seu namorado?

- Eu acho que vou amar – sorri e dei mais um beijo dela, logo depois fomos para o nosso apartamento.

 

Daphne P. O. V

 

Abri os olhos e levei alguns segundos para perceber que o dia da apresetacao havia chegado.

Para a minha sorte o meu patrao havia dispensado todos os funcionario.

 

Levantei da cama e fui escovar os dentes. Quando fui para a cozinha, encontrei um mesa linda!

 

O Bruno tinha preparado um café da manha de princesas pra mim e eu não soube nem como agir diante de tudo aquilo.

 

Ele era um namorado bem esforcado, muito carinhoso comigo e por ele, ele fazer ate o impossivel por mim. No comeco do nosso relacionamento eu não notava muito, mas agora convivendo com ele eu via todo o seu esforco.

 

- Bom dia! – ele veio na minha direcao, segurando uma rosa assim que ficou na minha frente me entregou a mesma.

- Nao precisava de tudo isso. – sorri e ganhei um selinho rapido

- Logico que precisava. Isso e só o comeco, depois que eu voltar do trabalho vamos da uma volta para você ficar calma. – ele puxou a cadeira pra mim e eu sentei

- Eu não posso. Preciso e ver se esta tudo ok com a Ana.

- Sim, mas pra você fazer isso precisa fica tranquila tambem. Agora vamos comer porque eu estou morrendo de fome.

- Cade a Manu e a minha irma?

- Eu dei uma grana para a Manoela comprar umas coisas pro bebe. Ela ficou bem animada e arrastou a Isabella. – coloquei os cotovelos na mesa

- O filho nem e meu e eu estou bem ansiosa para saber se sera menino ou menina. – ri – Eu tambem estou ansiosa para saber se o filho da Giovana e menino ou menina. – ele ergueu a sobrancelha

- Nao me olhe desse jeito, a crianca não tem culpa de nada.

 

*****

 

O meu dia com o Bruno tinha sido super agradavel.

Nos passeamos, e eu posso dizer que ele conseguiu me fazer esquecer tudo, ate mesmo o meu nervosismo.

 

Mas assim que chegamos no local da apresentacao, eu já comecei a encontrar problemas em tudo.

 

- Cade o Maycon? – perguntei pela quinta vez a Ana

- Calma, ele já esta a caminho. Nos somos o ultimo grupo, então esta de boa. – ela respondeu enquanto passava a sombra.

- Nao podemos ficar de boa, Ana. – passei a mao no rosto e olhei em volta. Encontrei todo mundo, menos a Gabi.

- Cade a Gabi? – perguntei tirando a mao do rosto – Ela não estava aqui?

- Ela disse que ia no banheiro. – alguém disse atras de mim e eu assenti indo me arrumar.

 

Alguns minutos se passaram e nada da Gabi aparecer, isso já foi motivo o suficiente para eu ir atras dela.

 

Cheguei no banheiro e bati algumas vezes na porta, mas nada da porta abri.

 

- Gabi, você esta ai?

- Sim. – ela disse com uma voz embolada, aparentemente pelo choro e eu abri a porta, que estava aberta. Ela estava sentada no chao, com o rosto vermelho

- Ei, o que aconteceu com você? – me ajoelhei e sentei ao seu lado.

- Eu não vou conseguir. – ela voltou a chorar e eu senti um cheiro bem forte na cabine ao meu lado.

 

Levantei e fui ate a cabine, engoli seco ao ver o que estava bem na minha frente.

 

- Gabi …

- Eu não consigo. – ela disse ainda chorando e eu passei a mao no rosto – Eu não consigo parar de comer, Daphne. Nao posso mentir pra você.

- Voce passou mal? – ela negou

- Eu vomitei.

- Por que você … – lembrei das coisas que a Julia disse a ela e suspirei – Voce fez isso por causa da Julia?

- Nao e só ela, Daphne. Ate hoje ninguém me quis, quem e que vai querer ficar comigo? Eu ainda não sei o porque de você me manter no grupo.

- Porque você e boa! Gabi, você tem que se aceitar e não se importar com que as pessoas acham de você. Voce não esta fazendo mal a ninguém, não tem que se culpar. – ela abaixou a cabeca

- Falar e facil.

- Falar e facil? – neguei com a cabeca – Tem muitas pessoas magras que sofrem preconceitos por serem magras, Gabi. E tem muitas pessoas gordas que sofrem por serem gordas. Se você quer emagrecer, e um direito seu, mas que isso seja porque você quer e de forma saudavel. As pessoas nunca estarao satisfeitas, vai por mim. Voce pode ficar seca e elas vao dizer : Nossa! Mais ela emagraceu! Era melhor ficar gordinha. Entao não va pelo que os outros te falam. – ela enxugou as lagrimas – Voce e linda! – sorri e ajudei ela a enxugar as lagrimas.

- Voce acha mesmo?

- Acho. E tenho certeza que vai aparecer uma pessoa legal na sua vida.

- O Bruno demorou para a aparecer na sua vida?

- O Bruno apareceu por acaso. – ri – E sim, ele demorou. Nao queira agilizar as coisas, eu fiz isso e quase me ferrei. – ela franziu a testa – Eu não quero falar sobre isso, ainda mais agora. – suspirei e ela assentiu

- Entendi.

- Agora vamos? – levantei e estendi a mao para ela, logo depois ajudei a mesma a levantar.

- Eu não sei se consigo me manter de pe. – ela olhou para a cabine, onde estava melado tudo de vomito e eu assenti

- Relaxa, eu trouxe algumas coisas para comer. – ela ergueu a sobrancelha – O que? Eu sempre fico morrendo de fome quando as apresentacoes acabam. As vezes o Bruno comprar cinco coxinhas e só come uma, ainda sim porque eu obrigo. – ela riu e eu fiz o mesmo.

 

Assim que saimos do banheiro, demos de cara com a Ana e o resto do pessoal.

 

- O que foi? – perguntei e ela deixou algumas lagrimas cairem – O QUE FOI, ANA?

- O Maycon …

- O que tem o Maycon?

- Ele sofreu uma acidente.

- Mas ele esta bem? – ela assentiu

- Sim, ele me ligou e falou que só sera liberado amanha, mas tera que ficar uns dias acamado.

 

Todos olhavam pra mim como se eu fosse Jesus e pudesse fazer um milagre a qualquer momento.

 

- O que você vai fazer? – Julia perguntou e eu encolhi os ombros

- Nao posso fazer nada.

- Voce e a lider! – ela disse seria

- Sim, eu sou a lider, mas não posso fazer nada agora.

- O que? Quer dizer que a gente nadou e vai morrer na praia?

- Eu não sei se você ouviu, mas a Ana falou que o Maycon sofreu um acidente.

- Sim, mas ela tambem falou que ele esta bem. – ri debochada

- Eu ouvi isso, mas não posso fazer nada.

- A gente tem que entrar no palco e …

- Se a gente entrar no palco sera dois pontos a menos, isso se eles não nos desclassificarem.

 

 

 

 

Continua …