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História Há tanta vida lá fora - Aproximação


Escrita por: ykosik

Notas do Autor


Fiquei super feliz quando vi os 4 favoritos, tudo é uma novidade aqui pra mim, se você está acompanhando me fala o que está achando, vou adorar ♡

Capítulo 7 - Aproximação


Fanfic / Fanfiction Há tanta vida lá fora - Aproximação

Se passaram vinte minutos, terminei meu drink e fiquei pensando jogada nesse sofá fofo – Por que estou aqui? – a resposta é simples, não importa quem seja, eu conheço essa dor, é outro ser humano, eu não poderia apenas dar as costas se sei exatamente como ele está se sentindo.

Me levantei – Ok, o que posso fazer pra ajudar – é difícil, mas deve ter alguma coisa, fui até a geladeira e como suspeitei não tem nada que não seja alcoólico ou congelado.

Ao lado na bancada tem o número de vários restaurantes, liguei pra um de comida caseira que tem aqui perto.

Assim que terminei o pedido o Murilo apareceu, com certeza ele se acabou de chorar no chuveiro – Eu pedi comida – disse sorrindo pra ele.

- Você é incrível – ele falou tentando parecer melhor do que estava antes do banho.

- Vai ficar tudo bem, tenta não ficar tão mal, eu mergulhei num abismo profundo quando perdi minha avó, não quero te ver assim – fui o mais sincera que pude, olhando nos olhos vermelhos dele, que pegou com carinho minha mão e me puxou devagar pra um abraço. Ele ergueu uma das mãos e levou até o rosto, com certeza secando as lágrimas, apertei mais o abraço e ele se aconchegou em mim.

- Pode chorar, não tem problema – falei fazendo carinho no cabelo dele.

Ele me soltou um pouco e me olhou nos olhos – Não sei o que te falar Ya e nem como agradecer, eu to perdido – ele disse tentando segurar o choro.

- Sabe do que você precisa? – falei baixinho.

- Uísque? – ele disse franzindo as sobrancelhas eu sorri com a carinha que ele fez e balancei a cabeça negativamente.

- Que alguém cuide de você –.

- Nesse caso, tenho certeza que não tem ninguém melhor do que você pra fazer isso – lembrei que o Bruno queria vir, mas ele não ia conseguir deixar o Murilo relaxado com essa situação, ou iria?

- Pode até ter, mas no momento o que tem é a Ya aqui – falei erguendo as mãos – Ah o Bruno quer vir pra cá –.

- Eu sei, só não acho que seria uma boa ideia, ele não deve estar bem também – por um lado ele tem razão.

- Tudo bem, depois eu falo com ele, vem vamos sentar – peguei no pulso dele como se fosse uma criança e o puxei até o sofá.

Pouco tempo depois a comida chegou, estava deliciosa, era cedo pra jantar, mas parecia que o tempo havia parado lá fora. Eu estava fazendo bem a alguém e nada mais precisa importar.

Depois que comemos o Murilo foi para o quarto escovar os dentes, eu usei o lavabo mesmo, sempre andei com uma escova na bolsa.

Fui até o quarto e ele estava sentado na cama olhando pro chão – E se a gente conversar um pouco? – falei me sentando ao lado dele e o empurrei pro lado.

- Parece que eu não tenho escolha – ele disse me empurrando de volta, como sou mole me joguei com as costas na cama, ele deitou do meu lado e começou a fazer carinho no meu rosto – A umas horas atrás eu daria tudo pra te ter na minha cama, agora eu percebi o porquê de nunca ter conseguido, não conhecia esse seu lado, você é incrível, obrigado por estar me ajudando, de verdade – eu sorri feito boba enquanto ele falava, não esperava por isso.

- Nunca conseguiu? Eu estou aqui, não estou? – falei colocando uma das mãos na nuca dele, ele sorriu de lado e se aproximou, selando nossos lábios num beijo leve, com carinho. Ele se afastou de novo, olhou nos meus olhos e me abraçou.

Ficamos assim em silêncio por um bom tempo.

- Quer deitar direito? – me perguntou se levantando – Tá ruim ficar assim – ele fala com razão, estamos na metade da cama com os pés pra fora.

- Você tem algum shorts que serve em mim? – perguntei olhando pras minhas pernas, logo no dia que resolvi usar jeans.

- Devo ter – foi olhar no closet ao lado do banheiro e voltou uns minutos depois com uma bermuda que posso ajustar o tamanho da cintura pela cordinha.

- Obrigada – peguei e fui vestir no banheiro.

Sai desfilando pelo quarto – Ficou muito bom não ficou? – falei fazendo várias poses e ele riu me olhando como se eu fosse algo precioso, eu parei de brincar e o fitei tentando entender.

- Você ficaria linda usando até um saco de batatas – eu joguei o cabelo pro lado e nós rimos juntos.

Ele puxou o edredom da cama pra baixo e eu fui me deitar ao seu lado, nós conversamos um pouco, rimos muito e eu como sempre peguei no sono rápido.

Acordei de madrugada com ele saindo da cama, me virei pro outro lado e tentei voltar a dormir, sem conseguir é claro, já fazia uns minutos que ele se levantou e eu fiquei com medo de ficar sozinha, é uma casa estranha, tenho medo sim.

Me levantei e corri pra ascender a luz do quarto, será que ele foi chorar? Acho que não, fui até a sala e nada.

- Murilo? – o chamei me sentindo uma boba.

Entrei em outro quarto, liguei a luz e lá estava ele, deitado.

Ele abriu os olhos devagar por causa do clarão – Yasmin? – ele se sentou – Tudo bem? –.

- Não, o que você tá fazendo aí? Porque me deixou sozinha? – falei indo me sentar ao lado dele, ele riu e me abraçou.

- Está com medo? – me perguntou fazendo carinho no meu cabelo.

- Aham – pensei que ele fosse rir, mas se levantou me puxando e voltamos para o quarto dele.

- Deita primeiro, vou esperar pra apagar a luz – eu sorri pra ele e corri pra cama, como se estivesse com 7 anos de novo.

Ele veio e se deitou, agora mais perto, passando seu braço por mim, me deitei no seu peito e ele voltou a fazer carinho no meu cabelo.

- Ya? –.

- Você acha que sou uma boba né – falei baixinho.

- Não – ele disse apertando minha bochecha – Como eu disse, eu daria qualquer coisa pra te ter aqui comigo, você me fascina desde as primeiras vezes que te vi Yasmin. Achei melhor ir pro outro quarto porque não queria que pensasse que estou me aproveitando, eu sei que me vê como um idiota. Sabe na maior parte do tempo eu sou, fui criado sem meus pais por perto, sem ter responsabilidade com a maioria das coisas, pessoas... não quero jogar essa atenção toda que me deu hoje pelo ralo –.



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