História Hacker Love - (BTS - Park Jimin) - Capítulo 47

- VOCÊ AINDA É DE MENOR E AINDA RESPONDE A MIM! – o avô de Jimin estava gritando, apenas porque era o jeito normal dele falar. Mas se Jimin de início estava com medo de que Gabriela entendesse aquilo como sendo algo grave, logo depois que ele começou o seu argumento, ela deu uma piscadinha pra o namorado mostrando a ele que tinha entendido bem como aquele senhor era. – NÃO PODE TRAZER MENINAS PRA SEU QUARTO! 

JM – Vovô, ela é minha amiga já faz bastante tempo!

- NÃO PODE! NÃO PODE E NÃO PODE! É CONTRA AS MINHAS REGRAS!

Jm – Nunca falamos sobre isso nas regras vovô!

- ENTÃO VOU COLOCAR AGORA! 

Jimin não sabia se ria ou se permanecia sério. Ele suspirou olhando de uma forma mais informal pro avô que em momento nenhum, falava voltado pra Gabriela. 

JM – Tudo bem. O que te incomoda nisso vô?

- O QUE ME... Ahhh. Seu PIVETE! SEU INCONSEQUENTE!

JM – Gabriela é de minha série. Somos amigos e gostamos das mesmas coisas. Inclusive... – Jimin olhou pra Gabriela com olhar divertido. E meio que ela arregalou os olhos com medo do que ele poderia causar no avô se falasse algo... – Ela é atualmente, a número um da escola então vem aqui pra estudar comigo vez ou outra!

- Número um? – Gabriela sentiu o alívio pairar sob o olhar do avõ de Jimin na mesma hora. 

JM – É!

- E porque você não é o número um? A única coisa que faz é estudar!

JM – É difícil. Quando se tem uma concorrência como a Gabriela!

Ela sorriu o máximo que pode. Mas sentiu que apenas sua boca tinha se movido. Quando o senhor a mirou, com os olhinhos pequenos e enrugados ela sentiu o estômago gelar. 

GB – Por favor não o culpe por isso. Eu também só faço estudar, e definitivamente, sou melhor que qualquer um naquela escola. Não é culpa dele! 

Jimin arregalou os olhos pra Gabriela, que apenas o encarou divertida. 

- HÁ! Ouviu isso seu pivete? – o avô apontou pra Gabriela e depois pro neto. – Ela é melhor que qualquer um. Até você!

JM – Você só tem estudado mais do que eu!

GB – Estranho. Temos feito praticamente as mesmas coisas o tempo inteiro. Não é culpa minha se você deixa de estudar pra ficar dormindo, puxando papo com quem não quer falar contigo pelo celular, jogando ou discutindo com a cozinheira!

Jimin riu suspirando. Virou o rosto pra parede. Estava formulando todo tipo de resposta na cabeça. 

- VOCÊ NÃO MUDA NUNCA SEU PIVETE!

JM – Ela está exagerando!

GB – Estou?

JM – Está!

- Não fale assim com ela. Não é ela que está em sétimo lugar!

Jimin afiou o olhar pra Gabriela e apertou os lábios pra mostrar o quanto tinha reprovado aquilo. Mas Gabriela apenas ergueu a sobrancelha pra ele. 

- Se ela não viesse aqui vez ou outra, duvido que estivesse entre os dez da escola ainda!

Foi quando Jimin sacou qual foi a jogada dela. E pegou Gabriela rindo debochada pra ele, nas costas do avô. 

JM – Ainda vamos discutir sobre isso?

- Se ela está te ajudando a ficar entre os dez da escola, então eu sou obrigado a abrir uma exceção! – Ele virou pra Jimin apontando pra ele. – MAS QUE ISSO NÃO SE ESPALHE... NÃO QUERO GAROTAS ENGRAVIDANDO DENTRO DE MINHA CASA!

JM – VOVÔ! – Jimin gritou quase como se repreendesse o avô pelo que tivesse dito, e Gabriela resolveu levar aquilo como um tipo de bobagem de gente idosa. Era melhor.

- Se ainda não teve aulas de anatomia, eu posso te explicar o que acontece quando garotos como você fazem besteira!

JM – NÃO SOU UM BEBÊ, SEI COMO ESSAS COISAS FUNCIONAM...

- Então se já sabe, não faça nenhuma besteira!

GB – Não precisa se preocupar com o Jimin em relação a isso senhor Park. Tenho certeza que ele foi muito bem instruído e não é um garoto vil e sem princípios. Se eu desconfiasse de qualquer atitude dele, jamais viria aqui. Pode ter certeza disso!   

O avô virou apenas o rosto pra Gabriela, como se a estivesse estudando. Mas Gabriela sabiamente apenas sorriu pra ele. O velho rabugento, virou mais uma vez pro neto e andou até a porta com dificuldade. Dessa vez, Jimin não se mexeu pra ajuda-lo. Tinha se chateado com o que o avô tinha dito. 

- Como poderia ter certeza disso menina?

JM – Para com isso vovô...

GB – A única certeza que tenho na vida, é que vou morrer um dia senhor Park! – O velho pela primeira vez olhou pra Gabriela com as feições soltas e sem emoção. – O resto, é pura dedução! E como já passei por algo negativo nesse sentido, e aprendi, deduzi que não era o caso de Jimin! 

O velho olhou pro chão, como se tentasse entender exatamente do que se tratava aquelas palavras de Gabriela. Em contra partida, Jimin estava olhando Gabriela sério e apreensivo. Aquilo praticamente tinha sido uma direta que ele não tinha curtido nada de ouvir. 

GB – E também não gosto que duvidem de minha integridade!

Agora Jimin engoliu em seco. Se sentiu absurdamente culpado pelo que estava acontecendo. Mas a verdade é que Gabriela queria apenas, que o avô dele entendesse, que ela estava ali porque ela queria, independente do motivo e que ela era responsável. 

Ele poderia se complicar com as asneiras que falava se não tivesse perto de alguém que o repreendesse. 

- Eu já entendi! – Ele falou rabugento, SEM OLHAR PRA Gabriela.

JM – Por favor, não volte a falar assim com ela!

- Eu já entendi pivete! – Ele voltou a andar. E Gabriela percebeu no tom de voz, apesar de falar de forma bruta, que ele estava se sentindo culpado. – Vou dormir. Amanhã tenho que voltar pra China! Ahhh. Detesto aquele lugar!

Ele começou a subir as escadas. Devagar e cansado. Mas quando estava no segundo degrau, Jimin o pegou pelo braço.

JM – Tem um elevador aqui vovô. Ou já esqueceu?

- Ainda tem esse elevador? – Porque não o vi lá me cima?

JM – Colocamos uma parede falsa na frente. Ginger que fez o projeto. É uma forma de ter por onde escapar sem que vejam. 

- Inteligente. Muito inteligente esse Ginger!

Gabriela ficou olhando, surpresa, Jimin abrir a parede do nada e dar de cara com um pequeno elevador ali. 

Quando as portas estavam prestes a fechar os olhares dela e de Jimin se cruzaram. Ele parecia aflito, e ela estava surpresa. Apenas. 

Ela sentou no sofá sem entender direito o que tinha acontecido ali. 

GB – É claro que ele tinha um elevador. Porque eu estou surpresa! – Ela falou pra si mesma em voz alta pra tentar ajudar a se reencontrar com sua sanidade. – Meu Deus!

Ela ficou ali esperando Jimin voltar. Olhando a parede. Pensando em quantas entradas secretas aquela casa deveria ter. E ela conhecia apenas uma atualmente. 

JM – Gabi?

Jimin a chamou a tirando de seus devaneios. Ela com o susto de escutar ele a chamar, acabou levantando. 

GB – Oi!

JM – Você ta bem?

GB – Tô. Só... tava pensando... besteirinha!

JM – Não julgue mal meu avô. A medicação que ele esta tomando, anda afetando a cabeça dele. 

GB – Não se preocupe com seu avô. Eu não faço pré julgamentos. 

JM – Ah. Obrigada!

GB – Acho que se ele tivesse me conhecido de outra forma, poderíamos até ter virado amiguinhos!

JM – Bem capaz mesmo. Ele adora quando me detonam. 

GB – Eu percebi!

Os dois riram. 

Mas então Gabriela entendeu que aquilo tudo já tinha sido bastante coisa. 

GB – Acho melhor eu ir embora. Já tive aventuras demais pro sábado. 

JM – Aventuras?

GB – Eu só achei que viria aqui dizer que queria ser sua namorada e depois voltaria pra casa. Absurdamente feliz ou absurdamente triste. 

JM – Não sei como poderia voltar pra casa absurdamente triste, se veio aceitar uma proposta e não fazer uma. 

Gabriela sorriu boba pra ele. Realmente. Não queria ter que entrar em algum assunto desagradável agora!

GB – É. Bobagem a minha! – Ela falou simples. 

Jimin aproveitou a baixa da guarda pra se aproximar dela, a puxar e a abraçar. 

JM – Como se trata de nós dois, acho que nosso dia 1 foi até aceitável!

Gabriela sorriu forte com aquilo. E se afastou um pouco dele pra poder encara-lo.

GB – Bom, ninguém esta internado, nem morreu! Acho que fomos muito bem! – Ele sorriu junto com ela. 

JM – Desculpe pelo meu avô!

GB – Tudo bem! Vamos trabalhar pra melhorar isso no futuro! É o primeiro parente seu que conheço, não quero que os próximos sejam disso pra pior. 

JM – Não vou deixar que seja. 

Ao invés de responder. Gabriela apenas se aproximou de Jimin, dando um intenso selar nos lábios de Jimin. 

Depois se afastou dele devagar e PEGOU A BOLSA DELA com sua roupa suja!

GB – Eu preciso ir. Tenho que estudar pra prova de segunda!

JM – Sério? Não diga! – Ele falou rindo um tanto triste em ve-la se afastar!

GB – Você deveria fazer o mesmo. Até onde acompanho, sua pior nota é de química orgânica!

JM – Você está me espionando?

GB – Nossa notas ficam expostas pra todo mundo ver seu panaca! – Ela subiu um degrau de ostas, enquanto olhava pra ele rindo. 

JM – Mesmo assim. Se sabe que essa é minha pior nota, é porque perdeu tempo comparando!

GB – Isso não é perda de tempo, é avaliação da concorrência!

JM – Achei que não quisesse ser a primeira da escola!

 GB – A possibilidade de morar sozinha quando ficar maior de idade, e entrar na faculdade me fez mudar de ideia!

JM – Espera... – Jimin correu pra escada quando a perdeu de vista! E gritou pra que ela a ouvisse. – É ISSO QUE VOCÊ VAI GANHAR SE CONTINUAR EM PRIMEIRO?

GB – Eu já tinha te dito! 

JM – Não com essas palavras! – Gabriela chegou no último degrau, e virou pra Olhar Jimin de cima. 

GB – É. É isso o que eu ganho se continuar em primeiro até o final do ano! 

JM – Eu estou disposto a fazer qualquer coisa pra te ajudar então!

Gabriela gargalhou com aquilo. Ela ajeitou a bolsa nas costas, e o encarou pela ultima vez até sair da vista dele. 

GB – Comece parando de me atrapalhar nos dias que preciso estudar!

JM – Eu não te atrapalho! Mal nos falamos essa semana. 

GB – Talvez esse seja um problema!

...

Gabriela saiu se escondendo do avô de Jimin. Mas o velho estava em seu quarto, com Gong em seu encalço. 

- Quem é ela?

GO – Uma amiga do Jimin!

- Apenas amiga? 

Gong soube pela senhora Kim o que os dois tinham acabado de protagonizar na chuva minutos atrás. Mas ele não queria espalhar qualquer coisa que preocupasse a velha cabeça do patrão. 

GO – São bons amigos. 

- Ela esconde alguma coisa!

GO – Não deveria se preocupar com a jovem Gabriela. É um doce de menina. E faz muito bem a amizade dela para o Jimin!

- Mesmo assim. Ela esconde alguma coisa! Ela disse algo que não saiu de minha cabeça!

GO – Com todo o respeito senhor Park... – Com os anos de serviço, Gong era muito mais que apenas um empregado da família. Havia virado um tipo de confidente, e alguém com que o patriarca costumava ter sinceras conversas. – Não deveria gastar os poucos neurônios de sua cabeça preocupado com o que uma garotinha de 16 anos tenha dito. 

- NÃO ME TRATE COMO UM VELHO!

GO – Mas o senhor de fato o é!

- MAS SOU SEU PATRÃO. SEU DESAFORADO! 

O velho começou a tossir e o senhor Gong, rindo, pegou um copo de água e o entregou. 

GO – Não se preocupe com Gabriela. O que quer que a envolva, está sob meus cuidados agora. 

- Eu sei... – Ele voltou a tossir. – Que tem algo com ela. 

GO – Já disse pra não se preocupar. Agora durma! Ou quer que eu diga ao piloto que o senhor adora freiadas bruscas na hora do pouso. 

- ORAS, SEU FILHO...

GO – Boa noite senhor Park!