POV Daryl
Aquilo tinha de ser um sonho. Ah, sim, um sonho daqueles, do tipo que você acorda pensando em que tipo de merda você andou cheirando no dia anterior para ter sonhado com aquilo. Ou talvez com que tipo de entidade macabra você andou mexendo, se estrepando e acabando com uma maldição cravada na bunda.
Aquilo tinha de ser uma maldição.Sim, algum retardado com certeza andou cutucando o capeta com vara curta (e bom, você não cutuca o senhor das desgraças e das coisas ruins com a vara curta) e ele, como uma pessoa (coisa, entidade, exu, vai saber) extremamente misericordiosa, mandou embrulhado em um daqueles saquinhos de presentes escrotos que as suas tias te davam cuecas enroladas num sabonete, um vírus filho da puta que acabou com mais da metade da população do planeta.
Aquilo tinha de ser uma piada. O universo tem senso de humor, como dizem, só que é mórbido. Eu nunca entendi nem a metade das coisas que existem nesse mundão , e depois de ver pela primeira vez aquelas coisas doentes comendo os meus vizinhos e mais um monte de gente eu realmente desisti de entender a piada. Nunca fui muito bom com essa coisa de chacota com a minha cara, e após ver Harley quase ser morta eu parei de achar muita coisa engraçada.
Acho que nunca mais darei uma gargalhada na vida, afinal você só faz isso quando está relaxado o suficiente para ver graça em alguma coisa. No momento, no entanto, eu estou mais tenso que uma corda esticada, querendo mais do que tudo enfiar Harley em uma bolha e deixa-la lá sob a minha supervisão.
É incrível como essa garota me tira dos eixos e me deixa doido - ainda mais depois de tê-la beijado. Quase não tivemos tempo de sair inteiros daquela porcaria de Wallmart. Fiquei tanto tempo com a boca colada na dela, em um ambiente fodidamente sujo por marcas e gosmas de zumbi, que quase demos de cara com outra horda ridiculamente grande. Fugi dali aos tropeços, com Harley no meu colo( eu não deixaria que ela desse nem mais um passo sozinha) e rezando para que o carro não demorasse mais do que dois segundos para dar a partida.
No fim, consegui nos tirar dali e nos enfiar na autoestrada de novo, de volta para a prisão. Não quero mais saber de rondas por hoje, nem de ficar tentando pegar de surpresa os homens daquele governador, como uma ratoeira. Quero apenas voltar para aquilo que agora chamamos de casa.
É noite. Encaro Harley pelo canto dos olhos. Estamos há algumas horas dentro do carro e ela continua na mesma posição: um amontoado de braços e pernas e cabelo e roupas, como uma bola. O acontecimento no hipermercado deve ter sido ainda mais assustador para ela. Vendo – a desse jeito, lembro-me da nossa infância e isso parece soar um alarme de coisa ruim dentro de mim.
Lembro-me de uma das milhares de vezes que meu velho tentou bater nela, e consequentemente em mim. Ela não tinha feito nada demais, apenas tinha tentado se aventurar pelo quarto daquele escroto sem que ele visse. Ingênua, deu alguns passos por ali –ela disse que fez apenas isso- e ficou por alguns segundos, tempo o suficiente , porém, para que seu cheiro ficasse no ar e fosse notado pelo Dixon mais tarde. Eu e Harley estávamos na cozinha quando ele apareceu berrando e jogando as coisas no chão. O nome dela saia com nojo da boca dele e eu, automaticamente e prevendo a violência que se seguiria, coloquei-a atrás de mim. Meu pai pegou a primeira coisa que viu na frente e lançou em nossa direção. A faca deu muitos giros velozes no ar, parou ao meu lado fincada na pia e prendeu a manga da minha blusa. Harley gritou em horror, querendo fugir, mas foi até mim e tentou me puxar para sair de lá, enquanto aquele desgraçado caminhava com mais daquelas coisas em punho. Quando viu que não daria tempo de corrermos (nunca dava) ela se agarrou nas minhas pernas e se encolheu como um rato fugitivo, tentando se proteger e proteger a mim. Nunca esquecerei do pânico em seus olhos antes de Merle chegar e tirar as facas e garfos e objetos afiados das mãos daquele cara.
Por falar em Merle, o que aquele imbecil deve estar aprontando na prisão? Espero que não tenha colocado fogo e nem batido em alguém.
Como eu sou sonhador! Merle é um ímã para encrenca, assim como Harley. Tenho de admitir, estou cercado pelos senhores da confusão.
Olho mais uma vez para a loira descabelada, mas ainda assim linda, ao meu lado. Parece que não aguentou o cansaço e dormiu. Ela foi muito valente para alguém do seu tamanho.
As cercas da prisão aparecem como um sonho à minha frente. Não contenho um suspiro de alívio e pisco com o farol anunciando a nossa chegada. Subo o gramado ainda tomado pelos zumbis e sou coberto por alguém, que atira naquelas coisas e impede que elas atrapalhem o meu caminho. Rick abre o portão e então eu adentro o pátio, desligando o carro logo depois e pensando no que dizer à todo mundo sobre o fracasso daquela ronda. Sim, um fracasso total com direito a uma quase morte.
Desço e dou alguns passos, logo sendo cercado por um Rick e um Carl ansiosos.
- E aí? Acharam alguma coisa? – Rick me pergunta, e eu ainda tento decidir o que dizer : “achamos sim, Rick, achamos um monte de zumbis famintos que quase devoraram Harley”, ou “ah, sim, achamos um Wallmart protegido pelo capeta, guardado pelo Belzebu”.
- Encontramos um Wallmart. – Digo e passo a mão pelos cabelos.- Fomos cercados por zumbis e Harley foi mordida en ...
-O que? – Carl me interrompe e se desespera. Acho que tenho de melhorar a minha abordagem com as pessoas.
-Carl não..
Não consigo consertar o que disse, pois o garoto passa me empurrando e indo em direção ao carro. Rick grita por ele e vai atrás, mas estanca no lugar a um passo depois de mim . Acompanho seu olhar e vejo o garoto do chapéu se jogar em cima de Harley, que acordou e saiu do carro sem que eu visse, fazendo os dois caírem no chão.
Carl chora e soluça muito, tentando cercar Harley com seus braços curtos enquanto grita a plenos pulmões:
-Não!- grunhe e a aperta mais um pouco.- Não!
Não vejo o rosto da minha prima, mas sei que está tão surpresa quanto eu. O garoto nem com a mãe dele fez algo assim! Quando acho que Carl vai ter um troço, Harley segura o seu rosto e o segura firme, para que ele olhe para ela.
-Carl, está tudo bem. Eu estou bem!- ela diz e o chacoalha um pouco.
-Não! Você foi mordida. Você vai virar uma daquelas coisas!- ele diz, ainda desesperado.
-Não, meu bem, eu não vou. Olha só- Harley chama sua atenção e coloca o braço na frente do rosto dele.- Ei, abra os olhos. Assim. Viu? A pulseira me protegeu. Eu não vou...
Carl interrompe Harley e enlaça o pescoço dela com os braços, abraçando-a apertado. Santo raciocínio o desse garoto!
Rick parece levar um soco no estômago e se curva, respirando fundo. O gelo invisível que parecia mantê-lo ali parado parece derreter, e ele vai apressado até o filho e Harley, envolvendo os dois com os braços e os levantando de uma só vez.
Não sinto ciúmes dessa vez ao vê-lo abraça-la, pois sei que ele está tão aliviado quanto eu por saber que ela está bem e sem nenhuma mordida ou arranhão. Porém, não posso ser cego e ignorante ao ponto de tentar convencer a mim mesmo de que ele não tem um carinho especial por ela, porque eu sei que tem. Posso tolerar esse momento, mas que Rick não tente abusar.
Logo todos da prisão saem para ver o que estava acontecendo. Observo a reação de cada um e sinto vontade de sorrir com tanta demonstração de afeto para com a minha prima ( não que isso fosse novidade, já que ela consegue conquistar com facilidade tudo aquilo que toca e convive). Maggie apronta um escândalo juntamente com Glenn, fazendo um milhão de perguntas para ela ( além, é claro, de quase a matarem sufocada) . Carol e Hershel a abraçam com aquela delicadeza deles e parecem preocupados. Até Michonne não deixa de se manifestar em alívio!
Então aparece Merle fazendo outro escândalo.
- Que merda é essa aqui? Até achei que era o presidente – Ele sai gritando e para ao meu lado.- Por que tá todo mundo abraçando a fedelha como se ela fosse um urso fofo? –pergunta me cutucando.
-Harley foi mordida, Merle. Ainda bem que...
-O QUE? – Ele berra (o que quase me deixa surdo) e no segundo seguinte já está atropelando todo mundo para chegar até a Dixon mais nova.- DEIXA EU VER ! ME PASSA UMA SERRA, UMA ENCHADA, UM SERROTE, QUALQUER COISA! VOU TIRAR ANTES QUE ESPALHE!
Dou um tapa na minha própria testa. Péssimo dia para se viver. Faço uma nota mental: nunca mais deixar alguém ser muito direto com certas notícias.
Merle vasculha Harley inteira, quase virando a garota de cabeça para baixo e a sacudindo para ver se encontrava alguma coisa.
-CADÊ? CADÊ A MORDIDA? –ele pergunta-berra-se desespera enquanto Harley começa a soltar uma risada fraca.
-Não tem mordida, bobão. O zumbi achou que iria encontrar minha carne suculenta mas deu de cara com a minha pulseira salvadora aqui, ó!
Harley aponta e depois abraça o meu irmão. Merle fica congelado por um momento, mas depois a ergue do chão e a abraça de volta.
-Putaquepariu.Putaquepariu. Quer me matar, garota?
-Você que vai matar ela se continuar a abraçando desse jeito, seu idiota. –Digo quando chego até eles, empurrando Merle e puxando Harley para mim.
-Como você é chato, moleque. Não vou roubar sua princesa intocável não.
Ignoro o restante dos seus resmungos e vou puxando Harley para dentro do refeitório. Rick e Glenn vinham trazendo nossas coisas que estavam no carro.
-Onde estão Beth e Bravinha? – Harley pergunta quando desaba em um banco.
- Estão na minha cela. Judith não passou muito bem hoje. Hershel tentou ajudar, mas não tínhamos muita coisa aqui que resolvesse. – Rick responde, um pouco preocupado.
-O que ela tem? –Harley indaga, aflita.
-Cólicas. Coisa normal de bebês. – Dessa vez é Hershel quem a responde.
-Eu posso ajudar. Não tenho analgésicos infantis, mas conheço algumas técnicas que podem aliviar o desconforto. Já trabalhei por alguns meses na ala de pediatria do hospital.
Encaro Harley , um pouco admirado com tudo aquilo que ela é capaz de fazer. Acho que a decisão de tê-la mandado para Phoenix não foi de todo ruim.
-Bom, vou tomar um banho e depois passo na sua cela, Rick. –ela diz e eu ergo uma sobrancelha. Ela nota e vem até a minha direção.- Vem , Daryl. Você tá fedendo.
**
Fico cutucando com uma faca um buraco no concreto do andar de cima enquanto espero Harley sair do banho. Esse tempo de espera me faz refletir sobre o que seria de nós, agora, depois eu tê-la beijado. Será que eu deixo como está , sem falar nada, e espero por uma reação sua ? Ou será que eu devo chegar até ela e perguntar? Não sei, não sei. Nunca fui bom com essas coisas. Nunca fiquei com uma pessoa uma segunda vez. Era sempre uma noite de sexo, ou um beijo, e nada mais. Não queria saber de repetir a figurinha.
Mas com Harley é diferente. Eu quero mais uma vez. E mais outra, e outra, e outra... O que é uma droga, já que não sei se vou conseguir parar um dia. E também tem a questão do nosso parentesco. Ainda sinto algo dentro de mim gritar que aquilo estava errado. Está tudo uma confusão. Uma hora acho que devo jogar tudo para os ares, agarrar aquela maluca pelos cabelos e a prender a mim como um homem das cavernas; em outra, estou querendo fugir dela como alguém que foge de um gás tóxico.
Vejo Harley acenar para mim da entrada da cela de Rick e noto uma coisa: Harley é tóxica, em todos os sentidos. Tem algo nela que contamina as pessoas e as deixa dependentes e sedentas por sua atenção. Eu sou mais uma de suas vítimas e , agora, estou me dando conta disso.
Quando chego no andar de baixo, a loira maluca arrastava um colchão de dentro da cela para o corredor. Rick me encara com uma expressão de dúvida e eu apenas dou de ombros.
-Me passa a Bravinha, Beth.
A Greene faz o que ela ordena e logo Harley está com a bebê do nosso grupo nos braços.
-Oi , minha linda. Oi. A tia Harley estava morrendo de saudades. É.
Todo mundo da prisão se aproxima e observa aquela maluca ficar conversando com a Bravinha enquanto a deita no colchão. Então ela pega nas perninhas rechonchudas dela e começa a movê-las em círculos , intercalando esses movimentos com massagens na barriga.
Fica fazendo isso por algum tempo, até que todos nós somos surpreendidos por barulhos vindos da bebê. A risada descontraída é geral, menos da minha parte, é claro, porque eu ainda estou vidrado demais, encarando todos os movimentos da minha Harley Quinn.
-Uff, que bomba! – Merle brinca e, incrivelmente, todos dão risada.
- Ah, que incrível!- Carol exclama.- Eu tentei isso mais cedo mas não deu certo. Acho que você e a Judith tem uma conexão especial, Harley.
- É claro! Somos duas princesas.
Assim disse Harley Quinn, princesa de um reino em miniatura todo seu, afinal, duquesa das bijuterias baratas, senhora da maluquice, involuntário objeto de desejo e ciúmes de um caipira indeciso, e salvadora de bebês com cólicas.
-Daryl ,posso falar com você?- Rick me chama ao meu lado e eu confirmo com a cabeça.
Afastamo-nos um pouco do pessoal e vamos até a escada que dava para o segundo andar. Escoro-me nela e, sem tirar os olhos de Harley e de suas caretas para Bravinha, resmungo para que o xerife diga o que estava querendo me falar. Ele não o faz, inicialmente, então eu olho para ele, que parece fazer o mesmo que eu há segundos atrás.
-Vocês me assustaram.- ele diz num sussurro, sem tirar os olhos da cena da minha Harley Quinn brincando com a sua filha.
Estreito meus olhos e troco a minha perna de apoio, irritado com o seu olhar clínico para a loira. Limpo a garganta e procuro afastar da minha língua as palavras “vá se danar e pare de olhar para a minha garota”.
-Não está mais seguro sair em dupla. Temos de sair, pelo menos, em pequenos grupos.- digo
-Tem razão. Fui muito tolo em mandar vocês dois sozinhos. Bom, o que mais aconteceu além do episódio no Wallmart?- pergunta
-Nada demais. Nem sinal dos caras.
-Temos de continuar atentos, então.- Rick diz e eu concordo – Dou mais uma olhada no Merle. Acho melhor levar Harley para descansar. Ela não me parece muito bem apesar desses sorrisos.
-Ela nunca vai admitir isso.
-Eu sei.
Balanço a cabeça e ele vai até Harley, pegando a filha. Ela fecha a cara quando a bebê é tirada de seus braços, mas concorda com qualquer coisa que Rick tenha dito e vem na minha direção.
Sua expressão cansada desaparece ao me ver, e ela abre um sorriso. Enlaça-me pela cintura e se apoia em mim, toda manhosa.
-Rick me enxotou. Xinga ele, Pudinzinho. – sua voz sai abafada quando ela diz, está com a cara enfiada no meu peito.
-Vamos dormir.- digo simplesmente.
Merle, que vinha em nossa direção, parece ouvir e me lança um olhar suspeito, depois se afasta. Ignoro e volto minha atenção para Harley.
Ela levanta o rosto e olha em meus olhos, depois desce para os meus lábios. Parece se lembrar de alguma coisa e cora, depois limpa a garganta e se afasta de mim para subir as escadas, não antes de gritar um “boa noite” para todo mundo.
Quando já estamos no andar de cima, ela se joga nos seus colchões e se encolhe. Chuta as botas longe e se vira, encarando-me enquanto ainda estou de pé olhando para ela.
- Dorme aqui hoje?- pede quando puxa o lençol até a altura do nariz, cobrindo-se e ficando de barriga pra cima.
Estalo a língua e também chuto as minhas botas, depois me deito ao lado de Harley e copio sua posição encarando o teto. Ficamos alguns minutos assim sem dizer nada, provavelmente o constrangimento do beijo nos deixando bobos.
-Então... tá frio, né?- ela pergunta, puxando assunto.
-Uhum.
Mais algum tempo em silêncio.
-Podia chover.- Ela diz.
-É.
Outro tempo em silêncio. Isso está me incomodando.
-Tá com cheirinho de chuva.
-Harley.
-Sim?
-Quer parar de falar do tempo e dizer o que está te incomodando? – digo de uma vez.
-Bom, é que ... eu... –gagueja e fica nervosa.- Nada.
Espera aí! Desde quando Harley Quinn Dixon gagueja e fica sem o que dizer?
Para deixar esse momento mais estranho, Harley se vira ficando de costas para mim e joga o cabelo na minha cara. Depois me manda um “boa noite”.
Solto um suspiro exasperado e trago ela de volta, fazendo com que nós dois fiquemos de lado, e ela, com a cabeça encostada no meu peito. Um alerta de “invasão do meu espaço pessoal” soa na minha cabeça, mas eu resolvo ignorar. Não vou deixar que a minha garota continue estranha desse jeito.
-Ei.- Chamo sua atenção, cutucando sua barriga.
Ela olha para a minha boca e fica ainda mais constrangida. Harley também não sabe o que fazer com a nossa situação, constato novamente.
Diferentemente das outras vezes, quando ela é a primeira e única a iniciar uma carícia, afasto alguns fios de cabelo do seu rosto e me inclino, ficando parcialmente sobre ela. Apoio o peso do meu corpo em um ombro e seguro a sua cabeça com uma mão. Então, cedendo aos pedidos que martelavam na minha cabeça, desço até Harley e capturo a sua boca.
Solto um suspiro de prazer e a beijo com mais força. Não sei ser delicado. Não consigo (e não quero) ser menos intenso quando estou fazendo aquilo que desejo.
Harley me dá uma mordiscada no lábio inferior e eu quase enlouqueço. Desço minha mão para a sua coxa coberta pelo lençol e a aperto, ouvindo Harley ronronar. Afasto-me antes que aquilo se intensifique mais.
Ela está um pouco ofegante quando descolo minha boca da dela. Então sorri e o mundo para por um momento.
- Essa é a terceira vez que você me beija.- Diz para mim e eu acho graça.
-Você não precisa ficar contando . – Digo e lhe dou um selinho, chupando seu lábio superior no decorrer do processo.
-Hmmm, Pudinzinho.- Faz manha e se enrosca em mim.
-Agora dorme.- Ordeno, não peço, quando termino de me ajeitar com ela sobre o meu peito.
-Ahhh, não. Depois desses beijos é que eu não vou conseguir dormir mesmo.
-Dorme! – Ordeno de novo e ela bufa. Depois xinga um palavrão e me chama de um nome feio.
Fecho os olhos e penso em tudo o que fiz hoje: um monte de merda em cima de outro. Porém, nem tudo foi um fiasco. Até que beijar a minha prima mais nova foi bem bom.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.