História Half-Kingdom (Taekook - ABO) - Come be my teacher

Taehyung P.O.V

Diferente do beijo de mais cedo, esse era bem mais deleitoso e quase desesperado, pois nada parecia saciar a tensão sexual que se instalou ali de repente. Eu agarrei os fios de sua nuca e arfei quando ele puxou a curvatura dos meus joelhos, fazendo com que nossos membros friccionassem por cima da roupa.

Separamos o beijo em busca de ar. Quando vi, eu já retirava a parte superior de seu traje real e ele fez o mesmo comigo. Eu mordi os lábios, sem fazer questão de disfarçar que eu observava seu corpo com desejo, e ele sorriu presunçoso ao notar.

De repente, ele começou a distribuir beijinhos pelo meu pescoço e eu inconscientemente pendi a cabeça para o outro lado, dando espaço para que ele o fizesse. Suas mãos estavam em minhas costas e eu firmei minhas pernas em sua cintura a medida em que os beijos foram descendo. Me arqueei para trás assim que sua língua passou a rodear o meu mamilo.

Ele fazia isso com uma habilidade notável e, céus, era tão bom que eu tive que morder os lábios para não gemer com a carícia estimulante.

E eu mal tive tempo de processar quando, subitamente, ele firmou as mãos em minhas pernas e me jogou contra a carteira. O impacto foi brusco, mas não foi ruim, e eu acabei gemendo de dor e de prazer.

Porque, ironicamente, seu autoritarismo em nossos momentos de volúpia me agradavam até demais.

Ele passou as duas mãos sobre meu corpo, deslizando-as pelo meu peitoral bronzeado com uma expressão extremamente satisfeita, como se admirasse algum tipo de obra de arte.

Talvez eu fosse.

Ele apertou ambas as mãos em minha cintura, num ato severo, e o pior foi quando eu percebi que a sua intenção era me fazer sentir o seu pênis enrijecido contra meu traseiro. E eu, surpreso, não consegui prender o gemido ao finalmente me dar conta de seu volume e ele sorriu malicioso com minha reação.

Assim, em segundos, ele já havia me despido por completo, numa velocidade impressionante, arremessando minha calça em qualquer canto, revelando que eu estava tão excitado quanto ele. E é claro que ele sorriu presunçoso por isso, mas eu nem mesmo me irritei; seu ar convencido, nesses momentos, me dava prazer até demais.

Imediatamente, eu olhei para o lado em desespero, voltando a me tocar que ainda estávamos em uma sala de aula. Suspirei aliviado ao ver a porta fechada, mas ainda franzi o cenho, confuso.

— Trancada, não se preocupe. – Jungkook garantiu, parecendo mais preocupado em continuar acariciando minha virilha, mantendo aquele olhar devorador sobre meu corpo, o que só me deixava mais excitado.

Contudo, eu juntei minhas sobrancelhas, pois isso queria dizer que ele já havia trancado a porta há um tempo, quando iniciamos a aula. Ou seja: o alfa era mal intencionado desde o início e eu sequer notei!

Mas eu nem mesmo podia reclamar.

— De quatro. – ele mandou, num tom imperativo que me fez arrepiar inteiro.

É, eu definitivamente não poderia reclamar. Por isso, o obedeci de prontidão, adotando a posição que ele ordenara em cima do móvel, jogando o orgulho e a vergonha para o ar.

Isso era um problema para o Taehyung pós-sexo, então eu realmente não lidaria com isso agora.

Eu apenas iria usufruir do momento.

E eu não me arrependi desse pensamento quando eu arfei em surpresa, sentindo as mãos do rei apalparem minhas nádegas com vontade, apertando minha pele. Logo em seguida, pude sentir um beijo estalado sendo depositado na parte direita, seguido de vários outros, e eu fechei os olhos, ansioso por não saber o que viria depois, devido à posição que não me permitia.

Então, mais uma vez não pude evitar disfarçar a surpresa quando ele mordeu minha bunda com gosto, de um jeito que não machucou, mas que talvez deixasse marcas. Porém, eu não podia negar o quanto que havia gostado.

Eu acabei gemendo um pouco mais alto quando, de repente, ele separou minhas nádegas, penetrando minha entrada com a língua. O êxtase que eu senti naquele momento fora simplesmente inexplicável, ainda mais quando ele rodeou a área de uma maneira muito gostosa. Ele continuou roçando o músculo quente contra aquela partezinha sensível, com uma habilidade extremamente provocativa, então eu apenas aproveitei, me empinando mais em sua direção.

Acabei choramingando de insatisfação quando eu o senti se afastar, porém me calei logo em seguida quando notei sua intenção.

Porque agora ele me penetrava com os dedos de uma forma deliciosa.

— Ah, Tae... há tantas coisas que ainda devo te ensinar. – sua voz rouca e provocativa proporcionou um arrepio gostoso em minha nuca.

Eu o senti me invadir num misto perfeito de brusquidão e cuidado, como se quisesse saber os meus limites ao mesmo tempo em que me proporcionava prazer, e eu realmente havia gostado dessa escolha, pois mostrava que ele se importava. Além disso, era de fato uma delícia, então apenas mordi o lábio inferior, para conter - talvez inutilmente - qualquer tipo de som que pudesse escapar.

Mas eu não consegui prender quando ele simplesmente atingiu meu ponto de prazer, me proporcionando ondas de deleite que eu sequer disfarcei, tremendo diante daqueles toques. Eu podia imaginar seu sorriso de triunfo neste momento, mas realmente não me importei com isso quando ele acelerou o movimento, fazendo questão de acertar mais vezes minha próstata e arrancar de mim mais e mais sons eróticos.

Minha cabeça pendeu para trás e em seguida senti os dedos da outra mão do rei agarrarem minhas madeixas douradas, puxando-as. Gemi sofregamente com isso, revirando os olhos de prazer.

Era simplesmente impossível não se jogar nesses momentos voluptuosos com Jungkook, então quando eu vi já estava empinando ainda mais minha bunda, querendo sentir melhor aqueles dedos maravilhosos.

Mas, ao contrário do que eu queria, ele apenas retirou-os de dentro de mim, também desfazendo do entrelaço em meus fios loiros.

Contudo, novamente, ele não me permitiu reclamar e me surpreendeu, desferindo um tapa estalado na minha nádega direita, e com gosto.

Eu gritei deleitoso, sentindo a ardência no local, junto de uma onda de satisfação com a atitude inesperada.

— Você merece uma lição, sabe? – falou baixo e arrastado e estremeci com aquele ar intimidador que pairou sobre ele.

O tapa definitivamente deixaria marca e eu nem me importava.

Eu estava simplesmente apanhando para Jungkook e estava adorando.

Jamais achei que me encontraria nesse tipo de situação e com certeza não estava reclamando.

— Se deita de novo. – eu ouvi a voz rouca do moreno soar mais uma vez, carregada de prazer e autoridade, então eu imediatamente deitei-me na carteira, com o peitoral para cima e cheio de expectativa.

Eu o vi terminar de se despir, ao mesmo tempo em que se voltava novamente para mim, na pose pretensiosa de sempre que tanto me irritava antes mas que, agora, apenas me enchia de tesão.

Arfei baixinho quando eu o vi segurar a própria ereção, roçando a glande na minha entrada bem lubrificada, apenas para me provocar - e estava funcionando. Eu me sobressaltei quando ele resolveu me penetrar de uma vez, então me arqueei todo na carteira, sem me preocupar em refrear o gemido prazeroso.

Ele havia me penetrado com tudo e parecia ter sido satisfatório para ambos, pude notar pelo som rouco e grave que escapou do mais novo.

Então ele nem mesmo perdeu tempo em acelerar os movimentos e fez questão de acertar o mesmo ponto de antes, só que numa intensidade mil vezes maior e também mil vezes mais gostosa.

E tudo que pude fazer foi gemer em alto, ouvindo o meu próprio som se mesclar aos estalos eróticos dos nosso corpos se chocando que ecoavam pela sala, deixando a atmosfera ainda mais luxuriosa.

Todas as sensações se tornaram avassaladoras quando o moreno pousou suas mãos na minha cintura, me segurando de maneira máscula, ao mesmo tempo que se curvava sobre meu corpo, degustando da minha pele apetitosa através de chupadas, mordidas e lambidas. Isso tudo sem parar de me penetrar fundo e fortemente, me fazendo delirar de prazer.

Surpreendentemente, os sentimentos deliciosos que reverberavam por todo meu corpo aumentou quando a boca de Jungkook ocupou um dos meus mamilos, enquanto o outro passou a ser acariciado pelos dedos habilidosos dele, que o apertavam fracamente. Sua língua rodeava aquele meu ponto vulnerável e por um momento pensei que poderia enlouquecer com isso.

Então não demorou muito para que eu finalmente gozasse longa e prazerosamente, em meio a um gemido arrastado e espasmos. Segundos depois, o senti sair de dentro de mim também, estimulando seu próprio membro com a mão, chegando ao ápice logo em seguida.

Eu não ia mentir que estava deveras surpreso, pois eu havia alcançado o clímax sem que ele tocasse em meu pênis uma vez sequer. E foi incrível!

E eu apenas fiquei naquela posição por um tempo, extremamente ofegante e já sentindo um vazio incômodo ao não ter Jungkook dentro de mim. Logo, eu o senti me puxar delicadamente pelos pulsos, ajudando-me a ficar sentado na superfície da carteira, dando-me uma visão privilegiada de seu peitoral malhado do qual uma fina camada de suor aderia sua pele branca.

Ele depositou um beijo estalado em minha testa e já pude sentir a vermelhidão invadir meu rosto gradativamente, pois só agora a ficha estava caindo.

Os problemas para o Taehyung pós-sexo já começavam a me atormentar aos poucos.

— Você é um pervertido, sabia? – eu comentei, apenas para descontrair, em meio à um riso soprado.

Mas talvez eu devesse ter ficado calado.

— Você não me parecia santo há alguns segundos atrás, então nem haja como se não tivesse gostado. – ele rebateu, e eu só pude desviar o olhar, corado demais para responder, e ele riu, pois era uma das raríssimas vezes que Jungkook me deixava sem respostas.

Até porque ele estava certo.

Seus dedos seguraram o meu queixo, virando meu rosto para si, e eu fui forçado a erguer os olhos para sua feição, já ficando estonteado com sua beleza.

— Apenas preste atenção nas próximas aulas, ou terei que te ensinar boas maneiras, certo? – ele falou, num tom perigosamente sedutor, ainda mais em meio àquele sorrisinho cínico.

E eu queria socar aquele rosto bonito, mas ao invés disso, só pude assentir vagarosamente, rendido.

Porque, se fosse sob essas condições, eu jamais estaria atento à uma aula sequer.

* * *

Eu apenas precisava me livrar do cheiro de sexo, então quando finalmente saí do banho, me senti renovado. Me arrumei rapidamente, pondo a coroa dourada em minha cabeça de forma desajeitada, e corri pela escada, mesmo que estivesse me sentindo um pouco dolorido.

De alguma maneira, ter feito sexo em plena manhã havia me deixado mais inspirado - mas claro que Jungkook não saberia disso, ou seria razão para ele se gabar por dias - então eu realmente precisava me sentar de frente à tela para soltar minha criatividade através da pintura.

No entanto, um balburdio na cozinha me chamou atenção, e ao ver que Jimin, Yoongi e Hoseok estavam lá, eu rapidamente desviei o caminho em direção a eles, atraindo a atenção dos presentes. Eu assenti educadamente assim que todos se curvaram para mim.

— O que está acontecendo? – eu questionei quando cheguei perto o suficiente.

— Todos estão preocupados com Jungkook. – foi Yoongi quem me respondeu, e eu vi que ele teria falado mais, se não fosse pela interrupção dramática de Hoseok.

— Você não está entendendo, Majestade! Ele definitivamente não está bem, algo muito grave deve ter acontecido! – bradou o guarda, gesticulando muito como se fosse algo de real urgência, e eu ri de seu desespero enquanto Yoongi apenas suspirou pesadamente, como quem já está acostumado.

— Mas ele parecia bem há alguns instantes. – eu comentei, dando de ombros, mas vi que minha frase atraiu a atenção de Jimin, que parecia extremamente calado, quase desconfiado.

Eu apenas recolhi alguns biscoitos que repousavam na mesa ao nosso lado, no que devia ser um ato casual, mas acabei me embolando todo ao abrir o pote. Eu estava nervoso porque aquela encarada do meu melhor amigo apenas indicava que ele era capaz de enxergar os meus segredos mais obscuros!

— Ele me desejou um bom dia, Vossa Majestade! Desde que cheguei aqui, nunca recebi um bom dia que não fosse irônico por parte dele! E ele ainda saiu dando bom dia para os empregados também! – o beta voltou a exclamar, dando voltas pelo cômodo, e eu franzi o cenho, finalmente processando tudo.

O alfa realmente nunca era assim tão educado.

— Eu acho que nunca vi Jungkook acordar tão bem. Ele estava todo feliz, então algo está muito errado. – complementou Yoongi e nesse momento eu finalmente entendi.

Aparentemente, o sexo não havia feito bem somente à mim.

Eu enfiei alguns biscoitos na boca, tentando me impedir de falar qualquer besteira, mas eu acabei me engasgando no processo e tudo ficou ainda mais suspeito. Todos os olhares pousaram desconfiadamente sobre mim, mas nada superava o olhar de triunfo de Jimin no momento.

— Acho que na verdade algo está muito certo, Yoongi. – o ômega disse, carregado de malícia, e meu rosto esquentou como nunca nesse momento, dando-lhe a certeza. — Ah, eu sabia!

Às vezes eu realmente desejava que Park Jimin segurasse a língua!

— Como você fez isso? Espere... não responda, apenas faça isso sempre! – o guarda real continuava esbravejando, parecendo não ter a mínima noção do quanto eu estava envergonhado!

E enquanto Yoongi parecia segurar o riso ao máximo, Jimin simplesmente gargalhava sem nem se importar!

— Se eu soubesse que era o senhor que Sua Majestade precisava para ser suportável, eu mesmo teria te pedido em casamento há muito tempo!

Fora a gota d'água. O alfa entre nós finalmente permitiu que sua risada escapasse e Jimin levou as mãos à barriga, aumentando as gargalhadas e atraindo a atenção de vários servos.

Eu apenas levei mais um biscoito à boca, envergonhado demais para me pronunciar.

Além disso, eu realmente não fazia ideia desse efeito que eu tinha sobre o rei.

Depois que os risos cessaram e os dois conselheiros se dispersaram para fazerem suas funções, Hoseok se reverenciou em minha direção avisando que ia se retirar também e eu me lembrei de algo muito importante que eu gostaria de falar com ele desde que a tempestade começou, mas nunca tive oportunidade.

— Hm, Hoseok? – chamei antes que ele se virasse.

— Pois não, Majestade? – ele se prontificou, sorridente.

— Podemos conversar a sós? – pedi receoso e o vi mudar sua expressão, se tornando preocupado. Ele assentiu, sério.

Caminhamos juntos para o canto da cozinha, lugar do qual nenhum dos servos que estavam ali poderiam nos ouvir. Eu respirei fundo antes de iniciar o assunto, gesticulando mais do que o normal, evidentemente nervoso. O meu pedido não era muito comum e eu tinha medo do que poderia ouvir da boca do guarda.

Ele me escutava atentamente, a mão descansava na haste da espada embainhada ao lado de sua cintura. Meu rosto esquentava a cada palavra que saía da minha boca e só por falar tudo aquilo em voz alta, a ideia pareceu ridícula. Eu me pergunto para onde havia diabos ido minha coragem de mais cedo.

Tudo piorou quando o beta juntou as suas sobrancelhas, incerto.

— Vossa Majestade sabe que ômegas não são permitidos de fazerem isso? – ele indagou.

Meus ombros penderam para baixo em desânimo. Como esperado, não daria certo.

— Sim, eu sei... – lamuriei olhando para o chão, derrotado.

— Pois é, eu acho isso uma baita de uma bobagem! – ele falou em seguida, sorrindo, e eu estranhei. Arregalei meus olhos. — Podemos começar hoje.

— Sério!? – questionei surpreso, um sorriso entusiasmado já ocupava praticamente meu rosto inteiro.

— Sim, mas ninguém pode saber, nem mesmo o rei Jeon. – ele sussurrou, olhando nos meus olhos, e eu assenti eufórico. — Me encontre na biblioteca depois do almoço. – confidenciou. — Vou te guiar até uma sala própria para isso.

— Certo. – murmurei, ainda sorrindo.

Ele se despediu de novo e se retirou dali, não pude evitar de comemorar, dando pulinhos de alegria.