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História Half-Kingdom (Taekook - ABO) - Old me


Escrita por: mariihreis e felicity_nown

Notas do Autor


oioi, tudo bem com vocês? deu tudo certo com o primeiro dia do Enem? esperamos que sim haha

e vamos de mais um capítulo cheio de mimos pra vocês 💜

Trad. do título: "Antigo eu"

Capítulo 31 - Old me


Fanfic / Fanfiction Half-Kingdom (Taekook - ABO) - Old me

Taehyung P.O.V

 

— Tem certeza que não quer ir dormir conosco, filho? — Jungkook perguntou assim que terminamos de cobrir o Eunho.

— Não precisa, papai.

— Você vai ficar bem dormindo aqui? — indaguei, acariciando a bochecha cheinha dele.

Por essa noite, Eunho dormiria no mesmo quarto de hóspedes que eu fiquei na época do meu primeiro casamento com o rei de Chinhwa. Amanhã eu e o pequeno alfa seguiremos juntos para Haewon, já que tenho que resolver assuntos políticos em relação à junção dos reinos. Além disso, preciso pegar meus pertences para mudar para o castelo de Jungkook. Na verdade, para o nosso castelo.

Quando voltássemos para cá, provavelmente o quarto oficial de Eunho já estará pronto.

— A lamparina vai poder ficar acesa? — o alfinha quis saber, olhando para o objeto em cima da mesa de cabeceira.

— A noite inteira, se você quiser.

— E as pelúcias?

— São todas suas.

— Então eu vou ficar bem — ele nos tranquilizou, se acomodando ainda mais debaixo do cobertor fofinho.

— Qualquer coisa, pode nos chamar. Viremos correndo.

Eu e Jungkook deixamos um beijo de cada lado do rosto dele e eu aproveitei para aspirar de seu cheirinho de canela, desejando uma boa noite antes de partir junto de meu marido para o nosso quarto.

Estávamos cansados por causa da nossa cerimônia no jardim, mas a realização de finalmente termos nos casado de maneira decente era tão grande que compensava toda a exaustão física. Tomamos um banho juntos e agora Jungkook vestia a calça de seu pijama enquanto eu permanecia de toalha no banheiro, desfazendo por completo da pouca maquiagem que ainda restava em meu rosto.

— Eu vi que no jardim há um canteiro somente de orquídeas — comentei, observando o outro rei pelo espelho à minha frente. Nesse instante, ele ficou atento às minhas palavras e parou com o que estava fazendo por um momento. Percebi que suas bochechas enrubesceram ligeiramente, o que achei adorável.

— É que eu sempre gostei do seu aroma…

— Isso é tão fofo, Kookie — me virei para ele com um sorriso amplo no rosto, meu coração se aqueceu com aquelas palavras que ouvi — Está lá desde que eu fui embora depois da tempestade?

— Não, desde que me tornei rei.

— Oh.

Ele já gostava do meu cheiro antes, concluí e isso me pegou de surpresa. Mesmo ele deixando o jardim trancado por todos esses anos, estipulou que aquele canteiro deveria existir ali e ainda mais: que fosse muito bem cuidado. Todas as orquídeas eram lindas. Apenas passando perto delas era fácil sentir o olor adocicado.

Eu continuei estático pela revelação, até mesmo quando ele veio andando em minha direção com um sorriso pequeno e tímido no rosto. Ele estava sem camisa, então assim que ficou bem de frente para mim e envolveu meu corpo com seus braços, nossos peitorais nus se tocaram, pele com pele. Eu soltei um arfar de surpresa sem querer quando seu rosto afundou na curvatura de meu pescoço e ele inalou profundamente do meu aroma floral. Jungkook soltou um suspiro de satisfação logo em seguida, o que me fez arrepiar. Ao se afastar, expôs sua feição totalmente extasiada.

— Fico tão satisfeito por não mais precisar recorrer às flores para sentir seu cheiro — suas mãos desceram para minha cintura descoberta e ele me puxou para mais perto, um sorriso contente brincava em seus lábios. — Agora vou ter você bem pertinho de mim, todos os dias.

Eu nem tive tempo para demonstrar alguma reação ou falar algo, o alfa simplesmente se abaixou, encaixou um de seus braços na curvatura de meus joelhos e me ergueu do chão com tamanha facilidade que era como se eu tivesse o peso de uma pena.

— Ei, eu preciso me vestir! — relutei, rindo espontaneamente.

— Por quê? Nós vamos consumar nosso casamento — ele falou enquanto me carregava em direção a cama.

— De novo? — questionei e em seguida ele me pôs deitado com cuidado sobre o colchão, ficando por cima de mim.

— Por quantas vezes quisermos — respondeu, desfazendo da toalha em meu corpo, jogando-a para longe.

Eu ri por vê-lo assim, tão precisado de mim e do meu corpo. Não posso negar que compartilhava desse mesmo sentimento, por esse motivo inverti nossas posições. Em um movimento ágil, segurei nos ombros dele e o virei, obrigando-o a se deitar no colchão, da forma como eu estava anteriormente. Eu vi Jungkook arquear as sobrancelhas, surpreso, e eu sorri astuto.

— Você vai por cima? — ele perguntou, segurando em minha cintura ao perceber que eu queria colocar cada um de meus joelhos ao lado de seu corpo, só para me sentar em seu colo.

— Uhum — respondi arrastado.

Sentei-me no ponto estratégico, bem acima do membro de Jungkook, e o tecido macio da calça que ele usava impedia o contato direto de minhas nádegas com o membro dele. Meus olhos nublados de luxúria alcançaram os do rei abaixo de mim, então uma conexão se fez presente entre nós dois naquele instante.

Me abaixei para alcançar sua boca e Jungkook, já ansioso, colocou sua língua para fora, preparado para degustar da minha saliva saborosa. Ele segurou firmemente em minha nuca, embrenhando seus dedos nos meus fios dourados, incentivando para que aprofundássemos aquele beijo que iniciou lento e muito gostoso.

Os estalos úmidos que nossas línguas juntas provocavam apenas me incentivaram a ficar rebolando em cima do colo do alfa, friccionando meu membro já ereto sobre a calça dele, me auto-estimulando. Minha lubrificação natural começou a ser gerada e em segundos ela começaria a escorrer de meu orifício. Jungkook parecia cada vez mais atiçado, acelerando nosso beijo, tornando-o quase afoito.

Percebi o volume sob minha bunda e sorri astucioso contra os lábios de meu marido. Jungkook estava mesmo necessitado, e eu estava disposto a dar para ele tudo o que ele quisesse.

Afastei-me, findando nosso beijo, e ele me olhou agoniado, querendo mais contato. Sem demora, saí de seu colo apenas para me livrar da calça que ele usava e seu membro pulou para fora, já duro e gotejante. Com essa visão, minha lubrificação começou a ser produzida em maior quantidade e eu estremeci, totalmente ansioso.

— Tae, vem aqui — Jungkook mandou, e pela forma como ele falou eu soube o que significava aquilo. Sorri, porque era exatamente isso que eu queria.

Com maestria, me virei de costas e posicionei cada um dos meus joelhos ao lado da cabeça do rei, ficando de quatro por cima dele. Ele agarrou minha cintura, me colocando numa posição perfeita para que pudesse degustar do meu corpo ao mesmo tempo que eu o chupava.

Eu me abaixei e abriguei o membro pulsante do alfa em minha boca, seu falo quente e úmido foi acariciado por minha língua e já pude experimentar o sabor que eu tanto amava. Não levou muito tempo e senti a língua inquieta de Jungkook contornar meu buraquinho, que piscava, sedento por uma penetração. Eu vibrei sobre o corpo dele e gemi contra sua extensão grossa em minha boca.

A textura de seu pau cheio de veias, juntamente com minha saliva e seu pré-gozo, era a combinação perfeita para aquela noite e eu fazia questão de chupá-lo com gosto, fazendo com que sua glande rósea alcançasse o fundo de minha garganta, me provocando pequenos engasgos.

A língua dele me penetrava deliciosamente e eu rebolava em busca de mais prazer, porém um sentimento atípico de vazio se apossou em meu interior e eu me vi necessitado de ter Jungkook dentro de mim. Meu corpo exigia que nós dois nos completássemos.

Após deixá-lo bem lubrificado e sentir que, com todo o preparo que o rei havia feito em mim, eu estava pronto para recebê-lo, interrompi nossos atos e retornei para posição inicial, para quando eu estava sentado em seu colo. Dessa vez ele não usava calça, então foi ainda melhor. Nosso contato visual era intenso e energético e eu tive a impressão de que uma aura diferente nos rodeava, algo que eu nunca tinha presenciado antes.

Tratei de pegar o membro dele e encaixá-lo na minha entrada totalmente molhada. Desci vagarosamente, sentindo Jungkook me adentrar a cada centímetro, e soltei um gemido extasiado ao tê-lo dentro de mim por completo. Inicialmente, subi e desci devagar, procurando me acostumar e revestir a extensão do rei com minha lubrificação mesclada ao seu pré-sêmen. Suas mãos foram para minha cintura e ele me auxiliava em meus movimentos voluptuosos ao passo que mordia seu lábio inferior para conter os gemidos.

Meu alfa já se encontrava fora de si, se contorcendo e comprimindo os lábios para se conter de exigir que eu fosse mais rápido. Era por isso que eu gostava de ir por cima: eu controlava o ritmo da transa e poderia martirizá-lo o quanto quisesse. Eu sorri ladino, rindo baixinho do estado de insanidade que Jungkook já se encontrava. Mas me arrependi logo em seguida.

Com brusquidão, ele subiu seu quadril, estocando minha próstata com força. Eu gritei alto sem querer e tapei minha boca no mesmo instante, buscando me controlar. O prazer foi tão grande que lacrimejei.

— Não vá achando que é você quem controla isso aqui — a voz dele soou rouca e insana e eu senti um arrepio percorrer todo o meu corpo. Eu apenas permaneci cavalgando sobre seu membro, buscando encontrar aquele ponto sensível mais uma vez.

As mãos de Jungkook desceram até minhas nádegas e ele as abriu, ditando a velocidade dessa vez, me fazendo subir e descer com mais velocidade. Suor já pingava do meu corpo fogoso e minha mente estava nublada de prazer, eu gemia arrastado e, sem parar de rebolar no colo do alfa, eu desci o tronco para alcançar a orelha dele e poder gemer baixinho ali, além de deixar mordidas e lambidas, incentivando para que nosso sexo se tornasse mais selvagem.

Isso teve um efeito maior do que eu esperava porque, de repente, foi como se não fosse eu quem controlasse meu próprio corpo. Sem ver, eu proferi as palavras roucamente:

— Me faça ser seu.

Esse foi o ápice. Algo dentro de Jungkook se acendeu e eu vi o momento exato em que ele arregalou os olhos e em seguida interrompeu os movimentos de nossa transa. Num ato rápido e brusco, sem se retirar de dentro de mim, ele pegou meu corpo e alternou as posições, fazendo minhas costas baterem contra o colchão macio, ficando entre minhas pernas, com o rosto muito próximo do meu.

— Repita — exigiu, seus olhos atentos observavam a luminescência dos meus, procurando desvendar todos os meus sinais.

— Eu quero ser seu, Jungkookie — pronunciei manhoso, mas não menos certo do que eu pedia. E ele entendeu. — Seja o meu alfa.

Os olhos dele brilharam, num brilho rubro jamais visto por mim, e foi nesse instante que eu percebi que seu lado lupino estava aflorado. Ele sorriu, extremamente satisfeito, e tomou meus lábios num beijo macio e molhado, entrelaçando nossas línguas. Ele passou a movimentar seu quadril lentamente, retornando à nossa transa, que nessa posição que nos encontrávamos ficou ainda mais prazerosa, então gemi contra sua boca.

Diferente de quando eu estava por cima, agora nosso entrelaço parecia mais lento e harmônico, numa conexão inexplicável entre nossas almas. Meu peito subia e descia e eu sentia frios na barriga com frequência. Jungkook alcançava meu ponto sensível com mais facilidade agora, e liberou minha boca para que eu pudesse gemer.

— Porra, Tae. Eu te amo muito — ele me olhou entorpecido enquanto ainda me estocava, observando minha imagem bagunçada abaixo de si. Meus cabelos estavam grudados na testa e minha boca permanecia entreaberta enquanto meu corpo ia para cima e para baixo com os movimentos do alfa.

— Eu também te amo — pronunciei com dificuldade, sentindo-o surrar minha próstata de novo. Eu tinha a sensação de que não demoraria nada até que eu explodisse. — Amor, eu vou vir a qualquer instante — avisei, rendido às penetrações, e me contorci de deleite. — Goza dentro de mim.

Céus, eu queria mesmo ver Jungkook louco. Com mais esse pedido, não restou outra: o rei parecia totalmente fora de si, seu lado selvagem tomou a frente da racionalidade e o brilho vermelho se fez presente em seus olhos mais uma vez. Ele colocou uma de minhas pernas esticadas em seu ombro, facilitando o acesso da minha entrada, e passou a ir ainda mais rápido. Ele estava perto de gozar, eu senti isso.

Ele aspirava de meu aroma floral com o rosto bem próximo de meu pescoço, e eu já sabia o que estava por vir, mas não me sentia tenso, preocupado ou receoso. Eu estava pronto para receber a marca de Jeon Jungkook.

Nesse instante, muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo, da mesma forma como muitas sensações diferentes reverberaram por todo meu corpo. Eu gozei em nossos abdomens e o alfa veio logo em seguida, me preenchendo com seu líquido quente, fazendo o nó entre nós ser atado. Eu senti seu membro preso em meu interior, nos conectando de maneira intensa, e eu sabia que essa conexão significava muitas coisas, porque assim que Jungkook gozou, suas presas afundaram na pele de meu pescoço e soltei um gemido surpreso enquanto minhas pupilas dilataram. Tive a certeza de que a cor dos meus olhos mudaram também.

Ele me marcou.

E eu não senti dor ou algo do tipo, pelo contrário. Um alívio me invadiu de maneira avassaladora, assim como uma sensação estupenda de completude. Eu arfei em êxtase, sentindo meu corpo inteiro mole e entregue.

Jungkook afastou suas presas de minha pele e se retirou de dentro de mim, cansado, mas parecia compartilhar do mesmo fascínio que eu, pois me olhou intensamente, dessa vez em seu estado normal. Ele permaneceu por cima de mim, buscando tranquilizar sua respiração ofegante.

— Você é o meu ômega — disse, quase desacreditado, passando seus olhos pelo meu rosto. Um sorriso incrédulo se estava presente em seus lábios cheinhos. Então, ele deitou em meu peito, me abraçando ternamente. — Eu vou te fazer muito feliz, Tae. Eu prometo.

Eu me surpreendi por suas palavras, mas ainda assim sorri satisfeito, afagando os cabelos negros dele.

— Eu sei, meu alfa.

 

* * *

 

— Tae, você e o Jungkook…

Jimin começou, fitando o meu pescoço com olhos bem abertos e brilhantes. Os cantos de seus lábios começaram a se curvar em um sorriso amplo e admirado.

— Somos marcados agora — completei, desviando o olhar por timidez. Um sorrisinho foi esboçado em meu rosto sem que eu pudesse evitar.

— Deus, eu nunca imaginei que você, logo você, se deixaria ser marcado por algum alfa — ele pronunciou boquiaberto, analisando bem o símbolo das nossas iniciais ainda meio desfocado em minha pele. — Eu estou tão feliz, Tae! — exclamou, se jogando em meus braços.

— Confesso que nem mesmo eu acredito, Jimin — confessei num suspiro tênue, fechando os olhos para apreciar aquele abraço. — Me sinto tão bem, tão forte… Nossos elos se intensificaram, eu já posso sentir isso — comentei e voltamos a caminhar lado a lado, seguindo para o hall, onde meus dois alfas me aguardavam.

— Isso é notável, Tae — Jimin sorriu, emocionado. — Vocês merecem.

— Papai! — Eunho interveio eufórico, correndo até mim assim que eu e meu conselheiro chegamos ao local. Tudo já estava pronto para que nós partíssemos para Haewon. — Você tem uma marca igual ao do papai Kookie? — indagou de maneira ingênua, segurando no tecido de minha vestimenta.

— Sim, filhinho. É a nossa marca — sorri para ele, afagando seus cabelos escuros.

— Eu quero uma também!

Eu sorri com a pureza dele e me abaixei para ficar na sua altura.

— Você poderá ter assim que for mais velho — toquei a pontinha do nariz dele com meu dedo.

— Eu quero agora! Posso fazer com tinta?

— Você pode tudo que quiser, mas deixemos isso para quando estivermos em Haewon, hm? — falei afável, pondo-me ereto de novo. — Agora precisamos ir.

Eunho se despediu de Jungkook com um abraço apertado, dizendo que já estava com saudades dele, e sequer tínhamos ido embora ainda. Eu não tinha certeza de qual dia voltaríamos, dependia se eu conseguiria resolver todas as coisas no meu reino. Jungkook também ficaria atarefado enquanto estivéssemos fora, então provavelmente o tempo passaria bem rápido. Ele tinha o quarto de nosso filho para arrumar, além da conversa com o Parlamento para definir Eunho como nosso herdeiro. Essas coisas precisavam ser resolvidas com pressa.

No caminho até o meu castelo, o alfinha prestou muita atenção à estrada, vidrado em tudo o que via para além da pequena janela da carruagem que nos levava. Isso me trouxe um aperto no coração, porque me perguntei se alguma vez ele havia saído daquele orfanato para qualquer outro lugar.

Mas também me trouxe um propósito: desejei fazer dele a criança mais feliz dos quatro reinos. E é claro que eu e Jungkook daremos nosso melhor nisso. Nosso filho merecia.

Chegamos ao castelo e logo fomos recepcionados por alguns criados que nos ajudaram com a bagagem. Entrei com Eunho na construção majestosa onde passei boa parte da minha vida. Assim como meu filho, eu também girava no mesmo lugar, observando minuciosamente cada detalhe dali. Não porque era algo novo aos meus olhos e eu me vi totalmente fascinado, como Eunho se mostrou estar, mas sim porque eu estava me despedindo daquele castelo.

E eu não sabia muito bem o que sentir, visto que passei por muitas mágoas e frustrações por cada hall, sala de jantar e corredores dali, só por causa do meu pai. No entanto, também passei horas a fio dentro da biblioteca e da sala de pintura, estudando assiduamente e personificando em cores e desenhos tudo o que transbordava de dentro de mim. Também fui muito feliz aqui, porém eu definitivamente estava preparado para dizer adeus.

Eu e Eunho caminhávamos devagar. Eu buscava respeitar a euforia e a curiosidade ingênua dele por cada lugar que passávamos, foi o mesmo processo que ele fez no castelo de Chinhwa depois que o buscamos do orfanato. Eu tinha minhas mãos nos bolsos de minha calça nobre e revezava meu olhar entre o filhote e os cômodos pelos quais passávamos. Subitamente meu peito se apertou. Eu estava deixando tudo aquilo para trás.

Enfim alcançamos meu quarto, e o que eu tentei por tudo conter dentro de mim, simplesmente escapou de minhas mãos quando dei de cara com minha cama, lugar que já me abrigou quando precisei chorar, rir com Jimin ou até mesmo comemorar alguma coisa — com meus pulos animados sobre o colchão.

Sentei-me na cama macia e aproveitei que Eunho estava alheio às minhas emoções e limpei rapidamente uma lágrima fugidia. Passei minha mão sobre o lençol macio e foi como se eu me conectasse a todas as coisas que vivenciei ali. Eu não estava dando tchau apenas para meu quarto e meu castelo, mas também estava me despedindo da minha adolescência, do jovem Taehyung que estudava horas e horas somente sonhando em ser rei um dia. Daquele ômega que, escondido, se metia nas decisões políticas do reinado de seu pai e que desejava, por tudo, apenas realizar um sonho.

Encarei a coroa prateada — até então esquecida — que estava em cima da minha cômoda e seu poder chocou-se diretamente contra mim. Me levantei e caminhei até lá, lembrando de todas as vezes em que desejei que aquele acessório se tornasse dourado num passe de mágica, para que, enfim, eu pudesse ser considerado um rei. Um rei de verdade.

Coloquei-a sobre minha cabeça uma última vez, substituindo minha coroa dourada, e me observei no grande espelho do meu quarto; o fulgor dos candelabros presos na parede atrás de mim eram refletidos pela prata, e de repente eu parecia ter minha própria luz também. Foi um gatilho imediato: recordei-me de tudo o que passei com aquela coroa. Tudo mesmo, desde o dia em que a recebi da minha mãe. Ela estava muito ansiosa para me entregar aquilo, visto que antes pertencia à ômega. Eu também fiquei extremamente feliz com a coroa, mas ao longo do tempo eu me convenci de que ela não valia nada.

Meu pai me dizia isso o tempo inteiro. O Parlamento, a nobreza… todos me convenceram de que seu poder era irreal e que eu não conseguiria me livrar desse falso poder por ser um ômega. Então, passei a desgostar daquela coroa de príncipe.

Mas agora, ao usá-la novamente, me fez valorizar tudo o que ela me proporcionou. De repente, eu estava olhando para a coroa com um grande carinho, como se eu estivesse olhando para o antigo Kim Taehyung. Eu estava deixando esse Taehyung para trás, mas sem dúvidas sua ambição e seu esforço continuarão aqui dentro de mim, intactos, e honrarei todas as batalhas que esse Taehyung teve que travar para me fazer chegar onde estou hoje. Farei tudo valer a pena nessa minha nova trajetória, dessa vez mais velho, mais maduro, e não mais sozinho.

Sorri para a minha imagem, vendo uma lágrima solitária brilhar ao escorrer pelo meu rosto. Agora eu tenho pessoas incríveis para caminhar ao meu lado, eu não me sinto só.

— Papai, essa é sua coroa? — Eunho me resgatou do devaneio, e eu limpei o rosto mais uma vez antes de me virar para ele.

— É sim, filhote — assenti, apanhando o acessório reluzente com as minhas mãos. — Ou melhor, era. Agora ela é sua — e posicionei a coroa sobre os fios negros do alfa, que ficou paralisado diante de minha ação. — Você agora é o nosso príncipe.

— S-sério? — ele estava boquiaberto, os olhinhos castanhos estavam arregalados.

— Sério — confirmei e me abaixei, logo tocando a ponta do nariz dele com meu dedo. Eunho sorria amplamente agora. — Quando você crescer, será o nosso rei.

Ao ouvir minhas palavras, o sorriso do alfinha foi se desfazendo devagar e suas sobrancelhas arquearam numa expressão atônita. Imaginei que talvez foi por causa da surpresa, já que talvez ele jamais tenha imaginado algo assim.

— Veja, ainda tenho todas minhas pelúcias da infância, que também serão suas. Esse aqui é o Pelúcio, seu irmãozinho — entreguei o pequeno ursinho para ele, que o pegou meio hesitante, mas ainda assim interessado.

— Irmãozinho?

— Sim, ele foi o primeiro filho que eu e seu pai tivemos — contei meio constrangido e ouvi a risada macia do pequeno alfa. Mesmo sendo uma boa lembrança da infância que tive ao lado de Jungkook, agora mais velho parecia um pouco vergonhoso.

Ouvimos batidas na porta e Jimin adentrou o cômodo, chamando nossa atenção.

— Tae, seu pai já lhe aguarda na sala real.

— Obrigado, Jimin — me levantei nesse instante. — Filho, fique com o seu tio, está bem? Prometo não demorar — falei e ele assentiu devagar, parecendo pensativo. — Jimin, apresente os biscoitos de baunilha para Eunho. São meus preferidos, e acho que ele irá amar.

— Pode deixar, Tae — meu conselheiro abriu um sorriso divertido, fazendo seus olhos sumirem.

Saí do quarto e segui em direção à minha sala de rei. Respirei fundo antes de adentrar o local. Conversar com meu pai nunca foi fácil. Entrei e o encontrei de frente para a minha mesa, ocupando uma das cadeiras simples que havia ali, deixando a poltrona de rei para mim. Achei bom que ele já se conformou que aquela posição da realeza não era mais dele, e sim minha.

— Olá, Taemin — cumprimentei friamente, sentando-me de frente para ele.

— Taehyung — ele levantou seu olhar cansado, mas não menos severo, e eu percebi que ele havia ganhado algumas rugas a mais no rosto. Parecia ter envelhecido mais rapidamente de uns tempos para cá. Percebi que ele reparou na nova marca em meu pescoço. — Parabéns pelo seu… — ele limpou a garganta, como se fosse uma frase difícil de completar — pelo seu segundo casamento com o Jeon.

— Obrigado. Vi que você não quis ir — não pude evitar, as palavras só saltaram de meus lábios.

— Não achei que seria bem-vindo lá.

E não seria mesmo, eu quis responder, mas somente arqueei as sobrancelhas, acenando positivamente com a cabeça, como se compreendesse o raciocínio dele.

— Bem, como você já deve ter visto no jornal, eu e meu marido vamos juntar nossos reinos e vou me mudar para o outro castelo — comecei, evitando ao máximo olhar para a cara do meu pai. Eu sabia que ele não deveria ter concordado com essa decisão. Era do feitio dele preferir ser dependente economicamente de um reino do que compartilhar seu poder com outro rei, como eu e Jungkook faremos. — Você, minha mãe e Taehye podem ficar aqui — declarei e o movimento à minha frente me fez direcionar os olhos para o alfa.

Ele arrumou a postura, ficando ereto, e sua feição estava totalmente diferente de quando entrei. Ele se mostrou surpreso, o rosto iluminou-se, e foi assim que eu concluí que ele achava que eu negaria moradia à minha própria família.

— Só assine aqui — entreguei uns papéis para ele, desviando o olhar. Eu apenas queria sair daquela sala logo.

— Eu também vi no jornal que vocês adotaram uma criança — ele comentou enquanto assinava o documento que o entreguei.

— Se não for falar algo bom, prefiro que nem fale nada — avisei, mas é óbvio que ele não me ouviria.

— Do nada assim, Taehyung? Você nunca falou em adotar uma criança.

‘’Do nada’’? Você não sabe nada sobre mim, não é mesmo, Taemin? — soltei uma risada soprada, mas eu estava longe de achar aquele assunto engraçado. — Você nunca parou nem mesmo para me enxergar, para prestar atenção nas coisas que falo. E mesmo que soubesse algo de mim, que diferença faria? Você nunca respeitou minhas vontades mesmo — dei de ombros.

— Você quer sempre chamar atenção, né? Nunca quer seguir o padrão — ele deixou a pena sobre a mesa e cruzou os braços, me olhando com rigidez. — Agora adotar um catarrentinho para-

— Olha a boca — o interrompi, me pondo de pé abruptamente, assustando-o. — Posso mudar de ideia em permitir que você ainda fique no meu castelo. Todos os seus antigos guardas-reais agora são meus, posso proibir sua entrada aqui e deixar somente minha mãe e meu irmão. Acho até que faria bem para os dois — minhas duas mãos estavam sobre a mesa ao mesmo tempo que me inclinei na direção dele, em busca de intimidá-lo.

— Não fale assim de mim! — ele se levantou também, e sua presença de alfa acionada acabou com toda a minha estrutura combativa, me fazendo retrair levemente, com medo. Minha bochecha formigou, como se lembrasse do tapa que já recebeu de Taemin. Temi apanhar mais uma vez. — Você não é capaz de fazer algo assim com seu próprio pai.

— Taehyung pode não fazer algo assim com você, por respeito ou por ser um ótimo rei — uma voz feminina invadiu o cômodo, autoritária, e só assim notei que minha mãe presenciou nossa conversa —, mas saiba que da próxima você ousar o ameaçar dessa forma, Taemin, eu juro que jamais ouvirá falar sobre os seus filhos, quem dirá vê-los. E quando digo isso, também falo de mim — ela ergueu o nariz, decidida. Os olhos felinos que herdei possuíam um brilho poderoso. — Aqui não haverá mais submissão, nem de mim, e muito menos de Taehyung, mas acredito que você já sabe que nunca teve a dele mesmo. Se não gosta dessas condições, faça suas malas e vá embora sem olhar para trás. Sua voz não tem mais influência nesse castelo, nem no reino de Taehyung e de Jungkook.

Eu a olhei incrédulo, totalmente boquiaberto diante da postura imponente que ela havia incorporado. Céus, minha mãe, recatada e silenciosa, estava de frente para o marido dela impondo suas próprias condições e dizendo que se ele não as seguisse, seria ‘’adeus’’. Foi inevitável um arrepio percorrer todo meu corpo, me fazendo vibrar com a presença forte dela. Meus olhos arderam de orgulho e comecei a lacrimejar.

Meu pai, mesmo que estivesse muito surpreso também, possuía seu rosto vermelho, como se não tivesse gostado do tom de voz dela. Em seguida, alguns guardas-reais entraram na minha sala de rei e eu percebi que eles estavam escoltando a rainha-mãe.

— Taehyung, querido, me deixe à sós com seu pai. Temos muito o que conversar — ela pediu para mim, com uma expressão e uma voz doce, porém em fração de segundos retornou o olhar rígido para Taemin. Aquilo era novo, mas era demasiadamente prazeroso vê-la assim.

Assenti e me retirei dali. Fechei a porta, sentindo um peso extinguir-se do meu peito. Kim Minji finalmente colocaria Taemin em seu devido lugar como pai e como marido, se é que ela gostaria de manter aquele casamento.

Foi então que um aroma muito conhecido por mim alcançou meu olfato, e eu ergui a cabeça em direção a ele.

— Namjoon!

Eu mal dei tempo para o alfa me responder: em alguns segundos, eu já estava grudado em um abraço apertado. Ele riu, me acolhendo de imediato.

— Você sempre aparece nos melhores momentos — murmurei contra seu peito, me separando logo em seguida.

— Foi o de sempre com seu pai, não é? — questionou, em tom de cansaço, e eu balancei a cabeça. É claro que ele já estava acostumado.

É verdade quando digo que ele aparece nos melhores momentos. Namjoon estava sempre ali quando eu mais precisava. Que nem agora: o que eu precisava era de uma figura paterna — já que o cara do esperma que me deu a vida não faz esse papel.

— Tae… há algo que você deve saber — ele falou, usando um tom muito sério de repente. Franzi o cenho, olhando-o com diversas interrogações.

— Sim?

Ele olhou para os lados, como se checasse se alguém estava ouvindo, e eu estranhei. Ele me arrastou até um dos grandes sofás ali perto e nós nos sentamos no acolchoado. Ele ficava diante de um enorme e caríssimo quadro da Monalisa — que parecia olhar diretamente nos meus olhos com uma expressão estranha.

— Eu andei investigando a epidemia que aconteceu em Haewon. Achei os sintomas bem peculiares, então resolvi ir a fundo, e concluí que ela é um pouco… diferente das outras.

— O que quer dizer? Não era tuberculose? Nós acabamos de desenvolver uma nova doença? — questionei, preocupado. — E se isso se espalhar pelo mundo inteiro? Eu não quero que Haewon fique conhecida por ser o berço de uma pandemia!

— Calma, Tae. Nada de pandemia, a doença já foi contida — ele falou, fazendo sinal para que eu respirasse profundamente, e eu os segui, sentindo minha ansiedade ser aliviada. — O ponto é que ela ainda é tuberculose, mas os sintomas são um pouco... diferentes.

— Como assim?

— Na tuberculose comum, o muco adquire um tom... — ele começou a incorporar aquele tom científico, então eu tive que interromper.

— Desculpe, Nam, mas você pode falar minha língua?

Ele suspirou, levemente chateado por não poder dar continuidade ao monólogo.

— É uma tuberculose manipulada, Tae. Quer dizer que alguém quis causá-la de propósito.

— O quê!?

— Mas o pior é que… — ele suspirou, como se a verdadeira bomba só viesse agora. E realmente veio: — é a mesma que aconteceu há muito tempo, na época em que fui acusado de traição e fui expulso de Chinhwa — ele falou, com notável desconforto em tocar no assunto.

Afundei-me no sofá, perplexo demais com a notícia, e eu senti minha coroa pender para a direita em minha cabeça. Não liguei. Meus olhos se vidraram na quina da mesa de centro, mas a verdade é que meus neurônios estavam queimando para processar o assunto.

— Eu sei que é complicado pra você falar sobre isso, Nam, mas… — eu não precisei terminar minha frase para que ele entendesse.

Namjoon arrumou-se no estofado do sofá, com cara de quem sabia que não podia fugir daquela conversa mais.

— Foi durante o início do reinado do Jungkook. Foi uma época bem conturbada, já que ele ainda estava aprendendo a ser rei na prática e, bem… eu decidi falar com ele sobre o laboratório. Era algo que já estávamos investindo antes e, para não dar tanto trabalho para ele, eu falei que cuidaria de tudo, mas que apenas precisaria do apoio monetário. E isso ele tinha. Foi nessa mesma época que a pequena epidemia começou. Eu pesquisei bastante e descobri que, por mais estranho que isso soe, cartas eram as causadoras da doença. Cartas comuns que eram enviadas para pessoas no castelo, mas que vinham com uma substância tóxica que causava muita alergia. E a epidemia se espalhou assim pelos funcionários do castelo. — Uma pausa. Namjoon franziu os lábios, como se estivesse realmente revivendo aquilo. — Chegou um momento que, para descobrir o que estava acontecendo eu… tive que agir sozinho.

— O que quis dizer? — questionei, receoso.

— Eu digo que… eu mesmo confisquei as cartas recebidas pelos funcionários às escondidas. Não confiava em ninguém que estivesse ali para poder compartilhar.

— Nem mesmo no Jungkook?

— Jungkook era o único em quem eu confiava, mas era para ele quem eu menos queria falar — desabafou. — Eu falei para ele que cuidaria de tudo, ele estava muito ocupado sendo rei, e…

— Você fez tudo isso sozinho, até que um dia ficou suspeito o suficiente para que Jungkook descobrisse e então acusá-lo como traidor? — adivinhei o resto da história e ele assentiu, relutante.

— Mas não foi apenas isso — acrescentou. — No dia em que fui incriminado, uma jarra inteira contendo essa substância apareceu em meu quarto no castelo. E você sabe o que isso quer dizer, não é, Tae?

— Que essa pessoa estava no castelo, e ela estava tentando te incriminar — deduzi, e ele assentiu.

Imergimos em um silêncio profundo.

A minha mente voltou uns anos atrás, mas em uma perspectiva diferente: eu era Jungkook. Me imaginei com apenas 15 anos, aprendendo a me tornar rei, ciente de que teriam pessoas audaciosas o suficiente para tentarem roubar o meu trono. E, ao meu lado, tem Namjoon. Primeiro: ele tem sangue nobre, um dos mais próximos de mim na linhagem real. Segundo: ele tem conhecimentos médicos e alquimistas, o suficiente para causar uma substância tóxica poderosa. Terceiro: ele me pede ajuda financeira para um laboratório. Quarto: ele tenta "consertar" o caso pelas minhas costas, e em seu quarto há uma jarra inteira daquela mesma substância causadora da epidemia.

Arregalei os olhos, virando-me na direção do alfa, que parecia perdido nos próprios pensamentos. Pela primeira vez, mesmo que por efêmeros segundos, eu enxerguei um traidor.

Balancei a cabeça negativamente. Pensei em todos os momentos em que Namjoon estava lá com seu abraço acolhedor para mim, me recebendo em seu consultório com um grande sorriso. Nada daquilo foi irreal, eu tinha certeza disso. E se ele fosse mesmo o traidor, ele não teria acabado de me contar toda essa história, certo?

Afundei na poltrona, tentando me esforçar mais em pensar numa solução para o problema do que em desconfiar dos meus amigos. Monalisa me encarou com uma feição estranha, como se me julgasse por todas as escolhas que eu havia feito em minha vida até agora. Eu quis jogar aquele quadro pela janela. Fiz uma anotação mental para pedir para tirarem ele de lá mais tarde.

— Olha, acho que nós dois sabemos o que deve ser feito — falei, chegando finalmente a uma conclusão, e Namjoon olhou para mim cheio de expectativa. — Vamos ter que voltar para Chinhwa e resolver toda essa história de uma vez.

— Você tem certeza que o Jungkook...?

— Não se preocupe com ele agora — falei, seguro. Eu sabia que, se eu o pedisse, não haveria argumento no mundo que me fizesse mudar de ideia. — Mas nós temos que encontrar verdadeiro o traidor e provar sua inocência para o Jungkook.

"E para mim", completei mentalmente, sentindo-me culpado por isso. Namjoon pensou por alguns segundos. Finalmente, depois de algum tempo, ele assentiu, e eu comemorei no mesmo canto.

— Papai! — senti uma voz distante chamando por mim, e eu me virei, dando de cara com o Eunho, que simplesmente pulou em meus braços para um abraço praticamente da mesma forma que eu havia feito com Namjoon há alguns minutos.

Eu depositei um beijo no topo de sua cabeça, recebendo o abraço de bom grado.

— Tae? — dessa vez, era Jimin me chamando.

Ergui os olhos, vendo que ele estava acompanhado por um alfa e um beta. Levantei-me, tentando manter uma pose mais profissional, mesmo com um Eunho completamente grudado em mim.

— Majestade — eles se curvaram respeitosamente.

— Eles querem saber sobre o quarto do príncipe Eunho deste castelo, Tae — explicou Jimin.

Eu olhei para a criança, que continuava tímida e agarrada em mim.

— Filho, que cor você vai querer? — perguntei-lhe, e ele me olhou confuso. — Pode escolher a que você quiser.

— Qualquer uma que eu quiser? — ele piscou os cílios longos, surpreso, e eu ri, assentindo positivamente. Os olhos dele brilharam. — Eu vou querer de arco-íris e unicórnios — falou, com uma certeza muito grande.

Os dois homens ao nosso lado franziram o cenho.

— Vocês ouviram o Eunho. Arco-íris e unicórnios — repeti, vendo que aqueles dois precisavam de uma confirmação direta de mim. — E vocês podem tirar aquele quadro daqui, por favor? — pedi, apontando para a Monalisa, e os dois assentiram.

Eles se curvaram para mim e Eunho antes de irem fazer seus deveres.

— Eles se curvaram para mim, papai? — perguntou o garoto, estranhando.

Eu estava percebendo, aos poucos, como estava sendo confuso todo esse processo com ele. De órfão para filho de dois reis. Devia ser realmente uma mudança de vida um pouco brusca, então eu e Jungkook estávamos tomando o máximo de cuidado possível para fazer essa transição ser confortável para ele.

Eu agachei-me, ficando da sua altura; ele olhou diretamente para mim, os olhos grandes e curiosos, e eu arrumei a coroa prateada em sua cabeça, que insistia em pender para o lado.

— As pessoas vão se curvar para você e chamá-lo de "Alteza", filhote, como uma demonstração de respeito, entendeu? — expliquei, e ele assentiu rapidamente. — E será assim quando você se tornar rei também, mas você será chamado de "Majestade" — dessa vez, o olhar de Eunho baixou, e ele pôs as pequenas mãos atrás do corpo, num gesto de constrangimento.

— Tae? — chamou-me Jimin, e eu finalmente me levantei. — Nós iremos embora agora?

— Na verdade, ainda há algo que preciso fazer — falei, com determinação.

Finalmente, era hora de oficializar o que há tanto tempo ansiava.


Notas Finais


vocês estão sendo mimados demais neee kkkkk olha o tantão de coisas nesse capítulo! gostaram da marca?

E sobre a despedida do Tae pra tudo que ele viveu no castelo? emocionante demais 🤧 os taekook sendo papais é a coisa mais fofa neee 🥺 e o que vocês acharam da pisada da Minji no Taemin? 😳 kkkkkkk

Agora oq vcs acharam da perspectiva do nam sobre o que aconteceu? acham que ele tá falando a verdade? algo suspeito? 🤔 queremos saber!! 😊

esperamos que tenham gostado do capítulo, e desejamos também uma boa prova nesse segundo dia pra quem vai fazer Enem! lembrem-se que uma nota não define quem você é 💜💜

Passando rapidinho para deixar avisado sobre nossa próxima fanfic juntas. Ela se chamará ''All I Want'', é taekook, colegial, friends to lovers e não será no universo ABO. Tudo indica que será uma longfic também. A qualquer momento pode sair o primeiro capítulo dela :) podemos contar com vocês nos apoiando em mais um projeto??? 🥺

Com amor, felicity_nown & m4ry_tk (twitter: @/m4riihreis)

Deem uma olhadinha em nossas outras fanfics:
Aceito? Aceito! (taekook/5 capítulos/finalizada): ~> https://www.spiritfanfiction.com/historia/aceito-aceito-taekook--vkook-19260245
Três é melhor do que dois (taekook/abo/vottom): ~> https://www.spiritfanfiction.com/historia/tres-e-melhor-do-que-dois-taekook--abo-20695893
link do grupo no wpp: https://chat.whatsapp.com/HXPxPUqrigOLd4phfy6hXd


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