1. Spirit Fanfics >
  2. Half-Kingdom (Taekook - ABO) >
  3. Tell me the truth

História Half-Kingdom (Taekook - ABO) - Tell me the truth


Escrita por: mariihreis e felicity_nown

Notas do Autor


oii como vcs estão? tomara q estejam bem!

já queriamos agradecer por termos passado dos 1k de favoritos aqui 🥺 de verdadeee vcs são incríveis! ficamos muito felizes com o apoio de vcs, ele sempre nos inspira a continuar 💜 obrigada por tudo 🤧

agora vamos logo pro capítulooo, e se preparem rs
Trad. do título: ''Conte-me a verdade''

Capítulo 33 - Tell me the truth


Fanfic / Fanfiction Half-Kingdom (Taekook - ABO) - Tell me the truth

Taehyung P.O.V

 

Eu e Jungkook estávamos em nossa sala real, acabando de tomar as últimas decisões sobre nosso reino, quando ouvimos batidas na porta. Meu alfa consentiu a entrada e não fiz muita questão de prestar atenção em quem era, mas quando o aroma de café alcançou meu olfato, logo levantei minha cabeça, atentivo, encontrando Namjoon atrás do escudeiro de Jungkook.

— Nam! — não pude evitar exclamar, feliz por vê-lo ali.

Jungkook, por outro lado, respirou fundo e arrumou sua postura sobre a poltrona na qual estava sentado. Era evidente que ele estava frustrado e incomodado por ter que retomar os assuntos de seu passado, mas não tinha outra forma de dar um basta na briga dos dois. Já tínhamos marcado essa visita antes. Eu e meu marido tiramos o dia de hoje para resolver toda aquela situação dele com o alfa e finalmente descobriremos a verdade. Não posso negar que eu estava apreensivo pois, lá no fundo, eu torcia para que Namjoon realmente fosse apenas uma vítima.

Além disso, o médico veio para nosso castelo fazer o exame de fertilidade em mim e eu estava ansioso para saber o resultado.

— Oi, Tae — ele me cumprimentou com uma reverência, depois, se virou para o rei ao meu lado. — Majestade — disse, cheio de formalidades. Meu marido apenas meneou a cabeça e, com uma de suas mãos, insinuou para que o médico se sentasse na cadeira de frente para a nossa mesa. Pelo canto dos olhos, vi Jaehyun saindo da sala real às espreitas, por isso o chamei.

— Você poderia me servir mais chá, por favor? — pedi quando ele se virou para mim. Percebi que o comportamento dele estava mais estranho do que o normal.

Além de se mostrar pálido, sua feição estava tensa e ele parecia extremamente preocupado com alguma coisa. Se não fosse impressão minha, eu poderia jurar que ele estava olhando de soslaio em direção ao Namjoon, e tive a sensação de que o escudeiro parecia um animalzinho ameaçado, ou então estava apenas tentando identificar quem Namjoon era. Ou sei lá, talvez fosse apenas sua maneira de agir, ele sempre foi meio esquisito. Não sei, apenas estava estranho demais para o meu gosto, principalmente porque vi o bule tremer quando ele foi colocar mais água quente em minha xícara.

— Como andam as coisas agora que os reinos foram unificados? — Namjoon questionou simpático, me puxando de volta para o presente. Jaehyun saiu da sala após me servir. — Já houve algum protesto contra isso ou está tudo certo?

— É óbvio que está tudo certo. Fizemos isso prezando o bem das duas populações — Jungkook respondeu, ácido, e eu o olhei de maneira repreensiva. O outro alfa, por sua vez, nem pareceu se importar com a falta de paciência dele.

— Está tudo certo por enquanto, Nam. Eu e Jungkook acabamos de decidir o nome do nosso reino — contei animado, porque realmente foi muito trabalhoso decidir um único nome no meio de trinta opções. Mas nenhum outro era melhor do que esse.

— Ah, jura? — ele pareceu interessado e seu sorriso amplo expôs suas covinhas. — E qual será o nome?

— Daechwita.

— Caramba, que demais! Tem algum significado?

— Vamos direto ao ponto, Kim? — Jungkook interveio após respirar fundo, olhando para Namjoon. — Me parece que você está apenas arranjando desculpas para fugir do que realmente interessa.

— Amor, por favor… — pedi com a voz entrecortada e somente assim pareceu que ele entendeu que não me fazia nada bem vê-los daquela forma. Ele não precisava ficar tão na defensiva. O vi relaxar os ombros depois de suspirar, assentindo vagarosamente com a cabeça, numa confirmação muda de que iria respeitar o médico a partir de agora. Dessa forma, me vi mais tranquilo.

Então Namjoon se sentiu com mais liberdade para enfim começar a se explicar, retomando às coisas que eu e Jungkook já sabíamos, explicando todo seu ponto de vista de maneira cronológica, e apenas assentíamos conforme ele falava. Apesar de um bocado desconfiado também, não pude evitar questionar:

— E o que seu sangue nobre tem a ver com tudo isso? — afinal, até então o alfa não parecia ser uma grande ameaça, pois as coisas que ele nos disse agora apenas evidenciaram que ele foi vítima de uma armação. No entanto, eu sabia também que Jungkook não desconfiaria de alguém à toa, principalmente de uma pessoa que ele dizia gostar tanto. Tinha de haver algum motivo maior para isso.

— Namjoon é filho de um casal de duques que foram muito importantes para a corte do meu pai, na época do reinado dele — dessa vez, foi meu marido quem interveio, sem levantar os olhos para nós, mexendo com os dedos na madeira da mesa a nossa frente. — Quando meu pai morreu, ou eu deveria assumir o trono precocemente, ou minha mãe deveria se tornar rainha, ou então outra pessoa de sangue nobre poderia fazê-lo, pelo menos até quando eu completasse 18 anos. E o nobre escolhido foi Namjoon, o filho do casal de duques. É claro que minha mãe não foi aceita para tal hierarquia pelo fato de ser uma ômega, o Parlamento foi contra. E sobre o Kim assumir o trono em meu lugar: não achamos necessário, uma vez que minha mãe possuía grandes conhecimentos sobre como governar um reino e eu já tinha Min Yoongi para me aconselhar. Então, mesmo que eu fosse muito novo, eu teria capacidade para cuidar de um reino com o auxílio dos dois. Eu neguei a ajuda da família do Namjoon e assumi o trono com 15 anos de idade. Confesso que me senti muito melhor quando não houve ressentimento vindo da família Kim por eu ter negado a ajuda, Namjoon até quis impulsionar a química e a ciência de Chinhwa com a ideia do laboratório e não hesitei em investir nisso. Só que foi aí que tudo começou a acontecer.

— Depois de um tempo, a epidemia iniciou e você ligou os pontos achando que Namjoon queria roubar seu trono? — insinuei, tentando entender o ponto de vista dele.

— Não tinha outra explicação que não fosse essa — ele concordou friamente e, ao levantar o olhar, se mostrou magoado. — Ele se trancava dentro daquele laboratório, não me deixava por dentro dos andamentos químicos e sempre mudava de assunto quando eu questionava sobre algo. Tem como ser mais suspeito do que isso? — indagou retoricamente, me lançando um olhar transgressor e eu apenas engoli em seco, sentindo meu peito apertar. — A cada dia que se passava, mais funcionários meus se tornavam tubérculos, tossindo por todo lado, alguns até morreram. Namjoon dizia que estava cuidando de tudo, que eu não precisava me preocupar, mas os resultados não vinham à tona, tudo permanecia o mesmo.

Eu olhei com pesar para Namjoon, observando-o de cabeça baixa ao passo que escutava tudo o que Jungkook tinha para dizer. Parecia que ouvir a visão do rei sobre aquilo estava sendo difícil para ele e então eu me lembrei de suas palavras quando me contou essa história, dizendo que agiu sozinho porque via que Jungkook estava sobrecarregado com as coisas do reino e que tudo o que ele fez foi com ótimas intenções. Talvez ele de fato só estava no lugar errado e na hora errada, por isso foi facilmente incriminado. Retornei o olhar para meu alfa, que continuou contando:

— Desconfiado, contratei um investigador para analisar o que estava acontecendo, já que apenas Namjoon trabalhando nisso não estava sendo o suficiente. Descobrimos que essa tuberculose era manipulada e era espalhada através de cartas com a presença de uma substância incomum. Fomos em busca do Kim para lhe informarmos sobre a descoberta e enfim podermos trabalhar para encontrar um antídoto para isso, mas nos aposentos dele em meu castelo foi encontrado uma jarra com essa mesma substância. No exato momento em que descobrimos isso, meu escudeiro entrou no quarto onde estávamos, trazendo para mim minhas correspondências diárias e, adivinha só? Havia a carta que todos os tubérculos receberam antes. Para mim!

— E você não pensou nem duas vezes antes de me incriminar — o médico finalmente se pronunciou.

— Com razão, não acha? — Jungkook rosnou. — Se eu fosse atingido pela tuberculose e morresse, quem ficaria para assumir o trono? Você!

— Ei, calma… — pedi, apreensivo. — Como essa história nunca saiu nos jornais? — questionei confuso, pois era realmente um escândalo!

— Eu conversei com Namjoon no particular e disse que, se ele sumisse do meu reino e da minha vista, eu deixaria toda essa história no sigilo. Não queria manchar a imagem impecável de Chinhwa que eu estava construindo, e também daria uma chance para ele se tornar uma pessoa melhor.

— E como você chegou à conclusão de expulsar o Nam de Chinhwa?

— Muitas pessoas me aconselharam a isso. Ficavam falando o que eu deveria fazer, o tempo inteiro. Além do fato de que eu estava extremamente magoado. Esperava que todos fossem errar comigo, menos um dos meus melhores amigos — sua voz falhou, o que denunciou sua fraqueza.

— Seu melhor amigo, que você sequer deu uma chance para se explicar — agora foi Namjoon quem contra-atacou, com dentes cerrados. — Você nem quis me ouvir! Me impôs somente a condição de deixar o reino para trás!

— Claro! É isso que fazemos com traidores!

— ‘’Traidor’’, Jeon Jungkook!? — ele se pôs de pé abruptamente e sua presença de alfa inundou o ambiente, me fazendo estremecer. Eu nunca o vi assim antes. — Você me via assim ou as pessoas que falavam em seu ouvido que me viam desse jeito? Você foi manipulado, Jungkook, admita isso de uma vez e pare de se esconder atrás de ‘’achismos’’. Você acha que tem provas concretas contra mim, mas não passam de suspeitas indecorosas! Naquela época, eu aceitei sua condição, arrumei minhas malas e parti junto com meus pais, mas hoje não vou permitir ouvir todas essas coisas de mim e ficar calado, você vai me ouvir dessa vez! — estipulou, sério. Jungkook estava tão surpreso com aquela reação do alfa que não conseguiu ir contra. — Sabe por que minha família não ficou ressentida por eu não assumir o trono no seu lugar? Pelo simples fato de que não tínhamos interesse no trono! De onde você tirou isso!? Você se cegou, acreditou em qualquer coisa que lhe contaram, até mesmo numa armação óbvia contra o seu ‘’melhor amigo’’. No final das contas, do que você e seu pai se diferenciam? Ele também era neurótico com traição e arruinou a vida de amigos próximos dele, assim como você fez!

— Namjoon! — exclamei, pondo-me de pé, relutando contra meus instintos de ômega para resistir à forte presença de alfa do médico, que por sinal era bastante intimidadora. — Agora você passou dos limites! Comparar Jungkook ao pai dele não vai te trazer razão! — recebi os olhos confusos do Namjoon e vi sua postura dominante vacilar, como se ele enfim tivesse se dado conta das palavras que falou. — Você preci-

— Está tudo bem, Tae — ouvi a de Jungkook atrás de mim e me virei em direção a ele. O rei permanecia sentado e não pareceu nada além de cansado diante das palavras que ouviu. — Deixe-o falar.

Eu o olhei incrédulo. Como ele poderia parecer tão impassível diante daquela fala dirigida para si? Poxa, estava tocando numa ferida de Jungkook! O que ele mais temia era justamente ser como o pai dele. Respirei fundo e busquei me acalmar, voltando a me sentar. Olhei frustrado para Namjoon, exigindo silenciosamente que ele falasse algo sobre aquilo. Ele também pareceu surpreso e imaginei que ele não esperava que eu fosse defender Jungkook daquela forma, confesso que até mesmo eu me surpreendi. Logo o médico se sentou também, parecendo mais calmo.

— Certo, me desculpe pelo que eu disse. A raiva tomou conta da razão por um momento — ele se mostrou constrangido, pois ele realmente não era assim. — Mas é que eu fico indignado de ser culpado numa situação em que sou a vítima! Você acha que eu infectaria até com meus próprios pais, Jungkook?

Eu e meu marido arfamos surpresos, em uníssono. Olhamo-nos rapidamente, ambos os pares de olhos estavam arregalados, e em seguida nos viramos para o médico, pasmos. Namjoon nunca falava sobre o passado dele, sempre foi uma incógnita, mas nunca imaginei que fosse algo tão trágico!

— S-seus pais? — Jungkook questionou, parecendo perdido.

— Então você não ficou sabendo? — perguntou, devastado. Seus ombros caíram pela melancolia, que ficou exposta em seus olhos marejados. — Quando fomos embora daqui, eles já estavam doentes. Fiz de tudo para conter a agravação da tuberculose e eles até apresentaram melhoras, mas os pulmões dos dois não resistiram. Meu pai faleceu primeiro, já minha mãe foi dois meses depois — contou enquanto nos olhava, uma lágrima escapou de seus olhos.

— Eu lamento muito — meu marido falou, verdadeiramente compadecido. Eu não estava diferente.

— Meus pêsames — pronunciei baixinho.

Eu e Jungkook nos entreolhamos e, apenas pelo seu olhar, eu soube que ele pensava o mesmo que eu: Namjoon era inocente.

— Obrigado, mas hoje em dia estou bem — o alfa limpou seus olhos. — Já que graças ao Tae eu pude voltar a esse castelo, irei comprovar minha inocência encontrando o verdadeiro culpado — a fala dele pairou no ar denso que passou a nos rodear e nós três nos entreolhamos, apreensivos.

Um silêncio totalmente incômodo se fez presente naquela sala de rei e eu engoli em seco. Se não era o Namjoon, então quem era?

* * *

Eu estava frustrado, ansioso e desesperado. E fazia questão de descontar tudo no boneco de palha em minha frente. Eu investia contra ele todos os tipos de golpes possíveis com a minha espada — dada de presente por Hoseok, após minha batalha épica contra meu pai. O pobre boneco estava aos pedaços.

Eram tantas coisas ao mesmo tempo! Eu sentia que poderia surtar a qualquer momento. Eu me sentia apreensivo porque Namjoon recolheu os materiais para examinar se eu era mesmo fértil ou não e apenas descobriremos o resultado amanhã. Não tinha como eu ficar menos ansioso. E a dúvida continuava vigente em minha cabeça. Afinal, tinha mesmo um traidor convivendo com a gente esse tempo inteiro? E quem era? O que estaria fazendo agora?

— Você sabe que não precisa mais treinar às escondidas, não é?

A voz atrás de mim me assustou, e no mesmo segundo eu ergui a espada naquela direção, na defensiva. Mas suspirei aliviado quando vi que era apenas Jungkook ali. Ele, imóvel, ergueu uma sobrancelha, olhando para a ponta da espada direcionada para ele, e eu baixei a guarda nesse instante.

— É o costume — falei. — Espera, você sabia?

— Que você estava, ‘’secretamente’’, tendo aulas de espadas com o Hoseok? Sim, eu sabia, só não quis me meter nos seus assuntos na época. Mas eu sei de tudo que ocorre nesse castelo — porém, ele se interrompeu logo em seguida, suspirando com pesar. — Bem, quase tudo.

Nós imergimos num silêncio logo em seguida.

— Você sabia aquilo do Namjoon? — o alfa questionou depois de um tempo. — Sobre os pais dele?

— Não fazia ideia — admiti. — Quando ele chegou em Haewon, parecia realmente abalado… Mas eu não sabia, Jungkook — minha voz morreu ali. Não fazia ideia do que dizer.

Eu ouvi algo retinir logo em seguida e ergui os olhos apenas para ver Jungkook tirando a própria espada da bainha — ele sempre andava com ela. O alfa a apontou em minha direção. Ela era brilhante, tinha um cabo dourado e eu tinha a impressão de que era mais pesada que a minha, parecia realmente poderosa.

— Eu o desafio para um duelo — ele falou, com um sorriso bonito e desafiador. — Vingança, pela última vez.

Sorri, recordando-me de quando éramos pequenos e inexperientes. Eu o desafiei para um duelo na primeira vez que o vi, e venci logo de cara. Meu peito se esquentou com a lembrança, só então eu soube o que ele queria com tudo isso. Talvez não fosse apenas uma revanche, mas também uma forma de ocupar nossa mente com outros assuntos. Por isso, ergui minha espada. Diferente da dele, a minha era prateada, fina e leve. Contudo era resistente, e eu podia usá-la com agilidade. Era perfeita para mim.

— Com medo, Jeon? — provoquei, usando propositalmente seu sobrenome de uma forma que nos lembrava os tempos do casamento arranjado.

— Vai sonhando, Kim — ele respondeu, debochado. Sorrimos em sincronia, ambos com olhares determinados e ambiciosos.

Eu investi ousadamente contra ele, sem hesitar, e vi que o peguei de surpresa com o golpe. Ainda assim, Jungkook se defendeu a tempo, usando sua espada como um escudo, fazendo um som alto e metálico ressoar alto pela área de treinamento. Nós sorrimos juntos. Só que o verdadeiro golpe surpresa veio logo em seguida.

Eu me abaixei de súbito, girei meu corpo e, com toda a força que pude, impulsionei minha perna contra o tornozelo do meu oponente. Essa era uma técnica que Hoseok havia me ensinado e que eu tive muita dificuldade de aprender — era realmente complicada —, por isso tive receio de não ter funcionado contra o meu alfa. Mas, quando eu ouvi um baque alto e um “caralho”, eu soube que consegui. Jungkook se encontrava no chão, apoiado nos cotovelos. Seus lábios se entreabriram e seus olhos grandes se arregalaram em surpresa.

— Ganhei — falei, astucioso.

— Você é realmente incrível… — ele disse com admiração.

E o melhor é que foi a mesma coisa que o Jungkook falou há muitos anos quando eu venci, me olhando com a mesma expressão. Sorri ao me levantar, mas mal tive tempo de corar com o elogio.

— Mas eu te deixei ganhar — falou sério enquanto se levantava do chão. Depois, começou a limpar suas vestimentas. — É uma técnica clichê, eu sabia que faria isso — ele empinou o nariz, sorrindo de lado.

— Conta outra, Jungkook. Por que não desviou, então? — cruzei os braços, ainda segurando minha espada. — Não há motivos para me deixar ganhar. Admita que sou melhor do que você — ele se aproximou com aquela pose presunçosa que antes eu odiava, mas hoje até acho atraente. Só que agora eu estava indignado demais para achá-lo sexy.

— Te deixo ganhar porque eu te amo e te ver feliz me deixa feliz, simples — ele tocou a ponta do meu nariz com seu indicador, sorrindo abertamente. Senti meus batimentos cardíacos acelerarem e um afoguear ameno subiu para minhas bochechas. Ainda assim, mantive minha postura séria.

— Lorota, você só não quer admitir que perdeu para mim — revirei os olhos. — Quando éramos crianças, eu também ganhei de você!

— Acho que também te deixei ganhar naquele dia — ele deu de ombros ao segurar firmemente na minha cintura, puxando meu corpo para mais perto. Não pude evitar me arrepiar com o ato.

— Ah, é? — arqueei uma de minhas sobrancelhas, duvidoso. — E por quê?

— Talvez porque meu coração já havia se rendido quando bati meus olhos em você pela primeira vez, eu só não percebi — respondeu, dessa vez com um sorriso diferente, apaixonado. Eu baixei minha guarda totalmente, rendido, e senti as famosas borboletas no estômago.

Mas, após alguns instantes, essas mesmas borboletas se transformaram em pequenos furacões. O meu estômago embrulhou de uma forma bizarra e eu senti um bolo se formar em minha garganta. A única coisa que pude fazer foi largar imediatamente minha espada e correr em direção a um balde de cobre que havia no canto do local. Jungkook veio apressadamente em minha direção, parecendo muito preocupado, afagando minhas costas enquanto eu vomitava.

— Você está bem? Foi algo que você comeu? — ele disparava dezenas de perguntas contra mim. — Ou eu fui muito meloso?

Depois de alguns segundos tossindo, eu consegui erguer meus olhos para ele. Eu estava extremamente envergonhado pela situação em que me encontrava — meu cabelo devia estar bagunçado e minhas vestes, amassadas —, mas Jungkook não parecia ligar. Ele só parecia extremamente preocupado comigo.

— Não sei, talvez seja o estresse...? — chutei, enxugando o canto dos meus lábios no meu traje real. — Eu não estou bem, Jungkook. Não adianta quantos duelos a gente tenha, ou quantas vezes eu destrua aquele boneco de palha. Isso não vai resolver nossos problemas… — minha voz embargou no final, porque uma sequência de lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

Não sei o que deu em mim para surtar de vez agora, mas eu simplesmente senti uma necessidade absurda de externar tudo isso que eu sentia. Jungkook enxugou minhas lágrimas e acariciou minha bochecha enquanto eu soluçava. Ele não falou nada, talvez porque sabia que eu estava certo.

Mas o que ele fez logo em seguida foi mais do que o suficiente. O alfa me pôs nos braços dele, em uma posição de recém casados. De início, senti medo, mas esse se foi assim que agarrei seu pescoço e o olhei diretamente nas orbes escuras.

— Eu sei que isso não vai resolver nossos problemas, mas eu vou cuidar de você. Estamos aqui um para o outro, lembra?

Sorri, sentindo uma última lágrima solitária escorrer. Encostei a cabeça em seu peito, e me acolhi ali, enquanto ele me carregava pelo castelo. Ele realmente cuidou de mim naquela noite, com afagos em meus cabelos dourados e com pequenas distrações, tendo Eunho como seu companheiro para me fazer sorrir.

E eu nunca me senti tão tranquilo como naquele momento.

 

* * *

 

Jimin P.O.V

 

— Ei, Yoon, para onde você está me levando? — indaguei entre risadas, observando as costas largas do alfa que me puxava pela mão, apressado.

— Vamos rápido, Jiminnie — exigiu, mas pelo seu tom de voz deduzi que um enorme sorriso estava presente em seus lábios.

Corríamos pelos corredores do enorme castelo e, por mais que eu ainda não estivesse tão habituado assim com todos os lugares que havia ali na minha nova moradia, eu sabia que Yoongi me guiava em direção à biblioteca. Alcançamos o local, que estava ausente de pessoas, mas tinha prateleiras carregadas de milhares de livros, pergaminhos e mapas, herança de décadas da família Jeon. Era um dos meus lugares preferidos, não apenas porque eu passava horas do meu dia ali, lendo, mas também porque era o melhor local para trocar uns amassos com o conselheiro real de Jungkook.

Em um segundo e já estávamos no final do corredor, escondidos atrás da última prateleira, na qual Min Yoongi pressionava o meu corpo, sedento, como se quisesse se fundir a mim. Pendi a cabeça para o lado e permiti que ele degustasse da pele de meu pescoço com lambidas e chupadas, enquanto suas mãos exploravam minha cintura por debaixo da vestimenta nobre que eu usava. Apesar de me conter ao máximo, alguns murmúrios e arfadas escapavam da minha boca e isso apenas servia como incentivo para o alfa continuar provando do meu sabor.

O aroma de lima dele se mesclava ao meu de baunilha, nossas duas presenças já estavam aguçadas devido ao ato tão intenso que ocorria entre nós dois e um arrepio percorreu todo meu corpo quando as mãos dele desceram para minhas nádegas. Enfim ele alcançou minha mandíbula com sua boca e trilhou um caminho de selares pelo meu rosto. Não demorou muito e meus lábios grossos foram capturados, o conselheiro não perdeu tempo em mordiscar meu lábio inferior. Senti sua língua travessa suplicar por passagem e instintivamente permiti que o músculo enroscasse ao meu, misturando nossas salivas apenas numa só. O beijo era apressado, como se dependêssemos dele para sobreviver.

— Não temos… — Yoongi balbuciou entre o beijo ávido — tanto tempo — suas mãos foram subindo pela minha coluna até que eu senti os fios da minha nuca serem puxados. Separamos nossas bocas somente para recuperarmos um pouco mais de fôlego e com isso grudamos nossas testas. Nossas respirações fora do compasso se chocavam uma à outra. — Jungkook me pediu para ir até o banco resolver algumas coisas e vou passar várias horas lá. Precisei te ver antes de partir.

— E por que está perdendo tempo falando?

Dessa vez, eu segurei firme na gola da roupa dele e fiz com que trocássemos de posições. Agora era eu quem prensava o alfa contra a prateleira de livros. Ele arfou surpreso, segundos antes de eu voltar a beijá-lo ainda mais intensamente, se possível. Minhas mãos percorriam cada centímetro do corpo dele, curiosas e sedentas por mais toques, ao mesmo tempo que nossas línguas brigavam por dominância. Não podíamos perder tempo.

Eu me sentia extremamente quente e atiçado, não queria apenas ficar naqueles amassos. Eu queria muito mais. O suor que começou a surgir em minha testa provou o quão ardentes eram os meus desejos pecaminosos. E eu sabia que o alfa compartilhava as mesmas necessidades que eu, bastava, agora, suprirmos nossa volúpia juntos.

Mas não tínhamos tempo para isso, sequer estávamos num lugar apropriado, a qualquer momento alguém poderia entrar e nos flagrar ali, daquele jeito. E eu também sabia que, se continuasse beijando Yoongi, se o aroma dele permanecesse ao alcance de meu olfato, eu mandaria tudo e todos à merda e me entregaria à luxúria que era estar nos braços fortes dele. Entretanto, eu tinha que me conter. Separei nossas bocas, indo contra todas as minhas vontades gritantes.

Yoon… — sussurrei, ou gemi? — Vamos parar por aqui, mais tarde nós continuamos — e enfim abri os olhos, sentindo minha respiração completamente fora dos trilhos. Notei as feições de apetite presentes no rosto do conselheiro e isso não me constrangeu, afinal, eu me encontrava da mesma forma, era perceptível pela elevação em minha calça, e pela lubrificação que começou a se formar entre minhas nádegas.

— Certo, Jiminnie — ele assentiu vagarosamente, ainda bêbado e desconcertado. Estava avermelhadinho ao redor de sua boca, o que denunciava os meus maus-tratos. — Quando eu chegar, quero experimentar da sua boca novamente — ele se aproximou, contornando meus lábios grossos com seu polegar. — Já te falei o quanto a amo?

— E eu amo você.

Ele direcionou seus olhos felinos em direção aos meus, levemente surpreso, e de súbito senti minhas bochechas afoguearem enquanto meu estômago revirava. Yoongi sorriu satisfeito e aproximou o rosto para me deixar um selar úmido em minha boca.

— Eu também te amo — disse e deixou um último afago em minhas bochechas. — Até mais tarde.

Ele se virou e foi embora. Fiquei no mesmo lugar, estático, o observando se afastar, procurando me manter em pé após sentir tantas emoções de uma vez só. Não importa quanto tempo passasse e quantas vezes eu ouvisse aquela voz afável dizer que me amava, os efeitos sempre seriam avassaladores. Repousei ambas as mãos na prateleira, buscando apoio até que eu me recuperasse.

Depois de alguns minutos, finalmente me situei e me dirigi para o início da biblioteca. Eu precisava encontrar um outro livro para ler, tendo em vista que acabei um recentemente e ansiava por tudo devorar aquela biblioteca repleta de novidades. Eu amava a do outro castelo, mas já li todo seu conteúdo pelo menos duas vezes. Conteúdo fresco me deixava desestabilizado.

Eu estava de frente para a prateleira de Economia quando senti o tecido de minha roupa ser puxado delicadamente por alguém, e o mais surpreendente de tudo era que esse alguém era muito menor do que eu.

— Eunho! — sorri, deixando de lado o livro que eu segurava, me abaixando de frente para o alfinha.

— Oi, tio Ji… — ele pronunciou baixinho e acanhado, sem conseguir manter um contato visual comigo. Eunho ainda era muito vergonhoso e estava se acostumando com a nova vida num castelo, mas o amor que recebia de todos nós com certeza o fazia se sentir mais acolhido ali.

— O que desejas, pequeno príncipe? — questionei, tirando alguns fios negros de sua testa e arrumando a coroa prateada que estava torta. Percebi que em seu rostinho havia manchas de tinta azul e amarela, e ele tinha um pincel em mãos. Estava pintando, como sempre.

— Hmm, bem... — ele mexia o corpinho de um lado para o outro, de um jeito adorável. — Antes, o senhor precisa prometer que não vai contar nada pra ninguém — pediu e finalmente recebi seus olhos acastanhados e brilhosos, mas me preocupei imediatamente quando notei que eles estavam um pouco inquietos. — Você promete, tio Ji? — ele ergueu seu mindinho em minha direção, com um ar sério, como se aquilo fosse realmente um acordo de extrema importância.

Uma onda de nostalgia reverberou pelo meu corpo diante daquela imagem e de repente foi como voltar para minha infância, quando eu e Taehyung tínhamos a mesma idade de Eunho.

‘’Qual é o seu sonho, Jiminnie?’’ — Taehyung perguntou. Nesse dia, estávamos brincando escondido debaixo da mesa do pai dele, dentro da sala de rei. Tínhamos apenas 8 anos de idade.

‘’Hm, eu não sei ainda. Eu só sei que gosto de ajudar as pessoas, e quero ser alguém que vai sempre fazer o bem.’’

‘’Que legal! Acho que os conselheiros fazem isso. Ouvi dizer que eles sempre sabem o que é certo a se fazer.’’

‘’Jura?’’

‘’Sim, papai fala que um rei não existe sem um conselheiro. Então deve ser alguém muito importante, né?’’ — lembro muito bem da expressão fofa que ele fez naquele momento ao pensar sobre o assunto.

‘’Realmente, Taetae. Ainda mais porque eles ajudam reis, né?''

"Sim.''

''Mas e você? Já tem um sonho?’’

‘’Tenho! Eu quero ser rei um dia, mas desses bem legais, sabe? Papai me disse que isso é sonho passageiro de criança, que depois vou mudar de ideia, mas não sei, não, viu? Consigo me imaginar governando, com um trono, coroa e tudo mais.’’

‘’Então você quer ter súditos e servos?’’

‘’Eu não gosto muito desses nomes. Acho que quero ter amigos ao meu lado. Mesmo aqueles que vão me ajudar ou fazer as coisas por mim, vão ser todos meus amigos. E, assim como você, eu também quero fazer o bem’’ — me recordo da forma intensa que meus olhos brilharam com aquelas palavras do ômega. ‘’Você vai ser meu melhor amigo pra sempre, não vai, Jiminnie? Quero que esteja lá quando eu me tornar um rei de verdade.’’

‘’Eu vou estar, Taetae.’’

‘’Promete?’’ — ele ergueu o pequeno mindinho.

‘’Prometo’’ — e selei aquela promessa, enlaçando meu dedo ao dele. ‘’Eu vou ser seu conselheiro.’’

— Titio? — Eunho chamou, me resgatando do passado, e tive que piscar os olhos para dispersar as lágrimas de emoção. Quando voltei à realidade, encontrei a criança com o dedinho ainda levantado em minha direção. Funguei antes de abrir outro sorriso, dessa vez mais amplo. — Promete? — ele repetiu.

— Prometo — respondi, envolvendo meu dedo ao dele.

— Certo… — sorriu aliviado, como se aquela promessa tivesse lhe trazido segurança. — Eu sei que você é o conselheiro do meu pai, mas será que você pode me aconselhar numa coisa? Eu juro que te dou um desenho depois.

Foi inevitável sorrir, ele era realmente muito fofo e eu nunca resistia, sempre queria apertá-lo contra meus braços. É claro que eu jamais negaria algo para ele.

— Não precisa me dar um desenho em troca de conselhos, pequeno príncipe. Nós, conselheiros, somos treinados para fazer o bem e para ajudar. Quando você crescer e se tornar um rei, terá um conselheiro também — expliquei mansamente.

— É sobre isso que quero conversar… — ele falou num murmúrio, abaixando a cabeça, fitando os próprios sapatinhos nobres. — Eu não quero.

— Não quer ter um conselheiro? — questionei, confuso.

— Não quero ser rei.

Me surpreendi e nem consegui disfarçar isso. Meus olhos arregalaram e eu analisei a expressão de extrema vergonha dele, que agia como se tivesse confessado um crime, ou um segredo proibido.

— Oh — foi tudo o que consegui pronunciar antes de engolir em seco. Eu realmente não esperava por algo assim. — Não quer ser rei…?

— Não — ele negou com a cabeça, devagar. — O papai Tae tem falado muito disso pra mim, mas eu não quero. Também teve aquele dia quando a gente voltou pra cá que o papai Kookie tava muito bravo brigando com aqueles moços, querendo que eu fosse o herdeiro do trono… Eu não sei o que fazer, tio Ji, não quero deixar meus papais tristes — ele levantou os olhinhos brilhantes para mim e percebi que ele estava prestes a chorar. — Ainda mais esses papais. Eles já foram tão legais em me querer como filho, eu pedi tanto por isso, titio. Pedi muito pro papai do céu — a primeira lágrima dele escorreu e eu senti meu peito se contrair. — Eu não quero voltar pro orfanato.

— Oh, meu bem — eu o abracei, tentando passar a sensação de que estava tudo bem. Confesso que fui pego de surpresa por aquela situação, pois eu realmente não esperava que Eunho não se interessaria pela realeza ao ponto de não querer ser rei, mas eu tinha que passar segurança para ele. Ele precisava se sentir acolhido. — Você não vai voltar para lá, pequeno. Está tudo certo, não tem nada de errado em não querer ser rei. Veja só, seu tio Taehye também não quer ser rei.

— Eu sei, titio Ji, mas é que meus pais vão ficar tristes e eu não quero ir embora daqui — o choro dele se intensificou e meu coração se comprimiu no peito. — Mas eu também não consigo me ver como rei, eu quero só pintar. E se meus súditos não gostarem de mim? Eu ia ficar tão triste! O que eu faço?

— Primeiro de tudo: você precisa respirar fundo e se acalmar — falei afável, limpando as bochechas dele, vendo-o assentir ao mesmo tempo que tentava controlar o pranto. — Segundo: você tem dúvidas de que seus pais te amam, Jeon Eunho? Você não vai voltar para aquele orfanato, seu lar agora é aqui, conosco. Você tem uma família, que inclusive te ama muito e é capaz de fazer tudo por você. Eles querem provar isso te colocando como herdeiro, porque acham que é o que você deseja, mas tenho certeza de que, quando eles descobrirem que não é o que você realmente quer, eles vão entender — acariciei o cabelo sedoso dele.

— Você acha, tio Ji?

— Não tenho dúvidas.

Bem, não era uma total verdade essa minha última fala, eu não tinha tanta certeza daquilo. Sempre foi um sonho de Taehyung ser rei e para ele conseguir isso, teve que lutar muito, e sozinho, sem o apoio de seu pai, e sua mãe nunca se posicionou a favor de sua batalha. E agora Eunho, que tinha seus dois pais indo contra uma sociedade inteira para que ele possa herdar o trono, simplesmente não queria ser rei. E tudo bem. Eu entendia que não tinha nada de errado nisso, mas eu esperava muito que Taehyung entendesse também.

— Se não quer ser um rei, então qual é o seu sonho, Eunho? — indaguei, notando que ele havia se acalmado um pouco mais.

— Eu quero ser um pintor quando crescer, titio. Quero trazer alegria pras pessoas com minha arte, quero fazer o bem pra todo mundo — fungou. — Como eu falo isso pra eles? Eu nem sei como consegui falar com você!

— Ei, calma, calma — falei, me aproximando ainda mais dele. — Não precisa falar com palavras exatamente, como fez aqui comigo. Fale do jeito que você consegue.

— Como?

— O que você mais gosta de fazer?

— Pintar — respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e realmente era, bastava olhar para seu rosto manchado de tinta e para sua mãozinha que segurava o pincel fortemente, como se aquilo fosse um amuleto da sorte.

— Pois então — toquei o narizinho dele, sorrindo abertamente com a expressão fofa que ele fez. — Use sua própria linguagem, pequeno.

Ele parou para refletir sobre aquilo por um momento. Depois, seu rosto se iluminou de imediato.

— Oh, titio! Você me deu uma grande ideia! Me sinto inspirado agora, preciso ir! — ele jogou seus bracinhos ao redor do meu corpo, num abraço apertado repleto de gratidão e leveza, denunciando o quanto aquela conversa fez bem para o coraçãozinho dele. — Muito obrigado, titio. Você realmente me ajudou. Papai tem sorte de ter você como um conselheiro.

Falou e foi embora, saltitando, sem se dar conta de que suas últimas palavras me atingiram fortemente. Eu ainda estava emocionado pela volta no tempo que fiz rapidamente há poucos minutos atrás, e as palavras de Eunho vieram para me desconcertar ainda mais.

Meus olhos se encheram de lágrimas, borrando a imagem da criança correndo feliz pelo corredor do enorme castelo. E eu nunca tive tanta vontade em ter um filho como agora.

 

* * *

 

Taehyung P.O.V

 

Meu estado de nervosismo era tão grande que eu comecei a roer as unhas. Sério, era deplorável me ver daquele jeito, mas não tinha como ser diferente! Jungkook entrelaçou seus dedos nos meus, que até então estavam em minha boca enquanto eu mordia incessantemente cada pedacinho de unha restante.

— Amor, calma — ele falou baixinho, buscando me tranquilizar. Eu senti por causa da marca que ele estava angustiado em me ver daquele jeito, mas suas palavras me irritaram.

— Caramba, não me sinto nervoso mais! — ironizei enfaticamente com um sorriso no rosto para em seguida olhá-lo sério. — Palavras não vão me ajudar no momento, Jungkook — falei o óbvio.

Apesar da minha acidez, meu marido apenas se inclinou para frente e depositou um selar em meus lábios, gostoso, lento e doce, como se buscasse passar calmaria através daquele beijo. E isso ajudou muito, pois senti meus batimentos cardíacos desacelerarem consideravelmente.

— Então acho que beijos poderão ajudar, hm? — ele murmurou antes de voltar a se aproximar do meu rosto, me beijando outra vez. Sorri contra os lábios dele.

Um pigarro cortou o ambiente e eu e meu alfa nos distanciamos, encarando a pessoa que havia acabado de adentrar a nossa sala real. Estávamos apenas nós três ali no cômodo, e Namjoon possuía uma expressão ilegível. Eu não sabia decifrar seu rosto e isso me incomodava demasiadamente.

— Você já tem o resultado do exame, Nam? — indaguei com a voz fraca, sentindo todo o pavor de minutos atrás retornar. Jungkook deu um pequeno aperto em minha mão, tentando de novo me deixar tranquilo, mas agora eu também o sentia incomodado e ansioso.

— Tenho — ele respondeu, sem nos olhar. Isso me deixou ainda mais aflito.

— E então, Namjoon? — Jungkook interveio, preocupado.

— Tae… — finalmente o médico levantou os olhos para mim e eu senti um choque reverberar por todo meu corpo. Eu já sabia o que ele ia dizer. — É impossível você ser infértil. Você está grávido.


Notas Finais


jaque patombá, tombamos 🤯
kkkkkkk muitas informações nesse capítulo! genteee, o teteco tá gravidinho! 🥺 gostaram? rs

o q vcs acham da história do Nam? será q ele tá falando a verdade? e como vcs acham q os taekook vão reagir qnd souberem q o Eunho não quer ser rei? 🤔 nos deixem saber! cada comentário é um voto na Karol Conká 👀 kkkkkkkk

esperamos meeesmo que tenham gostado! e obrigada pelo apoio, vocês são incríveis! 💜💜💜
AGORA A FIC TEM HASHTAG!!! É #tkreino💜 usem pra gente interagir no tt! 🥰

Com amor, @felicity_nown e @m4ry_tk
Nossos tts: @/felicity_nownn e @/m4riihreis
hashtag da fic: #tkreino
link do grupo no wpp: https://chat.whatsapp.com/HXPxPUqrigOLd4phfy6hXd

Deem uma olhadinha em nossas outras fanfics:
Aceito? Aceito! (taekook/5 caps/finalizada): ~> https://www.spiritfanfiction.com/historia/aceito-aceito-taekook--vkook-19260245
Três é melhor do que dois (taekook/abo/vottom): ~> https://www.spiritfanfiction.com/historia/tres-e-melhor-do-que-dois-taekook--abo-20695893


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...