1. Spirit Fanfics >
  2. Halo Part II, Toda Sua. >
  3. Alone

História Halo Part II, Toda Sua. - Alone


Escrita por: LOOHOOLIGAN

Capítulo 33 - Alone


Dizem que o tempo ameniza
Isto é faltar com a verdade
Dor real se fortalece
Como os músculos, com a idade

É um teste no sofrimento
Mas não o debelaria
Se o tempo fosse remédio
Nenhum mal existiria

Emily Dickinson

 

Bruno on

 

— boa tarde   .

A presença delas iluminou a sala.

—que surpresa mais linda.

Meu irmão se manifestou largando as baquetas na bateria mesmo para cumprimentar a Ella e as minhas filhas, os outros seguiram junto com ele.

—espero que a gente não esteja atrapalhando.

O seu sobre tudo rosa deixava ela tão linda.

—imagina, já estava na hora de ter uma mulher pra dar um ar mais bonito com esse bando de machos.

— Ei! E eu sou o que?

Ana disse rabugenta enquanto tinha uma das minhas filhas nos braços.

— Ana você sabe que é um caso aparte aqui.

Phill respondeu a ela que beijou a cabeça da minha menina que deu um sorriso a ela.

— sei.

—deu o dia pra dar uma volta?

Passei meu braço pela sua cintura e ela confirmou.

—sim, queria sair um pouco, espairecer.

—ainda bem que elas parecem com você Ella.

A gargalhada foi uni sonora.

Ela apenas negou com um sorriso no r osto.

—não diga essas cosias Kam.

— ainda vai pra NY Ella?

Ana perguntou.

— ainda não sei, mas estou aguardando uma ligação da Sylvia.

— você estava incrivelmente linda lá.

Colocou a mecha de cabelo atrás da orelha com as bochechas coradas. Tipicamente quando ela estava com vergonha.

— obrigada.

Elas permaneceram ali por alguns instantes, assistindo aquela cena eu tive mais certeza de que eu precisava contar a Ella sobre aquele assunto delicado.

 

Mas como?

 

—encontro vocês em casa ok? Não vamos demorar aqui.

—ok, Ana por favor, me ajuda com elas?

—claro.

A beijei antes que ela saísse, Ana a acompanhou

 

 

Ella on

 

- como você aguenta eles Ana?

Dou um sorriso divertido fechando a fivela do cinto da

cadeirinhas me certificando que minhas meninas estejam seguras.

- ah minha querida Ella é experiência meu amor .

Ela bate a porta traseira junto comigo.

- uma pena que vocês já vão, ah diz pro ingrato do meu irmão que eu ainda estou viva tá?

Ela sorri pra mim já se afastando.

- pode deixar, na verdade, não tenho falado com ele esses dias.

- mas talvez vocês se encontrem em New York né?

- provavelmente.

- bem , vou indo.

- eu também.

Algumas pessoas transitam pela calçada dos edifícios e o fluxo dos carros circulando se tornava cada vez fluente.

Meus dedos estavam curvados na maçaneta da porta do carro, minha bolsa já estava no banco ao lado do meu quando eu ouço o meu nome.

- Ella.

Girando meus pés e me encostando vagamente na lataria do meu automóvel me deparo com uma moça muito bonita, de porte elegante e requintado, cabelos brilhantes e um rosto vagamente familiar pra mim, na verdade muito mas muito vago.

- eu mesma.

- um prazer em fim conhecer a esposa do Bruno.

Minha cabeça tombou para a direita e minhas sobrancelhas ergueram-se ao ouvir ela dizer seu nome com intimidade mas mesmo com certa curiosidade fui educada em corresponder ao seu gesto de estender a mão pra mim.

- como você conhece o meu marido?

Considerando que ambos de nós éramos pessoas conhecidas, seria uma pergunta consideravelmente estupida.

- eu fui noiva dele.

Pamela. Me lembrei rapidamente da história que ele havia me contado quando ainda 

éramos apenas amigos.

A essa altura eu estava com inúmeras perguntas formuladas na minha cabeça.

- mas como....?

Não consegui completar minha própria frase .

- é complicado... bem eu realmente preciso ir, foi um prazer conhecer você.

Pena que eu não podia dizer o mesmo.

- igualmente.

Aturdida com o que acabara de acontecer, permaneci imóvel dentro do carro, o que significa isso? Minha cabeça girava como um liquidificador ligado no 220. Disposta a tirar isso a limpo mais tarde eu respirei fundo antes de tomar o caminho de casa.

 

 

Bruno on

 

—você precisa contar a ela meu amigo.

—a cada dia que passa eu me convenço mais disso.

—o que as moças tanto falam?

—vamos, diga ao Eric.

Phill pressionou e eu não tive escolha a não ser contar a verdade.

A medida que eu explicava mais espantados eles pareciam ficar,

— como é que é?

Ana fez questão de ser ouvida quando praticamente jogou a porta em baixo.

— você perdeu o juízo ou você nunca teve?

Ana praticamente gritou comigo enquanto se deixava ser tomada pela revolta. E pela cara dos rapazes ela não era a única.

— meu Deus! Ela era minha amiga, eu conhecia perfeitamente a minha amiga, como assim do nada ela simplesmente aparece do infinito e além?

Já era a decima vez que ela dava mais uma volta em círculos, estava começando a me deixar tonto pra inicio de conversa, e por falar em inicio, ela só soube dessa porque eu não tive muita escolha já que ela entrou no instante em que eu estava contando para os rapazes.

— Ana calma.

— como assim “ Ana calma” calma é a ultima coisa que eu estou, meu querido.

Bufando na minha frente, ela em fim parou, colocando as mãos nos quadris.

— estão vendo? Por isso que eu ainda não contei para a Ella.

Deixei a cabeça pesar para baixo e juntei as mãos por sobe as minhas coxas.

— e você queria que eu agisse como? “ ai meu Deus que bom que a minha amiga voltou, você não quer se separar da sua esposa e retomar o noivado? Quer que eu seja a dama de honra ou a madrinha? NÃO espera.

Ergui o olhar e ela fingia pensar com o dedo no queixo.

— pergunte a Ella se ela não quer o cargo”

Sorriu sarcástica.

—  Ora Bruno da um tempo. Cadê a honestidade?

— mas isso é um assunto meu Ana entende isso droga!

Exclamei começando a ficar impaciente já que o seu humor acido estava começando a me irritar

— não Peter Gene Hernandez quem tem que entender uma coisa aqui é você, quando você era solteiro, solto, jogado na vida, seus problemas eram assunto exclusivamente seus e ninguém, absolutamente ninguém, tinha nada haver com o que você fazia e deixava de fazer, tó errada?

Não respondi, a saliva ficou atravessada na minha garganta.

— mas quando suas irmãos, a mulher que atualmente é a sua esposa e eu trabalhamos juntas pra uma cerimonia com toda a pompa e circunstancia acontecer e quando você disse sim pra essa mulher que esta em indo pra casa uma hora dessas, seus problemas deixaram de ser só seus, meu querido, são dela também, no momento em que ela aceitou você.

Droga, odiava quando ela estava certa.

 

Sabe aquelas musicas chatas que você ouve uma vez e elas martelam bilhões de vezes na sua cabeça? Era exatamente assim que a voz da Ana estava na minha enquanto eu dirigia pra casa.

 

 

Ella on

 

 

- Norma, você trabalha com o Bruno há bastante tempo não é?

- pode apostar que sim.

- será que eu poderia falar com você sobre a Pamela?

Minha curiosidade era maior do que a hesitação de perguntar sobre a ex dele. Com as meninas ao meu lado na área externa iniciei a conversa.

Ela pareceu surpresa com a minha dúvida, talvez o fato de eu nunca ter tocado no assunto tenha sido a causa do seu susto.

- bem, ela era uma moça muito bonita, simpática e muito bem educada mas por que a pergunta?

Seria sandice dizer, seria um absurdo no mínimo, porque afinal de contas ela está morta, ou pelo menos deveria estar.

A única vez que ele havia tocado no seu nome, foi pra me explicar a inspiração de uma das suas músicas.

- não é nada, só curiosidade mesmo.

Disfarcei com um sorriso .

Mas na realidade não estava ficando nada mas nada bem. muito pelo contrario.

O sol começava a se colocar por trás das montanhas e as nuvens se dissipavam no entardecer Californiano.

Sentindo o aroma de algumas das flores do jardim eu quis permanecer ali por mais alguns instantes, me perguntei por que ele nunca me contou isso era a pergunta que mais me atormentava naquele momento, os seus ciúmes e cuidados excessivos sempre foram discussão em cheque mas as suas omissões de fatos pareceram doer um pouco mais do que qualquer fato destes.

 

                                        Me afastei aos poucos do horizonte lá de fora e bati a porta quando entrei, mesmo amamentadas, trocadas e perfumadas elas se recusavam parar de chorar, e isso estava me atordoando.

Norma e eu subimos as escadas com cuidado, no quarto, ela obteve mais sucesso do que eu.

- quer que eu...

- não obrigada, eu consigo.

Ela se retirou me deixando a sós com elas.

Percebi que para acalmá-la eu precisava me acalmar, estar com elas sempre me deixava mais relaxada e as tensões pareciam que ficavam do lado de fora.

 

 

Soprando o ar por ter finalmente feito ela adormecer, dei um beijo nas duas antes de sair.

 

A medida que a hora passava, mais impaciente eu ficava.

 

Offer Nissim feat Maya

- Alone​


Eu olho para você e vejo

Alguém que eu não quero ser

E está levando muito tempo para eu perceber

Estou melhor sozinho

Todas as vezes que você me disse mentiras

E você sabe que isso acontecia muito

E é hora de perceber

Estou melhor sozinho

Sozinho


 

Eu olho para você e vejo

Alguém que eu não quero ser

E está levando muito tempo para eu perceber

Estou melhor sozinho

Todas as vezes que você me disse mentiras

E você sabe que isso acontecia muito

E é hora de perceber

Estou melho  

sozinho

Sozinho

 

 

 

Pela janela, constatei minhas suspeitas, ele havia chegado, de repente minhas duvidas se transformaram em raiva.

Estava na hora de dar um basta nisso. Seu perfume me fez querer vomitar quando ele entrou e a sua presença só aumentou ainda mais a minha ira.

 

 

— o que foi?

Seu rosto era tomado pela interrogação quando eu desviei do seu possível beijo.

— nada.

Digo com indiferença, o encarando como se eu estivesse vendo um completo desconhecido.

— quem é você?

Sua duvida pareceu maior.

— como é?

— porque por mais que eu force...

Com os olhos franzidos junto meus dedo a minha cabeça.

— eu sinto que estou do lado de um desconhecido.

— do que esta falando?

— a pergunta certa não é de que, e sim de quem,

Cruzei os braços e o olhei seriamente.

— não tem ideia de quem eu possa estar falando?

Apenas negou com o rosto.

— te dou uma pista, começa com P, p de Pamela.


Eu estou deixando você agora

Eu quero que você saiba

Eu sei o que quero e eu sabia o tempo todo

Eu não conseguia te largar, mas não ficarei mais aqui

Então eu estou deixando você, baby

Eu não posso esquecer a dor que senti

Tudo o que você disse

Como você está me deixando louco

E o quanto você me fez sentir mal e sozinho

Desta vez eu vou seguir em frente

 

 

— pode me explicar isso Peter?

— eu queria ter te contado.


 

Eu estou te deixando, não preciso mais de você

Sozinho

Eu estou te deixando, não preciso mais de você



 

Eu estou deixando você dessa vez

Eu não deixarei você brincar com minha mente

E eu estou seguindo com a minha vida


 

Desta vez eu estou deixando você pra trás

Todas as vezes que você me disse mentiras

E você sabe que isso acontecia muito

Agora é hora de eu perceber que

Estou melhor sozinho


 

Eu estou deixando você agora

Eu quero que você saiba

Eu sei o que quero e eu sabia o tempo todo

(Eu quero que você saiba)

Eu não conseguia te largar, mas não ficarei mais aqui

(te deixando, não preciso mais de você)

Então estou indo embora, baby

Eu não posso esquecer a dor que senti

(Partindo baby)

Tudo o que você disse

Como você está me deixando louco

E o quanto você me fez sentir mal e sozinho

Desta vez eu vou seguir em frente

 

 

 

—por que você não me contou? Você não confia mais em mim?

Sei que pode parecer estúpido, totalmente idiota. Mas eu me sinto traída. Traída por causa da sua omissão, seus ciúmes que antes já me eram tão inconveniente agora também ele me omite as coisas? Não, não quero algo assim.

- é assim que você quer que dê certo? Omitindo as cosias de mim? Você não tem noção do quanto você me magoou, eu sinto muito mas pra mim.

Minhas mãos tocaram o meu peito.

- é a gota d'gua, talvez New York seja uma boa coisa agora.

- Ella...

- não, por favor.

Limpei os olhos.

- eu vou mas quando eu voltar conversamos sobre as meninas e o divórcio.

- como?

- isso o que você ouviu, pra mim chega, não posso dividir minha vida com alguém que não quer dividir a sua comigo, eu amo você.

Toquei o seu rosto com cuidado e me certifiquei que meus olhos fitassem os seus.

- mas eu quero mais, e é algo que você não pode me dar.

- Rafaela...

- não Peter, eu queria você por inteiro mas não dá, se eu tivesse visto isso antes eu não estaria me sentindo assim.

- assim como?

- enganada.

Fiz questão de dormir em outro quarto.

 

 

 

 

- espero que dê certo.

Ouvi ao longe a voz do Daniel ao meu lado mas a minha cabeça até poderia estar em cima do meu pescoço porém ela estava viajando.

- o que? Me desculpa...

Digo sem jeito parando no corredor.

- Ella me desculpe se parecer invasivo mas...o que houve? Você parece tão distante.

- eu tentei mas eu não consegui me concentrar, eu tentei mas.

Me calei me dando conta de que estávamos no meio do corredor.

Olhei para os lados.

- entendi, você quer voltar pro hotel?

- por favor.

 

 

 

 

-obrigada por me trazer.

Larguei o cartão chave junto com o meu celular e a minha bolsa na mesa de centro.

- de nada.

-olha se você não quiser dizer tudo bem...

- não, tudo bem, eu preciso conversar com alguém se não eu vou enlouquecer...

 

Eu poderia conversar com a Ana por telefone, com a Débora, mas eu não queria perturbar ninguém com os meus problemas. Não que Daniel seja a última opção.

- tenho tido alguns problemas com o Bruno.

Assentiu.

- vocês já conversaram?

 

- não, na verdade eu não quis por que.... a situação é seria demais pra eu poder deixar passar, além de mentir pra mim ele não confiou em mim, isso me magoou, eu achei essa viagem conveniente porque eu queria pensar mas a verdade é que eu não

sei o que pensar, eu me dei mas não recebi de volta, não que eu esperasse receber, mas eu queria um amigo além de um marido,

companheirismo.

Suspirei.

- nossa, é uma situação complicada.

- demais, ainda tem a Bernnie e a Beatriz...

- são suas filhas? Ana me disse que v ocê tinha duas.

-são sim, e eu penso tanto nelas, foi horrível me afastar delas mas valeu a pena mas elas, elas são tão indefesas, elas precisam da gente.

Me senti frágil demais pra continuar o encarando.

- Ei Ella, calma, você é uma excelente cantora, se mostrou uma atriz extraordinária, e Ana me contou que você já passou por poucas e boas.

- é verdade, e ele estava comigo o tempo todo.

- pois então, já são seis anos não é?

- são sim.

Molhei minhas mãos com as minhas lágrimas quando enxuguei meus olhos.

- você é forte ela.

- obrigada Daniel, de verdade, você e a Ana tiveram muito tempo  pra conversar sobre mim né?

Mudei de assunto.

- um pouco.

Ele adotou uma postura elegante com as pernas apoiadas uma sobe a outra e a sua mão no joelho deixava mais sério.

Seriedade está que foi para o espaço quando ele me sorriu.

 

 

- obrigada Daniel.

Abri a porta para ele.

- de nada Ella, eu sei que nossa aproximação inicialmente foi um pouco adversa mas você pode contar comigo.

- obrigada.

- tenta ficar bem está bem?

-sim.

Seu abraço foi caloroso e demorado antes que eu fechasse a porta.

 

 

 

 


Notas Finais


ihhh que o caudo intornou, agora o negocio ficou serio. será que vao mesmo? hum, eis a questao.
https://www.youtube.com/watch?v=cp7aauayyto


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...