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História Happy With You - Billie Eilish and Melanie Martinez - Quarto Vermelho


Escrita por: iCloe

Capítulo 21 - Quarto Vermelho


Fanfic / Fanfiction Happy With You - Billie Eilish and Melanie Martinez - Quarto Vermelho

Narradora

Muitos têm seus problemas, porém, para a garota de roupas largas, a maioria são difíceis de resolver. Perguntava-se se tudo aquilo era real, queria descobrir se sua vida realmente valeria a pena. Segundo seus pensamentos, a garota vivia em um filme de terror o qual nunca acabava. Presenciando um lugar que jamais imaginaria estar, as coisas que descobria faziam com que se sentisse pior pelo seu pai. Como qualquer um que passaria pela mesma situação, a garota ansiava saber tudo o que se passava.

Os seguranças dali, permaneciam vigiando a jovem que mantinha-se sentada no chão frio apoiando os braços nas pernas flexionadas. O aroma do cigarro que saía da sala após a porta ser aberta, espalhava-se por toda a região chamando a atenção da garota que avistava o velho acompanhado de um funcionário.

- Na boa, vai demorar muito essa merda?

- Esperamos que não

A jovem suspirava preocupada, mal sabia o que poderia acontecer. Não sabia o que estava se passando naquela casa no momento, tampouco o que decidiriam fazer.

Os homens voltaram para a sala enquanto a garota permanecia sentada no chão. Aproveitara que ninguém a vigiava para ouvir a conversa que vinha da sala.

- Eles estão chegando, Andrew

- E o que pretende fazer com a garota?

- Você terá de executá-la, mas... não agora

- Você tem certeza, senhor? Achava que não estava em nossos planos

- Resolvi mudá-los, só a isole no quarto vermelho

Ao perceber que a porta seria aberta, voltara imediatamente para onde permanecia para não correr nenhum risco de ser flagrada. A porta fora aberta saindo o funcionário de lá de dentro, que desconfiava da garota após vê-la se sentar. Aproximando-se da mesma, o homem estendera sua mão para ajudá-la a levantar, para que pudesse acompanhá-lo.

- Pra onde a gente vai? - Indaga enquanto o homem ficara em silêncio continuando a caminhar.

Os dois saíam do galpão indo em direção a uma área afastada. Lá dentro, andavam em um corredor escuro do andar de cima, até que o homem parara de andar abrindo a porta que se encontrava ali.

- Entre, por favor

Nervosa, a garota adentrara a sala sem saber o que aconteceria, mas fora surpreendida ao ver o homem sair dali, deixando-a trancada e sozinha.

Ciente do que ocorreria no futuro, resolvera dar um jeito de fugir dali o quando antes, mas não conseguia pensar em como realizaria tudo. Olhando ao redor do cômodo de iluminação vermelha, havia apenas uma janela que logo depois fora aberta por ela. Embora o cômodo ser no segundo andar, não hesitara em pular, embora existisse a possibilidade de sofrer lesões graves. Pronta para pular pelo desespero de sobreviver, a porta é aberta antes que pudesse prosseguir. O segurança puxa a garota afim de afastá-la da janela e a mesma começara a violar o homem. Sem deixar de revidar, o segurança, fortemente socara diversas vezes a barriga da mesma dando uma cabeçada brutal em seguida, deixando-a inconsciente. Mesmo inconsciente, não deixara de levar diversos chutes no corpo. Caída no chão fora carregada pelo homem que ia ao último cômodo do corredor, encontrando no mesmo seu patrão sentado assistindo uma programação enquanto bebia e fumava.

- A garota tentou fugir, senhor

- Bem que eu imaginei que aconteceria... Deixe-a aí, quero que você busque mais sorvete

O homem obedeceu a ordem enquanto o velho terminava de assitir a programação. Até que finalmente terminara o programa, o velho apagara o cigarro no cinzeiro, se levantara caminhando em direção a jovem caída para observar os ferimentos presentes em seu rosto. Quando se deu conta de que seu funcionário demorava, fora atrás do mesmo para ver o que estava fazendo. Chegando no galpão, o homem desmaia após levar uma pancada na cabeça.

- Ele apagou! Vai!

- Mas e se tiver mais alguém?

- Não tem mais ninguém, Melanie, esse foi o último, não se preocupe... Agora vai!

Confiando no rapaz, a garota fora a procura da irmã do mesmo, seguindo em direção a área afastada do depósito. Com precaução, procurava por toda a parte, entretanto, não encontrara. Todavia, o único lugar que não presenciara, fora no andar de cima, que para sua esperança, pudesse estar o que desejava. Lentamente, passava pelo corredor escuro que se encontrava dois cômodos. A garota adentrara o primeiro segurando fortemente o bastão de ferro que estavam em suas mãos. Ao olhar ao redor do cômodo, pensara já ter visto aquele lugar antes. Suas mãos estavam trêmulas e seu rosto suava frio. Prosseguia indo em direção ao último cômodo do corredor enxergando uma televisão ligada e sentindo um forte aroma de cigarro misturado com álcool. Presenciando o lugar, viu uma garota ensanguentada, deitada no chão tremendo. Após ver aquela cena, a que estava de pé, passara por um dejavu.

Flashback on.

- Ela precisa de você, garota

Flashback off.

13 horas antes

Chegando ao destino, o jovem estacionara o carro na garagem de casa. Com a temperatura caindo cada vez mais, andara o mais rápido possível para aquecer seu corpo no seu conforto. No entanto, não esperava que a porta estivesse quebrada, o que levara a pensar que sua casa havia sido envadida e, no mesmo momento, imaginara quem teria feito tal atrocidade. No mesmo instante, seu pai chega saindo do carro que se encontrava na frente de casa. Caminhando em direção ao filho, o homem percebe a expressão de choque do mais novo.

- O que foi, Finneas?

- Eles entraram aqui!

Ao entrar no carro, pegara o primeiro objeto que viu, o trava volante do carro, e andara devagar afim de se defender. Mesmo não sendo tão útil se defender daqueles grandes homens com um objeto de ferro utilizável para o veículo, teve esperança de que não aconteceria nada mais grave. Os homens adentraram o local sem pressa, pois sabiam da possibilidade daquilo ser uma emboscada. Com precaução, os dois tiveram a certeza de que a casa estava vazia. Contudo, o único cômodo não visto, fora o de Billie, sendo assim o último que o irmão da mesma adentrara.

- Pai! A Billie! Cadê ela? - Disse em um tom alto e o homem não o respondia, embora fosse óbvio que o mais velho não saberia. Olhara ao redor do cômodo e percebera que o aparelho de celular da irmã estava em cima da cama. O jovem ajoelhou-se afim de derramar suas lágrimas já formadas pelo seu desespero. - Pai, eu acho que... eles levaram a Billie... - Disse ofegante e com a voz embargada enquanto o que se mantinha em pé, socava a parede afim de descontar sua raiva.

- Puta merda! Eu tava fazendo tudo certo, eu daria uma parte do dinheiro logo... Maldito!

- E agora, pai?! O senhor pretende pagar quando essa parte? Quando a Billie for morta?!

- Cala a boca! Não diga bobagem, imbecil! - Lavantando, o mais novo olha indignado para o mais velho colocando-o contra a parede enquanto segurava a gola de seu suéter.

- Chega! Eu já cansei do senhor nos desrespeitar e ainda fazer mais merda! Não acha que essa dívida já poderia ter sido paga? Ou aquela gente ter sido presa por tráfico de drogas? O senhor nem devia estar pagando por isso! Aquela droga estava sendo transportada sem você saber, mas não... o senhor não podia ter entregue tudo pra polícia porque seu emprego e o orgulho falam mais alto, não é? - Gritando com homem, o mesmo afasta o jovem de si.

- Eu não faço isso só pelo emprego, mas pela segurança da nossa família! Você não tem ideia de todas as ameaças que eu recebo contra vocês! Abaixa a voz, eu não dei esse direito de você falar assim comigo, Finneas!

- Eu peço perdão, pai, mas o senhor não acha que poderia ter sido melhor denunciar aquela gente?!

- Por mais que todos fossem presos, eles dariam um jeito de acabar com gente... Nem sempre podemos tomar as decisões que queremos, Finneas!

O rapaz deixara o lugar deixando o mais velho por lá. Sem saber o que fazer, apenas sentou-se na grama do quintal para acalmar sua mente.

- Finneas! - O homem chamara da porta de casa.

- Diga - Respondera sem olhar para trás enquanto o mais velho se aproximava.

- Não meta a polícia nisso, pelo nosso bem, podemos resolver tudo

- Tá bom, pai... Só deixa eu esfriar a cabeça o um pouco.

Melanie

Eu precisava sair um pouco de casa, não consegui nem ir para a escola hoje. Aquela merda me deixou muito mal, não consegui parar de pensar em Billie nem por um minuto.

Saí pra fumar um pouco e lembrei da primeira vez que fiz isso. Pra variar, eu estava com Billie, a maioria dos momentos bons que eu tive aqui, foi ao lado dela. Queria que isso durasse.

Eu caminhava sem nem saber onde chegaria. Por incrível que pareça, estava caminhando pela rua da residência de Billie e avistei um rapaz sentado na grama. Resolvi me aproximar para perguntar por ela, precisava saber se ela estava bem pelo menos.

- Com licença... - Olhou para cima para ver o meu rosto. - Você conhece Billie Eilish?

- Quem gostaria? - Indagou levantando-se.

- Melanie... Martinez - Olhou-me como se tivesse quase certeza de quem eu seria.

- Desculpa, ela não tá em casa

- Pode me dizer onde eu posso encontrar ela? 

- Não, desculpe - Virou as costas indo para sua casa. Segui-o para tentar convencê-lo a falar.

- Finneas... - Parou de andar sem se virar. - ...É Finneas, não é? - Virou-se de frente para mim.

- Sim...

- Billie já me falou sobre você

- Ah... é claro...

- Perdão?

- Você é garota de quem ela me falou tanto - Fiquei envergonhada e, provavelmente, ele notou. - Desculpe, tenho que ir

- Por favor! Pode confiar em mim, eu não farei nada que possa a ferir de novo, eu sei que ela tá magoada comigo, mas eu não tive culpa

- Você parece ser uma boa menina, eu espero que vocês possam se reconciliar, mas no momento ela não está em casa

- Por favor, me diga onde eu posso a encontrar

- Na verdade, nem eu sei, vou tentar descobrir o quanto antes!

- Ela tá bem pelo menos?

- Eu não sei... - Suspirou enquanto massageava suas têmporas.

- Por favor, me conta

- Por que quer tanto saber?

- "Por quê"? Porque eu me importo com ela, eu só quero ver ela bem e ajudar por mais grave que seja a situação... Eu estou disposta a tudo - Deu uma risadinha balançando a cabeça. - O que foi?

- É só... a paixão que vocês têm uma pela outra... Você não tem ideia do que está falando

- É claro que tenho! Eu realmente gosto da Billie! E estou disposta a fazer qualquer coisa por ela se for ajudá-la! - Suspirou novamente olhando para o chão. Chegando até a calçada, parou de andar se virando para trás me chamando para sentar conosco.

- Olha, eu não devia estar dizendo isso pra você... Não mesmo! Meu pai me mataria se soubesse, eu não disse nem pra Billie, mas eu percebi que você gosta muito dela, eu nunca vi ninguém se importar tanto... Mas... você tem que me garantir que isso é verdade

- Eu garanto! Juro que farei o que eu puder pra ajudá-la, senão, eu nem estaria aqui falando com você

- Pois bem... meu pai foi enganado pelo sócio dele... Ele foi transportar caixas que supostamente seriam vendas da empresa, só que não eram. O sócio do meu pai é sócio de um traficante também, ele usou meu pai para transportar a cocaína dele e não as vendas que meu pai achava que seriam. Meu pai só descobriu quando abriu uma das caixas tentando salvar, pois o barco que ele estava transportando incendiou 

- Eu acho que entendi... Ele teve que pagar por tudo?!...

- Sim, ele tá pagando e acho que é por isso que a Billie não está aqui, eles a pegaram, provavelmente queriam garantir o pagamento - Meu coração começou a acelerar, não pude imaginar que algo assim aconteceria.

- Mas por que seu pai não denunciou aqueles sócios?

- Por ameaças, diz o meu pai que não sabe do que eles são capazes, mas eu disse que era melhor deixar com as autoridades... eu não queria estar brincando de policial negociador - Suspiramos e eu me levantei para tentar compreender tudo.

O celular de Finneas tocou e o mesmo atendeu, era seu pai que, porventura, estava na janela o observando. 

- Tudo bem... - Disse desligando o celular. - Billie realmente está lá, eles querem o dinheiro

- E o que decidiram fazer?

- Nós vamos dar, mas eu não sei se eles vão realmente entregar a Billie, eu tô pensando em fazer outra coisa

- O que seria?

- Vamos pela madrugada, antes da hora

Atualmente

- Billie... Billie! - Sacudi seu braço à espera de uma resposta.

- Tá... doendo - Disse quase sussurrando.

- Ótimo... tá acordada, ainda bem - Falei aliviada. - Billie, consegue levantar? - Olhava-me sem responder.

Tentei levantar Billie, mas eu não tinha forças o suficiente, então procurei seu irmão para me ajudar. O mesmo veio imediatamente e a carregou nas costas. 

Chegamos no carro e esperamos o pai deles chegar, que por sinal, não estava nem um pouco contente, o que é se esperar.

- Deixou o dinheiro?

- É claro... Se eu soubesse que faríamos isso, já tinha procurado a polícia bem antes

- Tarde demais, pai, se tivéssemos chamado a polícia agora, eles saberiam e com certeza iriam ferir a Billie mais do que já está ferida... Foi muita burrice ligar pra gente daqui, o que é uma vantagem pra nós, pois conseguimos localizá-los

Eu não consegui dizer nada, fiquei apenas com Billie em meus braços. Ela fechava os olhos e abria, a qualquer momento poderia desmaiar. Dependendo do nível dos ferimentos, poderia até morrer.

- Billie, não fecha os olhos, preciso que fique acordada - Não me respondia, mas atendia meu pedido, mesmo com dificuldade. - Levaremos ela ao hospital?

- Veremos se podemos resolver tudo em casa, se houver alguma coisa que não possamos resolver, levaremos ela ao hospital

Ela está muito ferida, mas não irei contradizer, pois creio que será possível cuidar dos ferimentos em casa, Billie é forte e vai se recuperar.



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