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História Happy With You - Billie Eilish and Melanie Martinez - Querido Pai


Escrita por: iCloe

Notas do Autor


voltei e foi difícil ;-;

Capítulo 28 - Querido Pai


Narradora

12 anos antes.

Diversos vagalumes começavam a aparecer na grama do grande campo em que o pai e seus dois filhos estavam presentes. As crianças começaram a correr afim de pegar um dos insetos brilhantes, mas seu pai os chamara para ir embora por conta do horário.

Era sábado, uma noite de verão, as crianças se encontravam sujas de tanto correr e se jogar na grama. Sob os cuidados de seu pai, os mesmos foram mandados imediatamente para o banho. Sem dificuldades para o homem, o filho mais velho estava de banho tomado e com seu pijama já vestido. Para a infelicidade do pai das crianças, fora difícil de dar banho na caçula, pois a mesma não queria. Nem mesmo a roupa queria pôr, estava tão quente que, para ela, era confortável ficar sem. Seu pai mal havia a enxugado e a mesma começara a correr nua pela casa. O homem corria atrás desesperado para colocar o pijama na filha e a mesma ria enquanto fugia.

- Billie! Volta aqui! - O homem continuava correndo segurando as roupas da menor.

A caçula se escondera atrás da porta da cozinha, era o lugar que sempre se escondia de seu pai. O homem sabia disso, mas fingia o contrário, procurava por sua filha em outros lugares propositalmente e a chamava pelo nome. Contudo, no fim a encontrara no mesmo lugar de sempre. Não deixara de fazer cócegas na filha para "castigá-la" e a mesma não parara de rir.

Depois de vestir seu pijama, o homem a pegara no colo para colocá-la para dormir. A caminho do quarto, a garotinha ainda recebia as cócegas de seu pai até o mesmo a colocá-la na cama.

Atualmente

Billie

Flashback on.

- Agora dorme, se sua mãe chega e encontra você elétrica desse jeito, vai acabar sobrando pra mim

- Papai...

- Diga, Billie

- Eu amo muitão você - Disse segurando no rosto do pai.

- Eu também amo muito você, meu amor - Disse dando um beijo na testa.

Flashback off.

Andei pensando muito sobre meu pai nessa manhã, lembrei do passado e de como era bom o nosso relacionamento. Eu sinto muita falta do carinho e do afeto que a gente tinha. Eu preciso saber por que tudo isso acabou, o porquê de isso ter prejudicado a  nossa relação em família. Aquela gente ruim está acabando com a ela, embora o álcool já tenha começado. Talvez meu pai busque a bebida para fugir dos problemas, mas isso é só por um momento, pois no fim, só trás ainda mais. Ele nunca foi tão agressivo, no entanto, depois de ele ter buscado mais o álcool, quase agrediu minha mãe. Fiquei com muita raiva e nunca conseguia entender, ela queria ajudá-lo, pois sabia que isso estava fazendo mal a ele. Depois que todos aqueles homens apareceram, diversos acasos foram sendo revelados e só depois pude entender. Meu pai não é uma pessoa ruim. Ele errou agindo daquela maneira, consumindo uma grande quantidade de bebida e sendo agressivo, mas ele nunca foi uma pessoa ruim.

A casa estava silenciosa, mas ninguém havia saído, estavam todos presentes. Fui até o quarto dos meus pais e vi minha mãe saindo de lá sem fechar a porta. Cheguei mais perto e vi meu pai escorado na janela, bati na porta e o mesmo me deu permissão para entrar.

- Bom dia, pai

- Bom dia, precisa de alguma coisa?

- Na verdade sim - Sentei-me na poltrona que ficava em frente a cama.

- Diga

- É complicado...

- Pode falar, Billie - Pediu insistente e eu suspirei antes de falar.

- Preciso saber por que o senhor mudou tanto... Comecei a lembrar do passado e vi que a nossa relação em família não foi mais a mesma depois que o senhor começou a beber e se afastar da gente - Senti meu coração bater fortemente pelo medo de levar bronca, meu pai apenas suspirou e sentou na cama.

- Tudo bem, eu explico - Respirou fundo e continuou. - Eu errei, admito... 

- O quê?... - Indaguei surpresa.

- Desde que começou a aparecer uma merda atrás da outra, eu só pensava em fugir ou até mesmo me matar, porém, descobri que eu podia fugir com o efeito do álcool

- Isso foi longe, o senhor se afastou e até mesmo ficou mais agressivo por isso... Você não é mais o mesmo, pai

- Será que foi só eu que mudei?

- Como assim?

- Você costumava ser uma das melhores alunas da classe, não só pelas notas, mas pelo seu comportamento... Você cresceu e mudou, até saiu da escola por agredir outros alunos

- E não era esse o exemplo que você dava?! O senhor humilhava nossa mãe na nossa frente, pai... A gente tentava falar com você, mas não nos dava atenção... nem à merda nos mandava

- Billie, eu não fiz isso por maldade... Eu errei, mas aquilo tudo tava me destruindo, eu me preocupei muito... recebia muitas ameaças por causa de vocês 

- Então a culpa é nossa?! Você se arrepende de ter feito uma família, é isso?!

- Não, Billie... eu... - Saí do quarto um pouco revoltada sem esperar por respostas e voltei para o meu.

Bati a porta e comecei a socar o travesseiro atirando-o na parede em seguida. Eu não costumo desrespeitar meu pai, mas não consegui me segurar nesses últimos tempos. Já faz um ano que vivo esse inferno e só agora estou conseguindo falar sobre isso com meu pai. É revoltante, eu fico irritada, mas no fundo eu entendo ele, entendo a dor que o mesmo deve ter sentido. Mas só de lembrar do jeito que ele nos tratou todo esse tempo, já fico revoltada.

Ele veio atrás de mim, diferente das outras vezes que ele mal se importava de saber o meu estado, apareceu na porta querendo terminar de se explicar. Percebi que depois que eu descobri toda a verdade sobre essa dívida, ele andou mudando seu comportamento, andou se aproximando um pouco de mim. Talvez seja porque deve ter se sentido culpado por me levarem naquele depósito imundo. Ou também por se sentir mal pelos erros que cometeu.

Bateu diversas vezes na porta, mas eu não atendi, contudo, ela foi aberta, pois eu não havia trancado antes. Eu estava deitada de barriga para baixo segurando o outro travesseiro da cama que cobria minha cabeça inteira. Senti a presença de meu pai que em seguida sentou na cama. Suspirou colocando sua mão no meu ombro e eu permaneci na mesma posição sem me preocupar em olhar para o seu rosto.

- Me perdoa... - Disse e eu não respondi. - Você tem razão, eu devia ter sido um pai melhor, vocês têm diversos motivos pra duvidar de mim, mas não duvide do meu amor... eu realmente amo muito vocês e eu nunca me arrependi e nunca vou me arrepender de ter formado essa família - Sentei e olhei para o meu pai com o rosto cheio de lágrimas. 

Abracei-o fortemente sem dizer uma palavra, na verdade, não precisava, aquele abraço era algo sincero vindo de mim. Ele conseguiu entender o que eu estava sentindo, era como se eu dissesse que também o amava e que mesmo magoada, conseguia compreender a situação.

- Eu perdoo você, pai... e quero que me perdoe também por todas as coisas erradas que fiz - Falei com uma voz embargada.

Após a conversa, meu pai saiu para resolver uns assuntos, espero que com essa conversa, nosso relacionamento comece a mudar daqui pra frente. No entanto, mesmo que nosso relacionamento possa mudar, aqueles caras ainda estão me perseguindo e eu preciso garantir que isso não acontecerá mais vezes. Eu acho que estou de boa com meu pai, mas ainda preciso me livrar daquela gente. Ainda acho meu pai um tolo por não procurar a polícia. Não completamente um tolo, pois pelo que o mesmo disse, recebemos ameaças. Todavia, a polícia saberia como lidar com essa situação, o problema é eu procurar a mesma sem a autorização do meu pai, isso daria uma merda grande. Preciso pelo menos pensar em como me livrar daquele imbecil na minha cola.

- Aquele idiota é tio daquele Dylan ainda por cima - Resmunguei para mim mesma.

Tio do Dylan... Talvez eu consiga ter uma ideia de como acabar com aquele cara através do moleque, não acho isso uma má ideia.

Melanie

- E aquele cara que tava aqui ontem? Ele é o seu tio, não é?

- É, fazia tempo que eu não o via

- E o que ele faz da vida?

- Sinceramente, eu não sei...

Isso está sendo mais difícil do que eu pensava, ele não tem quase nenhum contato com o tio, não sabe nada, isso prejudica um pouco para as minhas questões.

- Dylan, se seu tio está aqui em Los Angeles, por que você não encontra ele?

- Não sei... Minha mãe não gosta muito da ideia

- Mas ele não é seu tio?

- É, mas é complicado...

Dylan disse mais algumas coisa, mas não consegui prestar atenção, pois ouvi uma pedra sendo jogada contra o vidro da janela. Fui até a mesma ainda ouvindo Dylan falar, mas sem prestar atenção, logo a abri. Uma segunda pedra acertou o meu rosto e quando olhei para a rua, vi que Billie tinha sido a responsável.

- Aaii!! - Reclamei massageando o nariz.

- Desculpa! Você tá legal? - Gritou de onde estava.

- Não, doeu... Por que você fez isso?

- Eu tô com pressa e preciso que você venha comigo

- Espera, vou descer - Disse ainda massageando o nariz.

- O que houve, Melanie?

- Ah, nada... Eu vou dar uma saída

Encontrei Billie dentro de seu carro e fui até o mesmo entrando logo após. Achava que íamos apenas conversar, mas ela deu a partida e eu apenas coloquei o cinto de segurança esperando ela falar.

Chegamos em sua casa e fomos para o quarto, Billie andava rápido, estava com pressa. Sentei em sua cama e ela fechou a porta andando de um lado para o outro em seguida.

- O que foi, Billie?

- Melanie, eu tava pensando em tentar descobrir algo sobre aqueles caras através do Dylan, eu preciso tirar esse cara da minha cola

- É, eu também pensei exatamente isso e falei um pouco com o Dylan

- É sério?

- É, mas não adiantou muita coisa... - Disse massageando novamente o nariz e gemendo um pouco de dor.

- Merda... - Aproximou-se devagar sentando na cama. - Ainda dói? - Tocou onde estava machucado.

- Billie, você tacou uma pedra na minha cara! É claro que tá doendo

- Tá, tá... relaxa - Levantou saindo do quarto. 

Não disse onde ia, apenas saiu e demorou um pouco para voltar. Deixou-me esperando, eu esperava que fosse por uma boa causa e para a minha felicidade foi. Chegou com um saquinho de gelo em mãos e foi se aproximando até sentar no meu colo. De frente para mim, com meu corpo entre suas pernas, pôs o saquinho em meu nariz. Senti o vapor do gelo tocar minha pele além do saco molhar a mesma. Billie me encarava desde que havia entrado no cômodo, sem tirar seus olhos dos meus, removeu o saco do meu rosto e foi aproximando seu rosto do meu. Segurou minha nuca e me deu um beijo molhado. Só parou pela falta de ar, eu queria mais, mas ela parou por ali e me deu um beijinho no nariz pondo o gelo de volta.

- Desculpa por machucar seu nariza

- Ah, fala sério, Eilish...

- O quê? 

- Você faz tudo isso pra depois me deixar com vontade - Segurei o saco e ela riu.

- Ora, ora... a gente faz isso outra hora, Martinez... Agora eu quero falar sobre aquele assunto com você



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