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História Harry as my gynecologist - Wonderful Christmas time?


Escrita por: signof_thetimes

Notas do Autor


Boa leitura :))

Capítulo 22 - Wonderful Christmas time?


Fanfic / Fanfiction Harry as my gynecologist - Wonderful Christmas time?

Ana jurou que se ele piscasse mais uma vez, ela iria estourar em suas roupas natalinas. Sua taça de vinho estava fazendo um trabalho decente em mantê-lo distraído enquanto Ana tentava contar cada vez que girava o pequeno pingente de floco de neve que o rotulava em torno da haste entre os goles.

 

Ela notara como o profunda a cor do líquido combinava com a cor de suas unhas festivas, enquanto batia o dedo indicador ao longo do ritmo acelerada da música de Natal tocando por toda a casa. 

 

Ela tentava se concentrar em saborear a sensação de formigamento que o vinho estava mandando diretamente para seus membros. Mas, mais do que isso, ela estava fazendo de tudo para não roubar mais um olhar de seu namorado atrevido que estava do outro lado da sala, enviando piscadelas de flerte em sua direção sempre que podia.

 

A casa da mãe de Harry estava cheia até a porta. Todos estavam lá, desde seus avós à suas tias e primos, preenchendo alegremente o espaço para sua reunião anual de Natal. 

 

Era a única época do ano em que toda a família conseguia se reunir para desfrutar da companhia um do outro e acompanhar os acontecimentos em suas vidas. O simples fato de Harry estar lá transformara a noite em uma festa completa. 

 

A notícia de que ele tinha uma namorada agora se espalhara rapidamente, garantindo que todos fizessem questão de estarem presentes. Eles eram as únicas pessoas no mundo que o viam antes da profissão de sucesso, como o menino quase loiro, travesso, que chamaria a atenção da sala com suas performances, facilmente fazendo com que todos rissem. 

 

Ana adorava vê-lo tão a vontade além de sua personalidade genial e, em vez disso, cercado por pessoas que o amavam desde o primeiro dia. Eles estavam ansiosos para vê-lo e Ana não poderia culpá-los. 

 

Quando Harry estava no meio de sua família, ele estava no auge, completamente relaxado e confortável com suas paredes totalmente desabadas.

 

A expectativa de uma noite divertida estava correndo por entre as veias de Ana enquanto eles dirigiam para a casa da mãe dele, juntos. Ana se sentiu confiante de que seria uma noite emocionante, repleta de quantidades infinitas de comidas e destilados deliciosos. 

 

Bem como uma alegria de Natal simplesmente maravilhosa zumbindo em cada canto de cada quarto. Ela estava passando uma camada extra de vermelho sobre os lábios quando Harry finalmente estacionara seu Range Rover atrás de um punhado de outros carros ao longo da estrada alinhada com enfeites de natal. 

 

E, assim que ele desligou a ignição, Harry estava ansioso para se inclinar e pressionar sua boca contra o ouvido de sua namorada, sussurrando o quanto ele adorava trazê-la para casa, mas que ele também não podia esperar até que pudesse tê-la apenas para ele depois. 

 

Era óbvio o que ele estava fazendo, acendendo um fogo dentro de Ana e alimentando-o com a maneira como seus lábios roçavam habilmente o lóbulo de sua orelha, o local exato que sempre a fazia implorar por mais. 

 

Ana quase odiava o quanto era fácil para ele causar arrepios por toda a sua espinha, pelo menos essa fora a mentira que ela dissera a si mesma para manter alguma noção de coletividade quando estava prestes a entrar na casa da mãe dele. 

 

Mas, quando Harry começou a beijar ao longo da mandíbula dela, arrastando os lábios sobre sua pele dolorosamente devagar, Ana sabia que ele estava fazendo tudo ao seu alcance para deixá-la desesperada para ter sua boca na dela antes que tivessem que se compartilhar com os outros familiares naquela noite.

 

Assim que ele alcançou o canto onde os lábios de Ana estavam ligeiramente curvados em um sorriso malicioso, houve uma batida excessivamente entusiasmada contra a janela do lado do motorista. Ambos se separaram rapidamente para ver a irmã e os primos ansiosos de Harry acenando alegremente. 

 

E fora exatamente daquela forma que o resto da noite acontecera. Assim que Ana passou pela porta, os dois foram constantemente puxados em diferentes direções. 

 

Ela havia ido para a sala de jantar com Anne e sua irmã, enquanto Harry saía de abraços de um parente para o outro. Cada vez que eles tentavam se aproximar, haveria uma interrupção abrupta: uma história obrigatória seguida por uma pergunta urgente, fazendo com que continuassem em caminhos opostos a noite toda.

 

Mesmo que ela estivesse se divertindo, tendo tempo para conversar com a família dele, era quase cruel. Graças às travessuras ameaçadoras de Harry no carro, todo o corpo de Ana ansiava para ter os lábios dele pressionados contra os dela. 

 

Ela praticamente podia sentir a sombra de seu beijo demorando no canto da boca e, a contragosto, fez seu pulso disparar apenas com o pensamento. Era tudo o que Ana podia se concentrar, cada minuto que passava a deixava querendo mais. 

 

A necessidade era tão excruciante que toda vez que Ana olhava para ele, ela se fixava na maneira como seus lábios se moviam, estudando como o arco de cupido perfeito acentuava seu lábio inferior rechonchudo. Observando também quando ele pensativamente corria seus dois dedos ao longo do contorno de sua boca enquanto falava. 

 

Claro que não ajudava que sempre que ele a pegasse olhando, seus belos lábios se curvariam em um sorriso encantador: covinhas tão profundas que fariam seus joelhos fraquejarem.

 

E fora isso que a manteve fazendo o que fosse necessário para evitar o olhar charmoso de Harry. Ela olhava para o líquido em sua taça quando decidiu que poderia tentar, indiferentemente, lançar outro olhar em sua direção. 

 

Harry estava parado do outro lado da sala lotada, encostado na parede ao lado da árvore de Natal iluminada. Ele estava preguiçosamente segurando uma taça de vinho pela metade entre os dedos enquanto focava sua atenção em sua tia e tio peculiares. 

 

Mesmo de onde ela estava, Ana poderia dizer que eles estavam dando à ele uma recontagem incrivelmente detalhada da apresentação de coral de sua filha, a prima mais nova de Harry. Com o celular orgulhosamente apoiado na frente do rosto, ela podia ouvir o repetitivo “ding dong, ding dong, ding” retumbando no alto-falante do celular. 

 

Harry levara apenas cinco segundos para sentir os olhos dela sobre ele. E, quando ele olhou através do telefone e a pegou olhando, Ana podia ver o início de uma curva enfeitando seus lábios implacáveis e seria aquilo : ela acabara de atingir seu ponto de ruptura.

 

Outra piscadela de flerte enviada do lado oposto da sala a fez revirar os olhos e inclinar a cabeça em direção ao corredor mal iluminado, a única direção na casa que não estava repleta de pessoas. 

 

Ana certificou-se de que ele vira seu aceno sugestivo antes de pressionar a taça de vinho nos lábios e girar nos calcanhares. Com um balanço quase exagerado dos quadris, ela se afastara do círculo e entrara no silêncio. 

 

Depois de alguns passos, ela se encontrou virando à esquerda na pequena sala que continha uma mesa de computador e uma cadeira de pano que servia como um recanto de leitura. 

 

A parede de um lado da sala estava coberta com livros, enquanto a outra estava forrada com fotografias, daquelas que fariam seu coração inchar enquanto você as estudava. 

 

Foto após foto da família Styles/Twist penduradas em fileiras, Gemma e Harry obviamente sendo os mais destacados. No canto superior direito, uma foto de Harry ainda criança, olhos arregalados e um sorriso extravagante, mantivera Ana concentrada até sentir duas mãos serpentear lentamente em volta da sua cintura.

 

Seu perfume inconfundível invadira seus sentidos antes que Ana sentisse o corpo quente de Harry pressionado totalmente contra suas costas. Não demorara muito para que os lábios dele encontrassem a curva do pescoço dela, seu toque sem esforço fazendo Ana exalar um suspiro do fundo de seu peito. Ela não poderia ter evitado. 

 

Assim que suas mãos fortes começaram a girar Ana, a mesma ouviu uma voz rouca e idosa adentrar a sala de leitura. 

 

-Harry, meu garoto!

 

O avô de oitenta e dois anos de Harry chamou sua atenção e seu toque para longe dela e, mais uma vez, para o outro lado da sala. 

 

Ana se virou para ver não apenas o avô envolvendo Harry em um abraço, mas também sua mãe hesitantemente parada perto da porta. Ana desviou os olhos rapidamente, envergonhada, porém percebendo seu movimento com um aceno para segui-la. 

 

A arquiteta passou pelos dois quase tremendo, cumprimentando o gentil homem de cabelos brancos com um abraço carinhoso e um beijo em sua bochecha.

 

Lançando à Harry um sorriso por cima do ombro, confiante de que ele estava sentindo a mesma frustração boba que ela, seguiu os passos de Anne para fora da sala e direto para a cozinha. 

 

-Me ajuda com essas sobremesas? 

 

Ela sorriu docemente, escondendo um olhar malicioso que Ana fazia de tudo para disfarçar. A garota ajudou de bom grado, lavando as mãos e secando-as antes de tirar bolinhos da caixa de confeitaria e colocá-los em um prato maior. 

 

-É difícil ter um momento com ele no meio de toda essa euforia, huh?

 

A voz de Anne desviara a atenção de Ana da bancada, erguendo seus olhos com um brilho tímido para encontrar os dela. Nada jamais passava batido por Anne Twist.

 

Uma risada nervosa saíra de seus lábios. 

 

-Ele está definitivamente em alta demanda. -sorriu- Mas está tudo bem, estou me divertindo muito! 

 

Ana sorriu, escondendo apenas parcialmente a sua pequena frustração. Movendo a caixa de doces de seu alcance, Anne gesticulou para trás com um aceno de cabeça. 

 

-Pegue minha jaqueta. -acenou para o jardim- Vou mandá-lo até você.

 

Com aquelas palavras Anne piscara brincalhona e Ana poderia desmaiar de vergonha, sendo conduzida em direção à porta do jardim de trás com um enorme friozinho na barriga.

 

Um sorriso permaneceu em seus lábios enquanto Ana seguia suas instruções e enfiava os braços em sua jaqueta de lã pesada, puxando-a para perto quando finalmente saiu para o ar fresco de dezembro. 

 

Após passos cautelosos por entre as plantas tão bem cuidadas, Ana plantou os pés no centro do jardim e esticou o pescoço em direção à lua deslumbrante, brilhando intensamente, completamente desimpedida por uma única nuvem no céu.

 

E depois de um momento, apenas o suficiente para a ponta do seu nariz esfriar, Ana escutou a porta dos fundos se abrir atrás de seu corpo. O volume da canção natalina vinda de dentro ficara mais alto apenas por alguns segundos antes de voltar a um silêncio abafado quando a porta se fechara. 

 

-Pelo amor de Deus, está congelando aqui fora! 

 

A voz de Harry ecoou entre o vento gelado da noite, de alguma forma tornando-a ainda mais profunda do que o normal. Ana sentia seu coração palpitar no peito, sabendo que finalmente estava tendo seu momento com ele, ao mesmo tempo que tentava não alimentar esperanças para o caso de alguma outra interrupção. 

 

Ouvindo o barulho de seus pés enquanto ele se aproximava, Ana o olhou por cima do ombro para vê-lo sem casaco, dando passos cuidadosos pelo jardim. 

 

Ana sorriu ao olhá-lo, encantada com a maneira como seus braços estavam dolorosamente apertados ao redor de seu torso e seus ombros estavam empurrados até as orelhas em um encolher de ombros por conta do frio.

 

Com uma mudança de peso, Ana inclinara a cabeça para trás, para onde estava antes de Harry chegar. 

 

-A lua está linda hoje, olhe... 

 

Ela suspirou, realmente encantada com a beleza da noite das luzes. Dois braços encontraram seu caminho em torno de Ana então, puxando-a para perto e colocando-a deliciosamente contra ele. 

 

-Você é linda. 

 

Harry sussurrou em seu ouvido, lembrando-a rapidamente da chama que ele acendera horas atrás com o mesmo comportamento. E, de repente, não estava mais tão frio. Harry era caloroso sempre. Irradiava calor.

 

Um simples toque a fez girar para encará-lo, mantendo-o capturado em seus braços e trazendo todo o seu corpo ao dela. A lua brilhante era a última coisa na mente de Ana, uma vez que seus olhos encontraram o tom perfeito de verde com rostos agora apenas à alguns centímetros de distância. 

 

Seu coração disparou ao vê-lo colocar a língua para fora para molhar os lábios antes que eles se curvassem em outro sorriso confiante e conhecedor. E, quando Harry ergueu a mão e passou as pontas dos dedos ao longo de sua mandíbula, Ana sentiu um calor opressor se espalhar por todo o seu corpo. Era como se ele soubesse o efeito exato que mantinha sobre ela.

 

Deixando suas pálpebras se fecharem, Harry não perdeu tempo se inclinando para pressionar suavemente sua boca na dela, deixando escapar um zumbido de satisfação no momento em que se encontraram. 

 

A sensação fez suas mentes ficarem em branco, saboreando seus toques e seus gostos, rendidos apenas naquele momento. Eles podiam ter levado uma quantidade agonizante de horas para chegar lá. 

 

Foram piscadelas encantadoras e sorrisos brincalhões durante toda a noite, mas estavam lá agora. E, por Deus, aquele momento era o suficiente para o Natal.

 

Ana sorria contra os lábios dele, seus nervos a dominavam e a faziam se sentir como uma garota na escola com sua primeira paixão de novo.

 

-Harry e Ana, aí estão vocês!

 

Uma voz grossa pôde ser ouvida da porta, afastando Ana de Harry rapidamente. 

 

-Há alguém lá na sala esperando para vê-lo, eu demorei três minutos para te encontrar! 

 

Ana riu, abaixando a cabeça. 

 

-Diga que já vou. 

 

Por mais estranho que parecesse, Harry não questionou e entrelaçou os dedos nos dela, a conduzindo para dentro de casa novamente, respirando aliviado com o quão mais agradável o clima parecia lá dentro.

 

Passando por Anne, Ana a viu sorrir e balançar a cabeça negativamente, ambas haviam tentado. 

 

Harry adentrou a sala primeiro, parando imediatamente com a figura que levantou ao vê-lo e sentou-se de volta ao ver que estava acompanhado. 

 

O rosto da pessoa que o esperava imediatamente se esquentou, pois ele parecia bem. Muito bem.

 

O frio a lembrava de que estaria faltando um par de braços fortes que deveriam estar ao redor dela naquela época do ano, mas ela estava completamente congelada, deixada de fora no frio para se aquecer sozinha.

 

Ela suspirou ao ver o Uber parado na frente da casa de Anne e agradeceu ao motorista, desejando à ele boas festas antes de sair e tocar a campainha do seu melhor amigo.

 

Assim que a porta fora aberta, a mulher se encontrou com alguns rostos familiares, que conversavam e curtiam na sala de estar. Todos eles encararam a porta assim que ela entrou, tentando adivinhar ou relembrar quem poderia ser.

 

Saudações de Anne e Gemma foram enviadas para ela, apesar do olhar de desconfiança vindo de ambas. Sofia olhava para elas confusa, perguntando-se por qual motivo estariam olhando para ela daquela forma. 

 

-Eu só queria desejar um feliz Natal à vocês e entregar isto ao Harry. -apontou para o pequeno presente em mãos, sorrindo-

-Feliz natal, junte-se à nós! 

 

Anne deu as boas-vindas para que Gemma a conduzisse de volta para a sala de estar, apenas para ver que todos os lugares estavam ocupados. Ela, muito sutilmente, tocou o braço de um dos primos que Sofia talvez reconheceria e o conduziu a levantar-se, dando o lugar à ela. 

 

A garota sorriu enquanto se sentava e, assim que o fez, a pessoa à sua frente era a razão pela qual ela estava tão ansiosa antes de partir.

 

Embora ela adorasse cada versão do Harry, havia algo sobre Harry Styles no frio do Natal que poderia deixar seus joelhos fracos. Ele estava enrolado em um suéter quase que jogado para o lado, e usava botas. 

 

Seu cabelo estava um pouco bagunçado por conta do vento anterior e seu nariz levemente avermelhado.

 

Era a pessoa que um dia tivera seu coração. 

 

Era a pessoa por quem ela ainda estava profundamente apaixonada.

 

-Hum... Olá! 

 

Ele disse surpreso, sorrindo apenas um pouco. Sofia levantou-se lentamente, visivelmente envergonhada. Os três levaram alguns segundos para se comunicar de novo. 

 

-Ana, esta é Sofia, minha amiga. -introduziu- Sofia, esta é minha namorada, Ana.

 

Sofia arregalou os olhos o suficiente para que Ana notasse e se encolhesse atrás de Harry. Sofia sabia que ele encontraria outra pessoa e seria feliz com ela. Sabia que, eventualmente, ele não sentiria mais falta dela e a verdade era que Sofia não estava preparada para estar tão certa.

 

Não estava sendo fácil ser amiga de Harry depois do rompimento oficial. Doía nela ter que agir normalmente perto dele e de sua namorada quando tudo o que Sofia queria era gritar, chorar e ter ele para a confortar. 

 

Mas ela dava o seu melhor para manter um clima ameno, calmo e controlado naquela noite, embora por dentro, seu coração estivesse disparado e tudo o que ela dizia parecia incoerente.

 

-Muito prazer, desculpe ter vindo sem avisar...

-Eu estava pensando em lugares onde eu poderia apresentar vocês uma à outra, mas... 

 

A mulher loira estendera a mão para a morena primeiro, ambas cumprimentando-se em bons termos.

 

-O que faz aqui? Sua família está bem? 

 

Harry perguntou, se esforçando para entender sua visita repentina em uma noite tão incomum. 

 

Seu relacionamento com Harry fora maravilhoso um dia. Era pura felicidade e diversão, e ela não queria aquilo com mais ninguém. Ele era seu sopro de ar fresco que a fazia rir e ter orgasmos ao mesmo tempo. Por várias vezes.

 

Era apenas sorrisos e risos até não ser mais.

 

-Estamos bem, estarei voltando para lá depois daqui. Eu apenas queria... -raspou a garganta, envergonhando-se- Sua família tem um lugar especial em meu coração, eu apenas queria desejá-los um feliz natal. 

 

Sofia esticou o braço, entregando à ele seu embrulho. Ana franzia o cenho com o quão bonita e cheirosa a mulher loira à sua frente parecia. 

 

-Ana... Desculpe, eu... Eu não sabia, desculpe. 

-Oh não, por favor, não é nada. 

 

Ana sorriu, esperando tranquiliza-la e vê-la também como sua amiga. Harry pegou o pacote, sem soltar a mão de Ana e agradeceu, demonstrando que não abriria naquele momento.

 

-Bom, feliz véspera de natal! 

 

Sofia sorriu, se aproximando e envolvendo os braços em volta dos ombros dele. Sentindo seu cheiro e calor natural, Sofia se afastou antes mesmo do que gostaria. 

 

Harry e Ana a cumprimentaram de volta. 

 

-Bom, fique à vontade! Temos biscoitos, jantar, bebidas, o que preferir logo na cozinha. 

 

Explicou, dando um passo à mais próximo de sua namorada. Harry sempre fora seu próprio chefe, ele adorava cozinhar. 

 

Aprendendo com Anne, ele assumira a missão de fazer sua própria comida caseira depois de se mudar, e Sofia sempre lhe dizia que ele poderia até mesmo demonstrar seu amor por meio da comida. 

 

Enquanto eles estiveram juntos, Harry fazia a maior parte da comida. Houveram momentos em que ela quis ajudar, mas ele simplesmente lhe diria que ela precisava relaxar. Isso era algo que chamava atenção de Sofia: ele sempre fora um doador que não esperava receber nada em troca.

 

A atenção e os olhos dos familiares estavam presos nos três e as sobrancelhas de Harry se franziam constantemente, um pouco sem graça com a tensão desnecessária entre eles.

 

Ele se virou para olhar Ana confusamente e ela encolheu os ombros, tão confusa quanto. A música estava tocando, a decoração estava iluminada e a comida estava se acomodando no estômago de todos, seguida por bebidas enquanto uma sensação de calor se abatia sobre os três.

 

-Eu agradeço, mas é melhor eu ir.

-Tem certeza? Você jantou? 

 

Harry a conhecia o suficiente para saber que poderia haver algo errado. 

 

-Jantarei com a minha família, juro! 

 

Ela sorriu, seus sentimentos eram claros através de seus olhos, Ana não poderia culpá-la afinal. 

 

-Certo, leve alguns biscoitos também!

 

Ana o viu girar seus calcanhares e se dirigir até a cozinha, deixando apenas as duas no meio da sala de estar lotada de familiares. Uma delas raspou a garganta. 

 

-Por favor, diga à ele que não é necessário... 

 

Sofia sussurrou. 

 

-Eu experimentei os biscoitos mais cedo, você definitivamente deveria aceitá-los.

 

Ana manteve ambas as mãos para trás de seu corpo, se inclinando até Sofia, sorrindo. 

 

-Oh, quase me esqueci. Você poderia entregar isso à Anne, Ana? -sorriu- Minha mãe mandou para ela, elas são melhores amigas. 

 

Ana desceu o olhar até as mãos de Sofia assim que a viu dar uma piscadela, a vendo tirar outro pequeno pacote de sua bolsa de couro. 

 

-Claro, sem problemas. 

 

Respirou fundo, evitando contato visual e os pensamentos que começavam a invadir sua cabeça confusa. Se Ana parasse para analisar a situação por um minuto sequer, notaria que a médica fora abraçada pela mãe e irmã de Harry, que seus primos vez ou outra passaram pela sala e a cumprimentaram saudosamente e que, talvez, ela se sentisse a vontade demais ali. 

 

Eles gostavam dela. Todos eles.

 

-Pronto, aqui está. 

 

Ana suspirou aliviada ao ter seu namorado de volta ao seu lado, entregando-lhe uma vasilinha repleta de seus biscoitos de natal. 

 

Ele sorriu, a conduzindo pacificamente até a porta. 

 

-Meu irmão vai entrar em contato com você, está louco para terminar aquela temporada de basquete ou sei lá o que era aquilo. 

-Oh... -sorriu, sem saber o que dizer- Mande abraços para ele. 

-Mandarei e... Ana! -sorriu, a olhando de cima a baixo- Podemos combinar alguma coisa outro dia? Eu adoraria conhecer melhor quem finalmente conseguiu roubar o coração do Harry. 

 

Ana arregalou os olhos, desviando rapidamente para as árvores lá fora e então voltando para a moça loira na porta.

 

-Claro, será um prazer!

 

Não era bem a reposta que ela gostaria de ter dado. Harry pressionou a mão nas costas de Sofia e esperou até que ela entrasse no Uber, com destino à sua casa. 

 

-Beijos docinho de côco, te vejo na clínica semana que vem! 

 

Se ajeitando no banco de trás ao entrar, ela pôde ver Harry abraçar sua recente companheira abaixo das luzes brilhantes, esperando para entrar. Docinho de côco era a forma como ela se referia à ele quando ninguém estava por perto. 

 

Ela tinha se apaixonado perdidamente por um homem que estava perdidamente apaixonado por outra mulher.


Notas Finais


Docinho de côco? Como você reagiria se estivesse no lugar da Ana?

Feliz Natal adiantado leitoras lindas e amáveis, que saibamos celebrar com responsabilidade e consciência 🎄🎄💐

Se cuidem, amo vocês e a forma como me fazem feliz 🥺🤍🎄


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