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História Harry as my gynecologist - Make mistakes. Learn.


Escrita por: signof_thetimes

Notas do Autor


Boa leitura :))

Capítulo 45 - Make mistakes. Learn.


Fanfic / Fanfiction Harry as my gynecologist - Make mistakes. Learn.

Ana havia deixado Harry ficar, mas cada um em seu lado da cama. Ela olhava diretamente para o teto. Braços estendidos para os lados e pernas esticadas.

 

Ela pensava em todas as noites com ele, todas as noites e no quanto aquela parecia diferente das demais. Ele estava encolhido do outro lado enquanto a mente dela voava para horas atrás, quando ele disse que ficaria após um pedido de desculpas. 

 

Tudo parecia tão tranquilo, tão simples, tão fácil. Mas Ana não havia dito que o desculpava ainda.

 

Pensar nele e em tudo que fizeram juntos trazia um sorriso ao seu rosto sem nem saber. E, quando Ana percebeu, seu rosto caiu imediatamente, olhando para ele de costas. 

 

O que ela pensava agora definitivamente não trazia nenhum sorriso ao seu rosto. Ela estava pensando nele e em seu encontro consigo mesma. Pensava na honestidade que Harry sempre teve e que de repente pareceu não ter mais. 

 

Talvez fosse medo do que pudesse estar acontecendo, por ter se entregado totalmente à uma pessoa, mesmo de coração partido.

 

Não importava quem eram ou o quê estavam fazendo, Ana sabia que Harry havia escolhido estar com eles ao invés de estar com ela naquela noite.

 

E daquela forma acabou adormecendo, com as bochechas manchadas de lágrimas, com absolutamente nada de positivo em sua mente. Ela precisava dormir, trabalharia na manhã seguinte e não parecia muito promissor.

 

Dias antes Anne havia os chamado para almoçar na casa dela. Nenhuma das duas saberia dizer se Harry iria ou não.

 

Elas estavam se divertindo mesmo assim, Ana a adorava e sempre tornavam o tempo que passavam juntas divertido. 

 

Ana estava espremendo algumas laranjas na cozinha enquanto Anne esperava em seu jardim, onde estavam comendo minutos atrás. 

 

Foi quando Anne ouviu o telefone de Ana vibrar contra a mesa. Ela sorriu ao ver uma singela letra H piscar na tela.

 

Era uma ligação no FaceTime e, naturalmente por ser seu filho, Anne atendeu. 

 

No entanto, na tela estava apenas o torso sem camisa de Harry, com apenas sua corrente de prata aparecendo. 

 

-Ana? Você atendeu! 

 

Anne ouviu a voz profunda de Harry enquanto ele parecia procurar por algo do outro lado.

 

-Sou eu, filho, desculpe!

 

Anne corou, mas não pôde deixar de se divertir. 

 

-Você não vem?

-Mãe?!

 

Os olhos de Harry se arregalaram quando seu rosto apareceu na tela. 

 

-Por quê está com o telefone da Ana?

-Ela está lá dentro, fazendo suco para nós! 

-Oh... -pensou-

 

Anne o observou se calar rapidamente.

 

-Está tudo bem? Pensamos que estivesse na clínica. 

 

Chegou o rosto mais perto do telefone, tentando ver seu filho melhor. 

 

-Sim, hum, eu... Eu vou agora pela tarde, desculpe. 

-Oh, tudo bem, quer que eu passe para Ana? Ela está logo ali e...

-Não se preocupe, mãe. -sorriu- Bom almoço, depois nos encontramos. 

-Tem certeza? Ela já deve estar terminando e...

-Beijos, te amo! 

 

Ana se aproximou então, diminuindo o passo ao notar que era Harry em seu telefone antes de Anne vê-la ali. 

 

Ana tinha medo de dizer à ela o que estava acontecendo, apenas para não machucá-la. 

 

Então a garota apenas engoliu o choro por ele ter desligado rápido demais e enterrou aquilo bem no fundo de si mesma, onde poderia machucar apenas ela.

 

-Aqui está, Anne! 

 

Deixou uma bandeja prateada com a jarra de suco e duas taças para elas, tentando sorrir sem parecer querer chorar.

 

-Eu atendi o seu telefone, querida, desculpe. 

-Oh não, sem problemas, era o Harry? 

 

Desviou o olhar, parecia loucura o quando ela permitia que um único humano a fizesse sentir daquele jeito.

 

-Era Harry, ele estava se arrumando para ir à clínica, por isso não pôde vir. 

-Oh, faz sentido então. 

 

Ana esboçou seu melhor sorriso falso, sabendo que Harry tinha total liberdade para escolher qual turno trabalharia em cada dia. 

 

-Ele está bem? 

 

Raspou a garganta, sentando-se ao lado de Anne, viradas para o jardim mais verde que já viram na vida. 

 

-Ele parecia sério... Mande uma mensagem, certamente ligou para falar alguma coisa.

-Certo... -respirou- E o suco? 

-Maravilhoso, açúcar na medida certa.

 

Sorriu como Harry sorriria, tocando a taça com a de Ana, a fazendo sorrir também.

 

Sorrir e se perguntar como a biologia explicaria a dor física que sentia no peito quando tudo o que queria era estar com ele.

 

A família de Ana sempre amou Harry, também. Eles o amaram desde o minuto em que o conheceram, e Harry também os amava. Quando estava com o pai de Ana, tinham um senso de humor semelhante.

 

Harry também adorava sua mãe. Ele costumava mandar flores ou pintar telas aleatoriamente para ela. Fazia o coração de Ana se derreter em saber que todos se davam bem.

 

Provavelmente por isso sempre estavam na defensiva em relação à Harry. Sua mãe tentou encontrar motivos para ele não ter se comunicado. Dizia para ela tentar entrar em contato com ele, bater um papo e resolver as coisas. 

 

Eles queriam que o relacionamento funcionasse tanto quanto Ana mas, dois dias depois, ela começava a perder as esperanças. 

 

Ana não respondeu nenhuma de suas ligações e Harry nenhuma mensagem de texto. Uma parte dela ainda esperava que houvesse uma explicação fácil para tudo aquilo. 

 

Talvez ele estivesse estressado com o trabalho ou estivesse tendo problemas com alguma outra coisa. Talvez alguém tenha dito algo sobre o relacionamento que o levou a ter dúvidas. 

 

Talvez ele só precisasse de uma pausa, um tempo. 

 

Seja o que for, Ana rezava para que fosse temporário. Que tudo fosse um mal entendido e ele logo voltaria correndo. 

 

Mas ela também não poderia esperar para sempre, certo? Quando Ana deu o último gole na garrafa de vinho, seu telefone acendeu. 

 

Ela o pegou da mesa de centro e abriu a mensagem  curiosa de Maya. 

 

M: Estarei com Harry aí em cerca de uma hora. É bom que você abra a porta. Beijos. 

 

Ana teve que reler várias vezes para ter certeza de que enxergava direito. Por quê com Maya? Por quê quase três dias depois?

 

Maya certamente estaria dizendo a verdade, ela não brincaria com Ana assim. Não sobre Harry, a arquiteta pensava. 

 

Ana respondeu com um simples “ok”, sem saber mais o que dizer.

 

A partir daquele momento, seu dever era tentar impedir que um pensamento específico chegasse em primeiro plano na sua mente. Talvez ele quisesse consertar as coisas. Era tudo o que ela estava esperando.

 

Mas, não querendo criar falsas esperanças, Ana saiu de seu torpor e percebeu como sua casa estava bagunçada. Ela não havia arrumado absolutamente nada naqueles dois dias. 

 

Sabendo que teria uma hora até que chegassem, Ana pulou do sofá e começou a jogar tudo no lixo. 

 

Era uma reminiscência de todas aquelas vezes que sua mãe corria pela casa em pânico, dizendo que alguém estava indo até lá. Era como aquela pressa desesperadora para arrumar a casa a tempo.

 

Ana limpou a mesa de centro e passou o aspirador por todo o chão. Ao passar pelo corredor, via seu reflexo no espelho e sentia-se horrível. Seu cabelo estava uma bagunça oleosa, precisava ser lavado.

 

Seu secador de cabelo estava na potência máxima quando ela o segurava junto ao cabelo. 

 

Maya e Harry chegariam em dez minutos. Enquanto esteve no chuveiro, sentia-se mal com os nervos que cresciam em sua barriga. Sem nenhuma certeza de por quê Harry decidiu voltar, a pergunta sem resposta fazia seu estômago revirar. 

 

Seu cabelo estava quase seco quando ela desligou o secador. Ao colocá-lo na penteadeira, Ana pulou ao som da campainha. Passou as mãos rapidamente pela roupa e atravessou o apartamento correndo, parando apenas na porta da frente. 

 

Ela respirou fundo. Maya estava parada quase na frente de Harry e Ana não saberia dizer o que seria mais estranho: abraçá-lo ou não abraçá-lo. 

 

-Você está adorável. 

 

Harry disse baixinho, sua respiração ligeiramente tremendo enquanto falava. Ele não tinha certeza se Ana o ouviu, até ela responder com o mesmo nervosismo em sua voz.

 

-Oh, obrigada... 

 

O elogio de Harry a chocou um pouco. Não era estranho que ele fosse bom com todos, mas um “oi” teria sido mais do que suficiente.

 

Ela não admitiria aquilo em voz alta, mas sentia falta do som da voz dele. Sentia falta do quão profunda era. Foram dois dias, mas ela sentia falta de seu toque sempre que ele a abraçava, calor e proteção irradiando de seu corpo para o dela.

 

O silêncio preencheu a lacuna enquanto os dois descobriam o que dizer. Por um lado, eles podiam fingir que estava tudo bem e conversar de novo. Por outro, poderiam colocar seus medos de lado e falar sobre o que realmente estava em suas mentes que pareceu afetar seu relacionamento atual.

 

-Ok, vamos lá. 

 

Maya tomou frente, pegando Harry pelo pulso e o levando para dentro. Ana fechou a porta, tentando esconder suas mãos trêmulas. 

 

-Vocês dois são adultos, formados e com experiência no mercado de trabalho. -parou entre eles- E eu não sei o quê aconteceu entre vocês, mas sei que Harry me procurou desesperado por sentir a sua falta. 

-Maya...

 

Harry a repreendeu, Ana o olhou. 

 

-Então, por favor, resolvam suas coisas como adultos que eu sei que são. Conversem! 

 

Silêncio. 

 

Maya revirou os olhos. 

 

-Estarei no andar de cima, porque moro no andar de cima. -caminhou até a porta- Mas, por favor, me façam descer até aqui para pedirem para transarem mais baixo, e não para brigarem mais baixo. 

 

Ela disse, destemida mais uma vez e deixando o apartamento quando viu os dois corar. Ana manteve os olhos na porta, ainda escondendo as mãos atrás do corpo.

 

-Então... Como você está? 

 

Harry hesitou em perguntar. Ele não tinha certeza se Ana mentiria ou lhe daria a resposta adequada de que ele precisava, a resposta que ele gostaria de saber. 

 

Ana não sabia como responder sem fazer com que parecesse deprimente.

 

-Estou tentando ficar bem... -disse com um pequeno sorriso nos lábios- E você?

 

Harry acenou ligeiramente com a resposta dela. 

 

-Falhando. 

 

Ele retribuiu o sorriso tenso. Ana o conhecia muito bem, sabia que havia algo em sua mente, algo que ele queria dizer. Mas ela não questionou.

 

Harry estava louco para perguntar à ela. Perguntar o quê havia acontecido, se ela ainda queria ser sua namorada. 

 

Era quase como se Ana sentisse o que ele estava pensando, porque então ela sugere à ele. 

 

-Quer sentar?

 

Apontou para a varanda com a cabeça.

 

-Sim, absolutamente. 

 

Harry suspirou, se encolhendo com o quão desesperado parecia. 

 

-Depois de você. 

 

Disse, gesticulando com a mão em direção à porta. Ana agradeceu suavemente e Harry seguiu logo atrás dela para o lado de fora.

 

-Então...

-Eu...

 

O par falou simultaneamente, ambos rindo. 

 

-Desculpe... -ela disse-

-Sem problemas. -sorriu-

-Você está ótimo, a propósito.

 

Harry sorriu com o elogio de Ana. 

 

-Obrigado. Você também está incrível. 

 

E então retribuiu. Ana corou um pouco antes de murmurar um suave "obrigada" baixinho. O ar frio da noite envolvia os corpos que se conheciam bem. 

 

Ana respirou fundo enquanto olhava para o céu. Ela não percebia como Harry admirava seu perfil lateral, como sempre fez. Ele a encarava como se estivesse matando a saudade de longe, antes de desviar os olhos para o céu noturno.

 

Por um momento, parecia que tudo estava normal de novo. Ana balançou a cabeça para ele enquanto brincava com os dedos, algo que ele sabia que ela fazia quando estava nervosa. 

 

-Hum, acho que você está aqui para falar sobre alguma coisa, certo?

 

Ela perguntou, vendo como o sorriso dele vacilou um pouco. 

 

-Sim, na verdade. 

 

Murmurou baixinho, mas ela o ouviu. Ana acenou com um sorriso tenso, tentando mascarar sua ansiedade por trás daquilo. 

 

-Fique a vontade, vou pegar um copo de água para você. 

 

Ana disse, correndo para a cozinha antes que Harry pudesse dizer qualquer outra coisa. Ela escolheu seu melhor copo e sua água mais gelada. 

 

Suas mãos ainda tremiam e ela dizia a si mesma para se acalmar. Era apenas Harry, pensava. O que quer que ele quisesse dizer não poderia ser tão ruim.

 

Ana gentilmente colocou o copo na mesa de centro, o vidro fazendo barulho contra a superfície. Harry se virou para encará-la e sorriu, sua pequena covinha aparecendo no canto de seus lábios. Ela sorriu de volta, antes de limpar a garganta.

 

-Tenho pensado muito sobre o quê eu gostaria de dizer, Ana. Estive praticando as palavras na minha cabeça, então... Sinto muito se acabar confuso.

 

Disse ele, deixando escapar uma pequena risada. Ana riu um pouco também, assentindo enquanto ela gesticulava para que ele continuasse.

 

-Estive refletindo sobre como deixamos as coisas acontecerem. E eu prometo que pretendia ligar para você desde o primeiro momento, mas eu simplesmente não sabia o quê dizer que não tornaria as coisas mais estranhas e constrangedoras. 

 

Harry parou para olhar para ela por um momento e a expressão em seu rosto era familiar. 

 

-Eu realmente me distraí com o tempo e, quando me dei conta do horário, sabia que era tarde. Quando cheguei aqui e não te encontrei, senti tantas coisas... -respirou- Me senti chateado e com raiva por não ter coragem de ligar e dizer que havia perdido a hora. Eu queria ter saído com você, muito mais do que ter ficado em casa, eu queria ter saído com você.

 

Harry a olhou e sua respiração estava instável, como se ele pudesse quebrar a qualquer minuto. Ana queria tanto acariciar o rosto dele, confortá-lo, mas também sabia que aquela conversa era necessária.

 

Ela olhou para o chão então, dando um gole generoso em sua água fresca. 

 

-O quê você quer dizer, Harry? -perguntou-

-Estou dizendo que... -a olhou- Eu jamais a machucaria por querer, Ana. Eu quero estar ao seu lado o tempo todo. Sempre que precisar de mim, quero estar lá. Eu estarei lá. 

 

Ana levou um momento para processar o quê ele acabara de dizer, balançando a cabeça. 

 

-Harry... -respirou fundo- 

 

O futuro parecia assustar bem mais quando não tinham certeza se o outro faria parte ou não.

 

-Eu sinto muito mesmo por ter agido daquela forma.

-Eu só não quero atrapalhar, entende? -seus olhos se encheram, o interrompendo- Eu costumava me sentir dessa forma todos os dias nos últimos dois anos. Quando saí daquele relacionamento, eu prometi à mim mesma que jamais toleraria ser tratada daquela forma de novo. A tela do meu telefone acendia e nunca era você. Eu só queria que fosse você, Harry. 

-Ana...

-Então me senti solitária, percebendo que você poderia viver sem mim. E eu também posso viver sem você, mas eu não esperava por isso agora. 

 

Desviou o olhar muito rapidamente, incontáveis lágrimas deixando seus olhos e as primeiras deixando os dele. 

 

-Eu costumava me perguntar como seria ter alguém completamente apaixonado por mim. Que me fizesse sentir amada e contente o suficiente para planejar o resto da minha vida com essa pessoa. Então eu conheci você. -o olhou- Você me amou profundamente, de uma forma que eu só imaginava ser possível no cinema. Eu me sentia muito sortuda e a cada dia me apaixonava mais. E então, de repente, você silenciou-se.

-Não, não, não. Olhe para mim.

 

Harry se levantou e rapidamente se abaixou de novo, ao lado da cadeira dela, não dando escolhas a não ser olhar para seus olhos.  

 

Por quarenta e oito horas ela havia achado que os sentimentos poderiam ter ido embora, mas lá estava ele, em sua varanda, pedindo pelo seu amor de volta.

 

-O que aquele cara te fez sentir por todos esses anos, é diferente do que eu quero fazê-la sentir daqui pra frente.

 

Harry acariciou o rosto dela, há poucos centímetros de distância. Ana o ouvia. Finalmente, o ouvia.

 

-Você descobriu o que é melhor para você. Ninguém pode tirar as lições que aprendeu ou as cicatrizes que ganhou pelo percurso. Você é uma pessoa diferente do que foi há dois anos atrás, graças a Deus. -mexeu o polegar na bochecha dela- Você cresceu e te custou muito, foi assustador para mim também. Mas conseguimos. Eu sei que dói, mas estamos aprendendo. Você irá tão longe que posso ver o potencial explodindo dentro de você. Apenas me escute. 

 

Ela sorriu e tudo parou. O silêncio encheu a sala e tudo que podiam ouvir eram suas respirações pesadas e muito próximas. Harry passava a mão na nuca dela antes de falar novamente. 

 

-Sinto muito por tudo o que eu não disse quando estava com o coração partido. Mas eu não vou me desculpar por amar você, por lutar por você, por querer você. 

 

Sua voz vacilava com cada nova palavra. Ana respirava trêmula, sentindo o nó dolorido em sua garganta travada.

 

-Não se silencie mais...

 

Ana o viu se aproximar e, daquela vez, não se afastou. Ela sentia a mão de Harry sobre seu queixo, abaixando sua cabeça para que ela não tivesse escolha a não ser olhar para ele. 

 

Seus olhos verde floresta, sempre tão bonitos, brilhavam com as lágrimas que segurava.

 

-Sabe quanto tempo esperei para conhecer alguém como você? Eu não quero me silenciar, quero te abraçar tão forte... Mostrar que é amada agora.

 

Ana percebeu o quanto Harry havia se aproximado ao sentir a respiração dele atingir seu rosto enquanto se encaravam com o mesmo olhar. Ela via amor em seus olhos. 

 

Ana gentilmente, mas hesitante, colocou a mão na bochecha dele, vendo como Harry se inclinou para o toque dela com os olhos fechados, como se sentisse falta de seu toque o tempo todo. 

 

Ana não perdeu mais um segundo antes de puxar seu rosto para mais perto e deixar seus lábios colidirem um contra o outro. 

 

Harry fora rápido o suficiente para retribuir a ação, ainda ajoelhado. A mão dele moveu-se para trazê-la para mais perto. Tudo o que ela queria era estar mais perto.

 

Ana suspirou quando sentiu lágrimas escorrendo pelo seu rosto novamente. Ela sentia falta daquilo. Sentia falta dos beijos dele, de como seus lábios eram macios e gentis. 

 

Harry sentia falta de tê-la tão perto, sem nenhum espaço entre eles. Ele sentiu saudades dela. 

 

Não saberiam dizer há quanto tempo estavam se beijando quando se separaram para recuperar o fôlego. 

 

Ana se sentia quase tonta após beija-lo, enquanto Harry estava nas nuvens. Seus lábios ainda roçavam um no outro quando o médico deixou nela um selinho surpresa.

 

-Eu te amo.

 

Ana finalmente dizia à ele. E parecia tão bom falar novamente. 

 

Harry suspirou trêmulo, quase sem acreditar, lábios se abrindo em um grande sorriso. 

 

-Você pode dizer de novo? Eu não estava prestando atenção...

 

Harry disse provocadoramente com um sorriso presunçoso no rosto, sentando-se na mesma cadeira que ela. 

 

Ana riu, suas mãos segurando seu rosto.

 

-Eu te amo, seu lindo idiota. 

 

Harry balançou a cabeça, tinha um largo sorriso estúpido no rosto. Ele descansou sua testa na dela então, acalmando-se.

 

-De novo, por favor. Só para saber que não estou sonhando... 

 

Pediu com os olhos fechados, enquanto saboreava o momento.

 

-Eu te amo!

 

Ana disse novamente, com mais gentileza, mas com mais amor e paixão em suas palavras também. E ela adorava, porque realmente o amava.

 

Olhando para Harry agora, Ana voltava a se sentir tão adorável quanto nos primeiros dias. Ela sabia que nunca amaria outra pessoa tanto quanto amava ele. 

 

Harry sorriu amorosamente para ela enquanto suas grandes mãos seguraram seus braços. Naquele momento parecia certo de novo, como se pertencessem um ao outro. 

 

Apesar das dificuldades que Ana teve que passar, Harry prometeu nunca sair de seu lado, estar sempre por perto, ser sempre o ombro que ela precisaria para chorar e emprestar-lhe os braços para dar-lhe o calor e o conforto que ela merecia. 

 

Harry também admitia que estava verdadeiramente, loucamente e profundamente apaixonado por ela.

 

-Eu também te amo.

 

Disse aproximando seus rostos um do outro, fechando o espaço entre seus lábios novamente. Ele sentiu falta da forma como ela era doce com ele. Harry jurava que nunca cansaria de amá-la.

 

Seus lábios se moviam lenta e suavemente, saboreando o momento. Um momento que parecia certo. 

 

Todas as desavenças foram esquecidos, embora ainda fossem algo que faria parte de seus crescimentos. Simplesmente por serem humanos. 

 

Harry e Ana se separaram logo depois, agora olhando nos olhos pelos quais se apaixonaram. Seus sorrisos estavam permanentemente marcados em seus rostos enquanto os dois amantes se olhavam com certeza no olhar.

 

Amor e esperança.

 

De alguma forma, tudo.


Notas Finais


Sensação ruim vê-los chateados um com o outro, né? Mas foi necessário. Ana esteve corretíssima, merece se defender e reivindicar seu direito à felicidade.

E Harry soube o tempo todo que nada seria capaz de tomar o lugar dela, precisavam se comunicar. Ana é algo verdadeiramente milagroso aos olhos dele.

E já pararam pra pensar em como seria um perfil do Harry e da Ana no Instagram? Fiz e postei lá na minha lista de melhores amigos, gratidão sempre 💖💞💘💭


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