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História Harry e Gina - Após a Guerra - Capítulo Vinte e Oito


Escrita por: fanficworldkelly

Notas do Autor


Olá!! Ansiosos?? 🌝🌝🌝🌝

Acabou a espera, bebês. Ótima leitura!

Capítulo 28 - Capítulo Vinte e Oito


Rony

 

– Hoje mesmo eu convidei o Harry para conhecer as três casas que estamos em dúvida em escolher, ele aceitou. O que significa que podemos fazer o mesmo com Gina – disse Rony.

– Mas de uma forma mais sutil – Hermione lembrou, cutucando a mesa com sua varinha. – Ela não pode desconfiar.

 – E se eu a convidasse para ir na casa de alguma amiga minha? – Sugeriu Luna. – Posso usar a desculpa de que ela tem que distrair um pouco.

 – Gostei... – Rony assentiu e depois seus olhos arregalaram. – Oh, Merlin... que droga de ideia, mas tem uma das casas, entre as três é a que eu menos gostei, ainda bem...

 – Desembucha, Rony! – Neville reclamou, ansioso.

 – Ok! Bom, tem uma das casas que é mobiliada já, uns móveis esquisitos... enfim... podemos juntar o útil ao agradável. Eu e Hermione vamos com o Harry, fingimos estar mostrando a casa para ele, depois Neville e Hermione podiam tomar a poção polissuco e se transformar em bruxos que tenham cara de pais, para Gina chegar com Luna e acreditar que ali realmente mora a tal amiga de Luna – ele explicou.

 – Me parece trabalhoso, esse plano – Hermione murmurou. 

 – Mas pode dar certo – disse Neville. – Só temos que fazer a poção e encontrar um casal que sirva de isca.

 – Mas a poção vai demorar um mês para ficar pronta! – Debateu Hermione. – Não temos todo esse tempo, quero dizer, até temos, mas o ideal seria resolver isso o quanto antes!

 – Hermione, querida – disse Rony tranquilamente. – Você esqueceu um detalhe: não somos mais estudantes de Hogwarts. Eu sou Auror e com isso quero dizer que no Departamento temos um estoque de polissuco para algumas missões específicas. 

 – Você vai roubar do ministério? – Hermione o fitou incrédula.

 – Oh, não. É claro que não – respondeu ele. – Eu vou dar um jeito de entrar em uma missão que precise de polissuco. Eu pego o necessário para três doses. Mamão com açúcar.

 – Mas e como vamos conseguir o casal em quem se transformar? – Luna questionou.

 – Eu posso conseguir isso – falou Neville. – Por sorte minha avó irá receber uma sobrinha dela dentro de poucos dias. Vem o marido dela também, tenho certeza que terão idades suficientes para parecerem com pais. Eu dou um jeito e pego um fio de cabelo de cada.

 – Maravilha – disse Rony. – Então eu pego a polissuco, você pega os fios de cabelo e Luna fica responsável por convencer Gina 

 – Eu faço o que? – Indagou Hermione.

 – Ora, você e Neville irão se passar pelos pais da amiga de Luna. Enquanto eu mantenho o Harry ocupado. 

 – Certo... será que vai funcionar? – Hermione questionou duvidosa. 

 – Precisa dar certo – Luna falou. – Pelo bem deles e principalmente pelo nosso.

 – Relaxa, Hermione – Neville respondeu despreocupado. – Como Rony disse, vai ser mamão com açúcar.

~*~*~

 

Alguns dias depois

 

Os quatro estavam novamente sentados ao redor da mesa onde bolaram o plano naquela noite. 

 – Bom, creio que temos tudo que precisamos então – Rony disse, tirando dois frascos do bolso de seu casaco. 

 – Sim – Neville respondeu e também mostrou dois frascos, um de cada cor. – Esse é o da Emília e esse de Owen. 

 – Ok. Agora eu convenço Harry a ir conosco amanhã e Luna chama Gina para sair – Rony falou.

 – Será que Gina vai aceitar? – Hermione perguntou. – Porque ela pode muito bem dizer não.

 – Eu dou um jeito, consigo persuadi-la – Luna sorriu. 

 – Não esquece dos passos, Luna – Rony lembrou-a.

 – Não se preocupe, sei exatamente o que fazer.

Rony suspirou e olhou para os três, finalmente estava chegando a hora.

 – Amanhã será o dia, um brinde a isso – Rony levantou sua cerveja amanteigada e os outros três o imitaram.

~*~*~

Rony chegou ansioso no Departamento dos Aurores. Era como nos velhos tempos, em que ele, Harry e Hermione bolavam algum plano em Hogwarts, só que dessa vez Harry não estava na parte da criação.

 – E aí, cara – disse ele nervoso, para Harry.

 – Oi, Rony – Harry ergueu o olhar do papel que lia e o cumprimentou. – Aconteceu alguma coisa? Você está com uma cara estranha.

 – Ah, não é nada – mentiu. – Vai fazer alguma coisa depois do trabalho?

 – Não, mas não sei que horas vou sair daqui hoje. Corner me deu uma tarefa e tanto – ele mostrou o papel para o amigo. – Por que?

 – Lembra que eu te convidei para conhecer as casas que estamos interessados? Eu e Hermione estávamos querendo ir hoje lá – comentou ele.

 – Hum... que horas está pensando em ir? – Perguntou Harry.

 – Umas sete?

 – Por que tão tarde? – Harry questionou.

 – Bom, é que.... era o único horário que o dono poderia nos atender – mentiu.

 – Mas não são três casas? – Harry o fitou intrigado e Rony engoliu em seco.

 – É o mesmo dono, sabe.... ele tem várias casas – disse Rony, todo atrapalhado.

 – Você está muito estranho – Harry disse. – Está nervoso com o grande dia, não está?

 – O que? Que grande dia? – Rony quase engasgou.

 – Seu casamento – Harry respondeu. – Sério, você está bem mesmo?

 – Ah, sim! É, claro! Só nervoso mesmo, grande passo – murmurou desconcertado. – Eu e Hermione passamos na sua casa as sete, então. Tenho que ir, tchau.

Rony quase correu de Harry, se afastando a passos largos e suando frio. O dia parecia não chegar ao fim e quando finalmente ele e Hermione foram para a casa de Harry, mal podiam acreditar que estava quase na hora. 

 – Aja naturalmente – Rony murmurava.

 – Isso não é natural – Hermione lembrou-o. – Você parece que está prestes a cometer um crime. Fique calmo, caso contrário Harry irá desconfiar, ele não é burro.

 – Sim, sim... ficar calmo – Rony respirava fundo.

 – Veja, lá está ele – Hermione apontou. – Vamos.

Rony e Hermione foram até Harry e momentos depois aparataram na casa, que para Harry seria o primeiro local de visita, mas mal sabia ele que não sairia dali tão cedo. 

 – Aquele é o proprietário? – Questionou Harry. O homem parado na porta da casa, na verdade era Neville, que já havia tomado a poção polissuco.

 – Sim, ele mesmo. Está nos esperando – Rony confirmou.

 – Como vão? – Neville disse cordialmente. – Bem-vindos outra vez! Vejo que trouxeram o amigo que haviam comentado.

 – Uma segunda opinião é sempre bom, não? – Hermione sorriu. – Venha, Harry.

Neville, o falso proprietário, falava sem parar sobre cada cômodo que eles passavam. Quando chegaram no andar de cima, Rony chamou Harry para ver um detalhe interessante, o que era apenas parte do plano.

 – A vista desse quarto é bem interessante – disse ele. – Venha ver.

 – Por que não esperamos Hermione? – Indagou.

 – Ora, o cara ali fala demais, não precisamos esperar por ele – mentiu.

 – O que é interessante? – Harry perguntou sem entender.

 – A vista da janela, veja você mesmo – Rony apontou e Harry passou na sua frente.

 – Mas Rony eu não vejo nada – respondeu confuso e no instante seguinte Harry sentiu cordas pressionando seu corpo inteiro. Ele olhou para Rony, incrédulo. – Você enlouqueceu? 

 – Desculpa, cara. Mas você vai entender – Rony acenou sua varinha, prendendo Harry a uma cadeira e logo depois tirou a varinha da mão do amigo e a jogou longe. – Eu juro que não teve outro jeito.

Harry começou a berrar com Rony e antes de sair, o calou com outro feitiço. Quando saiu do quarto, Hermione e Neville o fitavam curiosos.

 – Tudo certo, agora você bebe a polissuco e esperamos por Luna e Gina.

 – Elas vão chegar a qualquer momento – Neville disse. – É melhor esperar lá embaixo.

 – Sim, vamos. Fique escondido, Rony – Hermione o lembrou.

~*~*~

Gina

 

 – Mas Luna, eu não quero ir! Sequer a conheço! – Gina disse frustrada. Ela estava deitada na cama de Luna, enquanto a amiga a tentava convencer de ir em um aniversário.

 – Eu prometo que não é nada grande, é só alguns amigos – Luna sorriu. – Ela iria amar te conhecer, Sophie adora quadribol e ela até torce para o Harpias!

 – Não muda o fato de eu preferir não sair – retrucou emburrada. – Eu não me lembro de nenhuma Sophie na nossa turma.

 – Ela é um ano mais nova que nós – mentiu. – Eu a conheço porque erámos da Corvinal, tenho certeza que irá gostar dela também.

 – Eu não queroooo – Gina choramingou.

 – Então eu também não vou – Luna saiu da frente do espelho, onde arrumava seu cabelo e sentou na cama. 

 – Mas é sua amiga.

 – Assim como você! Se você não for, eu não vou – Luna disse decidida, sabendo que Gina não aguentaria por muito mais tempo.

 – Eu te odeio, Luna Lovegood! – Gina grunhiu e lançou um olhar feio para a amiga, que sorriu delicadamente. – Eu não tenho roupa. 

 – Tem sim, eu peguei um vestido seu – Luna sorriu e mostrou um vestido preto que Gina gostava bastante.

 – Eu não vou nem perder meu tempo perguntando como você o pegou – ela franziu o cenho. Hermione foi quem pegou o vestido e entregou a Luna, mas isso ela não precisava saber.

 – Isso mesmo, sem perguntas. Agora levanta sua bunda daí e vista isso, saímos em dez minutos.

Um pouco mais tarde, as duas aparataram na casa da “amiga da Luna”. 

 – Parece vazio – Gina murmurou.

 – É apenas um jantar simples, serão os pais dela e uns três ou quatro amigos – respondeu Luna. 

Elas caminharam até a casa e depois bateram na porta, sendo recebidas por Neville e Hermione, vulgo os pais de Sophie.

 – Luna, querida! Há quanto tempo – Hermione fez uma bela imitação da Sra. Weasley e abraçou Luna. 

 – Como vai, Sra. Nolan? – Disse Luna. – Olá, Sr. Nolan.

 – Luna, seja bem-vinda – Neville apertou a mão de Luna.

 – Essa é Gina Weasley, minha amiga – Luna apresentou Gina, que apertou a mão de ambos.

 – Entrem, fiquem à vontade – disse Hermione/Sra. Nolan. – Sophie está no quarto dela terminando de se arrumar, por que não sobem lá? 

 – Obrigada, vamos lá então, Gina – Luna a puxou pela mão e subiu as escadas, indo até o quarto combinado.

 – Que lugar esquisito, nem parece que moram aqui – Gina sussurrou, mas Luna não respondeu. – Será que os outros já chegaram?

 – Não sei, vamos ver, é ali – ela apontou a porta. 

Luna girou a maçaneta e Gina notou que o quarto estava escuro, franziu o cenho e no momento que abriu a boca para falar algo, sentiu ser empurrada com força para dentro do quarto. Ela virou para abrir, no entanto a porta estava trancada.

 – Alohomora – disse apontando para o trinco, mas nada aconteceu. – Luna, que droga de brincadeira é essa? Me deixa sair!

Gina esmurrava a porta com força, mas Luna não respondia. Janela!, pensou ela. É claro que um quarto teria janela, no instante seguinte que se virou para procurar a janela, viu alguém sentado numa cadeira, mas não reconhecia quem.

 – Olá? Quem está aí? – Perguntou ainda parada, mas a pessoa não respondeu. – Lumus.

A luz acendeu na ponta de sua varinha e ela se aproximou da cadeira, então conseguiu ver quem estava lá.

 – Harry? – Indagou atônita. – Mas... o que aconteceu com você? 

Harry a fitava com os olhos arregalados de surpresa, mas não falava nada. Gina reparou nas cordas ao redor dele e ficou intrigada.

 – Hum... quer que eu te solte das cordas? – Perguntou insegura e Harry acenou com violência. – Certo, fica parado. Diffindo.

Ela rompeu as cordas que seguravam Harry e assim que ele se soltou, levantou e foi em direção oposta do quarto. Gina o  viu pegando a varinha dele, ainda sem falar nada. Depois ele virou para ela e apontou para sua boca.

 – Não consegue falar? – Ele assentiu. – Finite Encantatem.

 – Obrigado – ele disse segurando a garganta e logo depois foi até a porta, tentando abri-la. 

Uma parte de Gina estava muito feliz em ver Harry, a outra completamente arrasada em notar que ele sequer olhava para ela.

 – O que está acontecendo aqui? – Ela indagou desconfiada.

 – Eu sei tanto quanto você – Harry respondeu ainda tentando abrir a porta. – O Rony me amarrou e tirou minha voz, aquele idiota. RONY, CADÊ VOCÊ?

Harry esmurrava a porta, enquanto na cabeça de Gina, mil suposições se passavam.

 – É uma cilada – ela murmurou.

 – O que você disse? – Harry perguntou intrigado, fitando-a.

 – Eu acho que eles fizeram uma cilada – ela bufou. – Se Rony te prendeu aqui e Luna me empurrou e agora estamos trancados, o que parece para você? 

 – Olá – a voz de Rony passou pela porta. – Espero que não se importem, agora que descobriram nosso plano.

 – Abre essa porta, agora! – Gina disse irritada. – Isso não tem graça, Rony!

 – O que não tem graça é esse mau humor de vocês! – Ele respondeu ríspido.

 – Isso não é da sua conta – ela devolveu.

 – Rony, para de ser criança. Por que está fazendo isso? – Harry questionou. – Pensei que fossemos amigos!

 – Mas somos, é por isso que nós fizemos isso – ele respondeu.

 – Você e Luna vão ter o que é de vocês! – Gina socou a porta.

 – Eu, Luna, Hermione e Neville – ele riu. – Todos tivemos parte nisso, porque somos amigos.

 – Eu exijo que abra essa porta agora! – Harry disse.

 – Não, não vamos abrir – Hermione se pronunciou pela primeira vez.

 – É isso mesmo, vocês só saem daí quando resolverem isso de uma vez por todas! – Neville falou.

 – Aproveitem bem – Luna disse animada. – Voltamos amanhã!

 – Amanhã? Luna abre essa merda – Gina disse irritada. 

 – É isso, tem comida aí, se sentirem fome. Pela manhã voltamos. Tchau – disse Rony. – A janela está encantada também, então nem percam tempo.

 – Rony! – Harry chamou, sem obter resposta. Eles ouviram os passos indo embora e os deixando ali sozinhos. Harry foi até a janela, tentando abri-la de qualquer jeito, sem sucesso.

 – Nossa, tudo isso é vontade de sair? – Gina falou irônica. – Você ouviu o que ele disse, não tem como sair.

 – Eu não posso acreditar nisso – Harry bufou. – Eles são inacreditáveis.

 – Qual desculpa usaram com você? – Gina perguntou.

 – Conhecer as opções de casa que eles estão em dúvida – Harry disse. – E você?

 – Aniversário de uma amiga da Luna – respondeu incrédula. 

 – Eles voltam de manhã – Harry disse. – Pode dormir na cama, eu me viro.

 – Uau, que cavalheiro – ela retrucou impaciente.

 – O que você quer que eu diga? Não tem o que fazer! Estamos presos nessa droga de quarto até amanhã!

 – Isso é tão ruim assim? Ficar preso aqui comigo? – Gina indagou, sentindo-se magoada.

 – Você não tem ideia – Harry respondeu, virando as costas para ela. Gina cruzou os braços na frente do peito, tentando convencer a si mesma que a frase dele não havia magoado.

 – Você me odeia, Harry? – Gina perguntou em um murmuro baixo. 

 – Não, Gina. Eu não te odeio e esse é o problema. Eu jamais te odiaria.

 – Por que? 

 – Porque não consigo. 

 – Não é o que parece, já que você não se dá nem o trabalho de olhar para mim – Gina falou afiada, indo até ele. Harry suspirou e olhou para ela.

 – Não é isso, é complicado – Harry disse, saindo de perto dela.

 – Eu só acho que seria mais fácil de ficar aqui se a gente conversasse normalmente – ela argumentou. – Você está sendo infantil.

 – Eu não consigo! Eu estou tentando com todas as minhas forças agir normalmente, mas a verdade é que eu não quero estar aqui com você, Gina – ele fez uma pausa e a olhou nos olhos. – Porque toda vez que eu olho para você, é como se meu coração quebrasse em mil pedaços.

Gina o encarou incrédula, absorvendo as palavras dele. Ele estava claramente arrasado e a vontade que sentia era de abraça-lo apertado e nunca mais soltar.

 – Harry... eu...

 – Não precisa dizer nada, Gina. Você já disse o que tinha para dizer no outro dia e deixou bem claro que não quer mais nada comigo. Eu não vou dizer que entendo, mas eu respeito a sua vontade – Harry suspirou, como se falar fosse o ato mais difícil do mundo. – Só não me pede para conversar, eu ainda não consigo. 

 – O que aconteceu conosco, Harry? – Perguntou Gina, após longos minutos em silêncio. Lágrimas ameaçavam cair e ela praticamente não se esforçava para segurá-las. – Era tudo tão fácil, entre a gente. Eu, sinceramente, não me reconheço mais. 

Harry a olhou, tão perdido quanto ela. Gina podia sentir as primeiras lágrimas escorrerem e viu Harry dar dois passos e depois parou.

 – Não chora, por favor – ele pediu suavemente. – Eu não sei o que fazer se você chorar e isso partiria ainda mais meu coração.

Gina respirou fundo, tentando conter as lágrimas. Milhões de coisas passavam pela sua cabeça e ela sequer conseguia falar algo.

 – Se eu te fizer uma pergunta, promete me responder com sinceridade? – Harry indagou e ela assentiu. – Você está feliz?

 – Eu pareço feliz? – Gina deu uma risada anasalada. – Não me lembro qual foi a última vez que me senti verdadeiramente feliz. 

 – Eu sei como é – respondeu amargo e se sentou na cadeira que antes estava amarrado, com isso Gina notou que ele não queria mais conversar.

Quase duas horas se passaram em completo silêncio, Harry não fazia questão de falar nada e ela estava se remoendo de raiva por isso. Ele observava janela a fora e ela aproveitava para observá-lo. Sua barba estava por fazer e ele parecia cansado, como se não dormisse direito há tempos. Seus cabelos negros continuavam rebeldes como sempre e ela sentia vontade de passar seus dedos por eles, como já havia feito milhares de vezes.

 – Por que você está me olhando assim? – Questionou ele, sem olhar para Gina.

 – Não estou te olhando – respondeu, ela podia sentir seu rosto queimar de vergonha por ter sido pega. 

 – Está, sim. Eu sinto – Harry a encarou e ela desviou o olhar.

Gina levantou da cama que estava sentada e foi até a janela, sentando-se no parapeito. 

 – Acho que nós dois já sofremos o bastante com isso tudo. Eu sinto muito por tudo isso que aconteceu, Harry – Gina murmurou. – Eu não quero que me odeie, muito menos quero te odiar. 

 – Já disse que não te odeio, Gina – Harry deu de ombros. – Eu também sinto muito, as coisas foram acontecendo de um jeito todo errado, eu acho. Eu fui idiota e não soube lidar com a situação, por isso eu perdi você.

 – Eu também fui idiota. Quando você me procurou essa última vez, eu estava olhando uma foto nossa e pensando o quanto da vida estávamos perdendo por orgulho, que hipocrisia a minha, porque momentos depois eu te expulsei da minha vida – Gina balançou a cabeça e suspirou. – Eu me arrependi no momento em que você passou pela porta, mas aí já era tarde, porque naquele momento eu soube que tinha perdido você.

Gina deu um sorriso triste e se levantou da janela, voltando para a cama.

 – Você nunca me perdeu – Harry levantou da cadeira e a puxou pelo braço, selando seus lábios. Gina o beijou com força, como se sua vida dependesse disso. Harry se afastou gentilmente dela e olhou em seus olhos. – Eu amo você, Gina. Amo tanto que não ter você é pior do que a morte e, tecnicamente, eu já morri. 

 – Eu sempre te amei, Harry. E eu sei que eu nunca vou deixar de amar – ela afagou o rosto de Harry. 

 – Eu não suporto mais ficar sem você. Me diga, por favor, que você precisa de mim tanto quanto eu preciso de você – Harry pediu, quase desesperado. Ele a segurava pela cintura, com medo que ela fosse desaparecer. 

– Eu não quero cometer o maior erro da minha vida, sendo orgulhosa o suficiente e fingir que não preciso de você. É claro que eu preciso de você, eu só não sabia o quanto – Gina murmurou. 

 – Me perdoa por ter sido idiota e ter perdido tanto tempo – Harry encostou sua testa na dela, respirando com dificuldade.

 – Não tenho nada para perdoar, nós dois erramos – ela respondeu. – Só vamos esquecer tudo isso e jamais repetir tamanho erro.

 – Você nunca mais vai ficar livre de mim – sussurrou ele. 

 – Graças a Merlin – Gina o beijou afoita, matando a saudade de longos meses de distância. 

Harry a segurou firme em seu colo, indo até a cama e a deitou, distribuindo beijos em seu pescoço.

 – Esse vestido está me matando desde a hora que eu te vi – Harry disse, olhando-a com tanto desejo que fez o coração de Gina bater mais rápido.

 – É só tirar – respondeu ofegante.

Harry a sentou na cama e tirou o vestido, depois tirou sua própria camisa. Gina o puxou pelo pescoço, beijando-o com desejo.

 – Você é a minha ruína – Harry murmurou, massageando um de seus seios. – Como eu pude me esquecer do seu cheiro?

Harry cheirou o pescoço dela, fazendo o local arrepiar. Gina podia sentir a ereção dele tão dura, que sua intimidade ardia ao menor contato. Ela o queria e queria agora. 

 – Harry, anda logo com isso – ela reclamou ansiosa.

 – Você é sempre tão apressada, amor – Harry sorriu e arrancou o sutiã dela, dando atenção para seus peitos. Depois que se deu por satisfeito, baixou até sua calcinha e a tirou lentamente. 

 – O que você vai fazer? – Gina perguntou, corando violentamente, quando Harry se abaixou até a área em que implorava por atenção. Quando ela sentiu a língua dele, não conseguiu conter o gemido de prazer. Gina puxava seus cabelos negros com força e soube o que Harry tinha feito quando suas pernas ficaram moles igual gelatina. 

Harry sorrindo igual idiota, a beijou e ela pode sentir seu gosto na boca dele. Ela o empurrou e o deitou na cama, sorrindo maliciosamente. 

 – Isso foi interessante – ela disse. – Muito bom.

 – Eu gostei também – Harry concordou e ela sentiu seu rosto corar. – Não precisa ficar com vergonha.

 – Eu sei, é inevitável – ela mordeu os lábios e Harry a puxou para um beijo. Ela já podia sentir seu desejo voltar ardente, então parou o beijo e tirou as calças de Harry, que não perdeu tempo e a posicionou em cima de si. 

O prazer que sentiram ao chegar ao ápice juntos, não chega nem perto da saudade que ainda sentiam um do outro. Gina estava deitada com a cabeça no peito de Harry, enquanto regulava sua respiração.

 – Eu senti tanto sua falta – ela murmurou. 

 – Eu também. Não consigo mensurar o quanto – Harry beijou o topo da cabeça de Gina. 

 – Eu te amo, Harry – Gina levantou o olhar para o dele, que sorriu carinhoso.

 – Eu amo você, meu amor – ele deu um beijo em sua boca. – Nada nunca mais vai nos separar, eu prometo.

Gina assentiu e o beijou, feliz por finalmente estar se sentindo completa outra vez.P


Notas Finais


FINALLLLLLLLMENTEEEEE! Hehehehe

Espero que tenham gostado... sendo bem honesta, não era bem o que eu queria ter escrito, mas não consegui escrever de outro jeito. Tomara que não tenha ficado cafona 🌝
Por favor, comentem!!! Eu estou morrendo de curiosidade pra saber da reação de vocês ❤️


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