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História Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene - Salas de guarda


Escrita por: RosalieFleur

Notas do Autor


Lumos.
Arnaldosss!!!! Oláaaaaa, quanto tempo???? Bom, não tenho muito a dizer, só quero agradecer muito a esses Arnaldinhos aqui que favoritaram ou comentaram a história, amo muito vocês:
~illi
~JulinhaGrey
~Tomarvoloriddle
~Br1gtm00n
~rafaelpooter
~SabakuLiones

Capítulo 9 - Salas de guarda


Na noite passada, Rony e Hermione demoraram para voltar à lareira e juntar-se a Harry e Dooby, mas Harry preferiu não fazer perguntas, não queria Hermione estressada, muito menos uma Profª McGonagall brava com Dooby. Quando os quatro terminaram a faxina, o elfo e Hermione despediram-se, Harry e Rony foram para o dormitório e apagaram completamente.

Harry acordou do jeito mais incomodo possível; uma espécie de alto-falante em forma de lírio grudado no canto da parede do seu quarto não parava de berrar a frase: "todos para o pátio central, dividam-se por anos. Agora! Agora!"

Os monitores da Grifinória batiam nas portas acordando os alunos, que, atordoados, iam ainda de pijamas para o pátio central.

Hermione e Gina vinham de camisolas com seus respectivos animais de estimação na mão; Bichento estava mais agitado que os grifinórios; Arnaldo, o Mini Pufe de Gina, por outro lado, tirava um cochilo delicioso no ombro de sua dona.

— O que está havendo? — Perguntou Rony, com os olhos meio abertos meio fechados.

— Com certeza é um alarme de ataque falso — Hermione bocejou.

— Alarme de Ataque? — indagou Harry, limpando as lentes embaçadas do seu óculos.

— Sim. Hogwarts, uma história. Página 327, 5° parágrafo. Se o diretor da escola achar necessário, será realizado o treinamento dos alunos para um possível ataque contra a escola.

— E o que nós devemos fazer, exatamente?

— Ir para o pátio central, não ouviu o Lírio Gritante? — ela disse, e então os quatro foram até o lugar ordenado.

Sete filas foram formadas. Harry, Rony e Hermione estavam na quinta. Os murmúrios e cochichos eram incessáveis, todos queriam saber o que aconteceria. Depois de quase dez minutos, Minerva, Snape, Oddete e Dumbledore apareceram e se colocaram de frente para os alunos, que, aos poucos, foram aquietando-se e mandando seus colegas ficarem quietos.

— Bom-dia — Dumbledore começou. —, sei que essa não é a maneira mais agradável de se começar o dia, mas eu e a professora Lamartine achamos que estamos em boa hora para treinarmos vocês para um possível ataque. À luz dos recentes acontecimentos, toda forma de proteção, defesa ou, em último caso, ataque, é necessária e importante. Agora, vamos instruí-los a fazer o correto em casos extremos. Dou a palavra à Professora Lamartine.

Com um discreto cumprimento com a cabeça, Dumbledore e Oddete trocaram de lugar. A professora vestia trajes longos, porém leves; um vestido verde-desbotado bem solto que ia até o chão. Um cinto com pedrinhas de esmeralda marcava a fina cintura da professora. E as — Obrigada, diretor — ela sorriu. — Bem, alunos do primeiro e segundo ano, quando um alarme como esse tocar — com um gesto com a varinha, uma sirene muito incômoda soou pelo pátio inteiro. —, vocês tem que até suas salas comunais.

— E se estivermos dormindo? — um menino baixinho e rechonchudo do primeiro ano perguntou.

— Nos dois casos, se estiverem dormindo ou acordados, quando ouvirem o alarme, vocês irão para as salas de guarda.

— E onde elas ficam? — uma garota alta do segundo ano perguntou.

— Ótima pergunta. — afirmou a professora. — Nessas últimas férias, nós instalamos tobogãs de emergência debaixo da lareira de cada sala comunal. Para entrar nesse túnel, vocês têm que falar uma senha que será dada pelo alarme. No mesmo instante em que ouvirem essa sirene, vocês descerão por esse tobogã.

— E aonde esse tobogã vai dar?

— Nas salas de guarda. São salas com comida, banheiros, camas e lareiras. São bem grandes e aconchegantes, com certeza todos cabem nelas. Temos seis dessas salas; quatro para os alunos de cada casa, uma para os funcionários (professores, enfermeiros, bibliotecários, todo mundo que trabalha em Hogwarts.), e a outra é para os elfos domésticos. Óbvio que se houver ataque, os professores estarão do lado de fora, lutando, porém, se for algo que sair do nosso controle, vamos nos refugiar nessas salas.

— Para que temos uma sala para elfos? — uma menina ruiva indagou, ignorantemente.

— Porque são os elfos que fazem nossa comida, além de outras coisas, e sem eles não seríamos nada. Precisamos de uma sala para eles também. Bem, é isso, alunos do primeiro e segundo ano, podem ir para o café da manhã.

Esperando o burburinho dos alunos que se retiravam passar, Oddete continuou falando.

— Agora, alunos do terceiro e quarto ano, vocês são uma das partes mais importantes do procedimento. Ao ouvirem o alarme, cada um vai para sua respectiva sala comunal. Lá, vocês se dividirão e decidirão quem vai procurar pelos quartos algum animal ou amigo que pode ter sido deixado para trás. Quando tiverem certeza de que ninguém ficou, vocês descerão até as salas de guarda. Entendido?

A maioria dos alunos fez que sim com a cabeça e logo depois se retirou, apressados para a refeição. Tendo só sobrado no pátio os alunos do quinto, sexto e sétimo anos, a Profª Lamartine voltou a falar.

— Essa é a parte que envolve batalhar. Então, como não posso obrigar ninguém a se expor ao perigo, quero que quem não tem interesse em arriscar-se saia do pátio.

Todos ficaram calados. Até mesmo Pansy Parkinson e Draco Malfoy, que Harry tinha certeza de que sairiam, ficaram no pátio. A professora disse um “ótimo” bem firme e satisfeito e então continuou:

— Quinto ano — agora ela estava mais séria. — Vocês são os responsáveis por verificar se tem algum aluno perdido por Hogwarts. Se alguém estiver preso no banheiro, na biblioteca, se alguém estiver machucado... Enfim, vocês farão praticamente um pente fino pela escola inteira, menos nas salas comunais. Quero total concentração, ninguém pode ser deixado para trás. Ninguém mesmo. E quando acabarem de vasculhar Hogwarts, o que vão fazer?

— Vamos para a sala de guarda! — Simas gritou.

— Não — respondeu Oddete, mais tensa ainda. — Vocês se juntarão aos alunos do sexto e sétimo anos. Já explico o que farão. Agora... alunos que tem de dezesseis a dezessete anos, o que farão? No mesmo momento que vocês ouvirem os alarmes, se colocarão em volta do perímetro de Hogwarts o mais rápido possível. Quinto e sexto anos irão cercar Hogwarts, enquanto o sétimo se colocará na entrada da escola. Vocês estarão, ou terão que estar, prontos para lutar. E sei muito bem das rixas entre Sonserina e Grifinória, mas se um sonserino precisar de ajuda, o grifinório, vai ajudar. O que quero dizer com isso? Que se Harry Potter estiver com a perna necrosada e sangrando e Draco Malfoy passar por Harry, Draco ajudará Harry. — vários cochichos surgiram. Contudo, a professora continuou, ainda mais conspícua. — Draco levará Harry até a Madame Pomfrey, que estará na sala de guardas. Draco ajudará Harry Potter. Porque é isso que um aluno de Hogwarts faz. Eu pouco me importo para as rixas de adolescentes que vocês tem. Eu me importo com a segurança de todos. Não tentarei amolecer ou diminuir a situação. O Prof. Dumbledore pediu para que eu deixasse isso escondido, mas Ginevra Weasley foi atacada pelo que julgamos ser Voldemort no dia dezenove de setembro. Há quase um mês, uma aluna da Grifinória chegou bem perto de morrer. Eu não estou exagerando — Lamartine quase gritava. — Vocês vêm se preparando para se defender, e é isso que farão em casos extremos. Sei que muitos julgam meu método e conteúdo por parecer fraco ou sem importância...

Harry sabia que ninguém julgava, aquela mensagem estava sendo exclusiva para Hermione.

— Mas o controle dos sentimentos é o que nos faz continuar a lutar em um momento decisivo. Se não temos os sentimentos controlados, não conseguiremos fazer mais nada. Não me desapontem. Bom café da manhã.

Os alunos tardaram a mover-se. Todos estavam perplexos. Oddete nunca falara em tal tom com ninguém. E toda essa história de prováveis ataques deixou todos bem preocupados.

— Acham que essas medidas terão que ser tomadas algum dia? — perguntou Rony, enquanto os três iam ao Grande Salão.

— Algum dia? Com certeza. — disse Hermione. — Quando? Não faço a mínima ideia.

— Jeito tenso de se começar o dia — Harry comentou, sentando-se de frente para Rony e Hermione.

— Sim — Hermione arregalou os olhos exageradamente, fazendo Rony e Harry rirem. — Que foi? — ela perguntou risonha. — Eu só concordei... A parem... — e jogou uma uva nos dois amigos.

Ao longo do café da manhã, Harry percebeu que a amiga não parava de olhar para os lados. Às vezes abaixava a cabeça como se não quisesse que ninguém a visse. Então, incomodado, Harry perguntou:

— Que há com você, Mione? Já está me irritando.

— Grosso — xingou a menina. — Estou de camisola, Harry. Isso é vergonhoso... — ela cobriu o decote de seu pijama com os braços.

— Todo mundo está de pijama, Hermione... E a maioria das meninas está de camisola... Relaxa...

— Para você é fácil falar, está de calça e blusa — ela mediu Harry de cima a baixo.

— Engraçada — disse ele, irônico. — Minha calça é de mini vassouras, seu pijama pelo menos é normal. Não tem nenhum desenho embaraçoso.

— Meu vestido é curto, Harry — Hermione de um soco na mesa. — Estou praticamente sem roupas...

Harry e Rony analisaram os trajes de Hermione, o que deixou a garota um tanto desconfortável ou envergonhada. Então Rony deu de ombros e disse:

— Já vi vestidos menores. Dá para ver sua cocha, mas pelo menos não dá para ver mais. Heloisa Midgeon teve que sair correndo do pátio central, todo mundo estava rindo dela.

— Tenho certeza de que não teriam rido se fosse Romilda Vane — Hermione disse com desprezo. — Se é bonita, apreciam, se é feia, riem... — ela disse mais para si mesma.

— Tem alguém rindo de você, Hermione? — Rony disse, um tanto entediado. Hermione negou com a cabeça e o amigo completou: — Então considere isso um elogio. — Hermione e Harry ficaram um tanto impressionados com a avaliação de Rony, que ao terminar de mastigar, continuou: — Que tínhamos de lição de casa para hoje? — perguntou, colocando leite no seu cereal.

— Aquele poema da Lamartine — respondeu Hermione, voltando ao normal aos poucos.

— Só isso? — disse Rony, impressionado.

— Me viu fazendo alguma outra lição de casa ontem, Ronald? — ela perguntou irônica, quando finalmente terminou de mastigar seu waffle, que estava muito borrachudo.

— Te vi fazendo outras coisas... — Rony comentou, passando manteiga em sua fatia de pão.

— Como o quê? — perguntou a garota, estranhamente desesperada e engasgada com a comida.

— Limpar a sala comunal — Harry respondeu o que já era óbvio.

— Ah — ela respirou fundo. — Claro... Enfim, você fez o poema, Harry? Hoje nós dois vamos recitar.

— É hoje? — Harry quase cuspiu seu suco de abóbora.

— Sim — respondeu ela, girando os olhos ao concluir que o garoto não tinha feito a tarefa. — Ou você vai levar uma bronca, ou ela vai só ignorar.

— O que acha que ela vai fazer?

— Ignorar, nem sei o objetivo dessa tarefa mesmo. — Hermione disse, indiferente.

— Ótimo — Harry largou os talheres na mesa. — Vou ao banheiro, licença...

— Toda — respondeu Hermione, fazendo os dois rirem.

Harry levantou-se e antes que pudesse desviar seu olhar, já tinha esbarrado em alguém. Sua mão estava agora toda suja de cereal e leite.

— Ah — Gina deu um gritinho de susto. Harry olhou para a garota e esta estava toda suja.

— Nossa, desculpa mesmo!  — gaguejou. — Deixa eu ajudar — e, atrapalhado, pegou alguns guardanapos e ajudou a tirar o excesso de leite nos braços da garota.

— Harry... — Hermione sussurrou de olhos arregalados. — Olha onde você põe a mão...

Harry foi entender a fala da garota quando viu suas mãos limpando o pescoço molhado de Gina. Mais envergonhado ainda, ele largou os guardanapos, agora encharcados, na mesa e olhou para Gina. A garota estava quase rindo. Soltou uma gargalhada e então disse:

— Tudo bem, Harry. Fica tranquilo. Vou ao banheiro me lavar.

— É, eu também.

Rony e Hermione, dessa vez, cuspiram o que estavam mastigando. Gina arregalou os olhos e, depois de um longo tempo, Harry entendeu o que tinha acabado de dizer.

— Não, não, não — ele tentou explicar-se. — Não vou ao banheiro junto com você, não. É que eu estava levantando para ir ao banheiro. Na verdade é uma coincidência que nós dois estamos indo ao banheiro. E nossa, molhei toda sua camisola, desculpa...

— Harry! — Gina berrou, fazendo o garoto parar de falar mais rápido que sua língua. — Tudo bem. — ela sibilou. — Vamos juntos, mas você vai para o banheiro masculino e eu para o feminino, o.k.? — ela disse, certificando-se de que o amigo entendera o que ela falou.

Harry concordou com a cabeça e, sendo observado por diversas pessoas, saiu com Gina do Grande Salão.

 

— Te vi fazendo mais coisas — Hermione imitou a voz de Rony de um jeito bobo.

— O que tem? Não falei nada de errado — o menino riu, em seguida, Hermione deu um tapa no braço do garoto.

— O que acontece naquela escada, fica naquela escada — ela disse, quase sem mover os lábios.

— Não sei se fico feliz porque você usou os verbos no presente e não no pretérito.

— Ronald! — ela quase gritou. — Qual a parte do ninguém pode saber o que acontece você não entendeu?

— De novo, usando verbos no presente — Rony riu. — Ah, Hermione... — ele murmurou. — Essa é a melhor parte de beijos sem compromisso, tem que ser segredo... — e dizendo isso, Rony roubou um rápido beijo de Hermione. Em seguida, correu para a saída do Grande Salão.

— Ronald! — Hermione gritou. E, ficando sozinha, voltou a comer seus waffles.

 

— Sua mãe vai te matar porque eu sujei sua camisola? — perguntou Harry, a caminho do banheiro.

— Imagina... existe uma coisa que se chama lavar roupas... Cereal não mancha... Fica tranquilo. Tchau. — ela disse ao entrar no banheiro feminino e deixar Harry sozinho no corredor.

Voltando do banheiro, Harry lembrou-se do castigo que teria que cumprir — e limpar banheiros abandonados não era nada agradável.

— MURTA! DEVOLVA MINHA TOALHA AGORA! — alguém berrou de dentro do banheiro, e logo depois, a fantasma Murta-Que-Geme saiu voando com uma toalha na mão, gritando:

— Ah, NINGUÉM PENSA NAS TOALHAS DA MURTA! SÓ NAS DA GINEVRA... MAS COMO GINEVRA É BONITA. AHHHH.

— Ah — a voz de Gina suspirou. — Tem alguma menina no banheiro? Murta... Alguém me ajuda..?

— Harry? — a voz de Gina falhou. — Ah, me ajuda. Vai até meu quarto, abra meu malão e pegue uma toalha verde-limão com meu nome bordado.

— Não posso ir até os dormitórios femininos.

— Pode sim, com esse negócio do teste de ataque, Dumbledore desabilitou esses feitiços. Vai lá.

— O.k. — disse Harry, que, correndo, foi até o quarto de Gina.

Dez minutos se passaram e Harry voltou correndo para o banheiro feminino.

— Gina? Tá aí? — ele perguntou ofegante.

— Sim, Harry. Me dê a toalha! Para entrar a senha é presilhas de cabelo.

— Eu não posso entrar! — a barriga de Harry começou a se agitar.

— Claro que pode, é só falar a senha e me passar a toalha. Simples!

Hesitando seus próprios passos, Harry adentrou o banheiro com os olhos involuntariamente fechados. Como uma múmia, ergueu seus braços e tentou descobrir onde estava pelo tato.

— Já entrou? — agora, com o barulho do chuveiro, a voz de Gina estava mais baixa.

— Sim, mas estou de olhos fechados.

— Ah, me poupe. Tem uma coisa chamada cortina, que impede as pessoas que estão do lado de fora de verem quem está tomando banho. Abre logo esses olhos e me dá minha toalha. Estou no banheiro do meio.

Devagar, Harry abriu os olhos e procurou o chuveiro do meio.

Tinham quatro chuveiros.

— Qual do meio? — sua voz estava rouca.

— O mais para a sua esquerda. Esse aqui — Gina colocou sua mão para o lado de fora do boxe. Harry levou um susto, mas entregou a tolha para a amiga. — Eu não devia estar tomando banho aqui... Hoje esse andar está proibido por causa de uns vazamentos. Além de ter banheiros demais em circulação e não ter fantasmas voluntários e suficiente para tomar conta de todos.

Devagar, Harry olhou para o espelho e conseguiu ver o cabelo ruivo molhado de Gina. Não sabia o que fazer. Devia ir embora. Claro. Óbvio. Então, rapidamente, dirigiu-se até a porta do banheiro.

— Harry! — Gina gritou e o garoto assustou-se tanto que quase escorregou no chão úmido. — Não vai, não. Fica de vigia. Se alguma professora vir para cá me avisa, aí eu me troco rápido.

Harry murmurou um o.k., então se colocou na frente da porta. O chuveiro de Gina ainda jorrava água. Pela primeira vez, Harry ouviu a garota cantar. E cantava bem. Harry distanciou-se um pouco da entrada do banheiro e ficou andando em círculos por mais alguns minutos.

Entretanto, aos poucos, chegou aos ouvidos de Harry um barulho de batida de saltos. Harry olhou para trás e viu uma Profª McGonagall acompanhada de um homem baixinho andando pelo corredor.

— Tem dezessete vazamentos por todo o andar. — ela disse para o homem. — Quero isso resolvido até o final desse dia. Sem exceção.

— Claro, Senhora — ele respondeu. — Esse banheiro está com vazamentos? — o homem apontou para o banheiro em que Harry estava na frente.

McGonagall olhou para onde o dedo do homem direcionava e seus olhos recaíram sobre Harry.

— Potter?

Os órgãos de Harry sumiram. Ele correu para dentro do banheiro de olhos fechados e, para a infelicidade de seu nariz, topou com força na parede.

— Ai — ele gemeu.

— Harry? — Gina disse em um tom bem alto.

— Shiiiii — ele sussurrou. — A McGonagall me viu aqui dentro. Ela vai matar a gente. É muita coisa errada de uma vez só.

— Não vai matar...

— Nós dois num andar proibido, eu no banheiro feminino, e eu nos mesmos cinco metros quadrados em que você está tomando banho — ele disse, apressado.

— O.k., é bastante coisa errada. — de supetão, Gina abriu a cortina de seu chuveiro. Ela, já coberta com uma toalha, foi até a cadeira em que sua camisola suja estava apoiada e pegou sua varinha, que estava debaixo do pijama.

— O que tá fazendo? — perguntou Harry, evitando seu olhar sobre a garota e desviando-o para o lado oposto.

— Mutate vestimenta — ela disse com a varinha.

Quando Harry se deu conta, estava sem roupas; a toalha de Gina estava amarrada na cintura no garoto. Gina, por outro lado, estava com o pijama de Harry. Ela pegou o óculos dele e colocou-o em seu rosto. Com um elástico, ela amarrou seu cabelo molhado em um coque malfeito.

— O que raios você está fazendo? — ele perguntou, mais desesperado.

— Ela viu um vulto com esses pijamas — Gina indicou o pijama que vestia com as mãos. — Esses óculos e cabelo curto. Ela não te viu. Se ficar sem argumentos, culpo a idade dela. Agora entra nesse boxe e não respira.

Harry não pensou em desobedecer. Ficou debaixo do chuveiro, já desligado, e com a cortina fechada.

— Quem está no banheiro? — a voz da Profª McGonagall soou do lado de fora do banheiro.

— Já era — Gina murmurou enquanto também entrava debaixo do boxe, que com certeza não fora feito para duas pessoas; os dois estavam praticamente espremidos contra as paredes do boxe.

Harry tomou fôlego para falar quando Gina colocou as mãos na boca do garoto e sussurrou:

— Cala a boca... Se precisar sair, eu saio... cala a boca...

— Presilhas de cabelo... Quem está aqui dentro? — Minerva indagou novamente.

— Ah... — Gina gaguejou. — Eu, professora... Gina Weasley. — Gina colocou o rosto para fora do boxe e cobriu o resto com a cortina.

— Não... eu tenho certeza de que vi Potter...

— Não, professora — ela saiu do boxe, mas ficou segurando a cortina do lado de fora. — A senhora me viu. Vê..? Não foram esses pijamas que a senhora viu?

— Foram... — Minerva ponderou, desconfiada. — E esses óculos? Não são os óculos de Potter?

— Não — Harry percebeu a voz de Gina ficar falha. — Eu uso para ler, é um modelo que está sendo muito usado no mundo trouxa. Sabe como meu pai é, ele gosta dessas coisas, e como eu preciso de óculos para ler, ele escolheu esses para mim.

— Não desacredito de você, Gina... Mas tenho certeza de que vi um menino...

— Ah, professora, sabe como é... A idade faz nos faz enxergar coisas que não existem... confundir... A senhora tem..?

Minerva titubeou, mas disse, insegura ou talvez envergonhada:

— Sessenta... Nem estou em uma idade tão avançada... — Harry espiou por um mínimo espaço na cortina e viu a professora conferindo seu penteado no espelho.

— Então... Sessenta é quando tudo começa... Minha avó fez um caldo para ela mesma quando começou a confundir os netos... Sabe, sete netos é muita coisa... Olha, a Madame Pomfrey pode saber de alguma poção ou caldo. Não sei se a Senhora se sentiria confortável pedindo algo assim para Snape, por isso falo de Pomfrey...

— Entendi, Gina — interrompeu-a Minerva. — Mas por que a senhorita está aqui?

— Ah — Gina disse em tom de surpresa. — Claro, olha isso, derrubei meu cereal na minha camisola... Não foi nada, mas não quis passar por toda Hogwarts. Quando a camisola ficou úmida, eu não quis me demorar... Sabe...? Por causa da transparência...

— Claro... — Minerva concordou como se Gina fosse uma outra senhora e as duas fossem amigas conversando sobre qual sabor de chá é mais gostoso.

— Bom, peço licença... Mas tenho que terminar meu banho...

— Ah, claro... Lhe deixarei sozinha. Mas saiba que este andar está interditado, então termine o que você tem que... terminar — ela gaguejou. — E depois vá para as suas aulas.

Harry só ouviu o sapato de salto baixo de McGonagall martelando no chão e afastando-se do banheiro feminino. Depois quase um minuto, a gargalhada de Gina irrompeu o silêncio do banheiro. Harry abriu a cortina e encontrou a menina morrendo de rir.

— O que é tão engraçado?

— Toda a situação... Acho que zerei minha vida escolar. Ah... Mutate vestimenta — ela disse com a varinha e, novamente, Harry estava de roupas e Gina de toalha.

— Acho melhor irmos...

— Mas você... está... — Harry encabulou-se. — Sem roupas, Gina. Sem roupas — ele disse, dramatizando a última frase.

— Essa é a próxima fase do nosso plano — ela tinha um jeito brincalhão de falar que divertia Harry. — Eu meio que... esqueci...

— Você é doida? Vem para um banho sem roupa para trocar...

— Não me culpa! Foi você quem derrubou cereal em mim. Nós temos que ir até a sala comunal sem sermos notados.

— Ah, não — Harry colocou a mão na testa e foi andando em direção à saída.

— Não, Harry — Gina ficou séria e puxou o garoto pelo braço. — Me ajuda... — o olhar dela mudou de brincalhão para um dominado por súplica.

Harry respirou fundo e então concordou com a cabeça.

— Obrigada. Você vai indo na frente e eu te sigo. Vai me falando se eu posso ou não entrar nos corredores e salas. Entendeu?

Harry afirmou com a cabeça.

Os dois começaram a colocar o plano em prática. Harry saiu antes de Gina e conferiu se o corredor estava livre. Gesticulou com as mãos e Gina o seguiu. Hogwarts inteira estava em aula. Os dois perderam a primeira aula. Isso não era grave. O problema era esbarrar em algum professor.

Subiram as infinitas escadas e conseguiram chegar até o retrato da Mulher-Gorda, que não aceitou de jeito algum a entrada de Gina naquele estado.

— Vamos... — insistiu Gina. — Preciso muito, Mulher-Gorda.

— Não me chame de gorda! — ela berrou, fazendo alguns quadros olharem para os três e soltarem exclamações escandalosas.

— Que é isso, Gorda? — a melhor amiga da Mulher-Gorda, Vic, apareceu na moldura da amiga. — Essa menina precisa de ajuda. Deixe a coitada entrar logo.

— Me poupe — a Mulher-Gorda murmurou, e então deu entrada para Harry e Gina.

— Obrigada, Harry. Muit...

— Onde estavam?

A barriga de Harry congelou. Ele olhou para trás e não soube se ficava feliz ou preocupado por ser Hermione e Rony.

— Que é isso, Gina? — Rony perguntou, ficando horrorizado.

— Longa história. Harry conta a vocês... — a ruiva disse, e então subiu as escadas correndo.

— Harry? Ah, sim... Quero saber, Harry. Por que você sabe do motivo da minha irmã estar de toalha. E somente toalha. — Rony disse com um olhar quase assassino.

— Depois eu explico. Juro. E... por que vocês estão aqui? Não deviam estar na aula? — Harry tentou desvirtuar do assunto.

— Estávamos...

— Procurando vocês. — Hermione interrompeu Rony de uma maneira um tanto grosseira, mas Harry preferiu não criar mais confusões. — Que droga, Rony! Por que você não cala essa boca? Prometemos não tocar nesse assunto!

— Que assunto? — questionou Harry, impressionado com a repentina raiva da amiga.

— Nenhum — e ela saiu da sala batendo os pés.

— Você anda fazendo muitas coisas sem me explicar — Rony murmurou, agora aborrecido. — Vamos logo. Temos aula de DCAT.

— Ah, claro... Que aula acabamos de perder? — perguntou Harry, saindo da sala comunal, acompanhado de Rony.

— História da Magia.

Harry murmurou um “graças a Deus”. Rony deu uma risada sutil e os dois foram até a aula de Oddete.


Notas Finais


ENTON????? Quem não ama Gina, gente? Vamos lá, né? Enfim, não esqueçam de comentarrrr, ninguém comentou o último :/, mas vida que segue, né? Ainda amo mto vocês!!! Espero que tenham gostado do capítulo, daqui a pouco vem o próximo!!!!
Um bejio com cheiro de unicórnio e até a próxima...
Nox.


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